As Aventuras dos Marotos

Capítulo 47 - O Ataque


Cena 1 – Os Pendragon



A noite era soturna e escondia os inimigos em seu manto negro. Aquele castelo era magnífico e tinha uma história lendária até mesmo entre os trouxas, pois Arthur Pendragon e seus Cavaleiros da Távola Redonda foram guiados pelo maior bruxo de todos os tempos Merlim.



Joshua era descendente direto dos Pendragon e era irônico que Morgana tivesse o nome da mulher que tentara usurpar o trono de Arthur e agora, restava a ela cuidar para que aquele patrimônio histórico não caísse nas mãos de seu irmão Fenri. Já fora vergonhoso mudar o sobrenome de Remo para Lupin. O nome da família jamais deveria ser maculado.



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Ela aguardava o inimigo adentrar silenciosamente em sua armadilha. Uma sombra apareceu ocultando a lua que lhe iluminava os pensamentos. Ela ergueu os olhos para ver a figura onipresente de um lobo em pé sobre as patas traseiras. Fenri tinha controle sobre sua transformação e voltou a ter a aparência pálida de um humano.



_ Olá, querida irmã.



_ Você não é mais meu irmão. Ele morreu quando se tornou o monstro que matou meu marido e transformou a vida de meu filho num inferno. Diga o que quer e suma da minha frente! – disse de um modo rude que não combinava com sua beleza.



_ É. Eu não esperava uma recepção calorosa... Você deveria me agradecer transformei-a numa viúva afortunada e seu filho... Terá poderes infinitos se seguir a natureza selvagem.



_ Se veio buscar agradecimento veio ao lugar errado – havia ódio e desdém em suas palavras.



_ Há muito tempo atrás você tinha o cheiro inebriante de carne fresca e juvenil. Há muito foi meu desejo, é uma pena que esteja velha. Mas quem sabe saborear minha própria família tenha um gosto mais requintado? – ele riu enquanto seus olhos ficavam de um vermelho vivo e se transformava na criatura que era, um lobisomem.



_ Você nos enganou tão bem... E todo esse tempo sempre escondeu seu lado negro. Dissimulado! – a raiva fervia dentro dela.



_ Sim, minha cara. Nunca foi fácil fingir ser parte desta família, fingir não sentir o cheiro inebriante e apetitoso de meu sobrinho – o ganido tornava-o quase incompreensível – chega de recordações! Prepare-se para o fim.



Nesse mesmo instante uma luz verde aparecia sob o céu do castelo transformando-se na marca de Lord Voldemort.



_ Então... – os olhos de Morgana brilharam de modo perigoso emitindo todo o ódio por aquela criatura que um dia chamou de irmão e saboreando o momento de vingança sorriu debochando da vil tentativa – terá apenas o que merece.



Um barulho ensurdecedor correu pelas paredes de pedra do castelo como se estivessem desmoronando, explosões se seguiram até que as chamas cercaram o aposento em que se encontravam.



_ Acho que alguns de seus amigos entraram pelo lugar errado. Venha! – provocava-o rindo debochadamente – sinta-se à vontade para comer minha carne, mas não é uma pena... Nós dois estaremos bem passados daqui a pouco.



_ Louca! – ele grunhiu cheio de raiva uivando para assustá-la.



_ É de família, mas o que importa é que os fins justificam os meios.



_ Eu não ficarei para morrer... Porém, você morrerá pelas mãos dele – apontou para o vulto negro que surgiu das cinzas.



_ AVADA KEDRAVA!



Não houve tempo para reagir, o corpo de Morgana caiu sem vida, os olhos abertos e surpreendidos pelo inevitável.



_ Requisito-a para mim, senhor.



_ Você nem mesmo conseguiu um lugar para nos instalarmos, Greyback. E ainda quer recompensa? Não me faça rir... Suma-se antes que deixe sua carne queimar neste inferno.



Greyback não pensou duas vezes antes de evaporar entre as chamas.



_ Ela irá para a minha coleção na caverna – Voldemort carregou o corpo inerte de Morgana para fora enquanto o castelo queimava em ruínas.



Cena 2 – O Instinto Lupino



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A lua prateada iluminava a casa dos Potter velando o sono de seus moradores. No bosque, alguns animais noturnos vagavam em paz, porém, de repente um uivo selvagem cortou o silêncio absoluto da noite. Escutou-se o galope de vários animais acordando a todos.



_ O que houve? – Edward abriu a porta com a varinha em riste.



_ Não sei... – James estava caído e ainda parecia atordoado.



_ Estávamos conseguindo ter uma noite calma, mas... – Sirius calou-se mordendo os lábios.



_ Ele estava consciente?



Edward guardou a varinha enquanto as duas mulheres se juntavam a eles. Era cômico vê-los de pijama do lado de fora da casa.



_ S-sim – Peter saia por trás da cadeira de balanço.



_ Ele pareceu desesperado. Suas últimas palavras urradas foram... mãe.



O senhor e a senhora Potter se entreolharam como se tivessem tido a mesma impressão.



_ Quanto ele pode correr?



_ Se ele foi para lá... Chegará em poucos minutos, visto que não é longe... – abaixou os olhos.



_ Entrem e não discutam! Deixem isso por minha conta. Mandarei um patrono assim que puder – pela primeira vez Edward exigiu e assim que se despediu da esposa, desapareceu.



_ Mãe! – James estava preocupado. – Para onde ele foi?



_ Para o Castelo do Dragão Vermelho.



_ Para Pendragon? – Lílian murmurou assombrada.



_ Sim. Remo deve ter voltado para casa.



_ Para quê? – James estava confuso.



_ Ele pressentiu algo. Tenho certeza. – Sirius falava compenetrado.



_ Mãe! Deixo-nos ir. Precisamos ajudar o pai.



