Isabella:

Quando cheguei em casa, me surpreendi ao ver meus pais:

– Filha, que saudades. - Minha mãe e meu pai vieram me abraçar.

– Eu também estava com saudades.

Vi a porta abrir e o Edu entrar, ele falou com meus pais e logo a Tereza soltou seu veneno, dizendo que precisava conversar com os meus pais.

– Do que precisamos conversar? - Minha mãe perguntou sorridente.

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– É sobre a Isabella e o Eduardo. - Tremi.

– Não entendi... - Meu pai pareceu confuso.

– Vocês vão contar ou querem que eu conte?

Eu e o Edu suspiramos, nos olhamos e ele tomou a inciativa:

– Dona Fabiana, senhor Maurício... - Suspirou novamente. - Eu e a Isa estamos namorando.

Esperei algum tipo de reação dos meus pais, que responderam indiferentes:

– E... qual o problema? - Minha mãe perguntou. Sorri.

– Como qual o problema? - A Tereza protestou. - A Isa tem tudo nas mãos e o Edu é filho da "babá".

– Continuo sem entender o problema. Só por causa da diferença de nível social? - Minha mãe perguntou séria.

– Esse é o pensamento da Tereza, mãe. Ela acha que pessoas de níveis sociais diferentes não podem se misturar.

– Tereza, isso na minha opinião é descaso com o seu próprio filho. Não há problemas desses dois adolescentes terem um romance. E eu acho que é muito bom que é na mesma casa, assim você mesma pode vigiar. - Meu pai disse.

Vi o Edu abrir um sorriso, pelo visto havia gostado do meu pai.

– Então vocês concordam com esse namoro? - Ela perguntou.

– Claro que sim, contanto que não atrapalhe nos estudos. - Minha mãe respondeu.

– E o que dizem sobre sexo?

Vi eles ficarem um pouco desapontados, mas logo voltaram a postura:

– Sexo é algo normal, só que tem a parte da prevenção. Na idade certa, na hora certa e devidamente prevenidos, não há problemas. - Obrigada Senhor por ter uma mãe tão liberal.

Percebi que meu pai não quis argumentar sobre aquele assunto. A Tereza riu ironicamente, havia perdido essa.

– E então mãe, aprova nosso namoro? - O Edu perguntou.

– Já que os pais da Isa liberaram... só espero que vocês não se decepcionem. E me desculpem pela minha ignorância.

– Esta tudo bem Tereza. - Eu disse. - Mãe será que podemos conversar?

– Acho que seu pai está com fome, querida.

– Podem ir, aproveito e bato um papo com o namorado da minha filha. - O Edu estava com uma expressão temerosa. Ri.

– Então vamos.

Subi e fui até o meu quarto. Minha mãe me deu mais um abraço.

– O que conversar, filhota?

– Mãe... sobre... sobre o que falamos lá em baixo... sobre... relações... íntimas...

– O que tem, querida?

– Já... já tivemos.

– Quando? - Perguntou assustada.

– Há um tempo atrás.

Ela levantou e começou a andar em círculos.

– Também perdi minha virgindade com a sua idade.

– Jura?

– Sim. Me conta, como foi?

– Mãe! - A repreendi. - Não vou contar como foi...

– Tá, desculpa. Mas só responde uma coisa... ele foi cuidadoso?

– Super cuidadoso, mãe. E quando acordei tinha uma flor e alguns poemas que ele havia escrito para mim.

– Ah, filha. Que bom! - Me abraçou. - Eu queria muito estar convivendo com você.

– Não vamos falar sobre isso. Vamos almoçar. Vou tomar um banho e já desço.

– Tudo bem. Vou dar uma olhada nas suas roupas, trouxe algumas de Pernambuco. - Minha mãe tinha um belo gosto para roupas.

– Ok. - Entrei no banheiro.

...

Almoçamos todos juntos. Ao terminar fui até o quarto do Edu para conversar com ele.

– Posso entrar? - Perguntei entre a porta e o quarto.

– Pode. - Ele estava com o fone de ouvido.

Dei um abraço nele, mas ele foi frio e quase não retribuiu.

– Tá tudo bem? - Perguntei.

– Tá. - Sentou- se na cama.

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– Achei que estaria mais feliz, já que agora podemos ficar em paz.

– E estou.

– Não parece.

– Posso ficar sozinho um pouco?

– Claro. - Falei sem jeito e sai.

Por que o Edu estava agindo assim comigo?

Eduardo:

Eu estava curioso para saber o que o meu sogro queria comigo, mas me surpreendi ao ver que ele só queria me conhecer. Nessas horas fazia falta um pai.

– Há quanto tempo estão juntos?

– De namoro oficial vamos fazer um mês.

Foi aí que me lembrei que no sábado faríamos um mês de namoro. Eu precisava pensar no que fazer.

Subi e fui até o meu quarto, decidi que ia fazer uma surpresa para ela. Quando ela foi até o meu quarto, fui frio com ela, era difícil demais agir assim, mas depois eu recompensaria.

15:00 eu desci e soube que a Isa tinha ido na casa da Lia, aproveitei e procurei pela minha sogra, ela estava na varanda.

– Dona Fabiana, será que pode me ajudar?

– Contanto que não me chame de "dona". - Sorri.

– Fabiana, no sábado irei fazer um mês de namoro com a Isa. Gostaria de fazer uma surpresa.

...

– Então você vai ficar esses dias sem falar com ela? Ela vai pirar.

– É por pouco tempo, e não será fácil para mim também.

– Eu te ajudo sim. Vou comprar um vestido lindo pra Isa te encontrar, invento que vamos sair o sábado e mando ela se arrumar toda. Vai ficar linda.

– Isso ela já é. - Eu e meus ataques de bobo apaixonado.

– Vejo que você gosta mesmo da minha filha. Super apoio o namoro de vocês. Pode deixar que vou dar um jeito de sair tudo perfeito.

– Ótimo, já te adorei sogrinha. - Oppa...

– Eu também, meu genro. - Ela havia relevado, para a minha sorte.

Se depender de mim, eu nunca mais vou me separar da Isa, nem perder ela para ninguém...