Amantes Secretos
Troca de Presentes Parte I
Capítulo V - Troca de Presentes (Parte I).
Magnólia, 24 de dezembro de X791.
Na véspera de natal a guilda Fairy Tail, conhecida por toda Fiore, tinha os seus portões abertos, os magos e todas as pessoas da cidade comemoravam alegremente a chegada do natal. A construção da guilda estava com a aparência jubilosa, a decoração natalina ocupava tanto o exterior como o interior, algumas magias ajudaram nos toques finais. Levy e Freed foram os responsáveis pelos letreiros flutuantes iluminados que saudavam um “Feliz Natal” e um imponente “Seja Bem Vindo a Fairy Tail”. O mestre Makarov com mais um de seus fetiches, pediu aos magos que se vestissem a caráter natalino e devido aquela ordem, todos usavam roupas extravagantes com as cores vermelho, branco e verde.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Lucy Heartfilia estava eufórica com aquela festança, após tanto tempo passaria o natal com pessoas queridas, a maga lembrou de seu passado e do quão vago essa data lhe era, após o falecimento de sua mãe, seu pai Jude Heartfilia passou a não celebrar o natal. Entrar para a Fairy Tail foi realmente à melhor decisão de sua vida, a alegria que as pessoas transmitiam era contagiante e somente o fato de poder estar ali comemorando com seus amigos fazia o coração da maga palpitar.
Ela adentrou na guilda trajando um vestido vermelho curto, decotado e bordado com estrelas amarelas, olhou em volta e reparou em cada detalhe do salão, havia uma grande árvore de natal muito bem enfeitada no centro, no teto sinos, luzes e outros adornos proporcionavam um ar ainda mais alegre, continuou andando e percebeu que somente a aparência da guilda havia mudado, pois o restante corria como de costume, os magos estavam espalhados pelo salão, a maioria bebia, outros conversavam em grupos separados, Mirajane servia as bebidas com o auxílio de Kinana e Lisanna. Lucy olhou para os andares acima e avistou Laxus sentado no sofá, os olhos dele estavam fixos na Strauss mais velha, que perambulava entre as pessoas atarefada, Lucy estranhou a forma como Laxus a encarava, nunca tinha o visto prestar tanta atenção em Mira, resolveu não dar tanta importância ao menos não naquele momento, pensou ser só uma coincidência e então voltou a observar o segundo andar, avistou Gildarts bebendo em uma mesa um pouco afastada de Laxus, a presença do mago ali a surpreendeu, ele havia saído em missão há alguns meses e Cana havia lhe dito que o pai demoraria a retornar, Lucy tentou imaginar qual motivo o fizera abandonar sua missão para estar ali, e ficou contente por ter todos os amigos reunidos como uma grande família, o que sempre foram na verdade.
Olhou para o palco e nele viu Gajeel cantando sua música ruim, e para variar perto dele, Natsu e Gray brigavam, continuou analisando a guilda e encontrou nas mesas próximas a eles, Levy tentando ler um livro, mas franzia a testa quando Jet e Droy pediam sua atenção, viu também Erza sentada longe do tumulto, ela parecia nervosa olhava para todos os lados a procura de algo, e Lucy sabia exatamente que “algo” era esse.
A loira sorriu quando terminou a inspeção e resolveu ir até Levy, queria perguntar-lhe se ela havia escolhido o presente que tinha sugerido, no trajeto até a mesa quase foi acertada por uma cadeira voadora que passou raspando perto de sua cabeça, o objeto foi atirado por Natsu na tentativa de acertar Gray, a cadeira ao passar por ela acabou indo em direção a Evergreen, a maga estava sentada próxima ao balcão de costas para eles bebendo tranquilamente, e quando o objeto estava prestes a acertá-la foi interceptado por Elfman que com apenas um soco destruiu a cadeira no processo, Evergreen virou-se assustada com o barulho do impacto e ao perceber o que havia acontecido, agradeceu a Elfman com um sorriso sedutor, o mago corou e virou-se rapidamente voltando a se sentar próximo a ela.
