Lilian e James - o 7°ano
Capítulo 11
Lílian.
Hoje, quando acordei com um grande sorriso no rosto. O estranho era que não havia motivo. Ultimamente eu estava me sentindo uma boba alegre e nada podia estragar essa alegria. Olhei para a janela e estava nevando. O dia não podia estar mais lindo.
– Bom dia – disse com um enorme sorriso para minhas colegas de quarto.
– Bom dia – disse Marlene retribuindo o sorriso – E de onde vem toda essa alegria?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Sinceramente? Não sei. Apenas estou feliz.
– O que foi? Potter te deu um beijo? – perguntou Alice.
No mesmo instante fiquei vermelha de vergonha e raiva.
– E por que ele teria algo haver com isso? – esbravejei.
– Calma, é apenas uma suposição.
– Pois sua suposição está errada.
– Fala sério Alice – disse Marlene – Lily e James? Sinceramente, eu não acredito nisso.
Alice simplesmente deu de ombros e começou a conversar com Marlene e Dorcas sobre fofocas.
Apesar de minhas amigas um pouco chatas, ainda estava estupidamente alegre. Levantei-me e me arrumei despreocupadamente. Só iria ter aula à tarde.
Esperei minhas amigas se arrumarem e fomos para o Salão Principal. Depois de acharmos um canto na mesa lotada, percebemos que os marotos não estavam ali.
– Que estranho, geralmente eles são os primeiros a chegar – disse Dorcas.
– É, porque eles são os mais esfomeados – disse.
– Será que dormiram demais? – perguntou Marlene.
– Deve ser, mas voltando a atenção para mim, quero um conselho de vocês – disse Alice.
Na mesma hora, eu, Marlene e Dorcas ficamos curiosas e afinamos nossos ouvidos o máximo que podíamos.
– Bem – começou Alice cautelosamente – Vocês sabem que meu namoro com Franco já faz bastante tempo, né?
– Aham – dissemos eu e minhas amigas em uníssono.
– Pois bem, ontem à noite, quando estávamos escondidos em um canto do Salão Comunal, ele disse certas coisas.
Provavelmente Alice deixou essa frase no ar para ter certeza que estávamos raciocinando direito o que ela acabara de falar, só que isso fazia outro efeito. Deixava-nos ainda mais curiosas.
– Pare de suspense e fale logo, Alice – disse.
Alice nos olhou por um tempo e voltou a falar.
– Ele disse que me amava muito e todas as coisas bonitas que vocês podem imaginar. E ainda mais. Ele disse que queria nosso relacionamento fosse algo mais sério. Então ele falou em... em...
– Fale logo – pediu Marlene.
– Falou em casar – disse Alice em quase um sussurro, mas foi o suficiente para escutarmos.
Gritamos na mesma hora.
– Calem a boca, suas idiotas.
– Oh meu Merlin, Alice, parabéns – disse abraçando Alice, já que estava do seu lado. Marlene e Dorcas logo se levantaram e foram abraçá-la.
– Parem, parem, eu não quero chamar atenção.
– Ora, você vai chamar atenção se aparecer um dia com um anel de casamento – disse Marlene.
– Não está nada certo ainda Marlene – disse Alice – É por isso que quero o conselho de vocês. Ele perguntou o que eu havia achado.
Eu, Marlene e Dorcas ficamos nos encarando até eu não aguentar mais e dizer:
– Agarra! - gritei para o alto, atraindo a atenção das outras pessoas.
Na mesmíssima hora, uma Alice vermelha tapou minha boca enquanto eu me debatia de rir. Dorcas e Marlene também não se demoraram a rir.
– Sabe, você era mais sensível antes, Lily – disse Alice com raiva enquanto eu continuava a rir.
– Deve ser as influências – disse Dorcas risonha.
Ainda continuamos a rir por mais algum tempo até nos acalmarmos e ficarmos sérias.
– Acabaram? – perguntou Alice.
– Certo – começou Dorcas – Eu sinceramente acho que você deveria aceitar, mas com calma. Tente não pensar em se casar aos 17 anos.
– Eu apoio a Dorcas.
– Eu já expressei minha opinião.
– É, muito obrigada Lily. Mas, então vocês acham que eu devo começar talvez com um noivado?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Pensamos por um tempo e Dorcas foi a primeira a responder.
– Isso. É uma boa.
– Afinal, ele não é o homem da sua linda e ensolarada vida – disse Marlene sorridente.
– É mesmo – disse Alice com ar sonhador.
– Ih, Alice está em um de seus devaneios, vamos comer – disse.
Depois de nosso café-da-manhã tomado, voltamos para o Salão Comunal e vi uma cena particularmente desagradável e aquela enorme alegria que vinha sentindo desapareceu.
