A Consultora

Capítulo II — O Primeiro Jantar


Acordou cedo, provavelmente uma das primeiras no castelo a acordar. Tomou um banho longo e muito bem aproveitado. Pensou bastante em tudo o que ocorrera até o presente momento, e arrepiou-se, ainda sem acreditar totalmente no local a sua volta. “Hogwarts! Você está em Hogwarts!” algo em sua mente gritava feliz, e riu consigo mesma.

Tomou um banho rápido e, estando seca e vestida, foi em direção a seus livros guardados no baú. Revirou-o por alguns minutos, até achar o livro trouxa que buscava. Começara a lê-lo no dia anterior a sua chegada, e se esquecera de lê-lo na noite anterior. Passou toda a manhã e parte da tarde lendo-o, até, ao terminá-lo, seu estômago deu um sinal, chamando-a com seu rosnado inquietante.

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— Hora de comer. — exclamou para si mesma, indo até a cozinha. Um elfo doméstico parou a sua frente, sorrindo.

— A senhorita gostaria de comer algo?

— Por favor. Poderia me fazer algo para o almoço? — perguntou, abaixando-se para poder olhar nos olhos do elfo a sua frente, que pareceu um pouco desconfortável com essa atitude.

— O que a senhorita gostaria? Clyde pode fazer o que a senhorita quiser. — o elfo afastou-se um pouco da mulher, constrangido com o ato igualitário da mulher a sua frente.

— Faça o que for mais fácil para você, por favor. Não quero atrapalhar, vocês devem estar tendo um trabalhão para estar tudo pronto para o primeiro jantar do ano. — a face de Clyde sofreu algo semelhante a ruborizar, visto seu constrangimento ao modo que era tratado.

— C-claro, senhorita. — o elfo seguiu ao interior da cozinha, logo voltando com um prato simples.

— Muito obrigada, senhor. — ela sorriu-lhe, voltando a seus aposentos.

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Logo já era noite, e, em alguns minutos, aconteceria o primeiro jantar do ano. "Será divertida a reação dos alunos." Pensou, rindo consigo mesma. Um retoque leve do batom, o treino de alguns sorrisos em frente ao espelho e estava pronta.

Enquanto caminhava, pensou em como seria se ela mesma, em sua época de estudos, tivesse alguém como ela para conversar. Fazer descobertas, tirar dúvidas, talvez tivesse evitado sua gravidez precoce. Procurou afastar esse pensamento, visto às más memórias que ele trazia. "O que importa é que você vai ajudar muitas pessoas, tenha certeza." Dizia a si mesma.

Chegando ao Salão, pôde perceber os olhares curiosos em si, dos alunos em média a partir do quarto ano. Com certeza, a Casa que mais a olhava era a Lufa-Lufa, visto que a professora Sprout não se encontrava na mesa dos professores e ela estava em seu lugar. Porém, curiosamente, a maior parte dos meninos, de todas as Casas, olhavam-na com uma expressão, hum, digamos, extasiada, em ver uma professora tão jovem e... Vocês entendem o que se quer dizer.

(“)O minúsculo Professor Flitwick, professor de Feitiços, estava sentado em uma alta pilha de almofadas ao lado de Malu. Conversava com a Professora Sinistra, do Departamento de Astronomia. Do outro lado de Sinistra estava o mestre de Poções, de rosto macilento, nariz de gancho e cabelos oleosos. Do outro lado de Snape, havia um lugar vago, que devia ser o da Professora McGonagall.

Ao lado, e bem no centro da mesa, sentava-se o Professor Dumbledore, o diretor, seus cabelos e barbas prateados e ondulantes brilhando à luz das velas, suas magníficas vestes verde-escuras bordadas com luas e estrelas. Dumbledore tinha as pontas dos dedos longos finos e ele apoiava nelas o queixo, contemplando o teto através de oclinhos de meia-lua, como se estivesse perdido em pensamentos.(”)¹

