Mia acordou de seu cochilo quando o Sol atingiu em cheio seu rosto. Estava à sombra de uma árvore no jardim da mansão encostada no ombro de Caleb, que desenhava. A morena levantou os olhos e o que o amigo estava desenhando não a surpreendeu. Era Lena, sentada mexendo em algumas flores. Na realidade ela estava mexendo nas flores com Drica, a alguns metros da árvore, mas o garoto excluiu a ruiva do desenho.

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– E então... Qual a nova data pra contar pra ela? – perguntou Mia, se espreguiçando.

– Calada, por favor. – respondeu Caleb, sem tirar os olhos de seu desenho.

– Olha como fala comigo, mocinho. – falou ela ajeitando seu lenço, que tinha saído do lugar.

– Foi mal... Mas eu já disse que estou esperando o momento certo. – ele fazia detalhes infinitos no cabelo da loira.

– Oh céus... Deixa eu repetir meu discurso pra você. Caham... – Caleb revirou os olhos. – Não existe momento certo. O momento certo é você quem faz! E isso quer dizer parar de desenhá-la e talvez falar dos seus sentimentos para ela, idéia genial não acha?

– Me recuso a responder tais argumentos tão fracos e sem nexo.

– Muito bem, fale complicado pra fingir que não é um covarde, por mim tudo bem. Mas a Lena não vai esperar você pra sempre. – dessa vez ele não respondeu.

– EI MIA!

– O QUE É HUNTER? – o garoto estava de cabeça para baixo apoiado nas mãos.

– Que tal uma corrida? Estou entediado.

– Isso não é problema meu.

– Depois dessa você vai pro quarto e chora Hunter! – gritou Lena, e Hunter fez uma careta para ela.

– Então... – disse ele ficando de pé normal. – Nem se for pra pegar isso? – ele mostrou uma pulseirinha dourada.

– Ah... Ele não fez isso... – disse Caleb fechando seu caderno.

– Mexeu nas minhas coisas de novo?! – disse Mia, raivosa indo até o outro a passos largos, Hunter riu e tentou correr, mas logo estava suspenso, sendo segurado pelo pé por uma raiz gigante. – A pulseira. – disse Mia estendo a mão e o outro jogou o acessório. – Obrigada. – e o soltou no chão.

– Fala sério... Raiz, isso é tão batido, não sabia fazer nada melhor não? – provocou Hunter, a morena se virou devagar para ele.

– Como é?

– O que foi? O que foi? Fala o que foi! – disse Drica rapidamente para Caleb quando esta e Lena foram para seu lado.

– Hunter desafiou Mia. – disse o maior com um sorriso no rosto e as duas gargalharam.

– Ele nunca aprende. – disse Lena quando terminou de rir.

– Nada... – disse Hunter e tentou correr novamente, mas a raiz o pegou do mesmo modo que antes. – Acha que isso pode me deter? É só usar as garras! – disse fazendo suas unhas ficarem afiadas, mas quando foi golpear a raiz, esta ficou mais grossa, e outras raízes se enrolaram a ela. – Argh, Mia!

– Você quem começou! – disse rindo enquanto os outros iam até ela.

– Vão rindo, eu desço daqui sozinho! – mas a raiz ganhou espinhos. – PARA MIA!

– Não fui eu! – disse a morena se defendendo enquanto ria.

– Culpa minha! – disse Lena. – Não resisti.

– Odeio vocês! – esperneou o garoto e raiz ficou com a casca mais dura. – O que...

– Fui eu. – admitiu Drica enquanto todos riam.

Logo, ouviram passos indo para onde estavam então Hunter caiu no chão, a raiz voltou para seu lugar e todos voltaram para onde estavam antes de tudo. Marin apareceu e olhou a cena com um sorrisinho.

– Qual a regra pra quando vocês “fazem bagunça”? – perguntou fazendo as aspas com os dedos. Todos ficaram quietos, rindo silenciosamente de Hunter. – Não me deixem pegá-los. – ela respondeu. – E aprende a se defender garoto, eu sei que você não tem habilidade pra fazer essa raiz ficar do tamanho do tronco da árvore, mas assim parece que foi você.

– Sim, mestra. – murmurou Hunter ficando de pé.

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– E vão todos se aprontar, por favor. Vamos ter um sepultamento amanhã e logo Seth e Cassandra vão chegar.

– Mestra? – perguntou Drica.

– Sim? – Marin poderia tentar o quanto quisesse, mas Drica sempre a decifrava quando tentava esconder o que sentia, e o que estava sentindo era angustia.

– Foi seu irmão não foi?! – Marin assentiu e todos olharam para a mestra, preocupados. – Está tudo bem?

– Sim, estou bem.

– Não é isso... Só sobramos nós não é? – Marin estremeceu. – A parede está completa menos pelos mestres da Sexta Geração e ela em si. – eles tinham percebido afinal. Fazia um ano que não tinham mortos e ela quase pôde fingir que estava tudo bem outra vez, mas não estava. Jed havia morrido há dois meses, e agora Charles.

– Não há nada com o que se preocupar. – disse a mestra saindo dali e voltando para a mansão.

Marin se recusava a aceitar o que poderia estar acontecendo. Cassandra já havia levantado essa hipótese, mas era impossível, afinal Eles eram só uma lenda. E ela tinha que preparar o sepultamento de seu irmão agora, depois resolveria qualquer que fosse o problema.