Releen
Capítulo 12
*Releen*
Senti beijos na minha bochecha e achei que era minha mãe me acordando, mas os beijos foram para na minha boca e eu abri os olhos assustada e dei de cara com Alec lembrando tudo que aconteceu ontem.
– Alec Vulturi sendo carinhoso? Nada como uma novidade matinal- falei ainda rouca.
– Não gostou? Eu paro- ele começou a se virar.
– Não!- segurei ele rindo- Qual o motivo de me acordar tão cedo?
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Me sentei rapidamente e Alec começou a rir.
– Espera, ainda são oito horas- eu me acalmei- Te acordei porque estou preocupado com você- levantei uma sobrancelha- Você só comeu uma vez ontem, não está com fome?
Era verdade, eu passei praticamente o dia inteiro sem comer nada e não estava com fome.
– Não, mas não tem problema, ainda não tenho fome.
– Mas vai comer - ele apontou uma bandeja ao lado da cama- E não me faça parecer o seu pai.
Peguei minha roupa e fiz minha higiene matinal. Me sentei em frente a bandeja e comecei a comer o sanduíche com pouca vontade.
– Hoje de manhã fui ver Aro- Alec falou sentado na cama.
– O que ele disse?- dei um gole no suco.
– Ele está inconformado com o fato de você não beber sangue.
Eu fiquei em silencio. Não gostava quando as pessoas começavam a falar sobre esse assunto comigo.
– Acho que isso é problema meu.
– Não. Isso pode influenciar na imagem que Aro quer que você tenha.
– Eu faço o que ele quiser- falei com os olhos marejados- Menos isso.
– Lee? O que aconteceu?- ele se agachou do meu lado.
– Nada
– Pode falar Lee, sabe que pode.
– O cara que eu dei meu primeiro beijo- comecei a soltar lágrimas- Ele ficava pedindo para me deixar em casa, mas eu não queria que minha família visse ele porque eu tinha beijado ele- eu falava atropelando as palavras e as lágrimas não paravam de cair- Mas ai ele ficava me seguindo, eu briguei com ele empurrei ele que bateu forte o corpo em um caminhão. Eu fui tentar ajudar ele, mas ele sangrava tanto e estava tão cheiroso. Eu bebi o sangue dele e ele morreu.
Alec me olhou como se não fosse nada de mais, mas para mim aquilo me traumatizou muito.
– Eu sabia que se eu tivesse levado ele para o hospital ele teria sobrevivido.
– Chega- ele virou minha cadeira para que eu ficasse de frente para ele- Você o jogou com força sobrenatural, se ele tivesse sobrevivido contaria o seu segredo.
– Mesmo assim, eu matei um ser humano por sede!
– Você mandou ele parar de te seguir.
– Ele não tinha culpa.
– Qual era o nome dele?
– Scott
– Esquece isso- ele passou os dedos nas minhas lágrimas- Calma.
Eu já tinha superado isso. Respirei fundo e sorri forçada. - Estou bem - fiz carinho no rosto dele.
– E se fosse sangue animal? Igual sua família?
– Não quero Alec.
– Tudo bem- ele colocou as mãos na minha coxa- Chega de falar disso.
– Sua pele é tão gelada.
– Sua coxa é tão grossa.
Dei um tapa no ombro dele. Meu Deus, eu faço uma observação e ele uma taradisse.
– Aro também vai fazer mais uma festa.
– Mais uma?
– Mas essa é a fantasia.
– Nossa, muito legal- falei irônica.
– Precisa ser um fantasia bem sexy. Ordens da festa- ele levantou as mãos.
– Isso é sério?
– As coisas em Vulterra são assim- ele se levantou e pegou o livro dele- Meio góticas.
– Que horrível.
– Seus pais não vão poder ir. - Por que não?- perguntei desconfiada.
– Eles vão ter uma "reunião" com Aro na hora da festa.
– Que conveniente.
– Queria te dizer que eu estava falando sério.
– Em relação ao que?
– Que não quero você sozinha com Jake.
– Ah por favor. Você não precisa se importar com isso.
– Eu não gosto.
– Ele vive pela Nessie.
– E dai? Isso não significa nada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ah não! Nada mesmo- falei irônica.
– Eu dei o recado.
Tudo bem, talvez eu tenha gostado muito de ver ele com ciúmes.
