Made Of Honor

Honey Moon


É claro que Scorpius Malfoy não se contentaria com uma pequena hospedagem afastada do centro da movimentada Londres. Oh, mas é claro que não. Ele simplesmente precisava pagar o hotel mais caro e luxuoso numa das áreas mais nobres da cidade só para constrangê-la.

Enquanto o loiro acertava as contas com a recepcionista, Rose se encolhia em um canto, próximo ao elevador, abraçando os próprios braços. Estava encharcada e com frio, no entanto não era aquilo que a fazia corar de vergonha. Scorpius é mesmo um cretino. E esnobe. Olha só para esse lugar.

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Não havia uma única pessoa sequer que não transbordasse elegância naquele saguão. Uma mulher morena passou por ela com trajes de gala e Rose quis se enterrar no chão junto com seu jeans surrado e casaco de moletom, os fios molhados de seu cabelo mal serviam de esconderijo para seu rosto vermelho. Estava furiosa e poderia matá–lo com as próprias mãos.

E ele sabia muito bem disso quando veio caminhando em sua direção com um sorrisinho malicioso e puramente provocativo. Tinha certeza que a sua ruiva estava tão desconfortável quanto possível. Quando a porta do elevador se fechou, Scorpius riu com a expressão assassina que ela o olhou.

— Ah Rose, não me olhe com essa cara - ele tentou prender a risada enquanto se aproximava, mas seus olhos brilhantes entregavam todo seu divertimento - Todos os hotéis estariam lotados nessa época do ano…

— E esse aqui não estar só prova a fortuna que deve ser a diária - e sua voz saiu tão esganiçada que até mesmo Rose teve que se forçar a não rir.

— Preferia ficar na chuva, então? - arqueou as sobrancelhas - Eu sempre posso te encontrar amanhã de manhã.

Furiosa e se virando de costas para ele, Rose apertou o botão de abrir portas do elevador. Scorpius, no entanto, foi mais rápido puxando-a pela cintura enquanto a porta não se fechava.

— Onde você pensa que vai, Weasley? - e a voz rouca dele em seu ouvido quase a fez parar de se debater, quase - Não vai escapar tão fácil assim.

– Malfoy, eu juro que vou te esganar!

Mas mesmo com os pontapés e as tentativas de soco ele não a soltou até que as portas se fechassem. Rose engoliu em seco quando, com um movimento brusco, ele a virou de frente.

– Você vai querer fazer muitas coisas comigo hoje, Weasley - Scorpius foi a encurralando perto da parede, aproveitando para apertar o botão do andar deles - Mas me esganar não vai ser uma delas.

— Ah é mesmo, Malfoy? - ela ainda estava furiosa e queria esfregar aquele sorrisinho presunçoso para fora do rosto dele.

E o tom de desafio foi o suficiente para prensá–la na parede com força e levar seus lábios até seu ouvido.

— Eu te garanto - deu uma leve mordida em sua orelha - que você vai fazer muitas coisas comigo hoje, Weasley - apertou tanto a sua cintura que a blusa dela subiu enquanto sua outra mão ia deslizando perigosamente até a curva da bunda dela - você vai me beijar - ergueu uma perna dela prendendo-a em sua cintura — me arranhar - depositou um beijo molhado em seu pescoço - me morder - então subiu a mão esquerda até a lateral de seus seios - eu te garanto que você vai gritar o meu nome, Rose - e sua mão direita parou quase e Rose mordeu os lábios para não gemer - Mas me esganar, não vai ser uma delas.

Antes que ela pudesse voar nos lábios dele, a porta se abriu como um baque. Scorpius se moveu para se afastar dela, mas Rose o puxou pela camisa. Aproveitando que já estava com uma perna ao redor da cintura dele, com um leve impulso subiu em seu colo. Scorpius arqueou as sobrancelhas, um sorriso completamente malicioso se abrindo no rosto dele.

— O que você está esperando, Malfoy? - e com a cara fingidamente inocente, Rose se apoiou nos ombros dele para se ajeitar melhor, roçando todo seu corpo no dele - Chegamos ao nosso andar, não?

Você ainda vai ser a minha morte, Rose Weasley.

Com um sorriso, mais apaixonado do que malicioso, Scorpius a beijou. Um beijo terno e carinho, que a surpreendeu e fez com que seu estômago afundasse. Não havia pressa, era o que ele parecia dizer, teriam uma vida toda. E Scorpius faria questão de aproveitar cada momento.

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Quando seus pés tocaram o chão com delicadeza, Rose agradeceu por estar bem segura no aperto forte do loiro, caso contrário, suas pernas teriam falhado. Mal tinha recuperado o fôlego quando Scorpius se afastou devagar, primeiro encostando sua testa na dela e depois a puxando pela mão enquanto arrastava a bagagem com a outra.

