Grávida do Primo - HIATUS

De boca aberta...


No dia seguinte Lily, acordou-se um pouco melhor do que os dias anteriores. Talvez ela já estivesse se acostumando com a ideia de ser mãe. Sempre ouviu falar que ser mãe, é a melhor sensação de todas, mesmo quando a gravidez não fosse planejada, a mulher se sentia de uma certa forma completa. Sorriu pois as palavras, que antes não tinham nenhum sentido para a ruiva, agora eram uma das suas mais fortes forças.

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Ela estava disposta a enfrentar todos perigos, desafios que a vida a trazia, por seu filho, ou filha, e claro pelo seu Hugo.

Tomou um rápido banho, e desceu para encontrar o namorado, que a esperava no salão comunal conversando com a irmã. Ele desviou o olhar de Rose, assim percebendo a presença de Lily. Os olhos de Hugo brilharam, Lily apenas sorriu.

–Bom dia! – Lily falou, dando um rápido beijo em Hugo, e abraçando Rose, fortemente.

–Bom dia... Cunhadinha! – Rose falou brincando, mas aquela brincadeira não era nada mais que a verdade. – Dormiu bem?

–Sim, senhora Malfoy! – Lily respondeu fazendo Hugo rir e Rose corar. – Ok, eu estou morrendo de fome, vamos logo? – A ruiva foi caminhando em direção a saída.

–Espera Lily... – Rose puxou seu braço. - Agora é sério nós precisamos conversar... E nós significa que você, maninho está incluído.- Hugo assentiu e os três se sentaram no sofá.

–Okay... Sobre o que quer falar? – Hugo perguntou, envolvendo o braço no ombro de Lily.

–Bem... Como eu havia dito ontem eu escrevi para o nossos pais... E eles estão vindo para Hogwarts, hoje a noite! – Rose falou isso como se três cachorros enormes corressem atrás dela.

Sabe quando você para de respirar por alguns segundos, e não consegue pensar em nada além de “Eu estou morto(a)!”. Bem era isso que acabara de acontecer com o jovem casal. Lily sentiu suas pernas tremerem, e Hugo sentiu que seu fim estava próximo.

–--

Depois de todas as aulas, cansativas, Hugo e Lily se puseram a sentar-se no belo jardim de Hogwarts. Palavras lhe faltavam a boca.

–Lily? – Hugo despertou a atenção da ruiva que olhava para o lago.

–Quê foi? – Ela falou calma.

–Eu nunca, jamais na minha vida falaria uma coisa dessas... Mas eu estou com medo! – Lily arregalou os olhos, pelo simples fato de uma lagrima solitária ter caído do olho do garoto.

–Ei... Hugo, calma... – Ela passava as delicadas mãos nos fios de cabelo dele. – Olha para mim... – Lily segurou o queixo do rapaz, o fazendo a encarar. – Se lembra do que me disse outro dia... – Ele negou com a cabeça, ainda com lagrimas sobre seu rosto. – Disse a mim, Hugo, que estaria sempre ao meu lado... Assim como eu estarei ao seu... – Hugo baixou as cabeça.

–Eu sou um fraco... Por estar chorando a sua frente... – Hugo cuspiu as palavras com uma voz trêmula.

–Não, não está! Garotos que choram, demonstram que tem sentimento... Hugo eu te entendo... Porque nós tivemos que virar homem e mulher, do dia para noite... Talvez esteja fraco, por ter dado todas suas forças a mim... Esses últimos dias... – Hugo abriu um lindo sorriso, Lily também.

–Sabe... Esses últimos dias... É inevitável não acordar com um sorriso ao lembrar de você e de nosso(a) filho(a)... Nada nunca irá acontecer a vocês, porque eu estarei sempre, do seu lado e de nosso filho. – Lily sorriu, e lhe deu um beijo.

–Acho que devemos entrar... eles já devem estar a nossa espera. – Lily falou com um pouco de medo. Lily ia se levantar, porém Hugo a impediu.