– James, Sirius, o que aconteceu com vocês? – perguntei com os olhos arregalados.
James e seu eterno amigo, estavam todos machucados. Não machucados originados de feitiços ou azarações, mas de agressão física. James estava com sangramento no nariz, sua bochecha esquerda estava um pouco roxa e inchada e estava ofegante, como se faltasse ar nos seus pulmões. Almofadinhas estava com um corte enorme na sobrancelha direita, alguns hematomas pelo rosto e fazia uma careta de dor enquanto segurava o braço esquerdo.
Aluado estava tentando acalmá-los enquanto curava seus ferimentos.
– Episkey – disse Aluado apontando sua varinha para o rosto de Sirius.
O rosto de Sirius logo estava limpo e apenas com uma fina cicatriz na sobrancelha que logo sumiria. Logo foi a vez de James e novamente seu rosto risonho apareceu.
– Obrigado.
– Sobre seu braço Almofadinhas, eu não me recordo do feitiço para reparar esse braço, vai ter que ir à enfermaria.
Sirius gemeu de desgosto.
– Mas é muito chato lá.
– Problema seu por arrumar encrenca todo tempo – rebateu Aluado – E você James, também deveria ir. Vamos, eu levo vocês até lá.
– Não precisa, conhecemos o caminho – disse James.
– Vamos – disse Aluado com certa autoridade. Os meninos logo se levantaram.
– E-eu vou também – disse.
Aluado assistiu e seguiu na frente.
– Preocupada comigo, Lily? – perguntou James com um sorriso enviesado.
– É claro seu idiota – disse batendo em seu braço.
– Ai, Lily . Eu estou machucado sabia.
– Provavelmente por estar fazendo algo errado. Isso é sua punição. Aliás, por que vocês estavam naquele estado?
– Isso mesmo, o que vocês estavam fazendo? – perguntou Aluado finalmente quando chegamos a um corredor deserto.
– Ahn, nada não – disse James.
– Fale.
– Não foi nada, nós só, competimos com o salgueiro lutador – disse Almofadinhas.
– Vocês o que? – dissemos eu e Remo exasperados.
– Mas, olhe, nós estamos bem – disse James.
– Por que vocês fizeram isso? – perguntou Aluado.
– Uma simples apostazinha – disse Sirius.
– Seu idiota, podia ter morrido – disse.
– E agora podem levar uma bela suspensão.
– Mas vocês não nos delatariam, não é? – disse James com aquela cara fofa que me faz derreter.
– Argh, que raiva, vamos logo para a enfermaria – disse.
Após os meninos se tratarem pelas mãos competentes de madame Pomfrey, me senti um pouco mais leve. É sério, aqueles garotos conseguiam tanto me fazerem rir intensamente como me deixar preocupada e ansiosa. Principalmente James. Quando o vi todo machucado, senti um leve aperto no coração. Isso é normal?
Depois de sairmos de lá e não contarmos para McGonagall, apesar deles merecerem um bom castigo, voltamos para o Salão Comunal, me sentei ao lado de James e ficamos conversando.
– Ei, vocês viram Rabicho por aí? Não vi até agora – percebeu Sirius.
– Não – disse Aluado – O que será que ele está fazendo? Ele sabe que teremos aula logo.
– Qual é mesmo a próxima aula? – perguntou James.
– Defesa Contra as Artes das Trevas.
– Legal – disse sorrindo – Eu gosto do professor.
– Como assim? – perguntou James.
– Ele é uma pessoa experiente em combate contra magia negra e nos ensina muito bem. Não acha? O desempenho da turma melhorou muito depois que ele veio à Hogwarts.
– Hum.
Quando se iniciou sua aula, o professor Klaus, logo nos pediu para formarmos duplas. James, no mesmo instante, veio para o meu lado, o que eu não rejeitei. Ele era uma ótima companhia, me sentia segura perto dele e adorava o cheiro da sua colônia. Estranho como uma pessoa pode mudar assim. Antes eu não gostava nem um pouco de James, agora o que eu mais gosto é de estar perto dele.
– Agora eu vou chamar algumas pessoas e quero que entrem naquela cabine – disse Klaus apontando para uma cabine preta colocada no fundo da sala. Ela não ocupava muito espaço e dificilmente comportaria duas pessoas. Bem, mas como isso é o mundo mágico, acho que podia esperar qualquer coisa.
– Vejamos – continuou o professor – Alice e seu parceiro.
– Boa sorte – sussurrei para Alice que estava ao meu lado junta a Franco.
Ela assentiu e foi para lá.
Depois de certo tempo, comecei a ficar nervosa.
