Four and Four - Steps of Tomorrow

Capítulo 18 - Assistentes vs Assistentes. Viram Instrutores!


(Trilha sonora: Lorde - Team clique aqui)

Pov Merida

Já estávamos todas acordadas havia um tempo. Uma a uma íamos todas tomar banho e nos arrumar. Eu ainda estava inquieta com tudo o que as meninas falaram na noite passada. Além do fato daquela troca de olhares entre os assistentes quando o Terence falou que não íamos ser mortos, apenas eliminados.

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Isso me deixava muito preocupada...

Eu estava tentando ler um livro há meia hora, mas não conseguia sair do primeiro parágrafo. Tinha muita coisa na minha cabeça...

– Ei! – ouvi murmúrios vindos da varanda. – Cuidado com isso!

– No três, ok? – falou outra voz. – Um... Dois... TRÊS!

A porta foi aberta e 3 de nossas assistentes apareceram por ela com baldes na mão prontas para jogar água na gente.

– Nem pensem nisso! – falou Mônica calma enquanto colocava seu colar.

Elas pararam imóveis na porta.

– Ué? – questionou a ruiva, Alice. – Acordadas essa hora?

– As coisas que aconteceram ontem... – falei. – Nos deixaram preocupadas...

Todas nos levantamos. Punzie ainda estava penteando seu cabelo.

– Não falei que isso demorava. – brincou Vi.

Começamos a rir. Não só pela piada de Vi, mas também pela cara de indignação que a Punzie fez.

– Há, há... – reclamou a loira enquanto riamos dela. – Muito engraçado...

– Shiu! – pediu Anna segurando a maçaneta da porta do quarto dos meninos.

– No três! – falou Alice segurando um balde. – Um... Dois... Trê-

Bryan abriu a porta antes de Anna fazendo com que ela caísse em cima dele e os dois fossem ao chão.

– Vocês acordados também? – perguntou Manu vendo todos os meninos logo trás de Bryan e Anna que ainda estavam no chão.

– O que deu em vocês? - perguntou Alice arqueando uma sobrancelha.

– Como assim o que deu na gente? – pergunta Jack. – O que houve com vocês, isso sim! Que ideia genial foi essa de jogar água na gente?

– Um jeito novo de acordar! – respondeu Alice sorrindo. – O que acharam?

– Estou muito feliz em ter acordado antes do banho. – afirmou Karine.

– Nos livramos de um resfriado! – completou Soluço satisfeito.

– Tá bom! – exclamou Manu chamando nossa atenção. – O que a gente faz com esses baldes?

– Além disso, estamos sendo ecologicamente corretos. – comentou Vi.

Começamos a rir enquanto as meninas encaravam seus baldes com raiva.

– Vamos para a cachoeira. – falou Anna saindo pela porta. – Temos que compensar os dois dias que vocês dormiram.

– Isso não foi culpa nossa! – gritou Bryan indignado. – Foi culpa daqueles dardos!

– A gente sabe. – afirmou Manu jogando a água do seu balde num vaso de planta ao lado da nossa porta. – Mas temos que compensar de qualquer jeito.

– Peraí. – chamou Cascão. – Cadê a Lili e a Bia?

– Bom... – pensou Anna. – A Lili disse que não estava muito a fim de refazer todo o caminho para o lago já que já estávamos lá!

– E a Bia ainda tá encucada com aquilo de ela ser um perigo pra vocês... – lamentou Alice com um suspiro.

– Isso é um problema. – falou Wil. – Ela pode acabar enlouquecendo com essa ideia.

– Sim... – lamentou Manu e todas abaixaram a cabeça.

– De qualquer forma... Vamos povo. – falou Alice e seguimos em direção à trilha que nos levava ao lago onde começamos nosso treinamento.

Algum tempo depois terminamos de atravessar a cortina de cipós e demos de cara com aquela vista linda que nunca cansamos de ver.

Nos viramos para frente e damos de cara com uma Lili nada feliz...

Temos problemas!

– O que houve? – perguntou Manu se aproximando.

– Não tô muito a fim de ter que conviver com aqueles seres humanos... – falou Lili com tédio, apontando para a direção oposta.

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Viramos nossos rostos e nos deparamos com Bia, Leo e todo o grupo 1, além dos seus assistentes.

– Só para constar. – falou Lili chamando nossa atenção. – Aqueles dois estão se encarando há mais de 40 minutos. – falou se referindo à Bia e Leo. – Se falassem alguma coisa eu estaria bem... Mas eles ficaram calados esse tempo todo! Eu tô assustada!