–Espere! Lily... Antes de nós entrarmos... E de alguma forma quatro pessoas acabarem com nossas vidas... Eu quero que saiba que... EU TE AMO! E que você, a garota que eu amo, minha prima, esta me dando algo tão incrível, tão mágico, que é um filho... É difícil acreditar que serei pai aos 16 mas eu, na verdade nós, teremos uma grande experiência que poucos irão ter com 16 anos. – Hugo falou em sussurro, e depois a beijou como nunca havia feito antes.

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Talvez aquele momento fosse o último de tranquilidade para o dois.

–Eu te amo tanto Hugo! – Lily falou ao mesmo tom que o garoto. Levantou-se e ele fez o mesmo. Saíram andando pelos corredores de Hogwarts.

Eles foram em direção a sala de Minerva, pois os pais e os irmãos estariam os esperando.

–Sapato de Duende! – Lily falou, e em menos de dois segundos a escada se moveu.

Hugo bateu na porta, e pode ouvir um entra de Minerva. Eles entraram e se depararam, com seus pais e seus irmãos, com um semblante preocupado. Cumprimentaram a todos e se sentaram.

–Bom, eu me retirarei, qualquer coisa me chamem! – Minerva falou indo em direção aporta, sempre com seu sorriso caridoso.

–O que aconteceu? – Hermione pergunta ao auge de seus 47 anos. Lily e Hugo baixaram as próprias cabeças, dando sinal de vergonha. –Okay, eu irei perguntar novamente, o que aconteceu de tão grave? – Hermione pergunta preocupada, pois vira que o filho começara a chorar, e a sobrinha não estava muito diferente.

–Rose? – Lily sussurrou enquanto um nó se formava em sua garganta. A ruiva mais velha se aproximou, e se ajoelhou ao lado de Lily. – Nos ajude, por favor? – Lily suplicou enquanto Rose a olhava com uma certa pena.

–Okay! Agora eu estou me preocupando! – James pronunciou-se pela primeira vez, ele se aproximou de Lily, enquanto Rose saia de perto da mesma, e se ajoelhou em frente da irmã. – O que aconteceu, minha princesa? – Ele limpou a lágrima que caiam do rosto da irmã.

–Você me ama? – Lily perguntou ao irmão. James a olhou incrédulo.

–Que pergunta mais besta Lily, é claro que sim. – Ele a abraçou fortemente.

–Mesmo se eu fizesse algo... Muito errado vocês continuariam me amando?! – Agora ela falou olhando para os pais que permaneciam atentos. James saiu de perto da irmã, pois a mesma se levantou.

–O que você aprontou Lilian? – Harry perguntou um tanto sério.

–Pai, mãe... Eu estou grávida! – Ela praticamente cuspiu as palavras para fora, suas bochechas estavam mais vermelhas que o normal, baixou a cabeça, e uma lágrima desceu sobre sua face.

–O QUÊ?! – Seus pais perguntaram totalmente desiquilibrados. – O QUÊ VOCÊ FEZ LILIAN LUNA POTTER?! – Sua mãe perguntou aos gritos, enquanto seu pai a encarava vermelho.

–Por favor não gritem comigo... – Ela falou baixinho enquanto as lágrimas grossas caiam.

–Não gritar com você? VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA AOS 16 ANOS, MINHA FILHA! NÃO ERA O FUTURO QUE EU PLANEJAVA PARA VOCÊ!! – Gina cuspia as palavras de sua boca.

–E VOCÊ ACHA QUE ERRA ISSO O QUE EU QUERIA, MÃE?! FICAR GRÁVIDA AOS MEUS 16? ACONTECEU, EU NÃO PLANEJEI, TA LEGAL? – Lily sentou-se na cadeira.

–Tudo bem, tudo bem... – Gina respirou fundo, e continuou. – E quem é o pai dessa criança? – Ela perguntou.

