Já estavam de baixo da árvore, fazia algum tempo, o sol já começava a se pôs no horizonte, sendo engolido pelas águas. Scorpius ainda não acreditava, era como se tivesse acordado de um sonho antigo, cobiçado há anos. O loiro segurava a cintura de Rose com possessão, apertando-a contra seu corpo o mais firme que conseguia enquanto a ruiva brincava com os fios loiros de sua nuca.

Separaram seus lábios, cada um com um sorriso no rosto.

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—Sabe? Eu estou gostando disso. —Scorpius falou tentando beijar a ruiva novamente, mas Rose virou o rosto, recebendo um beijo na bochecha.

—Eu também, mas já está na hora do jantar e eu preciso comer alguma coisa. —Rose falou bastante próxima dos lábios do garoto. —Vamos!

Rompeu o contato e eu alguns passos, percebendo que o garoto não a seguira, virou-se para encará-lo.

—Tudo bem?

—Sim, só estava lhe admirando. —Percebeu o forte rubor e Rose e deu alguns passos mancados, sua perna ainda doía. —Sorte que a sua mira não é muito boa.

Rose permitiu-se gargalhar momentaneamente.

—Minha mira? Ruim? —Colocou um dedo no peito do rapaz. Cruzou os braços, encarando-o com a sobrancelha levantada e um sorriso de lado. —Se eu quisesse acertar lá, com certeza não estaria nem caminhando agora!

Virou-se, jogando os cachos ruivos no rosto do garoto.

—Espere até eu caminhar normalmente, vou te jogar dentro do lago! —Gritou para Rose já bastante distante.

A ruiva apenas riu e seguiu até o salão principal. Sentou-se ao lado de Alvo que estava juntamente com Tiago, Lily e Hugo.

—Que sorriso é esse? —Perguntou o primo mais novo, enquanto a ruiva servia-se com mais quantidade do que o normal. —Na verdade, não precisa responder!

Todos viraram e observaram com sorrisos que variavam entre surpresa e graça, Scorpius caminhava mancando para a mesa da Sonserina. Tiago foi o primeiro a conseguir falar alguma coisa:

—Você o chutou? Isso é covardia! —Falou e logo um sorriso nasceu. —Gostei!

Rose riu.

—Não acertei onde vocês estão pensando, mas chegou bem perto! —Virou-se mordendo uma maça, olhou para o rapaz que com dificuldade sentava-se carrancudo, lhe mandando uma careta.

—Prima, vou lá defender meu amigo. —Alvo beijou a testa a ruiva e saiu andando.

Rose jantou lentamente, com tranquilidade e sem pressa alguma. Despediu-se carinhosamente dos primos, beijando-lhes as bochechas rosadas e seguindo para seu salão comunal. Parou em frente ao dragão verde.

—Verde galês! —As chamas pareciam ter aumentado com o tempo, passou pela abertura, e assim que pôs os pés no tapete vermelho foi puxada contra a parede. Respirou fundo, aliviada. —Você me assustou!

—E você me chutou, acho que mereço um beijo, não é? —Rose estava presa na parede, não poderia recurar, e não queria, sorriu complacente e se inclinou, encostando seus lábios carinhosamente. Scorpius aprofundou o beijo por alguns segundos mais e então se separou. —Posso me acostumar com isso!

Rose riu e sentou-se na poltrona, com um livro no colo. Scorpius sentou-se no sofá, bem perto de poltrona. Percebeu que a ruiva já não prestava tanto atenção nas páginas surradas. De esguelha observou-a morder os lábios, reprimindo as palavras. Levantou o olhar.

—O que foi?

—O que foi o quê? —Retrucou incomodada.

—Você quer falar alguma coisa, desembucha! —Ajeitou-se no sofá.

Rose mexia a cabeça incansavelmente, até que mordeu os lábios pela última vez.

—Você contou à alguém, sobre... Bem, sobre nós? —Estava sem jeito para juntar as palavras “sobre” e “nós”.

Scorpius riu.

—Era isso? —Rose assentiu. —Não contei, achei que deveríamos chegar em um acordo antes.

—Acordo? —Perguntou novamente. Scorpius respondeu que sim, explicando em seguida o que seria o tal acordo. —Ah, claro. Bem, podemos ir devagar, não é?

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—Claro. Pelo menos até eu me sentir pronto para falar com o seu pai. —Scorpius riu. Rose, porém, pareceu ter um mal súbito. Pegou-se pensando na reação que Ronald teria, exagerada era a palavra correta. Imaginou-se parando na frente do namorado e defendendo-o, criando um drama adolescente como nos filmes que vira durante o verão. —Um galeão pelos seus pensamentos.

—Um galeão? —Riu-se e caminhou até o sofá, empurrando Scorpius para o canto e aconchegando-se nos braços do garoto. —Estava imaginando você conversando com o meu pai e...

—E? —Scorpius incentivou-a a continuar a frase. Rose apertou-se mais ao corpo do loiro, que a envolveu em um abraço.

—É assustador. —Concluiu por fim.

Scorpius tinha certeza de que o mesmo aconteceria com Draco, mas já havia comentado com o pai sobre Rose e de como se sentia em relação à ruiva. Dariam um jeito, e a defenderia do que fosse necessário.

—Não se preocupe — Beijou o topo da cabeça ruiva. —, estou aqui. Lembra? Nunca vou deixar que algo te aconteça.

Rose repetiu mais para si do que para o loiro.

—Nunca.

Deitou sua cabeça no peito do garoto e continuou a ler, recebendo caricias em seus cabelos e de vez em quando beijos distribuídos e seu ombro. Quando percebeu o horário, levantou-se como um turbilhão, assustando Scorpius quase adormecido.

—Dorme comigo, estamos juntos, não tem problema! —Pedia sonolento, puxando-a em vão para a porta de seu quarto.

—Não é porque estamos juntos que podemos dormir na mesma cama. Agora boa noite. —Beijou rapidamente os lábios voluptuosos do garoto e fechou-se em seu próprio quarto.

Ouviu passos perto de sua porta e em seguida apenas a voz do loiro:

—Não precisa trancar a porta, não vou te atacar! —Gritou e Rose riu. —Boa noite, minha ruiva.

Rose jogou a cabeça no travesseiro fofo e macio. Analisou os últimos minutos de sua vida, e nunca pareceu tão encantada com tal contato. Scorpius tomou conta da sua cabeça em questão de segundos. Listou o que lhe encantava, como mexia nos finos fios loiros platinados, os braços fortes devido ao Quadribol, dos diversos sorrisos que decifrava a cada dia, as mãos enterradas nos bolsos da calça e da gravata levemente aberta. Abraçou um travesseiro com força, tal força que poderia explodi-lo e soltar as penas de ganso pelo quarto. Era tanta felicidade que mal cabia em seu peito, talvez um feitiço de expansão fosse interessante.