Acordamos e fomos tomar café.

– Hoje é o grande dia. – disse Carol olhando para mim.

– Eu sei. – disse eu.

– Como você está se sentindo?

– Hm, estranha. Estou sentindo tantas coisas que não teria como escolher um sentimento para descrever isso, é algo que eu nunca senti antes entende? Ansiedade, com medo, nervosismo... – disse eu.

– Amor amiga, defina tudo isso que está sentindo nessa palavrinha de quatro letras, apenas. – disse ela sorrindo para mim.

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– Sim... – disse eu retribuindo o sorriso.

Acabamos o café e começamos a contagem regressiva para o show, arrumamos as nossas roupas e tudo o que precisaríamos. O evento começaria 18h30, mas os portões abririam 16h00 então decidimos sair de casa 15h00. Depois de deixar tudo organizado para o show alugamos um filme e fizemos pipoca. Quando acabou já era 12h00. Almoçamos e começamos a nos arrumar, tomar banho e tudo o mais. 15h00 em ponto estávamos prontas. Saímos de casa e para ajudar o trânsito estava horrível, maldita cidade! Ficamos presas no tráfego e chegamos lá 17h00. Saímos do carro correndo, abracei meu pai e entrei.

Tinha um palco enorme e milhares de fãs. Começou a tocar várias bandas antes deles, ficamos lá no fundo, sem nos importar muito com os outros shows que estavam rolando, estava nervosa e bem do lado do palco tinha um cronômetro informando o tempo que faltava para os meninos subirem ao palco. Quando faltavam 10 minutos a última banda agradeceu e saiu. Logo uma voz começou a falar no autofalante. Ao que parece ele estava fazendo um “esquenta” para o show, não consegui perceber e nem entender o que ele estava falando, só conseguia olhar para o cronômetro. Quando chegou ao 1 minuto, meu coração parou. O homem parou de falar e no fundo do palco no telão passou o vídeo deles, aquele famoso vídeo que passa dizendo o que eles gostam e o que eles não gostam. Depois que o cronômetro zerou eu não consegui ver mais nada, só ouvi as garotas gritando, sim, eles haviam entrado no palco.

A Carol começou a me chamar, me puxar para eu chegar mais perto para poder vê-los, mas não conseguia me mexer, eles começaram a cantar e ali travei. Não sei como, mas a Carol começou a me puxar, correu segurando as minhas mãos, chegamos na multidão e ela começou a se enfiar dentro dela, começou a empurrar várias garotas e pais e pedia licença. Ela estava tentando me deixar lá na frente, mas eram muitas garotas, eles já tinham cantado 5 músicas e ainda estávamos no meio e nada nos faria chegar na frente, ali para mim já estava bom, só de ouvir a voz dele. Então parei, soltei a mão da Carol e ali fiquei, fechei meus olhos e deixei meu coração pegar um pouco daquelas vozes para mim, para eu guardar na minha alma.

– Vamos Luna, ande! Você não pode ficar parada aí, ele precisa te ver, precisa saber que você existe. – disse ela pegando na minha mão de novo.

– Não vamos conseguir Carol, está muito longe. – disse eu.

– Talvez não, mas temos que tentar ok?

Ela nem me esperou responder, me puxou e continuou sua luta interminável para que eu pudesse ver a minha estrela e ele me visse também. Passamos por tantas meninas, ouvimos tantos xingamentos, mas nada disso parecia poder parar Carol, ela estava disposta a me deixar na frente e não sei como, conseguiu. Quando olhei para frente tudo o que tinha era uma grade e depois dela o palco e em cima dele, os cinco, entre eles Henry.