O Que Nos Mantém Unidos.

Seu Sorriso Me Fascina


Enquanto Angie dormia na madeira fria da mesa, Violetta se revirava em sua cama sem poder dormir. Já eram seis da manhã e não se lembrava se tinha dormido ou se tinha tirado pequenos cochilos. Apenas uma duvida atormentava sua mente. Quem era o pai de Thiago? Quando o garoto falou de sua mãe, Violetta nunca imaginou que pudesse ser Angie. Vê-la de novo a alegrava muito. O que a deixava curiosa, era a reação que Angie teve. Teria sido por alegria? Por surpresa? Não sabia porque ela tinha desmaiado quando a viu com seu filho. “Talvez apenas se assustou quando nos viu, depois de tanto tempo sem nos ver, era apenas uma emoção repentina.” Pensou. Pouco a pouco foi juntando as peças do quebra cabeça e para a sua pergunta, começou a surgir uma possível resposta: “Será que meu pai, é o pai de Thiago?”. Violetta estava tão concentrada em seus pensamentos que quando a janela se abriu ela deu um salto.

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– Desculpa. – se desculpou Leon tropeçando ao entrar pela janela.

– Leon, o que está fazendo aqui?! – perguntou Violetta surpreendida. – São seis da manhã.

Leon ficou de pé e se sentou na borda da cama junto com Violetta. Ele se inclinou e deu um beijo no rosto de Violetta.

– Eu sei que está cedo mas não podia esperar mais para te ver. – respondeu ele com um sorriso maroto.

Violetta mordeu o lábio sorrindo. Como ainda podia ser tão louca por ele? Não sabia. Estava tão apaixonada por ele que acreditava não ser possível ama-lo mais.

– Se meu pai te vê aqui ele vai te matar. – disse ela olhando para a porta com medo.

– É, talvez. Mas vale a pena. – respondeu ele dando de ombros.

Violetta riu e o abraçou com força enquanto acariciava seu cabelo apoiando seu seu rosto no rosto dela.

– E como você está? – perguntou separando-se dela e olhando nos olhos dela.

– Bem.

Leon a observou desconfiado.

– Pois deveria dizer isso para sua cara, porque não é isso que ela diz.

Violetta passou a mão pelo cabelo e fez cara de quem não estava entendendo.

– O que foi? Porque está com essa cara? – perguntou Leon novamente, começando a se preocupar com ela ao vê-la tão angustiada.

Também parecia que não tinha dormido nada. Violetta estava sempre radiante mas hoje não parecia ser um de seus melhores dias.

– Não sei. – respondeu ela com um suspiro.

– Como não sabe?

Violetta olhou bem nos olhos dele. Não podia esconder nada dele. Ele siempre a escutava e sabia como fazê-la se sentir melhor, com certeza tinha uma solução para sua pergunta.

– Se lembra do garotinho do parque?

Leon assentiu com a cabeça, ainda sem entender.

– Bom, é que eu encontrei ele de novo, um pouco mais tarde no parque. E também conheci sua mãe.

Leon a olhou confuso.

– Não entendo, o que tem tudo isso?

– Angie tem a ver. Angie é a mãe de Thiago.

Leon a observou com os olhos arregalados enquanto erguia sua postura. Não se lembrava totalmente de Angie mas tinha uma vaga imagem dela. Era doce e sempre apoiava a todos os alunos sem se importar como ela mesma estava.

– Angie sua tia?

– Sim. – respondeu ela abaixando a cabeça. – mas isso não é o que me preocupa.

– Então o que é?

Violetta ficou em silencio. Não sabia se dizia ou não. Não tinha certeza de tudo mas tinha suas razões para acreditar. Tinha pensado em perguntar a seu pai se ele já sabia mas não achava que Angie teria tido coragem suficiente para dizer a ele.

– Acho que o pai de Thiago, é o meu pai.

Leon também ficou em silencio, surpreendido. A verdade era que com a corrida, tinha se esquecido totalmente do garoto, mas ainda se lembrava de que ele tinha o pai ausente. Fazia sentido.

– Tem certeza disso?

– Quase certeza. Tudo faz sentido, Thiago tem 5 anos, eu sei porque me disse, e essa data coincide com a ultima vez que papai e Angie se viram. E também nunca conheceu seu pai, o que tem logica, já que Angie nunca o apresentou.

– E o que está pensando em fazer?

– Não sei. Pensei em falar com Angie... Mas e se eu estiver me equivocando?

– O pior que pode acontecer é que você não esteja certa. Mas se estiver certa, você tem que dizer para seu pai. Faz muito tempo que está procurando por Angie, e agora que eles tem um filho, ele tem o direito de saber.

