The Return of The New Legends [Hiatus]

X - DunBronch's Castle.


Merida

Merida já estava muito irritada com os soldados que protegiam o castelo dos pais, e agora mais ainda que Rapunzel chorava todas as lágrimas que podia no ombro dela, enquanto caminhavam.

A ruiva até aproveitou para dar uma outra olhada feia no Capitão da Guarda, William Jones, enquanto ela fazia carinho nos enormes cabelos loiros da amiga para que se acalma-se.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ao ver a expressão irritada no rosto dela, William rapidamente desviou os olhos.

– Seus pais aguardam a senhorita no Salão de Estar – ele disse.

– Que bom – retrucou ela – posso ver meus amigos?

– O magricela está dormindo...

– O nome dele é Soluço – grunhiu.

– Sim, perdão. Soluço está dormindo, o outro está acordado e pedi que aguardasse por você.

Jack, ela pensou, certamente não está muito feliz com a ideia de aguardar por mim.

Nem com a ideia de estar no castelo com maior influência Grifinória da Bretanha.

Decidiu deixar para lá. Era esse o plano desde o início... Jack concordou com ele e agora que aguente o peso dessas hostilidades tolas entre Sonserina e Grifinória.

E, se depender de Merida, ninguém ali seria hostil.

– Leve-nos para o quarto que o colocou, por favor – pediu ela ao guarda.

Ele assentiu.

– Por aqui...

Merida o seguiu pelos corredores tão conhecidos de sua casa. Sentia falta daquele lugar, mas também não queria estar ali (embora precisasse). Ela sentia que deveria estar em Hogwarts, tentando salvar o que restou da Escola.

– O que é aquilo? – Rapunzel perguntou com a voz trêmula. Seu dedo indicador apontava para um quadro do pai de Merida, em uma das paredes repletas de pinturas e cortinas vermelhas.

– É meu pai – Merida respondeu.

– Não – Rapunzel se afastou dos braços da amiga e caminhou até o quadro, William parou de andar e virou-se para ver o que tanto intrigava a corvina – no dedo dele. O que é aquilo no dedo dele?

Merida focou os olhos. Havia um anel de rubi vermelho no dedo dele... Era uma peça que atravessou as gerações da família dela, embora o pai o tenha perdido. Ela sentia raiva de tamanha irresponsabilidade dele.

– É o anel da família – explicou – mas meu pai o perdeu depois de posar para essa pintura.

Rapunzel esticou os dedos para tocar na figura pintada do anel. Algo a incomodava e muito.

– Merida... – disse cheia de pavor – é o anel de Gothel.

A ruiva quase caiu para trás.

O quê?

Rapunzel se virou e a puxou pelo pulso.

– Veja! É ele sim, se Jack ver com certeza vai concordar.

Merida olhou com atenção, e viu que Rapunzel estava certa. Era com certeza o anel que Gothel pedira para que procurassem na Floresta Proibida, numa detenção que parecia ter sido há anos atrás.

O anel perto do corpo morto da pequena Agnes.

William se aproximou, o cenho franzido.

– Não pode ser o anel de sua professora. Esse anel foi amaldiçoado com magia negra faz alguns anos... Seu pai era o único que conseguia usá-lo. Um soldado o pegou para ele certa vez, e morreu uma semana depois. Por isso ele se livrou dele.

Merida e Rapunzel se entreolharam.

Morreu uma semana depois...

Penny.

– Temos que falar com Soluço - disse Rapunzel num tom baixo.

Merida se virou para o Capitão William.

– Qual o número do quarto de Jack?

– 309.

– OK - ela girou o corpo para encarar Rapunzel - siga William até o quarto de Soluço, fale com ele. Eu me dou com o Jack, e nos encontramos no Salão Principal com meus pais às sete horas.

– Fechado - Punz respondeu, limpando os olhos molhados de lágrimas e endireitando a própria postura.

– Por aqui - disse William, conduzindo-a até as escadas do lado esquerdo.

Merida olhou para o lado direito, para as escadas de madeira cobertas por um tapete de veludo vermelho. Lembrava-se muito bem de ser apenas uma criança, correndo e tropeçando por aquelas escadas... Fingindo que eram montanhas a serem descobertas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Respirou fundo e se direcionou ao quarto de Frost.

. . .

Jack Frost.

Jack estava cansado de não conseguir usar magia.

Desde o sonho esquisito, achou que algo poderia mudar... Estava errado. Nem um mísero Wingardium Leviosa funcionava com aquele objeto inútil chamado varinha. Mas de que adianta tentar usá-la se a maldita de sua mãe fez aquilo com ele?

Tudo só para descobrir um Elemento inútil.

Já não basta ele ter voado? Agora tem que ter algum tipo de prova emocional para poder voltar a usar magia.

Mas... e se ele não conseguir voltar?

Perfeito! Todos os seus amigos estarão ferrados! Inclusive Hogwarts e talvez o mundo. Ele soltou um suspiro, nunca pensou que poderia salvar o mundo um dia e não se sentia como um super herói. Na verdade estava se sentindo um Robin da vida:

Inútil e sem poderes.

Olhou ao redor no pequeno quarto que o guarda o instalou. Assim que Jack acordou na masmorra, vieram guardas tirá-lo de lá. Ele ficou confuso, então descobriu que estava na casa de Merida: O Castelo da Família DunBronch.

E todos ali - sem exceção - pareciam trata-lo com hostilidade.

Os guardas o encaravam como se fosse um prato de comida derramado no chão que ninguém queria limpar. Aliás, ser sonserino numa casa de grifinórios é pedir para sofrer bullying.

Enquanto pensava nisso, a porta rangeu. Estava sendo aberta.

Pegou a vela em cima da mesinha ao lado de sua cama e esticou a mão para ver quem era.

Viu primeiro a cabeleira vermelha como fogo, então foi fácil saber quem estava entrando. Colocou a vela de volta na mesinha de cabeceira e sentou-se na cama.

– Oi, DunBronch - falou sem animação.

Pode vê-la revirando os olhos azuis.

– Oi, Frost. Precisamos conversar.

Ele a encarou no escuro.

– Sobre...

– Sobre a Penny.

Jack prendeu a respiração, e depois uma churrada de ar saiu de uma vez. Não gostava de falar nos amigos que perdeu, mesmo não sendo tão íntimo assim de Pennelope Clearwater.

– O que você quer falar, Merida?

– Gothel a matou.

Naquela hora, Merida tinha toda sua atenção.