– Eles não falaram nada? – questionou Alice confusa. – O Leo não me pareceu ser tão calado assim. Principalmente quando o assunto é a Bia.

– Tem razão... – concordou Soluço.

– A Bia também está meio instável desde ontem... – comentou Manu.

– O que quer dizer com instável? – perguntou Soluço.

– Ontem depois que voltamos para os dormitórios, ela trocou de roupa e seguiu direto para a ala de treinamento. – explicou Alice.

– Eu não a vi. – afirmou Anna.

– E olha que você só dorme 4 da manhã! – observou Lili.

– Quatro da manhã? – gritamos surpresos.

– Sou meio desconfiada e acabo não conseguindo dormir cedo. – ela explicou.

– Pois é. – concordou Manu. – Mas não se esqueçam que ainda temos que recuperar o tempo perdido.

– Por falar nisso... – chamou Lili. – A Vanessa também já chegou.

– Ótimo! – exclamou Alice animada. – Vamos ver com ela porque eles estão aqui e em seguida vamos direto pro treino!

Andamos todos na direção da Vanessa, ela estava conversando com outro homem, ele era moreno de olhos castanhos e também vestia uma roupa do acampamento. Só pode ser outro instrutor!

– Vanessa. – chamou Manu.

– Há! Oi meninas! – ela exclamou se virando para nós. – Já estava preocupada... Tenho que dar informações importantes para vocês.

– Hã... Que informações? – perguntou Mônica nervosa.

– Logo, logo vocês vão saber. Agora... SAIAM DAQUI! – então ela voltou com sua voz meiga. – Por favor...

Nos retiramos e andamos em direção à Bia que estava sentada um pouco afastada em um tronco. Ela ainda estava encarando Leo, e ele a encarava.

Aquilo dava medo...

– Então Bia... – chamou Anna.

– O que ele está fazendo aqui?! – ela perguntou entre dentes.

– Hã... – respondeu Manu chegando um pouco para trás. – Eu não sei.

O olhar dela se intensificou mais e então ela suspirou, fechando os olhos e abaixando a cabeça.

– Desculpa pelo meu estado... – a loira pediu fitando o chão. – Não consigo parar de pensar naqueles galhos e na ideia de que eu podia ter sido a causa de vocês entrarem em coma...

– Não fale isso... – consolei. – No final você salvou a gente de ser atingido por aquele galho cheio de espinhos.

– Se eu não estivesse nesse acampamento, eu não teria que ter gritado nada! Vocês nem sequer estariam na floresta...

Seguiu-se um pouco de silêncio até que a voz de Vanessa soou em nossos ouvidos.

– Galera! – ela chamou. – Lucas e Eu temos um anúncio a fazer.

Silêncio.

– Vocês... – ela continuou. – Trabalharão juntos!

– O QUE?! – gritamos todos surpresos.

– Há não! – exclamou Taylor. – Eu não vou trabalhar com a Licinha. Ela é delicada demais! Eu vou ter que fazer tudo sozinho!

Tá bom! Ele e o Leo realmente NÃO sabem que estão se metendo em PERIGO, né!?

– Eu também não tô a fim de trabalhar com você Margarida! – gritou Alice.

– Tem certeza que esse não é seu sobrenome? – ele reclamou irônico chegando perto dela. – Combina. Alice Margarida Liddel.

Ele deu um sorriso vitorioso e Alice abriu a boca indignada.

– Você me chamar de Licinha eu tolero...

– Só que não. – contrariou Lili.

– De indefesa eu só quebro o seu braço...

– Nisso eu concordo! – exclamou Manu.

– Mas de Margarida!!! – ela gritou ficando cara a cara com ele. – Só se você estiver pedindo pra morrer!!!

– E se eu estiver...? – ele abaixou um pouco mais a cabeça para poder ficar da altura dela. – Nanica.

Alice fechou a mão se segurando para não matar ele e com os dentes trincados continuou:

– Pelo menos não sou uma girafa.

– E eu não sou indefeso.

– Você vai ver o indefeso descendo pela sua garganta! – ela gritou puxando a camisa dele.

– Não falei que você era indefesa?! – ele exclamou irônico segurando as mãos dela e com seus rostos próximos um do outro.

Seguiu-se um pouco de silencio enquanto os dois se encaravam. Mas... Sinceramente, não foi que nem o olhar que ela ficou usando ontem com o Leo. Parecia mais que ela culpando ele por alguma coisa e ficava estranhamente fraca por culpa-lo.

Mas logo ela voltou a ser a Alice de antes.