Não sabia se era o clima natalino, ou as lendas que diziam que nessa época as pessoas se tornavam mais carinhosas, ou se estava vendo coisas, porque todos os magos pareciam estranhos e agiam de um jeito que Lucy nunca viu, ela sentou-se em uma das cadeiras ao lado de Levy e a cumprimentou, a Mcgarden lhe sorriu estonteante, pelo jeito alguém conseguiu terminar seu presente... pensou a loira. Natsu que a todo o momento brigava com Gray, mal notou Lucy entrar na guilda e só reparou nela quando sentiu seu cheiro, ao procurá-la a viu sentada junto de Levy e sua distração fez com que ele inconscientemente abrisse uma pequena brecha em sua defesa, o que deu a Gray a chance de acertar-lhe um soco certeiro no rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Irado Natsu apertou os punhos em chamas e quando estava prestes a atacar o mago de gelo, mãos gigantescas o afundaram no chão.
— Já chega! Eu não mandei reformar a guilda para vocês dois a destruírem hoje.
A presença de Makarov cessou as brigas e pouco tempo depois os magos estavam festejando novamente.
— Conseguiu colocar aquilo na bebida deles? – Perguntou o mestre para Mavis, ganhando a atenção da pequena maga.
— Sim, a maioria já esta sob o efeito daquilo, alguns eu ainda não vi beber nada.
— Quando chegar a hora tenho certeza de que todos já estarão sob o efeito daquela poção. - Os dois cúmplices sorriram vitoriosos com a ideia, notando que muitos magos estavam praticamente bêbados.
Gajeel havia descido do palco após cantar sua música, frustrado por não ter a atenção de Levy que durante toda a sua apresentação ficou distraída conversando com a Bunny Girl, o dragon slayer decidiu ficar no canto de sempre perto do palco e estrategicamente escondido de toda a agitação dos magos. Ao lado da mesa Lily o aguardava, o exceed estava sentado em cima do balcão bebendo uma cerveja, Gajeel logo tratou de fazer o mesmo, pegou uma caneca grande da bandeja de Mira e começou a afogar-se naquele líquido incessantemente.
Depois da pancada que levou, Natsu sossegou um pouco, puxou uma cadeira ao lado de Happy e juntou-se a conversa com Wendy, a pequena maga estava tão envergonhada que mal conseguia formar palavras, ela tremia um pouco e o rosto estava vermelho, Natsu julgou que aquilo devia ser febre, quis levá-la até a casa de Porlyusica, mas ela recusou dizendo que estava tudo bem, quando Romeo veio lhe prestar socorro a menina quase desmaiou. Após constatar que Wendy não estava mesmo doente, voltou a distrair-se com Happy e acabou aceitando uma bebida que Lisanna insistente lhe oferecia, ele bebeu a cerveja, muito gostosa por sinal e não conseguiu resistir a vontade de beber mais uma, depois outra e outra, quando deu por si estava ficando zonzo, e algo dentro de si queimava toda vez que ele olhava na direção da maga celestial.
(...)
Após horas de festa o mestre dirigiu-se ao centro do palco, onde estavam preparados para aquele evento o microfone e aparelhos de som, faltavam exatamente duas horas para a meia noite, estava mais do que na hora da troca de presentes, já que depois da meia noite eles fariam a ceia.
— Sei que estão todos muito ansiosos para entregar os presentes, outros estão loucos para que a ceia comece.
Falou olhando especificamente para Cana, Macao, Gildarts e Wakaba com seus semblantes entediados.
— Irei chamar agora a nossa anfitriã e fundadora da guilda para dar inicio.
Naquele instante um vulto desceu do segundo andar, Mavis havia pulado do andar de cima e caiu pairando suavemente no palco abaixo de si.
— Olá a todos! - Sorriu quando o mestre entregou-lhe o microfone. — É uma honra ser a primeira a entregar meu presente. Como devem saber, em toda brincadeira de amigo secreto é necessário uma breve apresentação da pessoa na qual você sorteou.
Os magos começaram a cochichar entre si e resmungos foram ouvidos na multidão, algumas garotas da guilda ficaram vermelhas e encolheram-se nos bancos que estavam sentadas.
— Não sintam vergonha, é uma dádiva estar vivo e compartilhar dessa felicidade com seus amigos, nossa guilda é uma grande família, por isso abram seus corações sem medo. – As palavras de Mavis acalmaram algumas pessoas, e com um sorriso largo ela continuou. — Eu tenho profundo orgulho e admiração pela pessoa que sorteei, ele conseguiu construir uma guilda ainda melhor do que a de minha geração, saiba que criou filhos maravilhosos Makarov. – Após isto, estendeu uma pequena caixinha com um embrulho azul para o homem ao seu lado que já estava emocionado e debulhava-se em lágrimas.
— O-Obrigada Mavis-sama.
