The Cursed Girl

Eu não iria conseguir!


POV ANDREA

O corredor estava vazio. Era quase assustador a esta hora da noite. No entanto para mim, um corredor frio e escuro era muito menos assustador do que a ideia de dormir e sonhar com aquela mulher.

Bellatrix Lestrange, como recentemente soube que se chamava.

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Não podia ser… algo estava errado! Eu não podia ser aparentada com aquela, nem sei que nome lhe chamar. Eu simplesmente não queria ter nada a ver com ela!

Odiava a ideia de ela ser a minha mãe, mas tudo encaixava. Ela serviu Voldemort, e, acima de tudo, acreditava que os puro-sangue eram os únicos que deviam usar magia. Ela também iria se querer vingar dos que destruíram o seu precioso Lord.

Potter’s e Weasley’s! Acabar com eles era a minha missão. Era isso que era esperado de mim!

Sentei-me no chão frio, encostada á parede. Encostei a cabeça e fechei os olhos.

Flashback On

Eles eram bruxos! De certeza que sabiam como entrar. Olhei para os meus pais, que ainda estavam confusos a olhar para o bilhete.

Suspirei e encaminhei-me para a família.

– Ah, desculpem – disse chamando a atenção sobre mim. Todos se viraram na minha direção. – A senhora disse magia?

Vi todos arregalarem os olhos.

– Olha o que fizeste James – repreendeu a mulher. – Harry, querido, apaga a memoria a miúda, por favor.

Vi o homem retirar a varinha do casaco e aponta-la na minha direção.

– Espere, não me apague a memória – pedi. – As minhas notas já não são grande coisa, então sem memórias é que eu não passo a Transfiguração de todo.

– Transfiguração? – Perguntou um dos filhos. James, eu acho. – Tu és bruxa?

– Desde a última vez que verifiquei, sim – respondi um pouco irónica.

O homem suspirou e baixou a varinha.

– Em que te podemos ajudar querida? – Perguntou a mulher.

– Plataforma 9 e ¾?

– Oh, é a primeira vez? – Perguntou o homem. – Vem nós ajudamos-te. Já agora, o meu nome é Harry Potter.

– Harry Potter? – Procurei confirmar. Ele acenou constrangido. – Bem, é um prazer conhecê-lo. O meu nome é Andrea Jones.

– Igualmente – disse ele. – Esta é Ginny, a minha mulher – apontou para a ruiva. – E estes são os meus filhos. James, Albus e Lily – apontou para cada um deles.

Flashback Off

A família Potter tinha-me ajudado embora não me conhece-se.

Flashback On

Fui puxada a reboque por Scorpius, que me levou até á cabine mais barulhenta do comboio. Ele abriu a porta e eu pude ver os seus ocupantes. Para além dos três Potter’s vi também uma rapariga e dois rapaz ruivos, e outra miúda morena.

– Oi pessoal, esta é a Andrea – apresentou-me. – Andie, estes são o Fred e a Roxanne – apontou para o ruivo mais velho e a morena. Espera! Andie? – E estes são o Hugo e a Rose – apontou para os outros dois ruivos. – E é claro os Potter…

(…)

A porta foi aberta e vi os pés de alguém á minha frente, no entanto não levantei a cabeça.

– Andie – a voz de Roxy chamou-me. – Olha para mim.

Suspirei e obedeci.

Ela sorriu quando o fiz.

– Isso é super assustador – disse a brincar. – Mas é engraçado!

– Engraçado? – Perguntei. – Os meus olhos estão vermelhos!

– E? Já viste o cabelo da Rose e do Fred? – Brincou. – Também é vermelho!

– Estás a brincar comigo?

– Oh va lá, mais uma ruiva no grupo não tem problema – sorriu.

E foi impossível não rir com o comentário. Senti de novo a ardência, e sabia que o azul acinzentado tinha voltado aos meus olhos.

– Anda lá, ruivinha – Roxy pegou-me na mão e levou-me até a cabine onde estavam os seus primos.

Quando lá chegamos todos olharam para mim.

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– Eu peço desculpa pelo susto que vos causei – disse. – E pela forma como reagi.

Ninguém falou durante alguns segundos, até que Rose saltou do banco.

– Deixa lá isso, nós já somos todos estranhos mesmo, mais uma não faz mal – sorriu-me e eu sentei-me a seu lado.

Flashback Off

Eles tinham-me aceite como eu sou, mesmo não me conhecendo.

FlashBack On

Então ali estava eu, a ir para passar o natal na casa dos Potter, junto com a família Weasley e Malfoy.

Suspirei e toquei á campainha.

Passados uns minutos, uma mulher ruiva abriu-me a porta. Reconheci-a do primeiro dia de escola. Ginny Potter.

– Oh, tu és a Andrea, certo? – Perguntou e eu acenti. – Entra. Bem-vinda. Os outros estão na sala, eu já lá vou ter querida.

Ginny indicou-me onde ficava a sala e deixou-me sozinha na entrada. E agora?!

Só me restava entrar e procurar pelos outros.

Não difícil de chegar. Tendo os Potter e os Weasley juntos, a sala não estava propriamente em silêncio. Entrei e todos me cumprimentaram.

(…)

O numero de adultos na casa tinha aumentado. Eu vi o pai de Scorpius junto com uma mulher morena, calculei ser a mãe, e vi mais um casal na sala.

Ele era ruivo e ela morena. Ambos falavam com Harry.

– Ron e Hermione Weasley – disse uma voz masculina atrás de mim.

Virei-me e vi Potter sorrir-me.

– Qual é o teu problema com nomes das pessoas? – Perguntei levantando uma sobrancelha. Serio, o rapaz estava sempre a dizer-me como se chamavam as pessoas que eu desconhecia. – Mas obrigada pela informação.

James ficou surpreso com o meu agradecimento, mas não disse nada.

– Sr. Malfoy, é um prazer voltar a vê-lo – cumprimentei o pai de Scorp.

– Oh, Andrea, podes-me chamar de Draco – afirmou. - Esta é a minha mulher, Astónia.

– Prazer, querida – disse a senhora.

– Igualmente – respondi.

Depois foi a vez do casal ruivo-morena.

– O meu nome é Ronald Weasley e esta é Hermione Weasley – apresentou-se ele.

– Andrea Jones, é um prazer – apertei a mão a cada um. No momento em que apertei a mão á mulher eu senti um arrepio.

FlashBack Off

Sim, eu tinha a certeza de que nunca iria conseguir os magoar! Eles tinham sido tão simpáticos comigo.

Como é que eu ira magoar os Potter, quando me lembrava do sorriso de Ginny ou do olhar brincalhão de Harry? Para não falar nos filhos que eram meus amigos, incluindo o James.

E os Weasley! Como iria magoar alguém que já tinha sofrido tanto como Hermione, ou alguém que simplesmente transmitia amor como Ronald? E Rose? Aquela pequena sabe-tudo que me ajudou tanto mesmo sem saber a verdade? Ou Hugo que me fazia rir por ser tão lerdo e não ver que Lily era apaixonado por ele?

Eu não os queria magoar, mas algo dentro de mim dizia que eu não tinha escolha. E esse algo colocou lágrimas nos meus olhos.

– Andrea? – Assustei-me quando a voz quebrou o silêncio do corredor.