Meus Rascunhos

Poema: Desilusão ao oposto


Desilusão ao oposto

Elas dançam ao andar

Vivem para parecer

E parecem para viver

Com seus corpos a saltar

E sorrisos a distribuir

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Elas seduzem ao passar

Vivem à mercê

Como você, do eterno ceder

De si, mas mais do outro, e usurpar

Preparadas, por Gaia, a trair

Elas lutam para se libertar

Da maldição do florescer

(Sem) perceber o perecer

De si, mas mais do estuprador a sangrar

Suas existências estão (então) a se extinguir

Fora de medida

Sem "sob medida", elas comem

Trucidam, roubam, extrapolam, queimam, abusam

Roem, moem, consomem, ENGOLEM, cospem

E em meus olhos definham

Sonho com o dia utópico

Em que elas estarão chorando em meus braços

O conforto melancólico que só eu deveria dar

Mas apenas ilusões doentias de mais um tolo tenho

Que em prantos solitários desilusões gera

Nas megueras só a observar