– Eu não sou indefesa! – ela virou a mão e segurou os pulsos dele então os viro novamente o forçando à soltá-la.

Quando já estava livre ela deu uma rasteira nele, porém ele pulou desviando e quando ela ia dar um soco nele...

– CHEGA!!!!

Ambos pararam nos seus lugares.

– Qual é Vanessa... – reclamou Alice. – Na melhor parte...

– Falou a barraqueira! – falou Taylor rolando os olhos.

– Sou mesmo! E você com isso?

– Eu não tenho problema nenhum com isso. – ele afirmou levantando as mãos em sinal de rendição.

– Então pare de agir como se tivesse incomodado! – ela gritou apontando para ele.

– Mas será possível! – gritou o outro instrutor, acho que seu nome é Lucas... – Temos que treinar!

– Opa, opa, opa! – falou Patrick. – Com elas?

– É claro.

– Não é muito atraso de vida não?

– O QUE?! – nossas assistentes gritaram indignadas.

– É o seguinte. – chamou Vanessa antes que elas começassem outra briga. – Vocês assistentes formarão duplas e ensinarão quartetos. Separamos vocês conforme as habilidades que seus assistentes poderão trabalhar. Quanto às duplas de assistentes, escolhemos porque eles têm coisas que um pode ensinar o outro, que ele poderá pegar com facilidade os ensinos. Dúvidas?

– Dizer que temos vai adiantar? – perguntou Bia cansada.

– Não! – respondeu Vanessa sorridente.

– Sabia. – a loira rolou os olhos.

– Bom... – começou Lucas. – O primeiro quarteto à ser ensinado é Soluço, Merida, Flynn e Elsa.

Formamos um grupo um pouco à frente dos outros.

– E a dupla de assistentes é Leo e Bia.

– O QUE?! – eles gritaram juntos.

– O que foi? – perguntou Lucas olhando para os lados como se tivesse algo errado.

– Eu não vou ficar com essa Patricinha! – gritou Leo indignado.

– E você acha que eu estou feliz por ficar com você?! – ela devolveu irônica.

– Essa definitivamente não é a Bia que a gente conhece. – afirmou Manu atrás de mim.

Mas ela tinha razão... A Bia nunca brigou pra valer com o Leo. E olha que ele já está atormentando ela há um bom tempo!

Ela sempre foi bondosa demais. Até com ele!

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Tem alguma coisa errada...

– Aliás, o que eu tenho a ver com essa Patricinha? – Leo gritou apontando pra ela.

Vanessa deu um sorriso travesso e explicou:

– Duas palavras. Arco e flecha.

– HÁ NÃO! – gritou Bia chamando nossa atenção.

– Por que não? – questionou Anna confusa.

– Eu nunca vou atirar com arco e flecha! Ainda mais com ele sendo meu instrutor!

– Que bom que concordamos nisso. – ele falou cruzando os braços. – Por que eu não ia te ensinar de qualquer maneira, mesmo!

Bia arqueou uma sobrancelha indignada. E chegou mais perto dele. Como eles eram da mesma altura, ficaram literalmente, cara a cara.

– O que está insinuando? – ela perguntou em voz baixa.

– Que seria perda de tempo. – ele respondeu se aproximando um pouco mais e a encarando fixamente. Agora eles estavam com um espaço de 5 centímetros entre eles.

Sério! Esses olhares estão me dando medo!!!!!

E se EU tô com medo, você já deve imaginar como o resto do povo está, né?

– Você acha que eu não conseguiria atirar com arco e flecha? – a loira perguntou cruzando os braços.

– Não acho. – ele fez uma pausa e fechou os olhos. Então os abriu e com um sorriso maldoso completou: – Eu tenho certeza!

Ao contrário do que eu tenho certeza que a Alice faria (ou seja: matar ele!), Bia ficou parada, ainda encarando o moreno.

Então do nada ela segurou seu rosto o forçando a encara-la; ele descruzou os braços com a ação súbita dela.

– Então, olhe a aprenda, meu caro. – a loira falou o fitando profundamente.

Então ela o soltou e andou até estar distante de todos nós.

Ela ficou parada, o vento balançava seus cabelos enquanto o único som que preenchia o ambiente era o do vento balançando as folhas das árvores.

– Estamos esperando Patricinha! – gritou Leo entediado.

Bia virou a cabeça para trás e o sol refletiu em seus olhos intensamente negros, os deixando dourados.