O velho agradeceu segurando o presente, ao abri-lo surpreendeu-se com o que havia dentro, seu rosto relatava surpresa e ao mesmo tempo abatimento.
— Uma tinta de cabelo? – Perguntou ainda perplexo.
A pequena fada sorriu inocente para ele, e respondeu simplesmente.
— Eu procurei por toda a parte algo que lhe fosse útil, e percebi que você tem um grande complexo com a sua idade, talvez uma nova aparência em seu visual possa te animar.
Risos preencheram o salão, mas cessaram quando o mestre lhes devolveu um olhar mortal, estava pronto para se transformar em um gigante e esmagar todos aqueles miseráveis por rirem as suas custas.
— Agradeço sua preocupação primeira. – Suspirou, dando-se por vencido, por mais que não estivesse satisfeito com o presente jamais deixaria Mavis perceber.
— Agora é a sua vez Sandaime. - O rosto angelical da maga fez voltar a sua animação.
— Certo. – Antes de prosseguir ele olhou em volta, direcionando a atenção para o segundo andar. — O mago que sorteei como todos aqui presentes é uma pessoa muito importante para mim, é respeitado e conhecido por sua força sobrenatural, apesar de estar sempre ausente, sua presença estará sempre em nossos corações, é uma satisfação tê-lo como filho Gildarts.
Os magos olharam para cima, onde o ruivo encontrava-se sentado em um dos sofás, Gildarts sorriu ao descer as escadas e caminhar em direção ao palco tendo passagem aberta por todos, subiu na bancada para receber o presente e estranhou o fino embrulho, aquilo indicava que deveria ser algum tipo de papel, Gildarts se animou com a ideia de poder ganhar um passaporte para um resort ou talvez um vale casino, com os olhos brilhando ele rasgou o embrulho e ao ler o papel as luzes de seus orbes se apagaram.
— Claro que eu não desisti da ideia de nomeá-lo novo mestre da guilda. - Proclamou Makarov em resposta ao olhar de Gildarts que lhe dizia silenciosamente “Que diabos é isto?”
— E acha mesmo que eu cairei nessa emboscada? Um contrato de posse da guilda? Isto nem é considerado um presente!
— Claro que é. – O mais velho deu de ombros. — Não sabe quantos magos sonhariam em receber esse documento.
— Pois então devia dá-lo a alguns desses magos que sonham com ele.
Ambos teriam discutido se não estivessem cercados de pessoas, Makarov pigarreou olhando sugestivamente para a platéia antes de voltar falar.
— Analise-o bem antes de dar uma resposta, tem até o fim do mês para falar sua decisão. – Sorriu, divertindo-se com a expressão indignada de Gildarts. — Pois bem, agora já pode anunciar o seu amigo secreto.
O ruivo respirou fundo e então pegou o microfone, mal tinha notado que durante a sua breve troca de presentes os magos começaram uma confusão, muitos faziam apostas para ver se ele aceitaria ou não a proposta e brigavam no processo, outros riam compulsivamente, alguns estavam com medo de serem chamados depois de ver os terríveis presentes que estavam sendo revelados. Gildarts, Mavis e Makarov que estavam no palco esperaram a algazarra acabar, e visto que depois de vinte minutos nada havia melhorado, o mestre tomou o microfone de Gildarts e gritou a plenos pulmões.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— SILÊÊNCIOO!
O eco se espalhou por todo o salão, os magos taparam os ouvidos com o timbre alto que soou, principalmente os dragon slayers com seus sentidos apurados.
— Assim esta melhor, agora pode começar Gildarts.
Sem protestar o ruivo informou:
— Minha amiga secreta é uma pessoa muito querida por mim e por todos da guilda, tenho um carinho especial por ela e a considero como uma filha.
Naquele minuto a atenção de alguns magos mais antigos se voltou para uma certa albina sentada ao lado dos irmãos.
— Estou feliz por ter retornado ao lar, Lisanna.
A maga levantou-se feliz e foi ao encontro de Gildarts com um sorriso estampado no rosto, Cana deu um olhar reprovativo para o pai antes de voltar a beber seu barril de vinho, a maga take over subiu no palco e ao abrir o presente, apesar de não ser algo que esperava, ela agradeceu sentindo-se um pouco frustrada pela insinuação do mais velho.
— Não tenho mais cinco anos Gildarts. – Disse, retirando de dentro do embrulho um ursinho de pelúcia.
— As vezes eu esqueço como vocês cresceram, mas para mim você vai ser sempre uma menininha. – Respondeu a abraçando em seguida.