Violetta fez que sim com a cabeça, sem poder acreditar ainda. Tinha que falar com Angie e saber se estava certa. Não podia acreditar... Tinha um irmãozinho! Bom, pelo menos achava que tinha um. Só então o rosto de Violetta se iluminou e Leon sorriu.

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– O que foi? – perguntou ela ao vê-lo tão feliz.

Seu sorriso me fascina. – respondeu ele com aquele olhar que ela tanto gostava.

– Você não veio só para me ver, ou sim?

– Em parte sim. Mas também queria te dizer que Pablo vai fazer uma festa a fantasia para os egressos do Studio (Alunos que já saíram do Studio no caso). É na próxima semana e queria que você fosse comigo.

Violetta sorriu, sabendo o que estava por vir.

– E do quer que nos fantasiemos? – perguntou ela se lembrando da festa a fantasia que foram de príncipe e princesa.

– Não sei, pensei em, talvez Superman e a Mulher Maravilha. Já sabe, não menos que isso.

Violetta rio imaginando como Leon ficaria de superman. Na verdade seu físico havia melhorado bastante. Leon agora se dedicava muito ao motocross e era muito bom nisso. Ainda gostava de música, continuava tocando e cantando muito bem, como sempre. Mas agora era apenas um hobbie.

– Pode ser. Gosto da ideia. – respondeu ela

Leon sorriu e se encostou no colo de Villu. Violetta se ajeitou e acariciou o cabelo de Leon. Ficaram assim por um bom tempo. Era como se ali, naquele momento, a única coisa que os importava era ele e ela.

– Vai falar com Angie? – Ele perguntou depois de um tempinho enquanto se levantava.

– Sim, mas depois. – respondeu ela, tinha que pensar como iria perguntar.

– Bom, então assim posso ficar com você a manhã toda.

Com toda astúcia, se aproximou de Violetta e sorriu antes de beija-la. Cada vez que Leon a beijava, sentia como se fosse a primeira vez, a magia e a emoção, nunca desapareciam. Continuavam as mesmas como da primeira vez. De repente alguém bateu na porta e Violetta sem pensar empurrou Leon da cama, jogando-o no chão.

– Perdão filha. Te interrompo? – perguntou German entrando no quarto de sua filha. – alguma coisa caiu aí?

– Que? Não! Não! Não aconteceu nada pai, tive um pesadelo e... Sim um pesadelo... E... É... derrubei o abajur por acidente. – respondeu ela nervosa.

– Se quiser eu pego pra você. – disse ele dando a volta na cama de Violetta.

– NÃO!

German se virou justo quando ia descobrir que Leon estava no chão ao lado da cama.

– O que foi? – perguntou assustado sem saber o que estava acontecendo.

– Nada, é que não quero que se corte. Melhor, vem aqui, e senta.

German a obedeceu, achando tudo aquilo um pouco estranho, se sentou ao seu lado. Algo nele estava diferente. Violetta o viu com curiosidade e logo sorriu.

– E você, porque está tão feliz? – Perguntou com um olhar de curiosidade.

– Quem? Eu? Por nada, nada. Vou fazer um café da manhã. – disse ele se levantando nervoso para evitar a conversa que sabia perfeitamente que sua filha iria começar.

– Pode fazer waffles?

– Claro. – respondeu ele fechando a porta enquanto sorria.

Violetta sorriu. “O que a Angie faz como você em papai...” Pensou sorrindo com astúcia. Quando logo se lembrou.

– Ai, me desculpe. – se desculpou Violetta vendo Leon no chão. – Está tudo bem?

– Mesmo depois de quase quebrar meu ombro e minha namorada ter me jogado no chão? Sim.

Violetta rio e ficou de pé, enquanto Leon a seguia. Seu cabelo estava todo bagunçado por causa da queda.

– Perdão. – Disse ela penteando seu cabelo de novo.

Ele sorriu e a abraçou pela cintura afundando seu rosto no pescoço de Violetta. Isso já havia se tornado um costume. Ela já sabia o que significava cada olhar de Leon. O que o deixava com raiva, o que não, o que o fazia feliz, quando estava triste, ou quando estava alegre. Se conheciam como a palma de suas mãos. Leon havia feito muita falta a ela nesses meses e ela não tinha passado um só dia sem pensar nele. Ir por muitos meses em uma turnê e pensar que não ia o ver por muito tempo, complicava ainda mais as coisas. As vezes desejava viver com ele, só eles. Que ninguém se metesse em suas vidas e não ter que viajar tanto. Logo escutaram passos se aproximando do quarto.

– Leon, anda logo, ou se não meu pai vai te ver aqui. – Violetta chamou sua atenção apressando-o até a janela.

Ele fez de mal vontade enquanto voltava a pular a janela. Despois que estava de fora disse.

– Não sabe o quanto agradeço por sua casa ser de só um andar agora. É muito mais fácil entrar pela sua janela.