iWho's That Boy?

Capitulo 19


–---- No outro dia -----

( Sentimentos de Freddie Benson )

São 7 horas da manhã e eu não consegui dormir a noite toda. Sam disse que o meu tio está fora da cidade, viajando com a familia e eu preciso aproveitar para fazer alguma coisa. Não posso passar a vida toda fingindo que estou morto. Não posso viver as custas das meninas. Eu vou procurar meus amigos e tenho certeza que eles vão me ajudar a pensar em alguma coisa.
Sam: Freddie? Está acordado assim tão cedo? - A ouvi com a voz baixa e rouca, deixando-a ainda mais sexy. Olhei pra cima e ela estava deitada na cama, me encarando.
Freddie: Eu não dormi a noite toda. - Falei.
Sam: Porque? - Ela abriu um pouco mais os olhos, parecendo assustada.
Freddie: Não paro de pensar no que me disse, sobre meu tio estar fora da cidade.
Sam: E o que pensa em fazer?
Freddie: Vou procurar meus amigos. Talvez eles possam me ajudar em algo, não sei. - Falei, dando de ombros. Ela levantou as cobertas e se afastou um pouco para o lado.
Sam: Vem... deita aqui. - Ela pediu e eu não questionei. Apenas assenti e levantei, deitando-me ao seu lado.
Freddie: Oi - Falei rindo. Ela riu também.
Sam: Bobo. - Respondeu. - Então... conte mais sobre essa idéia de falar com seus amigos. - Ela falou, agora séria.
Freddie: Eu na verdade não sei... mas talvez eles possam me ajudar. Além disso, meu tio ameaçou matá-los, caso eu fizesse algo, então quero agir com cuidado.
Sam: Mas, você já pensou na reação deles ao verem você?
Freddie: Bom, acho que eles vão ficar surpresos.
Sam: Surpresos? Freddie, eles acham que você está morto há anos. Tome cuidado... talvez eles fiquem assustados e até bravos, por você não ter procurado por eles antes.
Freddie: Você acha?
Sam: Bom, eu não os conheço... mas pensa comigo, você pensa que seu melhor amigo está morto há anos e de repente descobre que ele está vivo? É no mínimo bizarro.
Freddie: Mas, eu fiz isso pra protegê-los.
Sam: Eu sei... e talvez eles não hajam assim, mas só estou dizendo para tomar cuidado e ficar preparado para qualquer tipo de reação.
Freddie: Pode deixar...
Sam: Bom, se não se importa, eu vou voltar para o meu sono. E devia tentar dormir um pouco.
Freddie: Obrigado por me ouvir. - Falei. Ela sorriu e se aproximou, deitando a cabeça em meu peito. Oh Deus... porque ela fez isso? Meu coração está batendo tão forte que parece até que vou ter um ataque cardíaco.
Sam: Algo errado? - Perguntou, me olhando.
Freddie: Nã...não. - Falei. Péssima hora para gaguejar. Seus olhos pareciam ler minha mente e ela sorriu desconfiada.
Sam: Então tá.... bons sonhos. - Ela disse, voltando a se aconchegar em meu peito, passando o braço ao redor da cintura. Fala sério, ela está tentando me provocar, só pode.
Freddie:Bons sonhos. - Respondi, respirando fundo. Aos poucos, meu coração foi acalmando e o sono foi chegando. Sam adormeceu rapidamente, o calor de seu corpo aquecia o meu e me perguntei, se ela tem alguma idéia das reações que ela causa em mim. Será? Talvez não... eu espero que não. E ela? Será que sente algo por mim? Seu coração bate por mim, do mesmo jeito que o meu bate com um só toque dela?

