POV JAMES

Andrea? O que é que ela fazia ali sozinha? E para onde iria com tanta pressa?

– Hey, ruivinha – gritei.

Ela continuou a andar, provavelmente pensaria que não era com ela.

Corri e agarrei-lhe o braço.

– Hey – ela sorriu mas logo esse sorriso desapareceu quando percebeu que era eu. – Não me ouviste chamar, ruiva?

– Eu sabia que tu eras burro, mas nunca pensei que fosses cego, Potter – ironizou. – Caso não tenhas reparado eu tenho cabelo preto.

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– Oh não sejas assim – pedi. – Eu adorei os teus cabelos vermelhos!

Andrea revirou os olhos e continuou a andar.

– Irrita-me outra vez e talvez os vejas – afirmou sarcasticamente.

Não respondi, mas acompanhei-a.

– O que queres Potter? – Perguntou ela.

– Quero saber para onde vais – afirmei.

– Eu não te devo explicações – disparou.

Sorri. Adorava as suas respostas.

– Eu sei – disse. – Mas achei estranho ver-te a andar pelos corredores sozinha.

Andrea bufou e andou mais depressa.

– Eu soube que existe uma sala aqui no castelo com as fotografias das pessoas que morreram na guerra – afirmou. Eu sabia onde era essa sala, já lá tinha estado algumas vezes. – Quero ver uma coisa nessa sala.

Segui-a até ao terceiro andar.

Andrea analisou toda a sala e os seus olhos pararam num dos quadros.

– James Potter – informei quando vi a sua confução

– O quê?

– Esse é James Potter, o meu avô – esclareci. – Aquela é a minha avó Lily Evans Potter.

Ela olhou para o quadro que eu apontava e eu vi um pequeno sorriso formar-se nos seus lábios..

– James e Lily? – Questionou virando-se para mim.

– Os meus pais estavam com falta de imaginação na altura em que eu e a minha irmã nascemos – sorri

Andrea não respondeu, em vez disso continuou a analisar os quadros nas paredes.

– Remus Lupin? – Perguntou.

– O pai do Ted – esclarecei. – E aquela é a mãe – apontei para uma mulher com 20 anos cujo cabelo mudava de castanho para rosa choque.

– Ela é metamorfa. – Vi Andrea abrir a boca com o espanto.

Não consegui evitar o riso.

– Nynfandora Tonks – disse. – Mas o meu pai diz que ela odiava o primeiro nome.

Andrea viu quase todos os quadros da sala. E eu continuava a esclarece-la quanto aos nomes das pessoas.

Eu analisava-a quando sabia que ela não iria perceber. Eu vi quando os seus olhos brilhavam de orgulho quando reconhecia a pessoa e o que ela tinha feito. Vi a confusão nos seus olhos quando lhe falei do olho mágico de Moody.

Vi a sua compaixão para com Snape.

E por ultimo, vi Andrea com lágrimas nos olhos por Dobby.

Eu analisei cada expressão do seu rosto e vi os seus olhos mudarem de cor sem que ela reparasse. Verde com Moody, Castanho com Dobby, Amarelo com Snape.

O problema é que eu não sabia o que cada cor significava, mas perdia-me nelas sempre que mudavam.

– Potter, quem é este? – Ouvi-a chamar o meu nome, interrompendo-me os pensamentos. Olhei para o quadro que ela apontava.

– Esse? Sirius Black, porquê?

Olhei-a curioso.

Vi Andrea olhar para a foto de Sirius que lhe sorria maroto. Ela franzio a testa e eu olhei-a confuso. Depois olhei para Sirius.

– Vocês são parecidos! – Afirmei quando percebi que Andrea tinha os mesmos cabelos e olhos que o padrinho de meu pai. – Serio, ruiva, se tu não fosses nascida muggle, eu diria que eras da família do Black, – sorri tentando aliviar a confusão que Andrea demonstrava.

– Não sejas parvo, Potter! – Ela disse com a voz gélida e meio rouca.

