No dia seguinte acordei e fui liberada. Aleluia! Já não aguentava mais aquele hospital, aquela enfermeira. O médico me deu uma lista de exames para fazer antes de embarcar para Londres em novembro. Quando sai de lá olhei mais uma vez para trás ainda dentro do carro e parecia que eu havia saído da prisão, não que eu já tivesse sido presa, mas o sentimento de liberdade me fazia sentir como se já.

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Quando cheguei em casa vi uma pessoa sentada em frente a porta, Renata. Ela não parecia estar feliz, sai do carro e fui logo em direção á ela.

– Rê? – chamei-a.

Assim que me viu levantou e forçou um sorriso, mas dava para ver que ali ela não estava feliz.

– Oi Lu. – disse ela.

– Como você tá? – mesmo sabendo que ela não tava bem dei a ela a chance de falar o que sentia.

– Estou bem e você? – ela não estava bem, não mesmo...

– Olá Renata. Vamos entrar meninas? – disse minha mãe cortando a nossa conversa. Mas era melhor, assim eu poderia conversar com ela sozinha no meu quarto.

Entramos e eu disse para minha mãe que iria estar no meu quarto. Subimos as escadas e quando entramos no meu quarto fechei a porta, ela sentou na minha cama e ficou me olhando.

– Você não esta bem, não mesmo.

– Porque você está dizendo isso? Eu to bem.

– Você vai mentir para mim? É isso mesmo? – disse eu pressionando-a.

– Eu não estou mentindo. – disse ela olhando pro chão.

– Então para que você veio até aqui? – disse eu.

– Porque eu queria te ver.

– Só por isso? – disse olhando-a duvidando.

Ela demorou para responder, lógico que não era só por isso, ela estava mal e não queria me contar, mas se foi até minha casa era porque queria desabafar. Ela olhou umpouco mais para mim e depois falou:

– Tudo bem, tudo bem. Eu não to bem... – disse ela por fim.

– Sabia, mas o que aconteceu?

– O Dan...

– O Dan? O que tem ele? – disse eu surpresa. Na verdade muito surpresa, porque eu nunca imaginei ver a Rê mal pelo Dan, não que ela fosse sem coração nem nada, mas costumava ser ao contrário, o Dan que ficava mal, não vice versa.

– Ele... ele tá saindo com uma garota.

– Sério? Mas que maravilha, então ele te esqueceu mesmo. E é claro, ainda bem que é com uma garota, imagina ele com um homem? – disse eu debochando.

Ela não parecia feliz com isso, mas eu não entendia, ela queria isso, ela deu todas as ideias possíveis para ele desistir e agora que ele havia feito isso ela estava mal? Como assim?

– Porque você tá mal, não era isso o que você queria? – disse eu surpresa.

– Era, mas isso foi antes...

– Antes do que?

– Antes de eu perceber que eu estou apaixonada pelo Dan.

– O que?

– Sim, nem eu acredito, não sei como aconteceu, mas de repente eu comecei a olhá-lo de uma forma diferente, não mais como amiga, mas como algo a mais...

– Mas você pediu pra ele te esquecer e foi isso o que ele fez, pelo menos é o que parece, né?

– Sim. E eu estou tão mal por isso. Eu sou tão idiota, como eu pude fazer isso? Talvez eu tenha perdido a única pessoa que poderia me fazer feliz. – Renata estava chorando desesperadamente, fiquei mal com isso. Ela era a minha amiga, minha irmã, não suportava ver isso.

– Calma Rê, calma. Ele te ama, calma. – disse eu abraçando-a.

– Mas ele tá saindo com outra. – disse ela mais forte.

– Pra te esquecer, mas se o que ele sente por você for amor de verdade ele não te esqueceu assim tão fácil.

– Será? – disse ela olhando pra mim esperançosa.

– Tenho certeza, amiga. – dei um sorriso, ela retribui e isso fez me deixou melhor.

– Mas e agora como eu faço pra mostrar que o amo também? – disse ela.

– Não sei amiga, pergunta isso pro seu coração. E quando for a hora você vai falar e vai sair naturalmente, eu sei disso.

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– Obrigada Luna, você não sabe o quanto você me deixou mais aliviada.

– Imagina Rê, você já me ajudou tantas vezes, com o Rô, com o Henry... Só estou retribuindo.

Ela sorriu, levantou da cama e foi na direção da porta.

– Aonde você vai? – perguntei confusa.

– Vou na casa do Dan, preciso resolver isso.

– Boa sorte! – sorri

Ela saiu do meu quarto e eu só conseguia pedir á Deus: “Faça com que isso aconteça, por favor.”.