Annabeth estava nervosa. Ela havia conseguido se livrar das amarras e usado o celular de Luke para falar com Percy, mas agora não sabia o que fazer. Luke voltaria a qualquer momento e o avião poderia chegar antes que a policia...

Resolveu procurar um jeito de sair da cabana e tentar se esconder no meio da mata que ela viu em volta da casa através da janela. Tentou abrir a porta, mas essa estava trancada, então forçou a janela, mas algo a estava travando.

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Perdeu as esperanças de sair dali e começou a bolar um plano para fugir quando Luke chegasse. Procurou algo nos armários que pudesse usar para ataca-lo e a única coisa que achou foi uma frigideira velha. “Não é muita coisa, mas é tudo que eu tenho” pensou.

Posicionou-se perto da porta para que assim que ele entrasse, ela o acertasse e ganhasse tempo para sair correndo dali. Ela só esperava que desse certo, porque caso não desse... Ela não queria nem imaginar o que Luke faria.

Começou a pensar em Percy e imaginar se ele chegaria a tempo. Ela queria acreditar que sim, mas parte dela achava que nunca mais o veria ou teria a chance de olhar para ele outra vez.

– Percy, por favor... – ela sussurrou como se ele pudesse ouvi-la onde quer que estivesse.

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Já estavam andando pela rodovia a mais ou menos vinte minutos e faltavam poucos quilômetros para alcançarem o lugar onde Annabeth disse que Luke a havia levado, mesmo assim Percy ainda não conseguia se acalmar minimamente pensando que talvez fosse tarde demais.

– A gente vai conseguir. – disse Thalia baixinho se dirigindo a ela mesma.

– Espero que não seja tarde. – falou Percy e percebeu Thalia se virando para ele.

– Ela vai ficar bem.

– Só não consigo parar de pensar que talvez a culpa disso tudo seja minha. – desabafou.

– A culpa não é sua. – Thalia pôs a mão no ombro de Percy – Você não fez com que o Luke quisesse fazer o que está fazendo com a Annie.

– Mas se eu não fosse tão fraco talvez pudesse tê-lo parado quando tive chance. – Percy foi invadido por um sentimento imenso de culpa.

– Você não teve culpa. Ele era mais forte que você e estava armado. – Thalia disse – Ela nunca te culparia pelo que está acontecendo.

– Não consigo parar de imaginar o que eu vou fazer se algo acontecer com ela. – ele disse – Eu nunca me perdoaria.

– Não vai acontecer nada e você sabe disso tão bem quanto eu. – ela me abraçou e ele chorou lagrimas silenciosas.

– Obrigado Thalia. – disse se separando – Você é uma boa amiga.

– E você é um cara incrível. Agora eu entendo porque Annabeth gosta de você.

– Não sei se ela vai querer olhar na minha cara depois disso tudo.

– Agora você já está sendo dramático. – Thalia disse com cara de nojo – Parece um personagem de livro romântico. Você está meloso demais. ECA. – Percy soltou um mínimo sorriso com o comentário.

– Eu sei. – ele disse – Mas uma prova de que algo mudou dentro de mim quando conheci Annabeth.

– Ainda está longe daqui? – Thalia perguntou se dirigindo ao policial que dirigia.

– Em poucos minutos estaremos lá. Não se preocupem. – ele disse sem tirar os olhos do caminho – Alias meu nome é Andrew.

– Prazer. – disse Thalia sem entusiasmo.

– Sinto muito pelo que está acontecendo com vocês. – Andrew disse com um pouco de tristeza na voz – Mas vai dar tudo certo, vocês vão ver.

– Espero que sim. – Percy disse, mas soou mais como um sussurro.

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Demorou mais uns dez minutos até que Annabeth percebesse movimento fora da cabana. Se posicionou ao lado da porta assim que viu a maçaneta da porta se virar e a mesma abrir-se lentamente. Ao vê-la Luke pareceu estático.

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– Mas que diabos...? – foi interrompido quando Annabeth bateu em sua cabeça com a frigideira usando toda a força que tinha.

Ele cambaleou e quase caiu de cara no chão. De relance Annabeth viu uma fina linha de sangue escorrer em sua cabeça, mas sem hesitar saiu correndo porta a fora tentando localizar um local para fugir. Antes que pudesse perceber sentiu mãos segurarem seus braços com força fazendo com que ela parasse de correr repentinamente.

– Aonde pensa que vai mocinha? – disse uma voz que ela não reconheceu.

Tentou se livrar do aperto das mãos do homem que a havia segurado, mas não teve nenhum sucesso. Quando se virou para ver quem tinha falado deu de cara com um homem moreno e alto com mais ou menos 1,90 de altura. Ele sorriu para ela de um jeito malicioso.

– Então era de você que Luke havia falado. – ele disse olhando da cabeça aos pés – Vejo o porque dele querer você.

Annabeth viu Luke vir até onde estavam. Ele ainda estava meio zonzo, mas andava muito bem ao ver dela.

– Obrigado Antônio. – ele disse ao homem e depois se voltou para mim – E você achou mesmo que iria conseguir escapar assim?

Ela lançou a ele um olhar intimidador, mas ele sorriu da reação dela.

– Que bom que está resistindo, afinal isso tornará as coisas mais digamos... – ele olhou maliciosamente para ela – interessantes.

– Me deixe em paz Luke. – Annabeth disse.

Luke amarrou as mão dela novamente e passou a segura-la para que Antônio ficasse livre.

– Vou voltar para o avião. – Antônio disse – Você já vai leva-la? – ele perguntou a Luke.

– Ainda não. Tem uma coisa que eu quero fazer antes disso. – ele sorriu e Annabeth ficou com medo do que viria a seguir.