Após a crise de choro de Gildarts, Lisanna conseguiu desvencilhar-se de seu abraço, corou ao ver que havia inúmeras pessoas a observando, incluindo Natsu que a olhava contente, ela sorriu para ele e pegou o microfone. Lucy diante daquela troca de olhares abaixou a cabeça cabisbaixa, levantou o olhar a muito custo minutos depois para prestar atenção no discurso de Lisanna.
— A pessoa que tirei assim como a maioria, é um amigo de infância no qual eu tenho muito carinho.
Natsu encolheu-se no banco, ao pensar que aquelas palavras podiam ser para ele e Lucy vendo seu desconforto, apertou a barra do vestido com força, tentando conter a agonia que lhe perturbava.
— Ela é uma amiga muito querida, e espero que voltemos a conversar como antes... Enfim, eu tirei a Cana.
Lucy não parava de observar o rosado ao seu lado, sentia-se aliviada por ele parecer mais tranquilo quando Lisanna comunicou o nome da Cana. A maga sorteada deslocou-se de onde estava e andou cambaleante até o palco, um pouco zonza pela quantidade de vinho que havia ingerido, ela abraçou Lisanna agradecendo pelo presente, quando o abriu seu sorriso alargou-se ao reconhecer a marca famosa na garrafa de vinho cara.
— Muito obrigada Lis-chan. - Cana agradeceu estonteante, pegou o microfone rapidamente para anunciar o seu amigo secreto, porque queria o quanto antes voltar ao seu lugar para abrir aquela garrafa.
— Bando de desocupados! – O álcool já fazia efeito em seu corpo e ela começou a falar as primeiras coisas que vinham em sua mente. — Tenho sorte de ter tirado uma pessoa importante, devo a ela a minha vida no dia em que me presenteou com a Fairy Gliter, Mavis não precisa nem sair do palco, venha até aqui.
Ao terminar estendeu a caixinha de presente que tinha em mãos para a fada que correu ao encontro dela animada.
— Obrigada Cana-san, é lindo! – Os olhos de Mavis brilhavam enquanto ela analisava o espelho novo que acabara de ganhar, era rosa e tinha o símbolo da Fairy Tail em dourado.
— Ufa, ainda bem que gostou, não sabe quanto é difícil presentear um espírito.
Após entregar o presente a Alberona saiu do palco e novamente Mavis estava em posse do microfone, os magos de tão nervosos que estavam evitaram olhar para a antiga mestra, temendo que ela os escolhesse.
— Acho que terei que chamar alguém para ser o próximo. – Disse olhando em volta a procura de seu alvo, olhou rapidamente para Makarov, este fez um sinal para ela e assim a pequena fada exclamou.
— Irei dar continuidade a brilhante presença dos Strauss neste palco.
Mirajane engoliu em seco, sua garganta começou a incomodá-la tanto que a albina não conteve o impulso de tomar em um só gole toda a cerveja de um dos copos da bandeja. Ela não tinha o costume de beber na guilda, mas naquele momento estava tão nervosa que não conseguiu sequer se culpar pelo ato.
— Elfman venha até aqui.
Quando ouviu o nome de seu irmão a maga suspirou aliviada, ao contrário do albino que pigarreou nervoso antes de seguir até Mavis, o mago murmurava para si mesmo que um homem não devia ter vergonha e tinha que enfrentar seus problemas, não que acreditasse que o fato de sortear Evergreen fosse um grande problema para um homem como ele, só não estava acostumado com a presença dela durante tanto tempo na guilda, desde que fora recrutada como guarda costas de Laxus, passava dias fora em missões junto com o restante do grupo Raijinshuu, porém, nos últimos meses ela havia passado a maior parte do tempo na guilda, provocando-o de todas as maneiras que se podia imaginar.
Antes que ele pudesse se dar conta estava diante de Mavis e esta lhe sorriu ao entregar o microfone, Elfman engasgou antes de falar, seus olhos fitavam os castanhos de Evergreen, o mago pensou ver um brilho empolgado emitindo dos olhos dela e por um instante imaginou ter confundido aquele brilho com o poder da maga.
"Um homem não tem medo, um homem não teme!" Sussurrava para si mesmo antes de começar, respirou fundo e começou após o breve mantra.
