The Cursed Girl
Metamorfa!
Abri a boca com o choque. Um comboio enorme vermelho escaldante estava á minha frente. A plataforma está cheia de gente. Apressei-me a entrar no comboio, arrastando a minha mala.
– Queres ajuda? – Perguntou-me um rapaz loiro.
– Ah? O quê?
Ele riu-se.
– Perguntei se queres ajuda com a mala – explicou-se. – Pareces estar com problemas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Olhei para a mala nas minhas mãos.
– Sim, agradecia – afirmei.
Ele retirou-me a mala das mãos e rapidamente levou-a até ao compartimento das malas. Segui-o.
– O meu nome é Scorpius Malfoy – apresentou-se.
– Andrea Jones – afirmei. – Obrigada pela ajuda.
– De nada – disse ele. – Jones? Nunca ouvi falar dessa família.
Bolas, pelo que eu sabia os Malfoy’s não eram conhecidos pela sua tolerância a nascidos muggles. Eu não queria ser motivo de gozo.
– É normal – admiti. – É muggle.
– Tu és nascida muggle? – E pronto, vai começar. – A Rose vai adorar conhecer-te.
Franzi a testa.
– Quem? – Fiquei confusa.
– Rose Weasley, a minha namorada – explicou. – Anda, vou te apresentar ao pessoal!
Fui puxada a reboque por Scorpius, que me levou até á cabine mais barulhenta do comboio. Ele abriu a porta e eu pude ver os seus ocupantes. Para além dos três Potter’s vi também uma rapariga e dois rapaz ruivos, e outra miúda morena.
– Oi pessoal, esta é a Andrea – apresentou-me. – Andie, estes são o Fred e a Roxanne – apontou para o ruivo mais velho e a morena. Espera! Andie? – E estes são o Hugo e a Rose – apontou para os outros dois ruivos. – E é claro os Potter…
– Eu já os conheço – interrompi-o. Ele olhou para mim. – Eu tive um pequeno problema com a passagem.
– Prazer conhecer-te Andrea – disse Rose. – Tu és nova, certo? Nunca te vi por aqui!
– Sim, é o meu primeiro ano em Hogwarts – afirmei. – E, esperemos que seja o único!
– Único? – Perguntou Lily.
– Eu vou para o sétimo ano – expliquei, e vi James e o rapaz que eu sabia ser Fred, sorrirem.
– Oh, eu só estou no quinto, junto com a Roxy – disse Rose. – E a Lily está no quarto. Pelo que não vais partilhar connosco os dormitórios.
– Hey – protestou Albus. – Quem disse que ela vai para Griffindor?! Andrea pode ir para Slytherin.
– Isso mesmo – concordou Scorpius, a meu lado.
– Por favor, uma boneca destas nunca iria para a casa das cobras – disse James e piscou-me o olho. Levantei uma sobrancelha. – Basta olhar para ela. Ela é sem dúvida uma leoa.
Fred riu-se.
– Tu realmente és um Griffindor – afirmei para James. Ele olhou-me confuso. – É preciso coragem para dizeres algo assim, quando o mais provável é seres morto logo a seguir.
Albus e Scorpius riram-se disfarçadamente.
– É, James, ela vai para Slytherin – garantiu Albus.
James arregalou os olhos, mas logo sorriu.
– Nada disso maninho – afirmou a sorrir. – Aqui a nossa amiga é de Griffindor, sem dúvida. Afinal só os bonitos vão para a casa dos leões.
Scorpius, Albus e Hugo reclamaram. Aparentemente, nenhum deles era de Griffindor.
O resto da viagem passou-se bem, exceto pelas cantadas idiotas que eu recebia de James. Ele começava a irritar-me e eu não me queria irritar. Pelo menos não no primeiro dia.
– Sabes Andrea, nós os dois podíamos ir dar uma voltinha, o que achas? – Perguntou ele com um sorriso malicioso.
E esta foi a ultima gota. Eu sabia o que viria agora.
Senti os meus olhos queimarem um pouco, nada suficientemente forte para aleijar. Senti um arrepio no pescoço.
Á minha volta, todos arfaram com o choque.
– Sabes, Potter, irritar-me não é uma das coisas mais inteligentes que tu possas fazer – afirmei irritada.
– A-Andrea, os t-teus o-olhos – começou Rose.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Olhos? Olha o cabelo dela – disse Fred em choque.
Eu ainda tinha os olhos em James, que por mais estranho que parecesse não se tinha encolhido com os meus olhos desta cor.
Vermelho!
Cabelos e olhos vermelhos! Era assim que eu ficava quando me irritava. Vermelho escaldante!
Suspirei e fechei os olhos.
Levantei-me de repente e sai da cabine, o meu cabelo já começava a tornar-se preto outra vez. Os meus olhos por outro lado, demoravam um pouco mais de tempo.
Sempre a mesma coisa! Eu odiava esta minha característica! Porque eu não podia ser normal e ficar um pouco corada quando me irritava?! Não, Andrea Jones tinha de mudar o cabelo e os olhos. E para piorar, eu não tinha controlo nenhum sobre os meus olhos. O cabelo, por outro lado, era algo fácil de controlar.
Procurei uma cabine vazia, sem nunca levantar a cabeça enquanto andava pelo comboio. Não queria que ninguém se assusta-se comigo.
Encontrei uma no final do comboio, sentei-me no banco e baixei a cabeça.
Acalma-te, Andrea. O Potter é um estupido mas tu tens de te controlar!
A porta foi aberta e vi os pés de alguém á minha frente, no entanto não levantei a cabeça.
– Andie – a voz de Roxy chamou-me. – Olha para mim.
Suspirei e obedeci.
Ela sorriu quando o fiz.
– Isso é super assustador – disse a brincar. – Mas é engraçado!
– Engraçado? – Perguntei. – Os meus olhos estão vermelhos!
– E? Já viste o cabelo da Rose e do Fred? – Brincou. – Também é vermelho!
– Estás a brincar comigo?
– Oh va lá, mais uma ruiva no grupo não tem problema – sorriu.
E foi impossível não rir com o comentário. Senti de novo a ardência, e sabia que o azul acinzentado tinha voltado aos meus olhos.
– Anda lá, ruivinha – Roxy pegou-me na mão e levou-me até a cabine onde estavam os seus primos.
Quando lá chegamos todos olharam para mim.
– Eu peço desculpa pelo susto que vos causei – disse. – E pela forma como reagi.
Ninguém falou durante alguns segundos, até que Rose saltou do banco.
– Deixa lá isso, nós já somos todos estranhos mesmo, mais uma não faz mal – sorriu-me e eu sentei-me a seu lado.
– Mas queres-nos explicar como é que isso funciona?- Questionou Scorpius.
– Eu sou metade metamorfa – informei. – Eu não consigo transformar-me quando quero, mas o meu cabelo e olhos mudam consoante o meu humor. Quando eu fico irritada, ficam vermelhos, como vocês sabem – sorri.
– Tu não podes ser metamorfa – argumentou Scorpius. Levantei uma sobrancelha. – Isso é uma característica genética. Tu és nascida muggle, não tens ninguém na família com o gene.
– Bem, Scorp, a mim parece-me que ela pode ser – defendeu-me Lily. – Quer dizer, todos vimos a nossa amiga de cabelo preto virar ruiva num segundo, certo?
Scorpius deixou-me a pensar. Se era uma característica genética ser metamorfa, e eu não tinha ninguém com esse gene na família. O que era eu?
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