Rose jamais entenderia o efeito que Scorpius possuía nela. Em um segundo podia deixá-la furiosa com suas provocações, em outro era capaz de deixá-la flutuando como se não houvesse nada além dos dois. Ela não havia percebido o quão rápido atravessaram o corredor, mas antes mesmo de abrir a porta, Scorpius já a puxava de encontro ao seus lábios novamente.

Jogou as malas num canto qualquer, deixando que sua mão livre agora corresse para a cintura da ruiva. O perfume de morangos do cabelo dela, o deixava completamente inebriado. Quem ele queria enganar? Absolutamente tudo nela, mexia com ele. Um idiota apaixonado.

Rose se afastou milimetricamente dele, fazendo com que seus lábios apenas roçassem. Os olhos dele, cinza escuro, estavam em um contraste perfeito com o verde intenso dos dela. Com as testas coladas, Rose subiu as mãos, um pouco trêmulas, até os botões da blusa dele. Devagar, e de maneira torturante para ele, Rose foi desabotoando um a um, deixando sua mão se aventurar nos pedaços de pele expostos. Scorpius tirou as mãos dela, apenas para deixar que a camisa escorregasse por seus ombros.

Ela subiu os olhos curiosos para ele, Scorpius sempre fora muito mais alto que ela. As mãos dele foram parar na barra do moletom surrado que Rose usava e, assim como ela, bem devagar puxou-o para cima. A visão dela de sutiã o fez lembrar do maldito dia que Rose decidiu experimentar lingeries com ele. Lingeries para sua lua de mel, mas agora ela estava ali, tão entregue a ele que ele não podia acreditar.

Scorpius a beijou, com mais urgência dessa vez, prensando-a mais ainda contra a parede. Rose sentia-se febril perto da pele fria dele, a cada toque podia sentir arrepios subindo pela sua espinha. No caminho em direção a cama, os dois foram entre os tropeços e risadas. Trombando por ali e derrubando coisas acolá, sem nunca pararem de se beijar. Rindo nos lábios um do outro. Extasiados. Felizes. Entregues.

Quando Rose o empurrou na cama, os olhos dele brilhavam de desejo. Com um sorriso nada inocente em seus lábios, a ruiva subiu devagar por cima dele. Mal tinha chegado a altura de seu rosto e Scorpius já havia puxado para um beijo faminto.

A tempestade lá fora não dava descanso. O barulho de chuva pesada era constante, assim como alguns trovões espaçados. Não que Rose estivesse muito preocupada com isso, de forma alguma, mal podia distinguir seus pensamentos. Esse era o efeito que Scorpius Malfoy tinha nela. Um Scorpius que ao mesmo tempo que parecia seu melhor amigo de sempre, mostrava agora um lado tão diferente que Rose sentia seu peito explodir dentro dela. Não sabia que seria possível amá-lo mais, mas se teve uma coisa que Scorpius Malfoy sempre fizera, era surpreendê-la.

Separar seus lábios parecia quase um pecado. Aliás, Rose descabelada, com o rosto corado e a boca entreaberta ofegante, sentada em cima dele já era, por si só, pecado. Mas ela não parecia se importar com os protestos dele quando se afastou, pelo contrário. Com as mãos livres, Rose desabotoou seu sutiã verde escuro. Claro que tinha que ser verde. E deixou que a peça deslizasse por seus ombros, se livrando dela, pelo que dependesse dos dois, por um bom tempo.

Scorpius subiu as mãos pelas coxas dela, calmo ainda que com um aperto firme. Subiu seus olhos por cada centímetro do corpo dela, a cintura que se encaixava tão bem nas mãos dele, a barriga lisinha, os seios expostos, a curva de seu pescoço, seus cabelos ruivos bagunçados e os olhos brilhantes. Percorreu cada detalhe com as mãos, um toque que parecia testar se ela era real. Ela era linda.

Rose sentiu cada pedacinho de seu peito preenchendo, o coração martelava tão forte contra suas costelas que tinha receio que Scorpius ouvisse. A forma que ele a olhava ficaria marcada em sua memória para sempre. Amor. Desejo. Cumplicidade. Deitado na cama com os ombros largos, traços finos, olhos cinzas que pareciam de outro mundo e cabelo platinado espalhado no colchão, Scorpius parecia um anjo. Seu anjo. E fora a vez dela de memorizá-lo, começando pelos cabelos que o fizeram a olhar de maneira tão inocente que seu coração derreteu. Seguiu seu trajeto contornando a maçã do rosto, descendo até os lábios e repousando suas mãos no queixo, inclinou-se para beijá-lo no mesmo momento em que ele a puxou pela cintura.