— A pessoa que tirei no amigo secreto. – Balbuciou as palavras nervoso surpreendendo a todos, Elfman nunca fraquejou, nem mesmo diante de um inimigo poderoso. — E-ela... – Respirou fundo novamente criando coragem para falar, olhou mais uma vez na direção da maga e ela também o olhava, aquilo deu a ele coragem para continuar. — É você Ever.
A atenção das pessoas foi até o balcão onde a maga estava encostada, ela tinha a expressão surpresa no rosto e ao ir de encontro a ele foi ficando vermelha.
— Já falei para não me chamar de Ever!
Ralhou antes de tomar das mãos dele o pacote e ao abrir a caixa ficou ainda mais brava, ergueu o enorme moletom cinza de dentro da caixa e quase o atirou na cara do albino.
— Acha mesmo que eu vou usar isto? Você só pode estar ficando louco...
Antes de continuar a reclamar, foi surpreendida por um buquê de flores gigantesco, com rosas vermelhas e brancas, tulipas, copos de leite, narcisos e muitas outras flores que ela adorava. Os olhos de Evergreen brilharam maravilhados, mesmo tentando não transparecer sua surpresa, ela enrubesceu quando pegou o buquê e sorriu agradecida para Elfman que naquele momento a fitava sentindo uma imensa vontade de tomá-la em seus braços.
— O-Obrigada... Essas cores são as minhas favoritas. – Disse, afundando o rosto nas flores e inalando o cheiro fresco das rosas.
Quase se esquecendo das pessoas à volta, Elfman andou dois passos em direção a Evergreen e a segurou gentilmente pelo pulso, o que a fez erguer os olhos até ele, em um gesto rápido ele beijou-lhe as costas das mãos e murmurou.
— Eu sempre soube.
Evergreen nunca antes se sentiu tão atraída por um homem, desde que havia retornado a guilda passou a prestar mais atenção em Elfman, sempre achando graça de suas ações ridículas e abominando o machismo que ele sempre demonstrou ter, religiosamente gostava de brigar com ele por isso. Algum tempo depois descobriu outro meio de se divertir, notou que ele sempre a observava e começou a provocá-lo, curtindo as reações que ele esboçava, assim satisfazendo o próprio ego.
A maga, porém, nunca havia visto o lado cavalheiro e romântico de Elfman e talvez por isso sentiu-se totalmente sem defesas aos seus encantos, naquele momento parecia uma menininha boba, estava completamente vermelha e quase lançou-se nos braços dele, só não o fez porque a tosse e o sugestivo microfone que Makarov a ofereceu, lembrou-a de que também precisava dar o seu presente, e droga, ela não estava pronta para dizer nada a ele naquele estado.
— O meu amigo secreto... – Uma longa pausa se fez, enquanto ela tentava encontrar as palavras certas.
— Pare de fazer suspense Ever, todo mundo sabe que você também tirou o Elfman!
Um grito foi ouvido no salão e Evergreen de tão nervosa, retirou os óculos rapidamente lançando ao idiota o olhar mais mortal e petrificante que podia conjurar. Após Bickslow ser instantaneamente petrificado por seu comentário maldoso, o restante dos magos que se divertiam as custas dela pararam com as risadas e antes que uma nova estátua se formasse, ela prosseguiu.
— Ele é um homem estranho, egocêntrico, vive exalando testosterona. Sem falar que é pervertido, vive olhando para qualquer mulher que passa na sua frente! Ah como eu odeio isso! – Começou a ficar nervosa com o rumo de seus pensamentos, era impressionante como Elfman conseguia mexer facilmente com suas emoções. — Não deve haver homem mais idiota nesta guilda do que você Elfman.
Terminou batendo o pé no chão, descontente com o caminho que os pensamentos tomaram, Elfman um pouco receoso aproximou-se dela e pegou o objeto que a mesma estendia em sua direção, em nenhum momento ela o encarou nos olhos, pois sabia que se o fizesse sua raiva cessaria.
— Obrigado Ever, foi você que fez? – Ele perguntou, segurando em mãos a pequena escultura de pedra com o símbolo da guilda e ela meneou a cabeça positivamente seguindo para fora dali, sentia o coração palpitar e o rosto arder de vergonha, mas que ótima hora para descobrir que estava apaixonada.
Elfman também saiu do palco atrás dela e ninguém mais os viu depois disso, como novamente precisavam de alguém para dar seu presente, Makarov tomou posse do microfone e escolheu o próximo sem rodeios.
— Laxus Dreyar sua vez.