_ Contra quem? – Vivian tentava avaliar o que aquelas crianças sabiam.



_ Nós estamos em guerra contra um bruxo das trevas. Se Remo tiver pressentido a presença do tio em Pedragon, eu não sei do que ele será capaz... – James refletia já pensando no pior que poderia acontecer.



_ Senhora Potter... Remo ainda não tem a capacidade de se controlar. Somos os únicos que ele atende mesmo quando está consciente.– Sirius olhou-a profundamente – Se for um ataque dos Comensais da Morte, ele não deve ser uma distração para o Senhor Potter, pois ele estará sozinho...



_ Como vocês podem saber tanto? Nada foi escrito no Profeta Diário.



_ E a senhora acha que o Profeta é a única fonte de notícias?



_ Edward ficará muito zangado se for desobedecido...



_ Voltaremos assim que estivermos com Remo, mãe. Eu prometo! – James soltava seu olhar persuasivo.



_ Está bem. Acho que estou perdendo meu juízo por deixá-los ir.



_ Peter!?



_ Eu também?


_ Vocês não podem aparatar! Usem a chave que serve de portal. A pequena miniatura com a bandeira dos Pen`ragon na lareira da biblioteca.



Os três correram velozes até a biblioteca e sumiram assim que tocaram o objeto.



Cena 3 – O Confronto



À noite pareceu sinistra para Edward enqu`nto se escondia. Aguardava a chegada de Remo\"e não sabia o que deveria esperar, se o surtg era por causa dos experimentos de Vivian ou se os instintos de lobisomem o 4omaram. Se pudesse impediria que Morgana fosse perturbada, pois era uma amiga que precisava de tempo para curar-lhe às feridas in~isíveis que sangravam dolorosamente. Porém, ao ver a Marca Negra emergir no céu noturno ele preparou-se para o pior.



Dentro do castelo, os três marotos andavam sorrateiramente pelos corredores quando ouviram um forte estrondo vindo dos porões. Ao sentir o chão cedendo, eles correram para a única saída que encontraram pelo meio do caminho. Esparramados pelo chão viram a porta soltar chamas que se elevaram pelo céu como um dragão furioso tragando todo ar e explodir.



Corpos carbonizados e mutilados caíram do céu assombrando Peter que se encolhia enquanto os outros dois tentavam puxá-lo para a mata. Foi quando viram um grande lobisomem cinzento descer habilmente da torre mais alta e ser atacado assim que tocou o chão, por outro de cor prateado, ambos atacavam-se com garras e mandíbulas, os ganidos soavam ferozes fazendo os garotos temerem o pior.



Logo a fumaça tomou conta do Castelo escondendo a lua, que agora mais parecia embebida de sangue. O Castelo de Pendragon queimava como uma fornalha quando Remo caiu ferido mergulhando na inconsciência.Edward protegia o garoto enquanto tomava a forma humana. No entanto, Grayback fugiu para bem longe ao sentir uma presença.



Um homem escondido sob o manto negro caminhava em direção deles. Edward pressentiu a presença dos garotos que se aproximaram transformados em animagos. Remo foi imediatamente transportado para longe dali e Edward ficou de pé concentrado inteiramente em enfrentar o bruxo que chamavam de Voldemort.



Ele carregava uma bela mulher. Morgana que jazia pálida nos braços do bruxo. Os olhos abertos outrora cheios de vida encontravam-se opacos. Enquanto, ele se desfazia do corpo, o manto revelou a face de um homem, os olhos extremamente frios, revelavam a morte em forma humana.



_ Saia de meu caminho, se tem amor à vida.



_ Sairei quando me entregar esta mulher. – Edward apertou a varinha com mais força deixando-o em alerta.



_ Não é linda? – sorriu irônico. - A morte lhe caiu bem, não acha?



_ Cai tão bem quanto lhe cairia.



_ Tenho que reconhecer... Você tem brio. Portanto, terá a chance de morrer como um bruxo e não como um verme. Porém, antes disso a etiqueta manda que eu me apresente com quem vou duelar... Lorde Voldemort – cumprimentou-o com um floreio da varinha.



_ Edward Potter – acenou levemente a cabeça.



_ Espero que não seja tão entediante – afastou-se do corpo de Morgana sob os pés.



_ Farei de todo o possível para torná-lo interessante.



Voldemort atacou primeiro, um vendaval tragava as folhas das árvores mais próximas tornando-as desnudas. Logo um redemoinho se formou jogando-as numa velocidade cortante. Edward protegeu-se evocando um escudo que expandiu até pará-las por completo. Ele usou o mesmo feitiço, mas o vendaval de folhas sobrevoou o castelo tornando-se uma grande bola de fogo, como se um cometa fosse jogado para cima do lorde. Este rapidamente transformou-se numa grande cobra líquida extinguindo o fogo por completo ao engoli-lo.



Edward procurou chegar perto do corpo inerte de Morgana. A cobra líquida rastejou para cima dele engolindo-o da mesma forma. Sirius deteve James, que tentou ferrenhamente seguir na direção do pai e quando tudo parecia perdido, a coloração translúcida tomou a cor branca do gelo, lentamente de dentro para fora até explodir em milhões de pedaços. Edward sustentou o corpo de sua amiga quando se viu livre e ofegante correu na direção das crianças.



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Naquele momento, os pedaços de gelo se derretiam aglomerando-se novamente. Peter tremia e só pensava em fugir dali quando retirou a miniatura, mas antes que tentasse fugir sozinho algo chamou sua atenção dando tempo para os outros lhe alcançarem. Todos eles seguraram a bandeira ao mesmo tempo enquanto os olhos amedrontados de Peter viram o aglomerado se transformar no seu pior pesadelo e que o perseguiria por toda a vida.