– Vamos nos encontrar de novo? - Perguntei relutante, não queria deixá-lo. Não para sempre.
– Sim - seu sorriso era gentil e acolhedor.
– Promete? - perguntei implorando uma resposta positiva.
– Prometo. Agora vá e não olhe para trás! - concordei com a cabeça e o deixei ali mesmo.
Cheguei onde tudo havia começado. Meus pais estavam lá, como se nada estivesse acontecido. Abracei minha mãe e voltamos para o carro, não pronunciei uma única palavra durante o caminho para a 'casa nova'. Ao chegarmos, vimos a casa completamente empoeirada, nossos móveis estavam todos espalhados em caixas na frente do local. Meu pai, assim como esperado, começou a gritar e esbravejar. Minha mãe no ato de tentar acalmá-lo notou um bilhete na porta de madeira maciça. dizia em breves palavras:

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" devido a demora de vocês, fomos embora. deixamos as coisas na frente do portão."

Ela pegou o papel com calma e o leu, em seguida mostrou a meu pai que fez uma expressão confusa ao ler.
Senti algo tremer em minha cabeça. Era o laço de cabelo que Zeniba havia feito para mim, coloquei minha mão sobre o mesmo e escutei a voz da senhorinha, falava gentilmente "minha querida, seus pais desconfiarão do tempo em que passou conosco, portanto enviei um de meus subordinados para acalmá-los". demorou certo tempo para que eu raciocinasse o que ela havia dito. Porém quando entendi, vi um boneco de papel grudado nas costas de minha mãe, o ser multiplicou-se e grudou em meu pai também. Os dois ficaram imóveis por um instante e logo depois voltaram ao seu estado normal, novamente como se nada tivesse acontecido. o que me alegrava, pois esta era a prova de que um dia voltaria a ver Haku e todos os outros novamente.

– Vamos querida! Nos ajude a colocar as caixas dentro de casa! - gritou minha mãe enquanto equilibrava três caixas em seus braços.

Peguei algumas caixas e as levei para dentro da casa que, por mais que eu não quisesse admitir, emanava um ar aconchegante e confortável. Após arrumarmos toda a casa, o sol já havia baixado e já estava anoitecendo. perguntei à minha mãe se podia passear pelas redondezas, ela concordou gentilmente e então sai.

Caminhei pela estrada que nos levava até minha casa. Puxei o prendedor de meus cabelos soltando-os, olhei para o elástico roxo lembrando de minha 'viagem' e dos amigos que tinha feito, mas o que mais me incomodava era não ter a presença de Haku ao meu lado. Não sabia direito que sentimento era esse que me assolava tanto. Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto libertando então toda a dor que eu sentia por estar longe de tudo e todos.

Voltei correndo para casa. Não queria que meus pais notassem minhas lágrimas. Me tranquei em meu novo quarto e logo adormeci.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.