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–---- Horas depois -----


Estou andando há mais ou menos uma hora pelas ruas de Los Angeles. O sol está bem quente e eu estou ficando cansado, mas estou quase chegando ao meu destino. Assim que Sam e Cat saíram para ir ao mercado, eu resolvi vir atrás dos meus amigos. Preciso encontrá-los logo, mesmo que isso seja complicado, como Sam disse hoje de manhã, não sei qual será a reação deles ao me ver, mas preciso falar com eles. O bairro onde moravamos é do outro lado da cidade e eu espero que eles não tenham se mudado. Éramos vizinhos desde crianças, Carly morava na casa ao lado da minha e Gibby morava do outro lado da rua, em frente a casa da Carly.
A rua estava um pouco diferente, havia mais árvores e o parque na esquina, parecia maior do que eu me lembrava. Avistei minha antiga casa, estava do mesmo jeito, porém o jardim, que minha mãe tanto gostava e cuidava, já não era mais o mesmo. Estava sem vida, não havia flores, apenas grama seca queimada pelo sol e uma árvore mal cuidada.
Caminhei até o parque e avistei algumas crianças brincando por ali. Aparentavam estar felizes, assim como um dia eu também fui.
Lembranças invadiram minha mente e um arrepio percorreu meu corpo. Lembrei-me dos vários domingos em que eu vinha brincar com Carly e Gibby, enquanto nossos pais sentavam-se ao ar livre para conversar por horas. Foi aqui, nesse mesmo parque que minha mãe deu a noticia ao meu pai, que estava grávida. Ela contou que ele começou a dançar e pular por todo o parque, enquanto gritava que ia ter um filho. E apesar de não ter visto, eu sempre imaginei essa cena.
Ouvi uma voz extremamente familiar se aproximando e virei para trás, avistando Carly e Gibby chegando ao parque. Corri até a árvore e me escondi atrás dela, para que não me vissem ali. Não posso simplesmente chegar como se nada tivesse acontecido. Observei-os sentar em um banco e para minha surpresa, Carly encostou a cabeça no ombro de Gibby, que a abraçara carinhosamente. Eles estão um pouco diferentes e mais altos. Gibby está mais musculoso e com a barba por fazer. Não parece o mesmo garoto gordinho que costumava apanhar dos valentões, porém seu rosto e seu modo de andar, continuava o mesmo. E o que dizer de Carly? O tempo só lhe favoreceu, está ainda mais bonita do antes e seu cabelo está um pouco diferente, mais curto e com algumas mechas rosas.
Vi um casal se aproximar deles e os cumprimentarem, a garota ruiva disse alguma coisa que eu não consegui entender, mas vi que Gibby respondeu e Carly deu um curto grito agudo, antes de gargalhar e dar leves tapas no braço de Gibby, fazendo as outras duas pessoas rirem ainda mais. Gibby tentava falar, mas eles continuavam interrompendo-o, como se estivessem rindo dele ou sei la. Por um momento, ele pareceu chateado e Carly parou de rir imediatamente, segurando seu rosto com as mãos e lhe dizendo algo no ouvido, arrancando um sorriso dele que em seguida a tomou nos braços e beijou-a. Espera... o que? Eles se beijaram.
Essa foi surpresa... não acredito que eles são namorados. Quer dizer... eu nunca soube que eles se gostavam ou algo parecido e Gibby sabia o que eu sentia por ela.
Fitei-os novamente e percebi o quão felizes estavam sem mim. É eu sei, já se passou muito tempo, só... que eu nunca os esqueci. E eles? Será que eles me esqueceram?
Saí correndo de lá, cobrindo o rosto com as mãos para que eles não me vissem ali. Eles não podem saber que eu estou vivo. Não posso acabar com essa felicidade deles, ameaçando talvez a segurança deles. Eles estão bem sem mim e eu posso ter uma vida longe deles. Afinal, estive afastado por tanto tempo, é melhor deixar tudo como está.
Caminhei de volta pra casa à passos lentos, pensando no que fazer. Por um lado, eu queria desmascarar o meu tio e ter minha vida de volta ao lado dos meus amigos e assumindo a empresa que foi de meu avô. Não, a questão não é dinheiro e sim, justiça. Eu sou o herdeiro por direito, assim como meus primos. Nunca pensei em fazer algo contra eles, porque são a minha familia. Meu avô dividiu a empresa igualmente entre meus primos e eu, nunca vou entender porque meu tio fez isso, afinal meus primos juntos tem a maior parte da empresa, ja que eu sou filho único.
Mas, ao mesmo tempo tenho medo de prejudicar meus amigos se eu aparecer de novo. Argh é melhor eu esquecer tudo isso e recomeçar.

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