– Professor Snape, posso roubar Hermione Granger? - Era a voz de Minerva.

Não que eu goste da aula de Snape. Mas não é agradável se sentir assim. Bom... Nenhum professor ia pessoalmente me tirar de dentro da sala de aula. Isso é... Estranho. E aí passa pela minha cabeça tudo de errado que já fiz em Hogwarts. Troco olhares com Ron e Harry e logo depois me levanto.

– Pode ir. - Snape diz sem olhar-me.

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Deixo a sala dele com um sorrisinho no rosto, mas muito nervosa. O que será que McGonnagal quer comigo?

– Tudo bem, Granger? - A voz da professora soa doce e amigável, o que me aliviou muito.

– Mione! - Encontro os olhos azuis e sonhadores de Luna bem ao lado de Minerva.

– Como você sabe, Granger, o baile da escola acontecerá em menos de uma semana. - Ela disse e soou como um pedido de desculpas. - Eu não gosto de me intrometer nos assuntos dos alunos, mas chegou aos meus ouvidos que você e a senhorita Lovegood são as únicas alunas da escola que ainda não convidaram um garoto.

Se eu estava com vergonha antes, agora queria enfiar a minha cabeça bem no meio do campo de quadribol e ficar lá até o baile maldito passar. Até Minerva sabe que eu sou um fracasso! Até mesmo a PROFESSORA MINERVA MCGONNAGAL sabe que eu não tenho um par. Eu não tive coragem de convidar nenhum dos garotos da escola inteira! E quando criei coragem o suficiente pra chamar qualquer um deles - qualquer um que passava na minha frente - todos eles já tinham algum par. Se Minerva sabe, Dumbledore sabe. Será que Snape sabe? Deve se divertir com a minha desgraça.

– Dumbledore permitiu que eu fizesse isso. - Sussurra a professora, com um sorriso suspeito nos lábios. - Não quero que pareça favoritismo com vocês, garotas. Mas eu acho inapropriado duas alunas lindas e brilhantes como vocês irem ao baile sozinhas... Eu pedi permissão ao diretor para que vocês tragam qualquer acompanhante de fora.

– Eu posso trazer o meu pai? - As palavras de Luna soaram profundamente depressivas para mim, mas mesmo assim ela manteve um sorriso maravilhoso no rosto.

– Bom, Luna... - Ela hesita, enquanto troca olhares com Luna e depois comigo. - Eu não tenho certeza... Eu tinha pensado em alguém mais jovem.

– Mas professora... - Suspiro. - Eu conheço muitos garotos da minha idade que aceitariam num piscar de olhos, mas... Mas... Eles são... É... São trouxas.

– Sinto muito, senhorita Granger. - Ela dá um simples sorriso. - Somente bruxos serão permitidos no baile de inverno.

– Tudo bem. - Sorri. - Vou tentar arrumar alguém... Mas professora... Se eu for sozinha não vai haver problema algum, não é?

– Claro que não, senhorita Granger. - Sorri. - Se preferir ir ao baile sozinha, a escolha é toda sua. Agora voltem para suas aulas e boa sorte!

Volto para a sala de cabeça baixa, sentindo-me mais humilhada do que nunca. Snape me dá um sorriso cínico e eu controlo meus instintos para não arrancar aqueles cabelos longos e sebosos. Ódio! Nem mesmo um amigo trouxa legal posso trazer... Tudo que posso fazer é observar meu fracasso ou observar meu fracasso. É claro, poderia muito bem chamar Fred ou George, mas quem disse que eles aceitariam?
Espero o fim das aulas e corro diretamente até a minha melhor amiga ruiva para contá-la o que aconteceu. Obviamente ela dá gargalhada até o estômago doer.

– Qual é a graça?

– Por qual motivo você não vai com a Luna?

– Ginnevra! - Grito. - Não me enche o saco! Não é porque você é a garota Potter que pode ficar rindo da minha cara.

– Qual é, Mione? Nem mesmo o Neville ou o Cormac quiseram ir com você. - Continua gargalhando. - Conta de novo como foi a reação do Cormac quando você convidou-o?

– Eu não vou te contar pela milésima vez, Ginny. Foi uma humilhação. Nunca vi Ronald Weasley rir tanto. - Reviro os olhos, lembrando-me da cena. - Ele até mesmo se engasgou e...

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Nunca consegui terminar a frase. Alguns barulhos interromperam nossa conversa. Alguém estava jogando algo na porta do nosso dormitório. Saímos e encontramos Harry, munido com bolinhas de papel e com um lírio extremamente vermelho em suas mãos. Suspiro junto com a minha melhor amiga enquanto ela corre para os braços do eleito e depois me retiro da sala comunal.