Simplesmente Complicado
Neve.
– Alô – disse a voz do outro lado do telefone
– Jin? É você? – perguntei baixinho
– É ué – riu – Você ligou pro meu número né cabeção
– Uau, que lindo apelido Jin, não sabia que você me amava tanto – bufei, ele riu.
– Hahaha foi mal, Amy, o que ta pegando?
– AI Jin, você me vem com essa maldita ideia de “Precisamos morar juntos pro Zero não desconfiar de nada” e você até agora não me ajudou a fazer nada – resmunguei estarrecida, Jin suspirou, respirei fundo – Jin... eu não quero te metralhar, ou talvez queira... Mas é tanta coisa pra fazer que eu não estou conseguindo dar conta sozinha – suspirei derrotada – Me ajuda?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Jin deu um riso e respondeu:
– Diga “Por Favor” - provocou
–Jin, eu vou dar um “Por favor” na sua cara se você não chegar aqui em 5 minutos – explodi, Jin riu alto
– Tudo bem Amy, só vou terminar de limpar a droga desse quarto empoeirado e já chego ai – disse incomodado com o fato de ter que “limpar o quarto”
–- > O Jin tem uma vassoura? < –-
– Você varrendo? Desde quando? – perguntei rindo, arqueando as sobrancelhas.
– Desde que a minha bela esposa, digna de morar em um palácio, me disse que aceitaria vir morar aqui comigo – riu sem graça. Olhei pro teto meio corada – Ela merece pelo menos um apartamento limpo - completou
– Concordo plenamente, principalmente a parte do palácio e da limpeza – Brinquei enquanto Jin ria – Te vejo daqui a 5 minutos então Jin.
–Não recebo nem um Beijinho de despedida? – resmungou com uma voz fina
– Nããão – cantarolei – Só depois que você arrumar todas as minhas coisas – provoquei, ele riu
– Acho que é justo – confessou – Até daqui a pouco Amyzinha
– Até Jin! – sorri e desliguei.
15 minutos depois Jin tocou a campainha e entrou. Tirou o enorme casaco escuro e o jogou em cima do sofá fazendo um barulho alto e abafado. Esfregou as mãos tentando se aquecer
– Jin, você chegou! – corri até a porta, Jin pegou minha mão e me girou para um abraço.
– Lá fora está um frio desgraçado – murmurou me apertando. Encostou sua cabeça em meu ombro com a sua respiração pesada e fria, e me abraçou mais forte.
– Agh Jin! – tentei me afastar – Você está me sufocando! E você está um gelo, credo! – disse sentindo sua bochecha em minha orelha
– Aaaa Amy – resmungou enfiando sua cabeça perto do meu pescoço – Só mais um pouquinho, estou morrendo de frio
– Ah, ta bom – revirei os olhos – Só porque você é meu amigo
Jin sorriu e deitou sua cabeça em meu ombro. Sorri e o envolvi com os braços.
– Amy, estamos parecendo casados – riu enquanto já se afastava – Só faltou o beijinho – riu apontando o dedo para a bochecha vermelha de frio
– Com essa bochecha gelada? Nem pensar – ri enquanto corria para o aquecedor da sala. Jin fez um bico, mas logo sorriu e me seguiu.
Sentamos no sofá com as mãos em frente ao aquecedor tentando nos afastar do frio. Ouvimos um barulho pela janela. Levantei-me, seguida de Jin, para ver o que era. Abrimos a cortina, Jin passou a mão no vidro para limpar a camada gélida que impedia uma visão clara e sorrimos. Estava nevando.
– JIIIIIIIIIN – pulei batendo palmas – Está nevando! Está nevando!
– Por isso que estava esse frio todo – murmurou enquanto olhava para os flocos que desciam balançando ao vento – Finalmente vamos poder fazer o nosso boneco de neve – virou-se para mim e vibrou.
Eu já não me continha de alegria, pulei e o abracei cheia de sorrisos.
– ESTOU TÃÃO FELIZ – gritei pulando no sofá – Quero fazer muitos bonecos de neve, guerras na neve, andar de trenó, fazer anjos – eu sorria enquanto saltitava para voltar à janela. Jin ria da minha felicidade exagerada
– Calma Amy, tem muita neve pela frente, respira fundo e se acalma – bagunçou meu cabelo e sorriu – Você não mudou nada desde aquela época em que viu a neve pela primeira vez – Jin se sentou no sofá e se espreguiçou – Naquela época você ficou tão pirada que seus pais tiveram que ir comprar calmante para você dormir – riu fazendo um gesto para que eu fosse me sentar no sofá
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Arg, nem me lembra, perdi o show de renas noturno por causa deles – resmunguei me jogando no sofá. Jin riu com a lembrança
– Eu também não assisti, você me fez ficar no seu quarto te esperando acordar para irmos brincar de novo – resmungou pondo as mãos na cintura e fazendo um biquinho me imitando. Comecei a chorar de tanto rir com a cena que Jin fazia.
– Ai Jin, você não presta – sorri tirando as lagrimas dos olhos. Me virei e coloquei minhas pernas sobre as pernas de Jin que pronunciou um “folgada” e riu.Passamos horas conversando até que ouvimos outro barulho, só que dessa vez um extremamente forte. Jin correu para a janela e arregalou os olhos:
– Amy... – me chamou ainda olhando para a janela
– O que foi Jin? O que aconteceu? – me levantei e fui até a janela
– A neve que estava no telhado caiu em frente à portaria - olhou para mim preocupado – E não é pouca neve não, aquilo ali vai demorar para ser retirado.
Olhei para baixo e vi uma enorme camada expessa de neve acumulada na portaria do prédio, era tanta neve que a altura chegava ao 2º andar. Voltei a olhar Jin que agora andava de um lado para o outro
– Calma Jin, daqui a pouco vai vir alguém tirar essa neve toda
– Então é melhor eu ligar para alguém logo – sorriu. Jin correu até a estante e pegou o telefone. Teclou alguns números e pôs na orelha, fez uma careta e me olhou incomodado
– Amy, seu telefone está mudo.
– O quê? – corri até ele – Não é possível, eu liguei para você ainda hoje - ficamos encarando o telefone .Jin o colocou de volta na estante e se encostou na parede
– A neve deve ter interferido nas linhas de telefone – suspirou passando a mão no rosto. Sentei-me no banquinho ao lado
– E agora, Jin? Estamos presos? – Passei a fitar a janela. Jin se sentou do meu lado e suspirou
– Sim Amy, estamos presos.
Fale com o autor