Houve a chegada dos alunos do primeiro ano e divisão dos mesmos entre as quatro Casas. Então, (“) iniciou-se a apresentação dos colégios bruxos que participariam do Torneio Tribruxo esse ano. Beauxbatons e Durmstrang, dois dos outros grandes colégios Europeus. Após algumas explicações básicas e a apresentação de alguns dos alunos desses colégios mágicos e a apresentação surpresa do novo professor de DCAT, os convidados sentaram-se juntos a algumas mesas de Hogwarts e o jantar foi servido. (”)²

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(“)Quando até as sobremesas tinham sido destruídas, e as últimas migalhas desaparecidas dos pratos, deixando-os limpos e brilhantes, Alvo Dumbledore tornou a se levantar. O burburinho das conversas que enchiam o salão cessou quase imediatamente, de modo que somente se ouviam o uivo do vento e o batuque da chuva. (”)¹

Falou os avisos rotineiros, como o aumento de itens proibidos no interior do castelo (passaram-se a ser cerca de 437 objetos este ano),o aviso de que não haveria a Copa de Quadribol (gerando alguns murmúrios indignados de todas as Casas) visto o Torneio Tribruxo que ocorreria em tal ano. Então, iniciou a explicação sobre a nova professora.

— Percebo, por seus olhares de curiosidade em direção a jovem senhorita sentada a nossa mesa, que desejam saber sobre a senhorita Black. Levante-se, por favor, professora. — ela levantou-se como pedido, atraindo ainda mais olhares em sua direção. Pôde perceber alguns alunos boquiabertos, e riu-se internamente. — Ela substituirá a professora Sprout, que veio a adoecer durante as férias e desejou repousar por esse ano, também viajando em busca de mais informações sobre plantas mágicas mundiais caso decida voltar a lecionar. Porém, a professora tem um aviso para dar-lhes.

O diretor acenou com a cabeça para a jovem de cabelos cacheados, que, apesar de enrubescida, levantou-se novamente e passou a explicar sua "matéria".

— Como o professor Dumbledore explicou-lhes, eu irei lecionar, além de Herbologia, outra matéria. Na verdade, não deveria ser denominada assim, sim uma "consultoria", eu diria. Serei — ela quase engasgou enquanto falava, porém conseguiu manter a constância em sua voz. — a consultora sexual do colégio. — Ouviram-se diversos murmúrios, tanto entre os alunos de Hogwarts quanto entre os recém-chegados. — Irei ajudar-lhes com qualquer de suas dúvidas sobre o que sentem à suas dificuldades em estudar, então, basicamente, serei uma conselheira.

Parou de falar durante alguns minutos, logo continuando:

—Serei sigilosa quanto ao que me contarem, ninguém precisará ao menos saber que visitaram minha sala. Isso vale para ambos aos sexos de alunos dessa instituição escolar, certo? — sorriu nervosa, ainda tendo olhares surpresos vindos em sua direção. Via alunos encolhidos e enrubescidos, assim como outros conversando sibilantes. — Poderão marcar, qualquer aluno de qualquer idade, um horário para visitas privadas. Porém todo aluno a partir do quarto ano deverá me ver ao menos uma vez a cada trimestre. Qualquer dúvida, digam-na antes ou depois de uma aula de Herbologia, visitem minha sala ou vão até meus aposentos, está bem? Obrigada pela atenção. — prestes a sentar-se, pareceu lembrar-se de algo e voltou a dizer: — Ah, todo estudante de Durmstrang ou Beauxbatons, onde inclusive estudei, também poderá visitar minha sala, serão tratados com igual respeito e simpatia. Tenho certeza de que passarei as férias recebendo cartas de alunos que se tornarão, mais que isso, amigos.

Sentou-se e, mesmo a uma considerável distância das mesas, ouvia claramente seu nome, e comentários de todo tipo, dos mais preconceituosos aos mais descarados, digamos assim. Logo se sentiu um pouco enjoada, provavelmente pelo nervosismo causado pela situação, e saiu em direção a seus aposentos.

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— Não foi muito diferente do que imaginava. — disse a si mesma. Já estava em seus aposentos, deitada em sua cama, com um companheiro livro em suas mãos. Olhou o relógio em sua parece, e considerou que já era tarde. Depositou o livro, recém terminado, ao seu lado, ajustando seu corpo confortavelmente. — Boa noite, Hogwarts.

E fechou os olhos, deixando-se levar por Morpheus.