The Cursed Girl
Bellatrix Black Lestrange!
POV JAMES
– Bem, eu vou indo – disse enquanto largava o copo na mesa.
Rose, Fred, Roxy e Lily olharam para mim, curiosos.
– Eu também vou – disse Andrea, o que fez com que todos olhassem para ela.
Ela levantou-se enquanto limpava a boca no guardanapo. Quando levantou a cabeça viu todos olharem para ela.
– O quê? Eu e o Potter temos detenção juntos – disse ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O que é que vocês estavam a fazer para estarem de castigo? – Perguntou Fred.
– Os dois? Juntos? – Completou Roxy, com um sorriso na cara.
– Discutir – mentiu Andrea e encolheu os olhos. Depois olhou para mim. – Vens?
Seguia dizendo adeus aos meus amigos.
Caminhamos em silêncio. Até que eu resolvi quebra-lo.
– Então ruivinha..
– Eu não sou ruiva, Potter – interrompeu-me.
Sorri. Era exatamente estas palavras que eu esperava.
– Andie – comecei.
– É Jones para ti, Potter – cortou-me.
– Eu acho que não é Jones para ninguém – afirmei e vi-a parar de andar.
– Nunca mais digas isso – disse olhando para mim. Vi os seus olhos verdes. Medo ou confusão?
– Desculpa – pedi.- Mas já conseguiste perceber alguma coisa do livro?
Andrea encolheu os ombros e recomeçou a andar. Eramos os únicos no corredor, a esta hora todos estavam a jantar.
– Eu já li o livro várias vezes – disse ela. – Ou pelo menos, já li algumas páginas. – Suspirou. – A Rose diz que o livro se atualiza sozinho, logo a informação que lá está é correta, mas eu não sei como é que o meu nome foi lá parar.
– Andrea Black - pensei alto. – Até que não fica mal, sabias? – Sorri
Ela sorriu. Espera! O quê? Andrea Jones, ok não tão Jones assim, sorriu para mim? James Sirius Potter? Onde este mundo vai parar?
– Eu também acho que não – concordou comigo.
– Já pensaste em falar com os teus pais? – Perguntei.
Ela encolheu os ombros.
– Já – assegurou. – Mas não sei como fazê-lo. Por carta? Ou espero pelas férias?
– Tu tens de te decidir- disse.
O resto do caminho fizemos em silêncio. Pelo canto do olho eu vi Andrea pensar no assunto, e vi os seus cabelos mudarem de cor. Verde, vermelho e depois preto.
Quando chegamos á sala, Minerva estava á porta.
Iriamos limpar os quadros da Sala das Memórias.
– Quero as vossas varinhas – informou e, eu e Andrea entregamo-las. – Vão limpar a sala, e quando acabarem vão ter comigo.
Depois sai, deixando-nos sozinhos.
Suspirei e peguei num dos baldes com água e um pano.
– Eu limpo deste lado – apontei para a parede que continha os meus avós. – Tu começas por ali, ok? – Indiquei a parede onde estavam os Devoradores da Morte.
Andrea acenou e começamos o trabalho.
O tempo passou, sem que eu ou Andrea falássemos. Eu já estava quase a acabar quando ouvi a voz dela.
– Potter? – Chamou-me.
Virei-me e vi-a de costas para mim a olhar um quadro. Aproximei-me dele.
– Sim?
Ela olhou para mim, mas rapidamente virou-se para o quadro.
–O que sabes sobre ela? – Perguntou apontando para a mulher de cabelos pretos com um sorriso sinistro nos lábios.
– O nome dela é Bellatrix Lestrange – informei. – Ela era seguidora de Voldemorte. A avó Molly matou-a – conclui.
– Só isso? – Insistiu Andrea.
– Ela foi de Slytherin quando estudava – disse. – Ficou presa durante 14 anos em Askaban, até que conseguiu fugir juntamente com outros Devoradores da Morte. Pelas histórias que o pai conta, ela torturou a tia Hermione e escreveu-lhe no braço “mudblood” – conclui.
Andrea olhou para mim assustada.
– Ela torturou a Hermione? – Questionou com os olhos arregalados.
– Sim, mas não te preocupes, a tia Hermione está bem agora – disse tentando acalma-la. Afinal, porquê esta reação? – Mas também não me admira que ela tenha feito o que fez á minha tia! – Andrea olhou para mim um pouco confusa. – Foi Bellatrix que matou o Sirius – informei. – O próprio primo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ouvi Andrea arfar.
– Bellatrix era prima do Sirius? Do Sirius Black? – Vi os seus olhos brilharem verdes.
– Sim, o nome dela é Bellatrix Black Lestrange – afirmei.
Andrea olhou de novo para o quadro e saiu a correr.
Pensei em ir atrás dela, mas quando me preparei para ir, ouvi uma voz.
– Deixa-a ir, James – disse a voz que eu conhecia bem, pelo simples facto de ter conversado com ela todos estes anos em Hogwarts. Sirius Black. – Ela precisa de estar sozinha, agora.
Olhei para ele.
– Como sabes?
– Conheço bem as mulheres – ele disse a sorrir.
POV ANDREA
Sentia as lágrimas formarem-se nos meus olhos. Não podia ser! Não era verdade!
Como é que eu fui tão burra? Como é que eu não a vi no livro dos Black?
Bellatrix era o nome dela! Da mulher que assombrava os meus sonhos durante todos estes meses. A mulher que me fez reviver todos estes pesadelos. E o pior, é que não eram só sonhos. Era memórias!
