Terminei a coreografia descendo do palco e dando três tapinhas no rosto de Thomas como se eu dissesse: "supere".

–Bell, o que é isso?- disse Thomas, confuso.

–Estou terminando com você, meu amor- eu disse, com um sorriso tranquilo no rosto.

–Por que? O que quer que seja, eu posso concertar! Só me diga o que você quer que eu faça e eu prometo que vou...- começou.

–Não Thomas, não é nada que você possa concertar num passe de mágica- eu disse-. Você não é bom o bastante pra mim, Thomas.

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Então meu sorriso aos poucos desapareceu, essa frase, de onde eu conhecia essa frase, e por que dizê-la, me dá uma dorzinha incomoda no peito?

Obriguei meus lábios a esboçarem um sorriso de novo.

–Mas, vamos reconsiderar os fatos- seus olhos cheios de lágrimas assumiram um brilho de esperança- você quebrou o coração de nove décimos da população feminina da escola, e um décimo da masculina, você nem liga pra isso e eu fiz você se apaixonar por mim, para que você entenda o que é um coração partido, acho que não chegamos nem a uma amizade, mas por que não tentar? Amigos?- perguntei, fazendo uma carinha de pena.

–Bella, por favor, eu faço qualquer coisa, eu... eu te amo, você sabe disso, você sabe que eu mudei, eu mudei por você, pessoas podem mudar não podem? Eu sei que podem pois foi o que eu fiz, me dá mais uma chance, eu juro que não vou te decepcionar, peço desculpas a todos que machuquei emocionalmente, eu te juro, com a sua ajuda, eu posso me tornar uma pessoa ainda melhor!- ele disse, desesperado.

–Quantas pessoas já te pediram um "por favor" e você nem ligou?- eu disse- agora você sabe como é, vamos pessoal.

Diana me entregou um casaco, eu o vesti e agradeci, saímos da casa e eu tropecei em alguém, esse alguém me segurou antes de eu cair.

–Obrigada, sabe eu sou muito...- eu disse, mas então parei ao olhar em seus olhos, eram verde-mar, mas não eram um simples par de olhos qualquer, eram aqueles olhos! Os olhos dos meus sonhos! Era o mesmo verde e o mesmo cheiro de mar que eu via e sentia em meus sonhos- desastrada.

–Eu sei, tudo bem- ele disse, sua voz também tinha algo do mar, tudo nele lembrava o mar na verdade- eu... eu tenho que ir- falou, me soltando.

–Espera- eu disse, eu queria que ele ficasse, meus sonhos estavam se tornando uma coisa real e sólida, e não eram apenas seus olhos que tinham beleza, tudo nele era bonito, o cabelo preto bagunçado que aparentava ser tão macio, a pele pálida, tudo- você ainda nem me disse seu nome!

–Percy Jackson- ele disse, então saiu andando com as duas mãos nos bolsos.

Continuei com o olhar cravado em suas costas até entrar na limousine, e quando entrei, fiquei pensando nele.

Acho que ele poderia responder algumas das minhas perguntas sem respostas.