Quando Antônio já estava fora de seu campo de visão, Luke a empurrou em uma árvore e sorriu maliciosamente para ela. Assim que ele ia tentar beija-la, ele se surpreendeu com o barulho de um carro vindo na direção deles. Era um carro de policia. Ele tirou uma arma de seu cinto e a apontou para Annabeth.

– Vem comigo. – ele disse ao ouvido dela e ela fez o que ele pediu.

Eles ficaram observando o carro parar e dele descerem três pessoas. Um guarda alto, uma garota roqueira que Annabeth não pode deixar de sorrir ao ver e a pessoa que ela mais queria ver. Um certo garoto moreno de olhos verdes. Ela sorriu ao ver Percy indo em direção a cabana junto com o policial e uma centelha de esperança se acendeu dentro dela.

Quando eles viram que não havia ninguém lá dentro, começaram a procurar do lado de fora. Luke apontou a arma para onde Percy estava, mas antes que ele pudesse atirar, Annabeth se jogou contra ele. O tiro acertou o nada e ele puxou Annabeth com força floresta adentro. Ela pode ver o policial sacando a arma e falando alguma coisa no radio.

Luke a puxou até uma área verde onde se encontrava um avião, mas para surpresa dele e de Annabeth o avião já havia sido rendido pela policia. Ele xingou em frustração.

– Desiste Luke. Você não tem chance! – falou Annabeth.

– Eu ainda tenho você. – ele disse – E é assim que eu vou sair daqui.

Ele a puxou novamente a levando pela escuridão da mata fechada. Parecia não saber para onde estava indo. Acabaram chegando próximo a um penhasco. Ele tentou voltar, mas percebeu que alguém estava atrás deles e chegou até a borda do precipício. Annabeth pode ver que era bem alto ali em cima, então Luke agarrou seu pescoço e apontou a arma para sua cabeça.

– Parado. – disse uma voz vinda de um homem que havia acabado de sair da mata fechada – Não queremos que ninguém se machuque. – ele disse também pegando uma arma.

– Que se dane o que você quer! – vociferou Luke – Se não me deixarem sair, eu mato ela. – disse apontando para Annabeth.

– Annabeth! – disse Percy que apareceu ofegante por ter corrido até ali.

– Percy. – disse Annabeth. Ela estava incrivelmente feliz por poder vê-lo ali, mas estava com medo de como aquilo tudo acabaria.

– Deixe ela em paz Luke! – ele gritou – Ela não tem nada a ver com isso! Por que não luta com alguém do seu tamanho? – ele perguntou.

– Acha que eu sou idiota? – Luke riu sarcasticamente – Não vou cair no seu joguinho Jackson.

– Por que está fazendo isso Luke? – Annabeth perguntou – Vai fazer isso conosco só porque está com raiva do seu pai?

– Ele vai pagar pelo que fez. – Luke disse.

– Luke, por favor, pare. – disse uma voz suave. Era Thalia – Não faça algo de que vá se arrepender depois.

– Solte a Annabeth e me deixe lutar com você. – disse Percy – Ninguém fara nada para te prender se solta-la.

– Percy, não. – Annabeth disse com uma voz baixa.

– Aceito seu desafio Jackson. – ele disse.

– Percy você não pode fazer isso. – disse o policial.

– Só peça para que ninguém nos interrompa. – ele disse – Vamos acabar logo com isso Luke.

Então Luke soltou Annabeth e se aproximou de Percy que fez o mesmo. Ela correu e abraçou Thalia.

– Annie você está bem? – perguntou Thalia preocupada – Ele fez alguma coisa com você?

– Não, eu estou bem. – ela disse – Estou feliz em ver vocês. – ela se virou para olhar para Percy que estava de costas para ela – Luke é maior que Percy, ele não vai conseguir.

– Temos que confiar Annie.

Então Luke e Percy se atacaram com chutes, socos e tudo o que podiam fazer. Luke realmente era melhor, mas Annabeth pode perceber que Percy estava determinado e conseguia fazer bastante estrago. Ele conseguiu derrubar Luke, mas acabou levando uma joelhada e se afastou. Annabeth ficou pálida quando viu o que Luke iria fazer.

– Percy, cuidado! – ela gritou.

Luke atirou nas costas de Percy que caiu no chão com a camisa manchando com seu sangue. Annabeth correu até ele e se agachou ao seu lado. Olhou de relance para Luke que estava cercado e não acreditou no que viu. Ali na frente de todo mundo ele deu um tiro em sua própria cabeça e caiu morto no chão, mas agora sua única preocupação era Percy.

Ele havia levado um tiro nas costas e estava perdendo sangue. Ele estava com os olhos abertos e apertou a mão de Annabeth.

– Annabeth, você está bem? – ele disse com a voz baixa e ela não pode conter algumas lagrimas.

– Você que não está bem Percy. – ela disse – Por que fez aquilo?

– Não ia aguentar se ele te machucasse e agora você está bem.

Ela pediu para chamarem alguém para leva-lo para um hospital e de repente varias pessoas vieram em sua direção com uma maca.

– Eu não quero te perder. – ela disse.

– Eu te amo. – ele sussurrou e fechou os olhos, sua respiração estava descompassada.

– Eu também te amo. - ela sussurrou e levemente pressionou seus lábios aos dele e lhe deu um selinho rápido.

Algumas pessoas ajudavam a coloca-lo na maca e levavam ele para uma ambulância. Naquele momento ela sentiu um medo pior do que qualquer um. Perder a pessoa que amava. Ela não suportaria se ele morresse por causa dela, mas agora a única coisa que poderia fazer era torcer para que ele aguentasse firme aquilo tudo.

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