– Você está batendo de novo seu dedo na perna – disse James
– Ahn? – olhei para baixo e percebi que realmente estava fazendo aquilo. Que droga de hábito.
– Está nervosa?
– Uhum.
– Por quê?
– Bem, é que... Não sei, isso me parece meio estranho.
– Mas como estr... – nesse momento, James foi interrompido por Alice e Franco que saíram da cabine.
– O que tem lá dentro? – perguntei quando ela voltou ao meu lado.
– Algumas coisas estranhas, não identifiquei, estava muito escuro.
– Mas é como se fosse uma batalha. Só dá tempo de vermos um jato de luz e nos defendermos – disse Franco.
– Isso, tem alguns sons estranhos que dá mais realidade, dá bastante medo, mas não fiquem preocupados. Na hora em que os ataques ficaram mais rápidos e não pudemos mais nos defender ou atacar, os raios pararam.
– Então saímos.
– Bom saber – isso aliviou um pouco minha desconfiança.
Assim ficamos algum tempo enquanto alunos grifinórios e sonserinos entravam na cabine. Uns demoravam mais, outros menos, mas todos saíam meio aturdidos e ofegantes.
– James e seu acompanhante, podem entrar – disse o professor.
James segurou minha mão com força e deu um sorriso. Não sei como ainda consegui andar. Aquele sorriso havia me tirado o fôlego. Era lindo e acolhedor, que passava confiança e força. Aliás, ele mesmo transmitia tudo aquilo. Deixava-me calma. Não sabia o que estava sentindo, estava completamente confusa, só sabia que queria aquele sorriso ao meu lado sempre.
A única coisa que me lembro foi de ser arrastada por James até a cabine como uma marionete. Infelizmente, meu nervosismo voltou e fui obrigada a voltar à realidade.
– Uau, aqui é bem maior do que pensei – disse.
– Se isso é como uma batalha, vamos ficar a postos. Eu cubro suas costas e você as minhas.
– Certo.
Então o som de uma explosão sacudiu meus nervos. Vozes estavam gritando e pedindo por socorro, mas estávamos no completo escuro. Não podíamos ajudá-las. Foi quando eu vi um raivo vermelho vindo em minha direção.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fiz um escudo imediatamente. Logo mais ataques vieram e parecia que o barulho estava cada vez aumentando. Jatos vinham, eu revidava tentando acertar ninguém em particular. Gritos perfuravam meus ouvidos, a escuridão me angustiava, sons de explosões e desabamentos me davam medo e os feitiços vinham cada vez com mais frequência. A única coisa que me acalmava era saber que James estava perto de mim.
Logo estávamos duelando com a escuridão. Protegíamo-nos e atacávamos o nada. Aquilo estava ficando cada vez mais rápido. Eram raios para todo lado e aquela situação estava me assustando cada vez mais. As vozes, os gritos, as explosões ensurdecedoras, o medo de ser acertada por um daqueles feixes de luz. Estava me defendendo com uma louca desesperada. Meu coração batia fortemente e às vezes tremia quando quase deixava que um feitiço me ultrapassasse.
Eu ainda estava duelando, quando fui demasiada lenta e fui atingida por daqueles raios. Apavorada, esperei algo horrível acontecer comigo. Foi então que me lembrei que ainda estava nas propriedades da escola e percebi que os raios pararam.
– Você está bem? – perguntou James um pouco ofegante.
– Sim – foi aí que me forcei a me acalmar. Nada havia acontecido comigo – Vamos indo?
– Aham.
Fui na frente e abri a cabine. Saí rapidamente de lá com James a meu encalço e fui para o lado de Alice.
– Nossa, vocês demoraram um pouquinho sabia?
– Desculpa.
Alice riu – Eu estou elogiando vocês. Devem ter sentidos bons para batalhas.
– É, só algumas outras pessoas demoraram assim – disse Dorcas ao vir conversar conosco.
– Com quem você foi para lá, Dorcas?
– Com Remo, a culpa foi minha por sairmos de lá logo. Remo é um ótimo duelista.
– Sabemos disso – disse James sorrindo.
– Não se rebaixe, Dorcas, você também é uma boa duelista. Já vi você desarmar Fontaine em uma outra aula do professor.
Depois de vários outros alunos, o professor finalmente decidiu falar algo mais que nomes de alunos.
– Como percebido, tentei simular a situação que é uma batalha. O desespero, o medo. Com isso, eu espero estar preparando vocês para o que estamos vivendo, uma batalha. O que eu simulei dentro da cabine, é o que irão encontrar lá fora. Certo? Então dispensados.
Eu e James logo saímos de lá. Ainda estava um pouco assustada, mas bem. Apenas esperava não precisar voltar lá tão cedo.
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