The new guardian

Meu quarto vira uma geladeira.


Eu poderia dizer que tive uma ótima noite de sono, mas foi totalmente ao contrário, as palavras de papai não saiam da minha cabeça. "Imaginem só, uma Parker sem saber o que quer ser na vida" "você já tem 16 anos, deixe desses contos de fadas para trás." Oras, porque ele não pode aceitar as minhas escolhas ? Se eu acredito em contos de fadas, o problema é meu e acabou. Eu posso acreditar em o que eu quiser, em papai noel,coelhinho da páscoa, fada dos dentes...e Jack Frost. Jack frost, meu guardião favorito, o que mais me inspirava. Tentei dormir mais um pouco mas um barulho na janela do quarto me incomodava.Tentei esquecer o barulho, afinal,estamos no mar, é apenas a água batendo na janela,nada de mais.Voltei aos meus pensamentos, a janela se abriu e um vento congelante atingiu minha face, uma leve neblina tomou o quarto,e alguns flocos de neve começaram a cair, fiquei meio assustada no início mas depois sabia exatamente do que se tratava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Jack?

Silêncio.

–Jack frost? - sussurrei e ele apareceu.

Ele parecia um pouco mais novo do que eu imaginava,tinha mais ou menos o meu tamanho apenas alguns centímetros mais alto, tinha cabelos brancos neve (claro, como eu sempre imaginei) e olhos azuis penetrantes, e como eu imaginava, tinha um sorriso peralta estampado no rosto.

–Elizabeth Parker ?-disse sorrindo travesso- Que prazer..Sou grande fã das suas histórias.

–Minhas...Histórias ? -Perguntei.

–Sim suas histórias. -Falou se sentando no ar segurando seu cajado- mas já aviso que o Coelhão não tem nada de fofo como você conta, ele só serve pra ser um chato, metido e mandão.

–Essa é a história. É o jeito que eu aprendi, e o jeito que eu conto.

–Mesmo assim, está errada.

Revirei os olhos.

–Pelo menos ele faz ovos de chocolate ? - perguntei

–Você... Tem 16 anos, e ainda acredita em nós? –perguntou ignorando minha pergunta.

–Porque não acreditaria?

–Podíamos não ser reais.

–Estou falando com você, então tem uma possibilidade de vocês serem reais, sim.

–Eu queria te fazer um pedido..Apenas tente fazer seus irmãos acreditarem na gente,principalmente o Vinicius. Você também, não para de acreditar em mim. Estamos precisando.- Cara, isso está parecendo mais um monologo.

–Eu sempre acreditei em você, não vou parar de acreditar de uma hora pra outra.

–Certo..Obrigado..Ahn..Tchau.-falou saindo, ele já estava com uma perna para a fora da janela.

–ESPERA! Você veio aqui só para falar isso? E Pra que você precisa tanto da crença dos humanos? E Responda, porque você ainda não me respondeu nenhuma pergunta.

–Um dia você vai entender.- sussurrou.

–O Quê ? Eu não ouvi.

Ele sorriu e pulou da janela, pensei em levantar da cama e ir até lá, mas minhas pernas impediam.

Um dia você vai entender.

Após alguns minutos o quarto voltou ao normal, quente e silencioso.

Um dia você vai entender.