The Cursed Girl

Juntos?!


Encaminhei-me para o dormitório, o que foi uma caminhada curta, uma vez que a Sala Precisa era no mesmo andar que a Sala Comum dos Gryffindor. Entrei a rezar para que ainda ninguém tivesse acordado.

Ninguém no salão comunal. Subi as escadas e entrei no meu quarto.

– Noite divertida, Não-Jones? – Perguntou uma voz irritante.

Olhei em direção da voz e vi Lisa sentada na cama. As outras raparigas estavam cada uma na sua cama a observar tudo.

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– Aposto que foi muito melhor que a tua Finnigan – provoquei. – E não me chames isso!

Ela levantou-se da sua cama, onde estava sentada, e veio até mim.

– E se eu quiser chamar? – Perguntou a meio metro de mim.

Olhei em volta e vi todas as outras barbies a olharem para nós, á espera da minha resposta.

– Bem, nesse caso eu esquecerei a educação que recebi – afirmei.

Pude ver medo nos olhos dela, mas isso não a impediu de me irritar ainda mais. Ela deu um sorriso cínico e virou as costas. Pois, era melhor acabarmos por ali mesmo.

Suspirei, peguei nas minhas coisas e dirigi-me ao banheiro.

– Preciso de tirar este cheiro de mim – resmunguei comigo mesma. Ainda sentia o cheiro de James.

POV ROSE WEASLEY

– Mas ela nunca mais desce? – Perguntei preocupada.

– Tem calma Rosie – pediu James. – A Andrea já deve estar a vir.

Faltavam 20 minutos para a aula começar e nem sinal da Andrea.

– Esquece! Eu vou subir!

– Se fosse a ti não fazia isso. – Virei-me e vi Lisa Finnigan de braços cruzados atrás de nós.

– O que queres dizer?

Lisa sorriu.

– Ela não dormiu no dormitório hoje – afirmou. – E quando eu sai ela esta a ir tomar banho porque “precisava tirar aquele cheiro dela”! – Lisa fez aspas com os dedos e tentou imitar a voz de Andie. Sorriu. – Acho que a noite foi boa!

Arregalei os olhos. A Andrea não dormiu no dormitório?! Então dormiu onde?

Senti James remexer-se no sofá. Olhei para ele. Eu sabia que James gostava da Andrea, embora ele não admitisse.

– Agora que já meteste o veneno todo podes sair – disse James neutro.

Vi Lisa sair com as amigas atrás. Virei-me para James.

– Estás bem?

Ele levantou uma sobrancelha.

– Porque não estaria? – Perguntou, confuso.

– Ora Jay, eu sei o que tu sentes pela Andrea – afirmei.

– Eu não sinto nada por ela – defendeu-se ele.

– Claro que não – disse. – E eu sou Dumbledore – ironizei.

James sorriu.

– Se quiseres posso começar a chamar-te Albus – brincou.

Quando iria dar uma resposta, vi Andrea descer as escadas.

– Bom dia! – Desejou ela a sorrir.

– Bom dia – respondi, analisando-a.

Realmente, ela estava mais contente e parecia que tinha dormido bem. Sorri. Ela estava bem, isso que importava. E se ela me quisesse contar, eu esperaria.

– Vamos tomar o pequeno-almoço? – Perguntou ela, ignorando James como era habitual.

– Claro – disse e começamos a andar.

Quando íamos a meio do caminho, James e Andrea começaram a discutir, outra vez. Sorri. Estes dois não tinham remédio! Nem repararam quando os deixei sozinhos e encaminhei-me até a mesa de Gryffindor.

– Bom dia – desejei aos meus primos, que me responderam em conjunto.

– Hey, viste o Jay? – Perguntou Fred.

– Sim, ele vem ai – apontei para a porta onde se via James e Andie a discutir. – Mas porquê? Não o viste no dormitório? – Fiquei confusa.

– Ele hoje não dormiu lá – afirmou Fred. – Fiquei preocupado!

O James não dormiu no dormitório, hem?

Será que…? Não! James e Andrea? Juntos?

Sorri. Eu sempre soube!

POV ANDREA

– Oh cala-te – quase gritei.

– Vem calar, ruivinha! – Senti o meu cabelo mudar de cor quando o Potter me provocou.

– Se eu te for calar é com um soco na boca! – Ameacei.

Ele riu-se.

– Há maneiras melhores de dizeres que me amas! – Provocou.

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– Eu odeio-te tanto Potter! – Gritei.

– Eu sempre soube que me amavas! – Ele respondeu.

Os meus olhos arderam. Vermelhos!

Quando ia responder, senti um arrepio gelado.

“Mata-o!”

Aquela voz de novo não, por favor! Não agora que eu estava bem!

“Tens de o matar! Ele é um Potter!”

– Não!

– O quê? – Perguntou James confuso. Só depois reparei que o tinha dito em voz alta! – Não o quê?

– Nada Potter – afirmei. – Deixa-me em paz!

Rapidamente, sai dali. Corri sem realmente saber para onde estava a ir, e foi uma surpresa quando me dei conta que estava na sala dos Retratos.

A sala estava escura, apenas iluminada pelas tochas na parede. Dava um ar assustador. Procurei o quadro de Bellatrix.

– Não! – Afirmei para a morena á minha frente. – Eu nunca vou fazer isso que tu queres que eu faça!

Ela olhou-me com um sorriso na cara, mas não respondeu. O que só me irritou. Era como se ela estivesse a gozar comigo.

– Estás a ouvir-me? – Gritei. – Eu não vou fazer o que tu queres!

Mais uma vez fiquei sem resposta. Suspirei e fechei os olhos. Senti os arder, mas desta vez com lágrimas. Solucei.

– Tem calma Andrea – pediu uma voz doce. Abri os olhos e olhei á minha volta, confusa. A sala estava vazia. – Aqui!

Uma mulher ruiva acenou-me do outro lado da sala. Andei até ela, com receio.

– Lily?

– Sim, querida – afirmou. O seu tom doce e sereno fez-me um aperto no coração. – Hey, não chores!

Solucei, mas tentei acalmar-me.

– O que se passa? – Perguntou a ruiva.

Olhei para ela. Para a mulher que sacrificou a vida pelo filho. Como é que eu lhe iria dizer que supostamente tinha de matar a família dela? Como?

Resolvi mentir.

– Chateei-me com um rapaz.

Lily sorriu, e vi também alguns quadros em redor sorrirem.

– Sabes, Andrea, os quadros falam – assegurou. – E as vezes sabemos coisas que não devíamos, principalmente se formos amigos de Dumbledore – sorriu.

Ela sabia. Algo me dizia que ela sabia! Oh merlin!

–Como? C..?

– Não te preocupes – pediu a sorrir. – Eu sei que tu nunca farás nada de mal.

Eu não conseguia aguentar ouvi-la falar assim. Não a Lily! A mulher que eu admirava pela coragem que teve.

Virei-me para sair da sala.

– Andrea – chamou. Olhei para ela. – O segredo é encontrares algo que te faça esquecer!

Assenti, mesmo sem entender e sai da sala.