Independência

Teimosia no Sangue


– Acho melhor a gente voltar, agora já achamos todos os itens. - sugere Koki.
– Verdade, vamos. - digo.
Estávamos voltando quando o Kokimoto resolve subir em uma árvore.
– O oque você vai fazer? - pergunto.
– Subir na árvore.
– Por quê? - pergunta Mário.
– Relaxa, a gente tem tempo. Vamos descansar.
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O Mário senta ao lado da árvore, em uma grama verdinha e saudável, eu sento em cima do meu skate.
– Sabe, - fala Kokimoto em cima da árvore - eu pensei que seria mais difícil completar essa missão.
– Parece que ficar meio século zanzando pela floresta como baratas tontas, ver a Alicia rolando abaixo e depois machucar a perna, não me parece muito fácil. - conclui Mário.
Kokimoto fica em silêncio.
– Confesso que não está sendo como eu esperava, não que seja ruim, mas eu pensava que tudo seria mais fácil.
– Eu também... - diz uma voz saindo de atrás dos arbustos.
– Pensei mesmo! - diz Maria Joaquina acompanhada de sua equipe, Paulo e Daniel.
– O que vocês estão fazendo aqui? - pergunta Kokimoto.
– Mas não é óbvio?! Procurando os itens. - responde Paulo.
– A gente já estava de saída, vamos pessoal. - digo levantando.
– Calma aí, a gente não morde. - fala Paulo.
– E mesmo se mordesse, tem coisa melhor pra morder do que dois moleques e uma moleca. - murmura Maria Joaquina.
– Acho que a Alicia tem razão, já descansamos muito. Vamos lá Koki! - diz Mário.
O Japonês vai descer da árvore e desequilibra, em segundos ele se esborracha no chão.
– Hoje é o dia dos tombos em?! - fala Mário brincando.
– Ah, cala boca, eu to bem! Só um pouco dolorido.
– Estão com as pernas frouxar é?! Que burrice! - fala Paulo rindo.
– Você não perde a oportunidade de ofender alguém né garoto?! Vamos logo sair daqui. - puxo Mário e Koki.
– Se vocês acham que vão ser os primeiros, podem esquecer. - Paulo pega um trevo de quatro folhas e corre atrás da gente.
Em poucos segundos estávamos correndo pela floresta. Paulo estava na frente, eu logo seguia atrás, Kokimoto e Mários estavam juntos, e mais afastados Daniel e depois Maria Joaquina. O Paulo para instantaneamente, eu pergunto:
– O que houve? - paro do seu lado.
– Ali - ele aponta para o lado -, tem alguma coisa ali.
Mário, Kokimoto, Daniel e a Mari nos alcançam e também param.
– O que foi? - pergunta Daniel.
– Olha ali, gente. - digo apontando para o mesmo local.
Parecia que havia algo atrás das árvores, mas eu não sabia o que era. Fomos conferir o que era e realmente havia algo. Era uma quadra de vôlei feita de cimento, parecia estar abandonada:
– O que que uma quadra de vôlei está fazendo no meio do mato? - pergunta Maria Joaquina.
– Vejam galera! - ao lado da quadra havia uma caixa, parecia um baú, Paulo estava tentando abri-la. - Essa coisa não abre.
– Não é puxando a tampas que você vai conseguir. - digo e dou um chute no cadeado, que logo se quebra, deveria estar enferrujado - Pronto.
Mostro a língua pra ele e ele faz o mesmo pra mim. Dentro do baú encontramos uma rede e duas bolas de vôlei.
– Quem será que deixou isso aqui?
– Provavelmente faz algum tempo, essas coisas não parecem muito novas. - diz Maria Joaquina.
– O que vocês acham da gente jogar? - pergunta Paulo.
– Agora não da tempo né cabeça oca. - falo.
– Eu não to falando agora, é melhor a gente vir... De noite.
– Está ficando maluco, Paulo?! - fala Daniel espantado.
– Eu topo. - diz Mário.
– Não sei não Paulo, isso parece perigoso. - afirma Koki com medo.
– Eu sabia que você iria amarelar, tá parecendo menina! - Paulo comenta para irritar o Japonês.
– E desde quando menina amarela? Eu estou dentro. - eu sabia que era errado, mas concordei pra contraria o Paulo.
– Se uma menina topa, eu também topo. - murmura Kokimoto.
– Isso é errado, eu não concordo. - afirma Daniel.
– Deixa de ser certinho pelo menos uma vez na vida. - reclama Paulo de Daniel.
– Eu também acho loucura! - diz Maria Joaquina.
– Se você vier, a gente te deixar fazer do seu jeito. - fala Mário.
– Bom... - Mari fica pensativa - Eu acho que vou me arrepender disso, mas, tá, eu também vou.
– Você sabe que se fizermos votação, irá perder né Daniel? - digo.
– Tá legal gente, então está resolvido. - Daniel finalmente cede a sua primeira decisão.
Combinamos que meia-noite em ponto, iriamos nos encontrar na frente do alojamento das meninas. Pode não ser uma grande tarefa, mas é só para conter a falta de aventura e teimosia no sangue.
Chegamos e ficamos esperando os outros grupos, quando todos finalmente já estavam ali o Capitão apareceu falando:
– Atenção, todos prontos, já podemos passar para a segunda parte. - ele faz pausa e em seguida pergunta - Alguém sabe por que o nome da competição é Caça a Árvore Mestra?
Ninguém respondeu, todos pareciam intimidados.
Ele nos deu um mapa e disse:
– Respondido a pergunta. Esse é o mapa da árvore Mestra, quero todos aqui em 30 minutos. Boa Sorte!
Mário, Koki e eu saímos mais perdidos que cego em tiroteio, no meio daquelas árvores era difícil se localizar. Pra nossa sorte, o Mário meio que entendia desse negócio de localização, porque se dependesse de mim e do Koki a coisa iria ficar braba.
Finalmente o Mário fala:
– Acho que estamos perto.

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