The Cursed Girl

Festa? Duvido!


– Vamos lá Andrea! – Implorou Lily.

– Não quero – afirmei.

– Por favorzinho? – Desta vez foi a Rose.

– Já disse que não quero ir – disse.

– Mas Andrea… - começou Lily.

–Não Lily! – Repeti.

– Por favor, Andrea. Faz isso por nós – pediu Rose.

As duas ruivas olharam para mim com olhos de suplica. Dois minutos a olhar para elas e eu não aguentei mais.

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– Tudo bem – concordei. Elas sorriram! – Mas eu nem tenho um vestido de jeito!

– Não há problema com isso – assegurou Rose. – Nós tratámos de tudo!

E com essas palavras eu fiquei com medo.

Passamos a tarde inteira fechadas no dormitório de Rose a prepararmo-nos. James iria dar uma festa na Sala Precisa, com Fred, e eu não queria ir de jeito nenhum. No entanto, ter duas ruivas como amigas significa que a tua opinião não interessa se elas quiserem que tu vás á festa.

Então depois de horas de tortura. E por tortura eu quero dizer depilação, maquilhagem, unhas, penteados e escolha de vestidos, estávamos prontas.

Rose usava um vestido azul que lhe ia até aos pés, com as costas á mostra. Lily iria com um vestido vermelho justo e curto, com umas botas de salto pretas. Ambas tinham uma maquilhagem leve e as unhas pintadas de rosa claro.

Eu usava um vestido até meio da coxa, com a parte de cima prateada e a parte de baixo preta. O vestido tinha alças finas, e nos pés uns saltos prateados. Tinhas as unhas pintadas de preto com brilhantes, e uma maquilhagem forte que me sobressaia os olhos.

Resumidamente, estávamos de arrasar!

POV JAMES POTTER

A festa ainda agora tinha começado e já estava um máximo. Várias pessoas dançavam na pista de dança, outras iam até ao bar e algumas simplesmente conversavam, embora eu duvide muito que se entendam com a musica tão alta.

Andava pela multidão quando senti alguém enrolar-se no meu pescoço. Lisa.

– Oi Jay – cumprimentou com um sorriso.

– Olá, Lisa.

– Eu estava a pensar – começou ela tentado ser sedutora. – Depois desta festa não precisas de ajuda para arrumar as coisas? – O que ela queria mesmo era sexo.

– Ahh… - não sabia o que responder. Até que ela apareceu, junto com Rose e Lily. – Sabes, Lisa, a Sala arruma tudo sozinha! Com licença!

Livrei-me dos braços dela e andei até Andrea, no entanto não cheguei a aproximar-me pois Fred apareceu.

– Jay, estamos com um problema – disse ele, desviando a minha atenção da minha ruivinha. – Jay!

– Sim, diz?

– A Minerva vem ai!

Bolas! E agora?

– A Mcgonagall? – Perguntou Rose. Como é que elas tinham-se aproximado sem eu reparar?

– Alguém lhe disse que havia barulho no corredor do sétimo andar – informou Fred.

– E ela nos apanha estamos expulsos – disse a Fred.

– E achas que eu não sei isso? – Perguntou ele stressado.

Trocamos olhares durante alguns segundos, a tentar descobrir uma maneira de não sermos apanhados.

– Oh por merlin! – Andrea bufou. Todos olhamos para ela, confusos. – Vais ficar a dever-me uma Potter – afirmou e retirou a varinha que estava presa na coxa, por debaixo da saia. Eu não sabia que se podia esconder coisas ai!

Andrea apontou a varinha para mim e depois para ela, murmurando um feitiço que eu desconhecia. As nossas roupas de festa mudaram completamente. Agora, estávamos vestidos com os uniformes escolares. Até a maquilhagem dela tinha desaparecido.

– O que fizeste? – Perguntei, quando mais ninguém o fez.

– Salvei-vos a vida. Devias agradecer – disse. Agarrou-me no pulso e puxou-me para fora da sala.

Agora estávamos os dois, sozinhos, no corredor do sétimo andar. A música não se ouvia devido á magia da Sala.

– Andrea! Eu não estou a perceber – admiti. – Como é que isto nos vai ajudar?

– Shiu! – Ordenou. – Só para saberes que o que eu dizer aqui, ou fizer, é para o teu bem e é bom que sigas o plano!

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– Que plano? – Fiquei ainda mais confuso.

O som de passos ouviu-se.

– Oh! Cala a boca Potter! – Explodiu Andrea de repente, assustando-me. O que foi que eu fiz? – Porque será que não me podes deixar em paz um segundo?

– Andrea?

– Já te disse que é Jones para ti! – Gritou e no exato momento em que vi Minerva dobrar a esquina, senti uma mão na minha cara.

– Au!

– Srta. Jones! – Repreendeu a diretora, correndo na nossa direção.

Andrea olhou para a diretora parecendo assustada, mas eu vi-a que ela estava a fingir. Eu era o único confuso ali?

– Professora… – começou Andie.

– Nada de professora – cortou-a a diretora. – A senhorita está de castigo, mas vamos falar melhor no meu escritório. – Olhou para mim. – Quanto ao senhor Potter, 10 pontos a menos por estar fora do dormitório a estas horas. Já para o seu quarto!

Espera! O quê?

Vi Mcgonagall encaminhar Andrea para o escritório, deixando-me sozinho. A ruiva virou-se para trás e eu li a palavra “vai” nos seus lábios.

Ela tinha feito o que eu pensava? Ela tinha-se sacrificado para me proteger e ao Fred?

Quando as duas saíram do meu campo de visão, voltei para a festa e procurei pelos meus primos e irmãos. Encontrei-os todos juntos, com Scorpius.

– A Andie? – Perguntou Fred.

POV ANDREA JONES

Ok, ficar de castigo não era exatamente o que eu pretendia, mas não podia deixar o Fred ser expulso, certo? E o Potter também não, ne?

Se bem que talvez uma detenção até não seja ma ideia. Dava-me uma desculpa para ficar longe de qualquer Potter ou Weasley, e talvez assim eu não ouvisse mais aquela voz na minha cabeça.

Quando chegamos ao escritório de Minerva, ela mandou-me sentar numa das cadeiras, obedeci. Ninguém iria desobedecer a uma ordem direta da diretora, principalmente na minha situação.

– Srta. Jones, quer-me explicar o porquê de ter agredido o Sr.Potter?

E agora? O que dizia?

– Eu.. Ele… - gaguejei. – Ele irrita-me! – Não era mentira!

– E acha isso uma boa desculpa? – Perguntou Mcgonagall.

– Não senhora – admiti. – Mas a senhora conhece o Potter! Ele é realmente irritante, e eu já me controlei muito tempo!

Minerva suspirou.

– Eu sei, senhorita – afirmou. – Mas, infelizmente, tenho de a colocar de castigo. Então a senhorita está encarregue de organizar a biblioteca até ao final do mês – informou. – Antes das aulas, e depois, quero-a a ajudar a Madame Prince, entendeu?

– Sim.

Até que não era um mau castigo. Eu não conseguia dormir mesmo, sempre ocupava as minhas horas livres.

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