Memórias dela presa. Memórias de Hermione a chorar de dores. Memórias dela!
Bellatrix Black! Andrea Black! Eu não podia ser filha dela! Não podia! Eu não podia ser filha dela!
Sem saber para onde me dirigia, senti-me surpresa quando vi á minha frente as portas do Escritório de Minerva. Olhei para as duas gárgulas que me olhavam divertidas.
Sem pensar duas vezes disse a senha e subi.
Não me dei ao trabalho de bater á porta. Entrei como um furação devido á raiva que sentia.
Minerva levantou-se sobressaltada da sua cadeira e o homem que estava sentado á sua frente olhou para mim um pouco assustado. Draco arregalou os olhos e eu podia jurar que era pela cor dos meus olhos e cabelos.
– Senhorita Jones – começou a diretora.
– Não me venha com essa de Srta. Jones – pedi quase a gritar. – Tanto eu como a professora sabemos que Jones não é o meu nome, não é mesmo?
Vi Draco e Minerva arregalarem os olhos, ao mesmo tempo. O Malfoy levantou-se.
– Eu acho que vou… - começou o loiro.
– Pode ficar Sr. Malfoy – interrompi-o. – Eu sei que o senhor sabe da história. – Percebi que Draco iria tentar dizer que não. – E não vamos mentir sobre isso, ok?
Ele acenou, mas não se sentou. Continuou em pé.
– Andrea, por favor, vamos conversar com calma – pediu a diretora. Olhei para ela. – De certo, tudo terá uma explicação.
– Eu apenas quero que me responda a duas questões – disse irritada, dando dois passos em frente. Ambos olharam para mim á espera. – Porque não me disseram que eu era uma Black? E o que raio a Bellatrix tem a ver comigo?
Vi os seus rostos ficarem confusos.
– Bellatrix? – Perguntou Draco. – Tu não tens nada a ver com ela!
– Então porque é que ela tem estado nos meus sonhos desde que entrei para Hogwarts? – Perguntei irritada. Porque não me davam as respostas que eu queria? – Digam-me porque é que eu ando a sonhar com ela e com as memórias dela?
– Com as memórias da Lestrange? – Perguntou Mcgonagall. – Como sabes que são memórias dela?
– Porque não me parece que eu vá torturar Hermione Weasley por que me apetece! – Gritei. – Porque eu nunca iria sonhar com alguém que não conheço e porque Askaban não é o meu paraiso de sonho!
– Calma, Andrea – ouvi o quadro de Dumbledore pedir. Olhei para ele. Os seus olhos transmitiam calma e amor, e foi impossível não me acalmar com tal vista. Suspirei. – Creio ter ouvido que a senhorita anda a sonhar com Bellatrix, estou correto?
Revirei os olhos. É claro que ele tinha ouvido!
– Sim, professor – confirmei.
– Agora, quer-me explicar porque acha que Bellatrix tem alguma ligação a si?
Olhei para ele, depois para Draco e Minerva, e de novo para o antigo diretor.
– Porque ela apoiou Voldemorte – disse e eles olharam-me confusos. A minha voz estava calma, mas eu sentia a raiva por dentro. – E no primeiro sonho que eu tive com ela, ela disse-me uma profecia. Na altura eu não sabia o que era, mas depois de alguma pesquisa e ajuda da Rose – admiti, - eu percebi que era sobre mim. E além disso, cabelos pretos e olhos cinzentos são uma característica bastante comum na família Black – ironizei referindo-me á minha aparência física.
– Diga-me o que dizia essa profecia que a levou a acreditar que está ligada a Bella? – Perguntou Albus.
–“Dois lados se juntaram, Aquele que serviu o Lord e o que lutou contra as Trevas.” – Recitei. – Eu acho que é bastante óbvio, não? Bellatrix serviu o Lorde, e provavelmente o meu pai lutou contra ele.
Vi a diretora e Draco ficarem nervosos com as minhas palavras.
– A menina contou a Rose Weasley sobre a profecia? – Perguntou Minerva.
– Não, eu disse-lhe que tinha encontrado o poema no chão – afirmei. – Nunca lhe disse que era algo pessoal.
– E mais alguém na escola sabe que a menina é uma Black? – Mcgonagall parecia extremamente nervosa.
Pensei em dizer não, mas lembrei-me do Potter. Ele sabia!
– Não – menti. James não iria ser metido no meio desta confusão por minha culpa.
Vi Draco e Minerva suspirarem aliviados, mas percebi que Dumbledore não tinha acreditado nas minhas palavras. No entanto, nada disse sobre isso.
– Srta. Jones eu acho que está na hora da menina ir para o dormitório – afirmou Minerva. Olhei para ela confusa. – Já é tarde!
O que?
– Como assim? A senhora está me a mandar para a cama depois de me confirmar que eu sou uma Black e que toda a minha vida foi uma mentira? – Perguntei a gritar. A raiva voltou.
– Sim, senhorita, é exatamente isso que eu estou a fazer – assegurou ela.
Eu não queria acreditar nisto!
Olhei para Draco. Ele mantinha-se neutro.
Dumbledore olhava-me com orgulho, o que eu achei meio estranho.
– Tudo bem – afirmei e vi Minerva levantar uma sobrancelha, como se estivesse surpresa por eu ter aceite tao depressa. – Mas lembre-se que Black ou não, eu ainda sou a Andrea de sempre. E pode apostar que eu não vou descansar até saber de tudo. Mesmo sem a sua ajuda! – Olhei para os dois homens. – Boa noite – e sai.
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