– Tem razão- menti- Mas eu adorei a ideia de ir sexy, você sabe- fiz cara de anjo- Mostrar minhas coxas.
Se um vampiro pudesse ficar vermelho, essa seria a hora perfeita de Alec.
– Muito, muito engraçada você- ele olhou para o livro- Jane vem te buscar para pegar a fantasia.
Eu me levantei da cadeira e fui até o lado dele. Alec estava com raiva.
– Aro não vai gostar nada de saber que você não está me beijando.
– Você foi má- ele disse ainda olhando o livro.
Eu fiquei sentada ali brincando com os cabelos dele.
Até que eu ouvi um barulho muito forte e eu pulei de susto. Alec levantou alerta e olhou para a janela. Outro barulho forte se fez parecido com uma explosão.
Me agarrei ao braço de Alec com muito medo e fiquei olhando para a janela.
– Fiquei aqui- ele me olhou - Eu volto já.
– Não me deixa sozinha não.
– Se não ficar aqui eu te jogo uma sombra.
Eu fiquei calada, Alec abriu a porta lentamente e pude ouvir o trinco sendo trancado.
Calma, calma, calma. Não é nada demais. Alec que é sempre muito precavido, qualquer som comum ele ficava alerta. Mas aquilo não era comum, era? Era uma explosão. Olhei mais uma vez a janela e vi um grupo de três pessoas correndo.
Rebeldes!
Fechei a cortina da minha janela e corri em direção a porta. Estava trancada. Tentei arrombar, mas acho que ela foi feita pra me segurar.
– Alec! Sai daí!- gritei batendo na porta- Me tira daqui!
– Que voz é essa?- ouvi alguém com minha audição avançada.
– Não sei, vem daquele quarto.
Droga! Corri para o meu armário e me escondi lá dentro tremendo de medo. Outra explosão, mas essa foi bem mais perto. Eles explodiram a porta do meu quarto.
– Tem comida ali- uma voz falou- Deve ser uma das híbridas Cullen- ele riu satisfeito.
– Onde está você lindinha?
Eu tenho que sair daqui, tenho que correr e encontrar Alec. Eles abriram a porta do banheiro bruscamente e eu achei que era a hora perfeita para sair.
Abri a porta do armário e sai correndo em velocidade sobrenatural. Olhei para trás e não vi ninguém. Então olhei para frente e alguém colocou um pé na minha frente fazendo eu cair de cara no chão bruscamente.
Duas mãos fortes me seguraram, uma em cada braço e me deixaram de pé. Eram dois homem gigantes. Um deles era loiro dos olhos castanhos e o outro moreno dos olhos cor de mel.
– Achou que era mais rápida que nós?- o loiro perguntou.
Senti sangue escorrendo do canto da minha testa. O moreno passou o dedo no meu sangue e o colocou na boca.
– Deliciosa- ele levantou as sobrancelhas.
– Alec!- gritei o máximo que eu podia e ele tapou minha boca.
– Deixe seu noivo fora disso.
Mais pessoas apareceram e ficaram muito satisfeita em ver que eu fui pega por eles.
– Essa aqui é a Releen, a noivinha idiota de Alec. Não quero que toquem um dedo nela a menos que seja para impedir ela de fugir.
O moreno me jogou no ombro dele e eu fiquei olhando para trás e pude ver Alec, Jane e outros Vulturi atrás das colunas. Alec levou a mão até a boca indicando que era para eu permanecer em silencio. Ele jogou uma pedra na parte esquerda de um corredor.
– Vão na frente que eu vejo isso- ele disse para todos e depois apontou para três homens- Vocês venham comigo, pode ser outra Cullen.
O homem caminhou acompanhado de três homens. Assim que o resto de rebeldes desapareceu os Vulturi atacaram os homens que se surpreenderam. O moreno me jogou contra a parede e eu fiquei ali deitada no chão paralisada de dor e de medo.
– Lee, olha para mim- ele me puxou- Não fecha os olhos, você bateu a cabeça muito forte. - Você está bem?- eu perguntei preocupada.
Ele começou a rir e me pegou no colo.
– Você bate a cabeça, sangra, é sequestrada, bate a cabeça de novo e vem me perguntar se eu estou bem?
– Sou mais forte que você Vulturi.
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