Um gemido escapou da boca dos dois quando seus peitos expostos se chocaram. Podiam sentir um ao outro, sem nada entre eles e ainda assim não parecia suficiente. Com um movimento rápido, Scorpius inverteu a posição dos dois. Senti-lo em cima de si, fez com que Rose arfasse e sua barriga desse um looping de 360 graus. Sem ao menos dar tempo para que ela se recuperasse, Scorpius desceu os lábios até seu pescoço. Mordia e chupava-o sem dó, enquanto suas mãos se aventuravam por todo corpo dela. A trilha de beijos molhados seguiu até o colo dela e o loiro fazia questão de olhá-la daquele jeito. Aquele jeito que apenas Scorpius Malfoy era capaz, que a fazia sentir completamente exposta porque ele a enxergava. Toda ela. Todas as suas camadas. Ele mordeu seu seio direito e Rose quebrou o contato visual jogando seu pescoço para trás enquanto o loiro começava a torturá-la.

Os arranhões e puxões de cabelo que ela dava, estavam deixando-o louco. Estava usando todo seu autocontrole para não parecer um adolescente afobado que quer pular para os finalmentes. Queria curti-la, cada momento. Mas Rose Weasley nunca facilitou as coisas para ele. Não que ele também facilitasse para ela. Desabotoar sua calça e se livrar da maldita peça de roupa, não fora difícil para as mãos habilidosas dele que, agora, a tocavam livremente.

Ela tinha certeza que entraria em combustão com os toques dele e Scorpius quase infartou quando as mãos dela entraram por dentro de sua cueca box. Deus, Rose. Seus gemidos eram abafados pelo beijo que trocavam. Scorpius levantou as duas mãos dela com força, prendendo-as acima da cabeça. Seus lábios, repuxados em um sorriso torto, tocaram a orelha dela.

— Nem pense em soltar, Weasley

A ruiva teve que morder os lábios para reprimir um gemido que ameaçou sair de sua boca. Agradeceu imensamente que Scorpius não podia ver a expressão no seu rosto nesse momento ou teria certeza que nunca mais deixaria de ficar vermelha perto dele. Sem ao menos dar tempo dela se recuperar, o loiro já havia saltado de beijos do seu pescoço até a barriga dela. Ele parou, milímetros antes de alcançar a calcinha dela, a mão dele repousando firmemente no quadril dela. Queria que ela o olhasse, Rose sabia. E ela o olhou, com a boca entreaberta e o peito subindo e descendo descompassado, as mãos juntas acima da cabeça. Então ele puxou com força a última peça de roupa dela, tocando-a . Rose gemeu.

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Os olhos de Scorpius Malfoy eram hipnóticos. Firmes, intensos e cheios de desejo. Scorpius a tocava de maneira muito íntima, sua boca deixando um caminho de fogo por onde tocava, suas mãos segurando-a firmemente no lugar. Ela arqueou as costas, completamente entregue a ele e aquele momento. E ele não conseguia deixar de olhá-la. Com as bochechas vermelhas, de lábios abertos e olhos fechados, com a cabeça tombada para trás, Rose Weasley nunca pareceu tão linda. Tão sua.

Com um movimento rápido, a ruiva se sentou na cama, puxando-o pelos ombros. Scorpius riu entre o beijo afobado que ela lhe dera.

— Eu não disse para você não soltar? - ele resmungou entre o beijo.

Bom, Rose Weasley nunca fora muito boa em seguir ordens.

— Eu quero você - as unhas dela arranharam seu pescoço, se enroscando em seu cabelo - Agora.

Não havia espaço para discussões ou nada que não fosse eles dois. Scorpius voltou a se deitar em cima dela e Rose logo tratou de tirar a última peça de roupa que os separava. Gemeram juntos quando, finalmente, se encontraram. Se moviam num ritmo só deles, ora lento, ora mais intenso. Brigavam para ver quem controlava, se provocavam, riam entre os beijos. Sussurraram ameaças, chamaram o nome um do outro, fizeram promessas e trocaram votos naquele quartinho de hotel. Se implicaram e se amaram só como os dois podiam fazer. A mesma Rose e o mesmo Scorpius de tantos anos, mas de alguma forma, os dois completamente diferentes. A mesma amizade da faculdade, que amadureceu, cresceu e agora, nesse momento, transbordava. Uma noite fruto da cumplicidade que cabia apenas a eles dois, do amor que era apenas deles dois. E por isso, nada poderia ter sido mais perfeito.