Stray Heart

O Baile de Formatura


P.O.V. Annabeth

Ok, eu já estava cansada de ouvir o tio Quíron dizer o quanto eu estava bonita.

– Você está belíssima! Lindíssima mesmo. – comentou pela milésima vez. Eu corava um pouco e sorria. Não que eu não gostasse de receber elogios, só que às vezes o tio Quíron exagerava.

O vestido que eu estava usando chegava até o chão. Era vermelho. Só tinha uma alça grossa, era justo até a região do meu quadril e mais solto abaixo disso. O meu cabelo estava preso num coque baixo com uma trança lateral do lado esquerdo e uma presilha prateada não muito chamativa.

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Era o dia do meu baile de formatura. Já eram sete e meia da noite e o Percy ainda não tinha chegado, mas não estávamos nem um pouco atrasados. Atena bateu dezenas de fotos minhas na câmera digital dela.

Escutamos a campainha. Nico foi atendê-la. Percy estava lá vestido num terno chique quase todo preto e discreto. O cabelo dele estava para o lado e ele ficou até mais elegante daquele jeito.

Percy e Nico ficaram se encarando de maneira estranha. Parecia que eles estavam incomodados um com a presença do outro, porém nenhum falava nada. Achei esquisito, mas deixei para lá. O salva-vidas de olhos verdes-mar veio até mim.

– Oi. – falei cumprimentando o.

– Oi Annabeth. – ele sorriu de lado – Está linda!

– Obrigado. – disse um pouco corada.

– Prometo não trazer a Annabeth muito tarde Sra. Chase. – afirmou Percy – Pode ficar tranquila.

Minha mãe apenas sorriu para aquela situação. Despedimo-nos dela, do tio Quíron e do Nico e saímos de casa. Percy havia alugado um carro azul metálico. Ele abriu a porta do passageiro para mim.

– Nossa! Quanto cavalheirismo! – falei brincando. Vi ele passando em frente ao veículo e indo até a porta do motorista. Ele entrou e se sentou no banco.

– Até eu estou me surpreendendo com isso! – garantiu. Nós dois pomos nossos cintos de segurança – Quando eu era criança, minha mãe vivia dizendo que eu deveria ser para uma garota o namorado que eu queria para minha filha. Então, eu faço de tudo para me comportar bem com as garotas.

Percorrermos as estradas o tempo todo conversando. Percy era um cara engraçado e simpático. Eu gostava de sair com ele.

Passamos dez minutos no trânsito até chegarmos ao Buffet. Estacionamos o carro e caminhamos até a entrada. Na recepção, um fotógrafo de roupa social bateu uma foto de nós dois. Fomo mais adentro do local.

A iluminação era bem variada. Tinha momento que era rosa, ou azul, ou verde, ou vermelho e outras cores. Muitas pessoas dançavam a batida da música animada. Sentamos numa mesa redonda para duas pessoas. Um pequeno jarro com duas rosas brancas estava sobre a toalha de mesa rendada.

– Você quer dançar? – perguntou Percy.

– Ah, não! – neguei arregalando os olhos. Eu era uma completa negação na dança!

– Então... Quer comer ou beber alguma coisa?

– Eu estou bem.

Começamos de novo a conversar. Falávamos sobre qualquer coisa que vinha na nossa mente: família, amigos, sonhos, música, entre outros. Passamos um bom tempo só conversando, enquanto a festa prosseguia, mas isso não incomodava nem um pouco!

Uma música lenta começou a tocar. De repente, vários casais foram formados na pista de dança. Percy começou a me olhar com cara de pidão.

– Vamos dançar. – disse ele.

– Eu não sei dançar. – adverti.

– E daí? É música lenta!

– Mas... – quando reparei, ele já estava de pé me puxando – Não, Percy!

Acabei ficando de pé. Ele me arrastou bem para o meio da pista, enquanto eu protestava.

– É sério, eu vou pagar o maior mico se dançarmos! – afirmei.

– Então, eu finjo que estou dançando mal. Aí nós dois pagamos mico! – brincou sorrindo para mim.

Ficamos de frente um para o outro. Ele segurou a minha mão esquerda e levou a minha direita até o ombro dele. Aproximou-se um pouco de mim. Senti sua outra mão acima da minha cintura.

– Apenas me acompanhe para lá e para cá, Ok? – falou ele.

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E foi o que eu fiz: fiquei para lá e para cá, acompanhando ele. Acho que eu estava indo até bem.

Ele fez com que eu rodasse e, quando eu voltei, bati meu nariz no dele sem querer. Desculpei-me e nós rimos um pouco daquela situação. Foi aí que algo estranho aconteceu. Fitei o delicadamente. Cada traço do rosto dele. Não sei por que, franzi os lábios. Ele aproximou o rosto do meu e eu fiz o mesmo. Senti nossas respirações se misturando. Pude sentir também os nossos narizes se tocando de novo. E foi assim que demos um breve e puro selinho de olhos abertos.

Foi bem rápido mesmo. Quando nossos lábios se desgrudaram, senti como se o meu rosto estivesse esquentando. Espontaneamente, nos beijamos de novo, porém não foi só um selinho. Nossas bocas fizeram um encaixe mais que perfeito. Movi minhas duas mãos para a nuca dele e comecei a acariciar a sua nuca. Ele fez a mesma coisa com as minhas bochechas. Percebi que a pasta dental dele era de menta.

De onde veio aquela química que nós dois estávamos tendo? Por que não paramos com aquilo? Será que ela estava me achando oferecida? O meu batom vermelho estaria borrado? O que ele está achando do beijo? Ah, que se danem todas essas perguntas!

Separamo-nos por falta de ar. Nem tive tempo de respirar e abrir os olhos direito. Ele estava a distribuir beijos carinhosos nos meus lábios provavelmente inchados.

Olhamo-nos serenamente. Eu me sentia... Confusa por dentro. Não sei porque, porém me sentia assim. Ele engoliu em seco.

– Annie, desculpa se... Isso aconteceu e você não queria...

– Está tudo bem! – falei interrompendo o. Ele apareceu aliviado.

Nós dois estávamos tão avoados que nem percebemos que a música lenta tinha acabado e uma eletrônica havia começado! E o que fizemos? Continuamos ali parados em meio àqueles formandos dançarinos.

[...]

Terminei de vestir o meu pijama: uma calça comprida de tecido leve e uma regata sem mangas. Sentei na beirada da minha cama pensativa.

Flashback on

Tínhamos acabado de chegar em casa. Tirei o cinto de segurança. Vi Percy sorrindo para mim. Minhas mãos seguravam um envelope que continha a foto que batemos.

– Foi... Divertido! – disse ele.

– É. – concordei.

– E... Quanto ao beijo...

Não sei o que deu em nós dois de novo, mas grudamos nossas bocas mais uma vez. Eu acho que poderia passar o resto da noite ali. Desfrutando daqueles beijo incríveis e perfeitos!

Flashback off

Minhas narinas bufaram enquanto eu apertava os meus olhos com os dedos. Deitei-me na minha cama, apaguei os abajures e me enterrei debaixo das cobertas. Será que eu vou passar a noite acordada pensando no que aconteceu?