A loira esticou o braço e um feixe de luz se seguiu até um pouco além dos seus dedos. Ela fechou a mão em torno do objeto que víamos apenas com um feixe de luz. Lentamente ela levou o braço para trás de si, então com um movimento rápido ela jogou o braço para frente e 3 feixes de luz cortaram o ar atingindo uma árvore, que tenho certeza que não estava há menos de 10 metros de distancia!

– Uau! – exclamamos todos, menos Leo.

– E não é só isso! – gritou Bia distante. – Venham comigo!

Seguimos na direção dela e ela nos levou até a árvore. Realmente não tinha sido só a distância e a mira que havia nos impressionado...

As lâminas ficaram cravadas em uma fenda no tronco!!!! EM UMA FENDA!!!!!

– Co-como você fez isso?! – gaguejou Anna, a ruiva do grupo 1.

– Diferente do que o senhor Leonardo falou... – ela falou se virando para ele. – Eu tenho boa mira.

– Isso é o que veremos... – ele falou com um sorriso de canto.

Bia sorriu satisfeita e Vanessa e Lucas continuaram explicando.

– Cebola, Mônica, Once e MC, serão treinados por Alice e Taylor.

Antes que os dois começassem outra briga Vanessa tomou a voz:

– Vocês não querem me ver brava!

– Com toda essa bipolaridade, brava pra ela é 3ª Guerra Mundial pra nós. – sussurrou Soluço e eu contive o riso, mas deixei um sorriso escapar.

Alice ficou emburrada, pela cara dela... Bom, ela deve estar xingando mentalmente todos que a fizeram vir para esse acampamento, além de todos que estão nele...

Fiquei brava com essa ideia, mas como ela está estrangulando o Taylor só porque ele falou: “Então ruiva...”, digamos que eu não tô muito a fim de morrer hoje...

Aliás, é engraçado ver a Alice esganando o Taylor... Na verdade até ele tá rindo! Mas se eu fosse ele, parava. Porque ela tá perdendo a paciência...

Coitados do Cebola, da Mônica, do Once e da MC... Com esses assistentes, eles vão longe!

– Você é um chato! – gritou Bia.

Tá. A gente também não tá muito atrás não...

– Se quiser uma forma de se separar de mim eu tenho uma ideia. – falou Leo recebendo atenção de Bia que ficou apreensiva. – Se afoga!

O sorriso dela sumiu e eles começaram à se encarar de novo com aquele olhar de: “Vou acabar com sua raça!”, expressão velha eu sei... Mas a única que pode definir esse olhar! Ele não é só pra acabar com a pessoa, é pra exterminar até mesmo as cinzas dela!!!

– Porque você não faz um experimento antes pra ver se é uma ideia que valha a pena? – ela perguntou irônica.

– Porque você que é o ratinho de laboratório! – ele devolveu na mesma ironia.

Tá bom! Isso vai demorar e não vai me dar nenhum proveito, então vou voltar a ver quem são os quartetos e os instrutores.

– Jack, Rapunzel, Andy e Marvis com Lili e Patrick. – continuou Vanessa.

– Eu com esse atraso de vida? – questionou Patrick recebendo uma lâmina colada em seu pescoço.

– Se quiser continuar com a cabeça grudada no corpo... – ela falou fitando o nada e então se virou para ele encostando a lâmina da faca em sua pele. – Não me chame de atraso de vida.

– Ok... – ele concordou e ela guardou a faca. – Atraso de vida!

Ele começou a rir e ela ficou o encarando como se aqueles fossem ser os últimos momentos de vida dele... (se ele continuar assim, esses vão MESMO ser os últimos momentos de vida dele!!!)

E depois de um suspiro li um murmúrio sair dos lábios dela:

– Esses vão ser longos 2 meses...

– Rapunzel, Jack, Tinker e Terence, com Anna e Guilherme. – chamou Lucas.

– Karine, Bryan, Anna e Kristoff, com Manu e Kaique. – continuou Vanessa. – E por fim: Violetta, Willbur, Peri e Peter, comigo e Lucas.

– Sortudos! – ouvi Jack resmungar. – Não vão ficar com uma dupla que está a ponto de se matar!

– Quem devia estar falando isso somos nós, Iceberg! – gritei irritada.

– Esse apelido de novo? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– A gente parou, sabia? – falou Bia atrás de mim.

– Que bom! – exclamei aliviada.

– Vamos começar isso. – chamou Leo. – Quais são as habilidades de vocês?

– Arco e flecha. – respondi automaticamente.

– Bom... – pensou Soluço. – Sou inteligente...

– Nerd! – o interrompi e ele me encarou bravo me fazendo soltar uma risada da cara dele.

