Lembranças
Reclamações, duvidas, suspeitos.
Hermione.
– Ei dorminhoca, acorda – Harry sussurra em minha orelha, o que me faz estremecer, abro os olhos lentamente junto com um pequeno sorriso. – Já está ficando tarde, e eu tenho que lhe levar ao lugar prometido.
– Estou com sono ainda – digo.
– Eu sei, a noite você dorme mais, agora vamos, por favor, sua mãe disse que você vai passar um tempo sem vir aqui.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Faço bico, mas resolvo levantar.
– Você literalmente está uma preguicinha esses dias. Vou leva-la ao médico, isso não é o normal de Hermione Granger – ele faz um tom de brincadeira nas duas ultimas palavras.
Levanto e vou ao banheiro.
– Estou pronta – digo sorrindo.
– Vamos.
Quando chegamos em Paris, olhei para cima e fiz uma careta.
– Eu já sei o que você está pensando – Harry murmura.
– E o que eu estou pensando?
– Em aparatar lá em cima, mas não vai rolar. Chega de tantas magias, você vai subir como uma trouxa normal.
– Harry – resmungo – É muito alto eu vou ficar enjoada.
– Vai nada, daqui alguns segundos você vai estar lá em cima.
– Ok, ok...
– O que você tem hoje? Está enjoadinha – indaga Harry – Melhorou dos pressentimentos ruins?
– Não, não melhorei, por isso estou assim.
– Sem problemas.
Harry estava com a expressão áspera, mas eu não desejei saber o porquê. A subida foi bastante rápida e melhor; não fiquei enjoada. Senti a mão de Harry passar pelo meu rosto e seguir até meus olhos, fechando-os, de modo que fizesse eu não ver mais nada.
– O que é que você está fazendo? – pergunto enquanto ele ia me guiando a um determinado local.
– Pronto – ele tira a mão de meu rosto e eu então me espanto com tamanha beleza.
– Uau – sibilo – É...
– Lindo? – ele me interrompe – Também acho interessante.
– Interessante? – berro – É magnifico, é um...
– Por favor Mione, aulas agora pela manhã não – retruca Harry e eu sorrio.
– Ok então.
– Mas aqui é um lugar bonito para ficar com a pessoa que você mais queria estar perto – ele sorri e me abraça por trás, fazendo minha cabeça encostar-se a seu ombro.
– Sabe o que eu mais estou desejando para o dia de hoje? – indago.
– Não, o quê?
– Que o dia demore a passar, por que eu não quero voltar para casa.
– Mas você tem que voltar mocinha, se não sua mãe não deixa você nem chegar perto de mim.
– Mas ela já disse que vou passar um tempo sem ver você, e eu acho que ela vai inventar essa viagem novamente, e aposto que vai dizer que foi só invenção para poder ficar perto de ti – arquejo depois de falar.
– Não tem problemas para mim, nenhum.
– Mas para mim tem Harry, eu não quero viajar, não estou no “clima”. – reclamo.
– Sério, você está muito chata ultimamente – ele diz sério.
Eu o encaro, para ver se ele muda o que disse, mas ele não faz nada, apenas continua me fitando com seus olhos verdes.
– Como você tem coragem de me dizer isso? – pergunto enraivecida.
– Do mesmo modo que você tem coragem de dizer que eu sou burro às vezes.
– Harry isso não tem simplesmente nada haver.
– Tem tudo haver Hermione, eu só disse a verdade, olha eu te trouxe aqui para ver se a gente podia ter um dia legal, mas você só sabe reclamar desde a hora que chegamos – ele berra, mas ninguém escuta, pois todos estão longe.
– Harry, você quer tudo no seu tempo, quer que todos estejam felizes o tempo todo, de sorriso no rosto tratando você bem, mas a vida não é assim.
– Hermione eu não quero isso, até por que eu não estou feliz o tempo todo, eu tenho os meus problemas, eu tenho minhas preocupações, eu tenho minhas tristezas e eu não saio descontando em você. Eu estou tratando você mais do que bem desde ontem e você apenas reclamando o tempo todo. – sua voz estava alterada.
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Harry.
Hermione sai e me deixa sozinho, o que me faz ficar com mais raiva ainda, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas eu também exagerei, o problema é que eu assumo e a Mione não, ela sempre quer estar certa. Quase sempre ela está, isso eu não nego, mas... É melhor eu ir trabalhar e esquecer um pouco essas discussões bobas.
Quando sento em minha cadeira, vejo a ficha de Pether Grigori em cima da mesa. Pego-a rapidamente. Fugitivo de Azkaban. Me sinto extremamente culpado por ter de algum modo deixado isso acontecer, talvez meu relacionamento com Hermione não estivesse fazendo bem ao meu trabalho e as minhas responsabilidades. Repasso as folhas e simplesmente não consigo imaginar como ele conseguiu escapar.
Saio da sala e me comunico com outros aurores, eles irão mandar mais reforços de Dementadores atrás dele. Não é a primeira vez que ele consegue fugir de Azkaban, em 1999, mas logo o capturaram. Depois ele novamente tentou, mas fui a Azkaban e reforcei o lugar onde ele estava. Parece que tudo foi em vão.
Fico inquieto, andando de um lugar para o outro, sem saber o que fazer, sento na cadeira novamente. Ouço a porta de minha sala bater.
– Senhor Harry? – Christian pergunta. Christian é um secretário, que trabalha no departamento.
– Sim?
– Deixaram isso para você – mas seu modo de falar soa estranho, talvez seja coisa de minha cabeça.
Então ele me entrega um papel, um pouco amassado e úmido por causa da chuva. Depois de entregar o papel, Christian vira-se e sai de minha sala.
Abro o papel curioso e me assusto com o que leio. No papel está escrito:
Senhor Harry? Isso me faz rir, vamos ver se você realmente é competente no que faz. Te encontro amanhã nesse mesmo horário na floresta proibida de Hogwarts, sei que você adoraria voltar a um lugar da qual você ama muito.
Pether Grigori.
Um frio corre por todo o meu corpo, eu solto o papel e corro até a porta, mas Christian já havia desaparecido. Só assim percebo que Pether estava se passando por Christian, e eu fui tolo o suficiente para não ter percebido antes.
Mas a pergunta é:
O que Pether Grigori, fugitivo de Azkaban quer comigo?
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