Branco

Vírus


O calor que incendeia a vida,

O gelo que congela a vida.

E com isso eles se combinam.

Com mais um chance de se verem eles iram aproveitar ao máximo.

Eles andaram em frente seguindo os seus sonhos.

“De se verem novamente”

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E por isso conseguiram, venceram os inimigos e agora deveram seguir em frente.

Ele era o seu amigo e seu sonho.

Ela era o seu sonho e sua amiga.

Eles eram o ponto de conforto de cada um.

– Toushiro você está tão calado. O que foi?

– Nada, apenas... Não, deixa pra lá.

* * *

O que a com ele? Deixa pra lá? - pensou ela em deboche.

– Que sorvete vocês querem jovens? – falou o velho sorveteiro da praça.

– Eu quero um de menta e você Karin?

– Um de Baunilha... – respondi.

– Então um de menta e de baunilha senho. – falou ele e logo foi pegando as casquinhas com as bolas de sorvetes.

– Hoje é por conta da casa. – disse o velho sorrindo. – Há tempos não tinha visto um casal tão bonito assim... – falou ele.

– Ela não é minha namorada, senhor. - falou ele...

* * *

– Ela não é minha namorada, senhor. – falei a ele.

Quem era aquele homem para querer saber sobre a minha vida particular?

– Se não é a sua namorada ainda não deve perder tempo meu filho, afinal para vocês dois tempo é algo que vocês não têm. – disse o velho sorveteiro, entranhei muito, mas depois ele deu um sorriso amigável e eu me virei para ir embora.

Virei-me e direcionei o meu olhar sobre ela e aquela cena me deixou quase sem a minha alma.

Sangue, o som do baque do seu corpo caindo no chão e o sangue em sua volta, o cheiro dessa vez apareceu, era um cheiro real, me dava vontade de vomitar, não conseguia ver o rosto dela, tinha caído de frente, era impossível determinar o que tinha feito aquilo se nenhum arranhão ou machucado estava em seu corpo, apenas sangue e muito sangue. – pisquei duas vezes na tentativa de acordar desses sonhos, mas nada ainda continuava vendo aquela cena...

Apavorei-me da primeira vez tinha me libertado, mas agora era como se aquilo fosse algo que eu deveria evitar, mas meu corpo não movia, pisquei novamente e lá estava eu na frente dela, mas, dessa vez ela estava viva.

– Oi Toushiro meu sorvete vai derreter... - Olhei para os sorvetes e era verdade estavam quase derretendo, mas afinal uma ótima oportunidade.

– Vai me dar ou não o sorvete em Shiro-chan...? – falou ela em deboche mais ainda...

Afinal o que ela tinha, mas não me deixei abalar tão cedo.

– E se eu não quiser entrega-los?

– Oe você não faria isso né Toushiro. – sorri um pouco mais diabolicamente.

– Não pera, Hitsugaya-kun. – continuei com o sorriso.

– Hitsuagaya-sama. – disse ela, agora sim eu tinha sorriso mais diabolicamente que já tinha na vida.

– Não, e não.

– Então eu mesmo irei pegar. – disse ela avançando em cima de mim e facilmente continuei a desviar, como uma brincadeira com um adulto e uma criança.

Eu o adulto e ela a criança em desvantagem.

– Agora eu não preciso mais boco... O sorvete derreteu todo.

Olhei para a minha mão e era verdade, ele tinha derretido e eu nem tinha percebido.

Soltei a risada mais gostosa na minha vida inteira, como era bom estar com ela sim como era legal.

Quando sentiras a falta constante de alguém, em um raio ou sol sentir o toque de alguém, na tristeza leve sentiu o suspiro de alguém... Você é um portador de um vírus: O Amor!

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