– E bom com espadas! – acrescentou Bia. Se bem que eu não lembro de ter sido isso que aconteceu no primeiro dia de treino...

– Não se meta Patricinha! – exclamou Leo.

– Você tá passando dos limites... – a garota advertiu entre dentes.

– E você? – ele perguntou chegando mais perto dela, como se quisesse intimidá-la. – Vai fazer o que?

Ele não devia ter falado isso!

Bia avançou para cima dele e armou um soco, mas ele desviou com facilidade. Então ele tentou pegar a mão dela, mas ela foi mais esperta e desviou se virando de costas e pegando o braço dele, com um movimento rápido ela se curvou e ele foi ao chão. Leo puxou a perna de Bia e ela caiu ao lado dele.

Leo se pôs em cima dela e a segurou.

– Para de tentar me superar, Patricinha... – aconselhou Leo.

Ela gemeu e começou a se debater, até que finalmente conseguiu inverter as posições e ficar em cima dele, mas o terreno era inclinado e isso desencadeou em os dois saírem rolando em direção ao lago.

Finalmente eles caem nele e a água jorra para as bordas. (Que bom que não tinha ninguém lá!)

Corremos até a margem do lago. Os dois haviam afundado e seus vultos lutavam em baixo d’ água. Os dois voltam para a superfície e começam a jogar água na cara um do outro, então Leo avançou numa tentativa inútil de agarrar Bia, que voltou para a água e o puxou pelo cabelo.

As duas sombras continuaram lutando, até que uma foi empurrada para mais longe.

Leo surgiu acima da água ofegante.

– Cadê a Bia? – perguntoi Wil.

Ele tinha razão! Ela ainda não tinha voltado!

Leo mergulhou novamente e pouco tempo depois voltou à superfície, sozinho.

– Nada? – ele gritou para nós.

– Não! – gritamos em resposta.

Ele voltou para a água, minutos depois voltou com Bia em seu braço. Ele a deitou na grama e começou a gritar:

– Patricinha! Acorda!

– Chamar ela assim não vai ajudar! – gritou Mônica.

– Patricinha... Não desmaie! – ele ignorou Mônica. – Acorda! Abre os olhos!

– Bia... – murmurou Alice.

Ele continuou chamando ela de Patricinha e a chacoalhava. Então ele resolveu fazer massagem cardíaca.

– Loirinha... – ele finalmente parou de fazer a massagem e se voltou para o seu rosto.

Bia tossiu um pouco de água e abriu os olhos.

– Bia! – gritamos surpresos.

– Loirinha? – foi a primeira coisa que ela falou. As duas esferas negras fixas em Leo.

– Você é loira! – respondeu simplesmente.

– Cadê o “Patricinha”? – ela questionou surpresa.

– Sentiu saudades? Patricinha?

Ela rolou os olhos e se sentou na grama.

– Consegue levantar? – perguntou Vanessa.

– Sim. – ela afirmou e se levantou de uma vez. – Vamos treinar!

– Vamos! – concordamos todos e nos dispersamos, cada um indo para o seu grupo.

– Então...

Quais são as habilidades de vocês? – perguntou Leo à Elsa e Flynn.

– Eu sou bom com espadas. – falou Flynn.

– E eu até que tenho uma boa mira... – respondeu Elsa pensando.

– Então é o seguinte: Merida e Elsa comigo, no arco, e Soluço e Flynn com a Patricinha, nas espadas.

– Patrici...

Bia acabou tropeçando em uma pedra e caindo em cima dele. Resultado: Os dois no chão!

– Desse jeito eu penso que você realmente sentiu saudades do “Patricinha”! – Leo falou com um sorriso de canto.

– Então fique só no ‘penso’, mesmo! – ela falou o encarando então saiu de cima dele.

Continuamos andando até chegarmos à um conjunto de arcos e aljavas com flechas. Bia pegou sua bolsa e tirou de lá 3 espadas.

Eles separaram os equipamentos e começaram a explicar alguma coisa pra gente.

– Mostre o que já sabe. – pediu Leo.

Puxei a corda, mas antes de soltar o encarei e depois com o canto do olho observei Bia atrás de nós.

Ela explicava algo para o Soluço. Então ela virou a cabeça para encarar sua espada e seu olhar se cruzou com o de Leo, e ela imediatamente voltou a encara-lo com aquele olhar de: “Eu vou acabar com a sua raça!”.

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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Me virei novamente para a minha seta e soltei a corda com um único pensamento:

“Com esses dois como instrutores, esses serão longos 2 meses!”