Ouviu-se um gritinho na platéia, era Freed animado empurrando Laxus em direção ao palco, o loiro caminhou sem animo e olhou para a adega de bebidas onde Mira enchia a cara e sorriu antes de subir no tablado. O avô entregou o microfone a ele com a mais pura satisfação e Laxus entendendo a armação do velho, não pode deixar de saudá-lo por toda sua astúcia. "Você venceu velhote"
Murmurou, e então voltou-se para Mira, olhava diretamente para ela quando começou a falar, para ele não existia mais ninguém ali além dos dois.
"Não sou uma pessoa perfeita
Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito
Mas eu continuo aprendendo
Nunca quis fazer aquelas coisas a você
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!E então tenho de dizer, antes de partir
Só quero que você saiba
Encontrei uma razão pra mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão pra começar tudo de novo
E a razão é você."
Cantava aquela música para ela e estendia a mão na direção de Mirajane, a maga tremula não conteve as lágrimas que desciam por sua face enquanto movia-se lentamente na direção dele, naquele instante não exista mais ninguém, o mundo havia parado somente para eles, ela viu Laxus abrir uma pequena caixinha e entregar-lhe o antigo colar, e o choro voltou mais forte, Mira pegou o pingente que havia sido banhando em ouro e o abriu encontrando além da foto antiga dos dois, uma nova foto de ambos nos jogos mágicos, tentou lembrar-se de quando tirou aquela foto com ele e respondendo aos seus pensamentos, Laxus falou.
— Foi difícil subornar a Mavis para conseguir essa foto. – Ele sorriu e ela o abraçou, as mãos do dragon slayer alisaram a cintura fina da Strauss quando os lábios finalmente se tocaram, em um beijo de reconciliação carinhoso e saudoso.
De início nenhum ruído se ouvia na guilda, todos estavam estupefatos, Freed era o mais surpreso e quando viu o beijo começou a chorar, Makarov ria junto de Mavis e aos poucos os barulhos quebraram a conexão do casal e eles finalmente se separaram, foi só então que Mira se deu conta dos olhares da guilda. Ela corou, contudo, a mão de Laxus junto a dela lhe deu forças para pegar o microfone e assim como ele, cantar para seu amante não mais secreto.
"Dakara ima ai ni yuku
Então agora eu vou te ver
So kimetanda
Isso é o que eu decidi
Poketto no kono kyoku wo
Eu quero que você ouça
Kimi ni kikasetai
Esta pequena canção que eu fiz
Sotto boryu-mu wo agete
Eu lentamente aumentei o volume
Tashikamete mitayo
Até encontrar o nível certo
Oh Good-bye Days
Oh dias de despedida
Ima, kawaru ki ga suru
Eu sei que as coisas vão mudar
Kinou made ni
Ontem
So Long
Já está distante
Kakko yokunai
Mas a sua honestidade e gentileza
Yasashisa ga soba ni aru kara
Ainda estão comigo
La la la la la with you
La la la la la eu estou com você...
Katahou no earphone wo
Eu tiro meus fones de ouvido
Kimi ni watasu
E te entrego um deles
Yukkuri to nagare komu
Então a música
Kono shunkan
Começa a tocar
Umaku aisete imasu ka?
Eu posso mesmo te amar?
Tama ni mayou kedo
Às vezes eu acho que não...
Oh Good-bye Days
Oh dias de despedida
Ima, kawari hajimeta
As coisas já começaram a mudar
Mune no oku
Mas no meu coração
All Right
Está tudo bem
Kakko yokunai
Porque eu tenho a sua gentileza
Yasashisa ga soba ni aru kara
No meu coração
La la la la la with you
La la la la la eu estou com você...
Dekireba kanashii
Eu não quero me preocupar
Omoi nante shitaku nai
Com o futuro
Demo yattekuru deshou, oh
Mas ele continua me incomodando
Sono toki egao de
Mesmo que eu tenha
"Yeah, Hello My Friends" nante sa
Meus amigos por perto
Ieta nara ii noni
Aquela dúvida ainda está lá...
Onaji uta wo
Toda vez que eu canto aquela música
Kuchizusamu toki
Eu sempre desejo
Soba ni ite I Wish
Que você estivesse aqui
Kakko yokunai
Mas eu ainda estou feliz por ter te conhecido
Yasashisa ni aeta yokatta yo
E encontrado sua gentileza
La la la la good-bye days
La la la la la dias de despedida..."
No final da música o microfone foi deixado no chão, Mira foi carregada nos braços por Laxus para fora do salão, e os magos emocionados abriam passagem para o casal.
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