Fiquei confuso com aquela reação. Eu só estava a brincar.

Andrea olhou para Sirius uma última vez e saiu da sala.

Olhei para Sirius.

Sim, eles eram parecidos. Mas tal como eu disse, Andrea nasceu muggle, era impossível ela ser da família de Sirius.

Black olhava para mim com uma sobrancelha arqueada.

– Mulheres, Six, mulheres – virei-me e sai.

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POV ANDREA

Levantei-me mais cedo que as minhas colegas de dormitório. Eu realmente não as conhecia, apenas sabia o nome delas, no entanto, duas delas eram pessoas que eu tinha a certeza não querer conhecer.

A sério, uma rapariga que só quer saber quem é o rapaz mais giro ou o que as outras miúdas andam a fazer não é propriamente o meu projeto de amiga. Neste caso, eu tenho duas no meu próprio dormitório.

Dirigi-me para a casa de banho. Parei em frente do espelho.

Suspirei.

Os meus cabelos lisos estavam agora todos despenteados e eu tinha olheiras. É assim que se fica quando não se consegue dormir á noite. Ou pelo menos a noite toda. Acordei perto das 3 da manha e desde ai não havia conseguido dormir.

Malditos sonhos estranhos.

Flashback on

Ela estava á minha frente. Quem? Eu também não sei.

Poderia dizer que era uma versão minha mais velha. Cabelos castanhos encaracolados e despenteados. Olhos cinzentos com sombra preta. Na realidade, toda ela estava vestida de preto.

Calças e camisola justa, botas de salto e capa preta.

Ela tinha a varinha na mão.

– Quem és? – Perguntei.

Ironicamente, eu tinha plena noção de que estava a sonhar.

A mulher abriu a boca mas voltou a fechá-la.

– O que fazes aqui? – Insisti.

Ela sorriu. Um sorriso gélido que me provocou arrepios nada bons.

“Dois lados se juntaram,

Aquele que serviu o Lord e o que lutou contra as Trevas.

E dessa união nascerá o novo Senhor da Morte,

O que nos governará pela Escuridão.

Acabar o trabalho é sua missão.

Livrar o mundo dos que não merecem,

E acabar com aqueles que impediram que eles vivessem!

Longe da magia deve ficar,

Ou noutro Lord Voldmort se irá transformar!”

A sua voz era horripilante e deixava-me totalmente arrepiada.

– O que queres dizer com isso? – Eu estava com medo, não podia negar.

Ela gargalhou e eu, instintivamente, tapei os ouvidos. Senti um arrepio horroroso descer a minha coluna.

– Até mais tarde – ela disse com a voz fria.

Flashback off

Acordei suada e a tremer. O dormitório estava escuro e em silêncio pelo que percebi ser cedo, no entanto eu não consegui voltar a adormecer.

Suspirei e olhei para a imagem no espelho.

– Foi só um sonho Andrea – disse para mim mesma. – Tu não te podes deixar afetar por um sonho! – Mas se era só um sonho porque pareceu tão real?

– Costumas falar sozinha? – Alguém perguntou atrás de mim.

Virei-me sobressaltada e vi uma das minhas colegas de dormitório. Lisa Finnigan!

– Não é da tua conta – disse.

– Nervosa? – Ela sorriu apreciando a minha situação.

– Eu? Não querida – disse docemente. – Agora, importas-te de me deixar para ir tomar banho?

Credo, odiava pessoas como Lisa. Pessoas que se divertem com o mal dos outros. No entanto a minha experiencia dizia-me que a única maneira de me livrar delas era jogar o seu jogo.

– Oh, claro está á vontade – disse cinicamente e saiu, fechando a porta.

Tomei um banho rápido e vesti o uniforme de Griffindor.

Hoje seriam as primeiras aulas de Duelos, logo a seguir ao almoço. Durariam a tarde toda, e isso era a única coisa que me fazia levantar da cama e ir ás aulas.