As Aventuras dos Marotos

Capítulo 6 - O Segredo


Cena 1 – O Retorno



James, Sirius e Peter chegaram a Hogwarts à noite e foram direto para o Grande Salão. Remo mexia na comida sem realmente querer comê-lo.



_ Olha, lá está ele! - James apressou o passo para a mesa da Grifinória e os outros o acompanharam.



_ O que estão fazendo aqui? – Remo sorriu realmente feliz por vê-los.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

_ Voltamos! – Sirius piscou. – A turma não é a mesma sem você.



_ E o Natal na sua casa? – o amigo estava surpreso.



_ Simplesmente decidimos comemorar o Natal duas vezes. – James riu.



_ E trouxemos presentes! – Peter lembrou.



- Remo! Você não parece bem... – Sirius notou que o amigo estava mais pálido que o normal.



_ Ah! Eu sou estou um pouco cansado.



_ Acho melhor você ir para a enfermaria.



_ Não, James! Não é necessário. Vocês me dão licença? Eu só preciso descansar um pouco. Eu irei para o quarto e espero por vocês lá, quero ouvir as novidades.



_ Okay, você é quem sabe - Sirius concordou ainda preocupado.



_ Nós seremos rápidos. - James disse sentando-se à mesa.



_ Até mais, então. – Remo se levantou da mesa e caminhou em direção a saída.



Eram tantas as novidades para compartilhar com o amigo, que os rapazes não perderam muito tempo comendo. Trataram de engolir o que encontraram pela frente e esconderam algumas guloseimas nos bolsos para comerem mais tarde. Subiram as escadarias para a torre da Grifinória, conversando animadamente, mas quando entraram nos domínios da casa e descobriram a Sala Comunal vazia, eles correram para o dormitório fazendo muito estardalhaço, porém para surpresa deles, Remo não estava lá.



_ Ele não veio pra cá! – Sirius constatou olhando para a cama organizada.



_ Para onde será que ele foi? – Peter sentou-se na sua cama.



_ Não sei! Talvez ele esteja pegando um vento lá fora – James olhava para fora da janela. – Vamos dar uma olhada?



_ Mas... Já está escuro e não podemos sair sem ninguém perceber.



_ Ah! Podemos sim, Peter. – James abriu o seu malão e de lá tirou a Capa de Invisibilidade que ganhou do pai. – Então?? Quem vai comigo?



_ Eu vou!! Você vem com a gente ou prefere ficar sozinho?



_ So-sozinho. – Peter gaguejou. – Eu vo-vou.



Os garotos entraram embaixo da capa e saíram sorrateiramente para a noite. Procuraram por Remo em vários lugares possíveis sem sucesso até que avistaram um vulto diante do Velho Salgueiro. Era Remo curvado como um tronco. De repente, a noite clareou e por entre as nuvens, a lua cheia apareceu refletindo sua luz sobre a neve branca.



Os Marotos não tiveram tempo para chamar pelo amigo. Sob a capa eles assistiram calados. Remo se contorceu e suas vestes rasgaram. Sua forma humana desapareceu sob a couraça de pêlos. As mãos criaram garras, os olhos ficaram vermelhos e injetados, a boca transformou-se em mandíbulas terríveis...



Não havia mais nenhum resquício do amigo que conheceram, diante deles estava uma fera. Remo se transformara num lobisomem. A fera uivou para a lua, um som solitário no meio da noite. James sentiu dor pelo seu amigo e medo pelos outros. Ele não sabia nada sobre lobisomem e muito menos do que o amigo era capaz nessa forma.



_ Não se movam! – James alertou ao perceber que a fera farejava algo no ar.



A fera ganiu olhando diretamente para onde eles estavam, mas em vez de se aproximar, o animal correu em direção à floresta negra. Os amigos ficaram um bom tempo em silêncio. Cada um procurava absorver o segredo de Remo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

_ Quanto a vocês eu não sei, mas eu vou esperar Remo voltar. – Por fim, James disse para quebrar o silêncio.



_ E-Eu es-to-tou com medo!



_ Não há o que temer. Ele continua sendo nosso amigo. É isso, não é James?



_ Sim. Então, nós estamos todos de acordo!



Cena 2 – A Espera



Os Marotos se revezaram durante a noite e aguardaram no portão de entrada principal, mas Remo não voltou. Amanhecia devagar, o sol estava com preguiça e uma neve fina caia. Os rapazes não falavam, mas no semblante de cada um podia se notar a preocupação estampada. O Diretor Dumbledore apareceu do nada.



_ Ainda estão aí, senhores Potter, Black e Petigrew?



_ Se-senhor, pode-nos enxergar? – Peter sobressaltado delatou-se.



_ Sim, claro como a luz cintilante do sol.



James retirou a capa e os três apareceram.



_ Nós iremos ser castigados? – Peter se preocupou.



_ Deveriam, mas como sei que estão aqui por uma nobre causa. Só desta vez, notem bem, farei de conta que nada vi.



_ Como o senhor nos descobriu?



_ Meu caro, Potter! A Capa de Invisibilidade é muito útil, mas um bruxo como eu, deixe-me ser um pouco menos modesto, não necessita de uma para tornar-me invisível, existem inúmeras maneiras para isso. Ontem, o senhor Lupin deveria ter procurado Madame Pomfrey, mas o jovem não apareceu, o que a levou a me procurar imediatamente. Fui diretamente para o Salgueiro e lá chegando surpreendi-me ao ver três rapazes escondidos sob a capa assistindo a transformação de seu amigo. Logo, concluí que o senhor Lupin sentiu os sintomas mais cedo e não houve tempo para procurar Madame Pomfrey e encaminhou-se sozinho para o Salgueiro. E que a súbita chegada de vocês não o tenha preparado para uma desculpa razoável, fazendo com que os senhores o seguissem.



_ Mas como o senhor soube que ele foi para o Salgueiro?



_ Ah! Na verdade o Salgueiro foi especialmente plantado para receber o jovem Lupin. Por medidas de segurança para os outros alunos, pois um lobisomem só oferece perigo para seres humanos. Por isso, sugiro que o assunto continue em segredo, pois muitos pais seriam contra a estadia do senhor Lupin em Hogwarts. Mas, continuando... No salgueiro existe um pequeno buraco, onde se esconde uma alavanca, que abre um túnel e esta passagem leva à Casa do Grito em Hogsmeade. Lá, o jovem Lupin tem passado o tempo necessário para não machucar ninguém.



_ O que podemos fazer para ajudá-lo, senhor?



_ Ah! Meu caro Black, receio ter que dizer que a transformação a que o senhor Lupin foi submetida é muito dolorosa e que infelizmente ainda não há cura. Tenho a esperança de que num futuro breve, alguns de nossos brilhantes alunos possam descobrir uma porção que alivie o seu sofrimento ou mesmo obtenham a cura para o seu caso. No momento, a maior ajuda que podem dar ao seu amigo, ainda é contar com a amizade e o afeto, que creio eu, não preciso me preocupar, pois sinto que nada estremeceu entre vocês.



Nesse momento ouviu-se o partir de um galho. Remo fraquejava, tremia de frio, pois suas vestes rasgadas não o cobriam. James e Sirius correram para apoiá-lo e notaram que o amigo estava cheio de mordidas, arranhões e hematomas. Assim como surgiu do nada Dumbledore havia desaparecido. James colocou a Capa de Invisibilidade sobre Remo e com a ajuda de Sirius e Peter, levou o amigo para a enfermaria.