Contratada para Amar

Capítulo VII - For your entertainment


Capítulo VII – For your entertainment

Lana Walker

Abri a porta de nosso apartamento e tateei a parede a procura do interruptor, quando o encontrei acendi a luz e Marco resmungou dizendo que a luz estava machucando suas vistas que só tinham um fina fresta para enxergar, então apaguei a luz e acendi o abajur que tinha perto do sofá.

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— Senta ai que eu já volto. – indiquei o sofá para ele enquanto ia até meu quarto para pegar o kit de primeiros socorros que havia em meu guarda roupa.

Desci as escadas e o encontrei na sacada, sentado na cadeira e de olhos fechados com a cabeça inclinada para trás.

— Isso está bem feio. – murmurei examinando cuidadosamente seus machucados – Não precisava ter arrumado briga por causa daquele canalha.

— Precisava sim, ele estava te agarrando a força. – explicou.

— Você não estava dançando? O combinado não era “Cada um sai com quem quiser”? – disse abrindo a maleta e pegando o antibacteriano para passar nos machucados e um pouco de gaze.

— Sim, o combinado era esse, “Cada um sai com quem quiser”. – frisou a última palavra – E você não queria sair com ele.

— Não posso discordar. – sorri de lado – Mas, eu sei me cuidar. – o lembrei.

— Sei que sabe, mas era meu dever cuidar de você.

Aquilo que ele disse soou aos meus ouvidos como: eu vou cuidar de você, mas sei que não foi o que realmente quis dizer, embora me parecesse que era. Então lhe disse:

— Isso pode arder um pouquinho. – e comecei a limpar seus machucados, seu supercílio direito, o canto de sua boca. E a cada toque que eu dava com a gaze ele gemia pela dor. – Calma, calma, vai passar. – disse limpando novamente, e assim que terminei de limpar seus machucados comecei a assoprar para que não ardesse tanto. – Melhora assim?

— Melhora muito. – deu meio sorriso ainda de olhos fechados.

Assoprei um pouco mais e peguei a pomada para passar antes de fazer o curativo, passei delicadamente com a ponta dos dedos, em seu supercilio e coloquei um band-aid ali.

— Desculpe, mas não posso passar pomada nem por band-aid no seu lábio. – ri para deixar o clima menos tenso.

Fechei a maleta com tudo dentro e levantei da cadeira ao lado da dele.

— Me deixa ver como tá isso. – pedi fazendo um gesto para que ele se levanta-se e ficasse sob a luz da lua para que eu observasse seu lábio.

Ele levantou e apoiou-se no muro que havia ali e eu pude ver seu lábio. Havia um pequeno corte no canto e estava vermelho sangue, porém já não sangrava mais. Seu supercílio estava com o band-aid, e seu olho direito ficaria roxo no dia seguinte.

— É, não há mais nada que eu possa fazer. – desculpei-me.

— Mas e meu lábio? – indagou.

— Não posso passar pomada e nem colocar o band-aid. – repeti.

— Lembro-me de quando era pequeno e fazia algum machucado. – sorriu – Eu corria para a minha mãe, e ela não passava pomada ou colocava band-aid, apenas com um beijo ela curava-o.

“Um beijo”, a palavra ecoou na minha cabeça. E olhei para seus lábios volumosos e convidativos, me parecia ter uma textura incrivelmente macia, uma textura que eu precisava sentir. Olhei em seus olhos azuis que me encaravam de volta, e o senti arfar.

Aproximei-me cautelosamente dele, diminuindo a distancia entre nossos corpos, até que ele segurou a base de minhas costas com uma das mãos e com a outra colocou uma mecha de meus cabelos atrás de minha orelha, afagando minha bochecha com o polegar e passando-o sobre meus lábios, sentindo-o. Não pude evitar de fechar os olhos ao sentir seu toque e então eu senti seus lábios, mais macios do que me parecia.

Um beijo que começou calmo como um lago sem ondas, apenas explorando um a boca do outro, mas se aprofundou de um modo que parecia um oceano agitado sob uma tempestade violenta.

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Sim, havia desejo naquele beijo. Havia luxuria.

Meus dedos entrelaçados em seus cabelos e sua mão em minha nuca, ele entrelaçou os seus dedos em meus cabelos puxando-os provocando-me arrepios e um gemido escapou de meus lábios.

Começamos a andar para dentro da casa, e o fogo, que dormira por tanto tempo, despertava como um leão dentro de mim. Tirando as mãos de seus cabelos, tirei sua camiseta e joguei-a em algum lugar, ele sentou no sofá e colocou-me sobre seu colo. Separando-nos dos beijos apenas para traçar uma linha de beijos pelo meu pescoço, eu inclinava minha cabeça para trás enquanto ele descia seus lábios para minha clavícula e colocando suas mãos por baixo da minha regata chegando ao meu sutiã, e voltando para a bainha da minha regata arrancando-a de mim e jogando-a para o lado.

Ergui seu queixo para que voltasse a beijar seus lábios, eu precisava daqueles lábios, precisava sentir seu gosto novamente.

E mais uma vez, com os dedos entrelaçados em meus cabelos ele puxou-os para que eu expusesse meu pescoço por onde voltou a beijá-los, desta vez descendo até meus seios, onde deu uma mordiscada, e com as mãos procurou seu fecho para tirá-lo também, porém, ele lutava sem encontrar nada. Afastei-o de mim e olhando em seus olhos, desabotoei-o pela frente.

— Está difícil, né? – disse de forma provocadora, vendo seu sorriso malicioso.

Marco Smith

Sim. No contrato estava que não era permitida relações entre nós, mas que se dane!

Voltei a beijar seus seios, agora totalmente despidos, assim que encontrei seu mamilo o mordisquei, fazendo-a gemer de prazer, deixando-me mais louco ainda. Suas mãos, em minhas costas, agora a arranhavam, fazendo com que desta vez eu gemesse de prazer. Aquilo não poderia continuar daquele modo, então desabotoei sua calça e a tirei. Ela tirou o meu cinto e desabotoou a minha, também livrando-se dela em seguida.

Voltei a sua boca de textura macia e hálito quente em contraste com o gélido que era o meu, minha mão percorria seu corpo praticamente nu e trouxe sua coxa esquerda para cima, segurando-a ali e...

A campainha toca.

Bruscamente puxados de volta para o presente, separamo-nos aturdidos e começamos a nos vestir rápida e desesperadamente enquanto algum individuo desagradável e sem paciência bate na porta enquanto toca a campainha.

Lana pega o resto de suas roupas e sobe para o andar de cima. Termino de colocar minha camiseta e vou até a porta para abri-la.

— Olá Marco, me desculpe por hoje. – é Tyler com sua namorada a tira colo. – Podemos entrar?

— Desculpe Tyler, Lana já foi dormir e eu estava subindo as escadas quando tocou a campainha. – disse.

— Ah que pena, cara! – disse – Ok, nos vemos outro dia, até mais.

— Até. – digo fechando a porta e subindo, amaldiçoando internamente Tyler, para o quarto de Lana a fim de terminar o que começamos.

Mas está trancada, então bato de leve nela. Lana abre um pouco da porta e diz:

— Desculpe, mas no contrato diz: “Sem relações entre ambos”. E esse ambos quer dizer nós dois. – sorri cinicamente – Só estou aqui para seu entretenimento. – e com isso fechou a porta na minha cara.

Essa garota me deixa louco!