Broken Angel

Capítulo 13


Um anjo, delicado e sutil, encantador e seduzente. Seus olhos de mel mostravam sua alma, expunham toda sua bondade,mas suas asas estavam atadas em volta do corpo, como uma armadura que protegia aquela alma boa de todo o mal. E esse anjo, por um instante, se viu desarmado, assim que suas asas caíram. Ele começou a correr na areia de um litoral distorcido e irreconhecível, até que pisou em vidro e seu sangue tingia a água do mar.”

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Brooklyn acordou assustada, num pulo. As imagens terríveis ecoando em sua mente. Aquela droga de anjo e seu sangue. Porque isso de novo? Depois de tantos anos...

Ela esfregou os olhos e saiu da cama, fez tudo o que fazia sempre, separou seu material e desceu. Preparou o café da sra. Finn, mas não comeu nada. Não estava com fome para isso. Abriu a porta dos fundos para o gato sair e partiu para o colégio. Foi caminhando devagar, pensando em seu sonho bizarro e improvável. Não demorou muito para que chegasse no colégio, as estava tão distraída que não percebeu que passou pelo estacionamento.

Respirou fundo e esqueceu tudo. Olhou para os lados e viu seus amigos num bolinho de conversa. Connie e Theo estavam se irritando, como sempre. Eric e Nikki estavam rindo de alguma piada obscena de Mason, Peeta e Katniss dividiam o café e Connor assim que a viu, abriu o maior sorriso.

– E aí, Brook! - Eric gritou como doido e saltou do corrimão que estava sentado, e a abraçou forte. Ele era como um irmão bobo para ela. Nikki riu.

– Pára de ser chato, Eric! Deixa eles!

– Ela é minha amiga! Eu não vou deixar esse monte de cocô encostar nela assim.

Eric e afastou e beijou Nikki. Brook passou pro meio da rodinha onde cumprimentou um por vez, até chegar em Connor. Ela estava envergonhada e só deu um selinho nele. Connor sorriu e segurou-a pela cintura, ela de frente para os amigos, entendo a vergonha dela.

– Você chama isso de beijo? - Mason zoou.

– Inconveniente, Mason. Bem inconveniente. - Katniss repreendeu-o. O sinal do colégio soou alto e eles foram para a classe.

No terceiro período, na aula de literatura, enquanto a professora lia um enorme trecho de um livro velho e que todos já tinham lido várias vezes, os alunos faziam diversas coisas: rabiscavam, jogavam bolinhas de papel um no outro, mexiam no celular, dormiam... Tudo isso em silêncio.

Connie pegou o celular e mandou uma mensagem para Brook, que estava rabiscando em seu caderno. Ela se assustou com o vibrar do celular em seu colo e olhou o visor.

Duas novas mensagens não lidas”

Abriu a primeira, de Connie.

Quando aconteceu? Quero dizer, você e o Connor?”

“Ontem. Você se resolveu com o Theo?” - Brook respondeu e enquanto esperava um sinal de Connie, olhou a outra mensagem. Era um número desconhecido, com número de área diferente.

Ela colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e abriu a mensagem.

“Seja um anjo bom e me ajude.”

A história do anjo de novo no mesmo dia? Algo muito estranho estava acontecendo, mas ela não sabia o que era. Recebeu a resposta de Connie, e o dia se arrastou normalmente. Despediu-se dos colegas, de Connor, foi ao trabalho e no horário de sua saída, como fora prometido, Connor estava lá.

– Oi, Brook. - ele deu um selinho nela, assim que ela passou pela porta.

– Oi...

– O que você tem? Parece preocupada o dia inteiro...

– Nada... a Sra. Finn que está doente. - Ela sorriu.

– Mistério de novo? - Ele a olhou com desdém. - Vem, vamos tomar alguma coisa no shopping e você me conta tudo.

Ela havia prometido realmente que contaria.

– Tá, mas não no shopping. - Ele assentiu e ela o levou para uma milkshakeria, próxima à sua casa. Fizeram seus pedidos e se sentaram no banco de mármore da pequena praça escura e deserta em frente ao estabelecimento.

Ela tentou enrolá-lo com beijos. Colocou o copo de plástico com o sorvete em cima do banco e se aproximou à ele, olhou bem fundo nos olhos e deixou todo o seu desejo sair. Roçou seus lábios nos dele, enroscou os dedos finos nos curtos cachos loiros de Connor e o beijou. Ele não era idiota, e a beijou de volta. Pela cintura, a puxou mais para perto, fazendo as pernas definidas da moça pararem em seu colo, e sua mão esquerda teve o trabalho de passear pelas curvas na cintura dela. Assim que o oxigênio saiu todo de seu pulmão, ele completou com um selinho e a olhou.

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– Brook, você prometeu que ia me contar.

Ela respirou fundo e fitou o chão, saindo do colo dele.

– Certo... Bom, meu nome é Brooklyn Milligan e...

O telefone de Connor tocou. O rapaz olhou o visor brilhante e viu o nome de seu pai na tela.

–“ Connor, preciso de você em casa, agora. Por favor” – A voz grossa de seu pai que parecia preocupada e resolveu obedecer.

–Ok. Tchau. - Olhou para Brook e sorriu - Você escapou, por hoje. Mas amanhã, não tem desculpa. Eu preciso ir embora. Te deixo em casa, vem.

Connor sacou a chave do carro de seu pai do bolso, tirou o alarme e deixou Brook em casa.

– Boa noite, te amo.

– Te amo também. - ela lhe deu um selinho e esperou ele virar a esquina com o carro prateado. Assim que ele saiu, ela se virou para entrar em casa, mas sentiu uma mão agarrá-la, e o cheiro de clorofórmio invadiu suas narinas, não lhe dando chance de permanecer acordada. Só Deus saberia onde ela ia parar agora.

Connor guardou o carro na garagem e entrou pela porta, chegando na sala. Viu seu irmão chorando e sua mãe histérica. O pai sério estava no sofá, com uma mala em mãos.

– O que aconteceu? Pra onde você vai? - Ele perguntou, analisando a cena, nada daquilo parecia uma situação boa.

– Connor, sente-se. - O pai ordenou e ele o fez.

– Me desculpe, mas... ligaram hoje e eu preciso ir imediatamente para a Síria. Muitos conflitos armados estão ocorrendo por lá e o exército americano vai intervir.

– O quê? Essa história de novo? VOCÊ DISSE QUE NÃO IRIA MAIS CONTINUAR COM ESSA MERDA DE EXÉRCITO! A GENTE JÁ SE MUDOU! NÃO ESTÁ FELIZ AINDA? VAI ABANDONAR SUA FAMÍLIA DE NOVO?

– Con, gente... Me desculpem, eu preciso ir. Mas eu juro... vai ficar tudo bem. Eu vou voltar! - O pai abraçou os três que tinham tornado a chorar.

– Foi a mesma coisa que eu ouvi meu tio falar, antes de ele morrer em guerra, lembra? Pai, por favor! - o pequeno Josh resmungou.

– Promessa é dívida. Não prometa algo que não sabe se pode cumprir. - Connor rosnou.

– Eu vou cumprir isso, por vocês. Eu vou voltar. - Uma buzina aguda soou na rua silenciosa e Richard sabia que era para ele. - Eu tenho que ir... Eu amo vocês. Nos vemos em breve... - ele deu um beijo na cabeça de cada um dos filhos e um abraço, e na esposa, demorou um pouco mais em sua boca. Ele sabia que era uma promessa difícil de se fazer, mas tinha que tê-la feito, pois era com sua família que estava lidando. Se despediu mais uma vez e saiu.