–Eu! – Hugo levantou-se, ele não tinha idéia do que estava fazendo, mas ele sabia que o que estava fazendo o certo.

–Ai meu Mérlin! – Gina falou com a voz chorosa e se ajoelhou ao chão. Um silêncio invadiu a sala da diretoria.

De repente passos largos, foram ouvidos na direção de Hugo. Ele levantou a cabeça, e deparou-se com James, o moreno estava totalmente fora de si, James ergueu a mão e fechou o punho, acertando no meio da cara do primo. Ele queria continuar mas Harry e Ron o seguraram, afinal James não era tão fraco. Enquanto Lily acudia Hugo.

–SEU IDIOTA, JAMES! – Lily xingou o irmão.

–Como pode Lily, eu pensei que você era diferente das garotas daqui... Mas não é uma PUTA como todas outras. – E falando isso James sumiu na lareira, sendo levado pelas chamas. Lilian chorava.

–E você Alvo? Também me acha uma vadia? – Ela perguntou irônica. Alvo sorriu amarelo, levantou-se de onde estava sentado e foi em direção a irmã. Tirou ela dos braços de Hugo e a abraçou. Esses minutos abraçada ao irmão do meio, Lily se viu como uma criancinha, que tinha acabado de correr e esfolar o joelho, e o irmão vinha logo depois para dar um beijo no machucado, a fazendo se sentir melhor novamente. Eles se soltaram.

–Bom eu não sei porque de tanto drama, ela vai abortar, não? – Hermione falou calmamente.

Todos a sala a olharam incrédula. Lily sentiu um ódio profundo. E Hugo não acreditava no que acabara de ouvir da mãe.

–Não, claro que não! – Lily falou seca.

–Sim você vai Lilian, imagina essa criança pode nascer retardada, pelo simples fato de vocês serem primos.

–CALA ESSA BOCA, MÃE! – Hugo gritou.

–Fique quieto, Hugo. Então estamos de acordo em abortar a criança?

–Não! – Todos falaram grossos. E Hermione revirou os olhos.

–Tudo bem... Depois se essa criança nascer com problemas na cabeça, não me culpem. – Ela sumiu pelas chamas da lareira.

–Não de bola para sua mãe... Ela pirou de vez. – Rony falou. – De certa forma, filho, eu estou feliz por você! Vamos ver se agora você toma juízo nessa cabeça! – Ele abraçou Hugo, enquanto todos riam. – E você mocinha, coloca esse muleque na linha! – Lily abraçou o tio, e sussurrou um obrigado no ouvido do ruivo, enquanto todos riam novamente.

–Bom agora, eu vou. Eu mando corujas a vocês . – Ele falou a Rose e Hugo, deu um abraço na filha e sumiu pelas chamas.

–Tudo bem... Lily minha, filha... Se cuida, qualquer coisa me mande uma coruja, ok?- Elas se abraçaram. – E não se preocupa nada vai acontecer ao meu netinho... Eu irei falar com sua mãe Hugo. – Hugo assentiu.

Gina foi em direção a Rose e a deu um abraço. – Rose, qualquer coisa você me manda uma coruja, fica de olho neles por mim?

–Fico sim, tia Gina. Sim, qualquer coisa eu mando uma coruja, não se preocupe.

–Bem filha, acho que é difícil de aceitar que você está crescendo... E que agora vai ficar mãe... Mas você será sempre a minha princesa! – Harry falou como um verdadeiro pai coruja. Lily sorriu.

–Pai, eu serei sua princesa sempre... – Harry sorriu, e olhou para Hugo.

–Se cuida rapaz...- Ele apertou a mão e depois deu um abraço em Hugo. Harry caminhou em direção a sobrinha. – Qualquer coisa, Gina já lhe falou... - Rose assentiu e Harry sorriu para a sobrinha.

E juntos Harry e Gina, sumiram pelas chamas vermelhas da lareira.