The Walking Dead - Matar ou morrer

Encontrando problemas


– Carl... Eu...

– Pai... Me deixa ir com você... Por favor, eu já não sou tão criança assim. Carl resmungou.

– Deixa o moleque ir com você... A gente cuida da Lori. Daryl falou.

Eu pensei durante alguns segundos antes de responder.

– Certo... Você sabe onde é não sabe Daryl? Eu perguntei para ter certeza de que não iríamos nos desencontrar.

– Pode deixar... Além do mais, fui eu que achei aquela casa, lembra? Daryl continuou... - Só não vai se arriscar muito pela garota, ela sabe se cuidar.

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Eu balancei a cabeça positivamente e me certifiquei que meu revolver estava carregado... Por coincidência ou não... Havia somente 4 balas. Lembrei-me então das palavras de Shane antes de eu sair atrás do Merle...

– 4 balas para quatro homens... Ele sorriu... - Deve ser seu numero da sorte.

Não sei por que isso me veio a mente, mas me fez perceber que eu não devia lembrar do Shane tentando me matar, mas devia me lembrar dele antes disso tudo acontecer.

– Pronto Carl? Eu perguntei me preparando para abrir a porta.

– Pronto. Ele respondeu...

E eu abri...

A claridade irritou um pouco os meus olhos, mas logo eu pude ver que os Walkers estavam chegando mais perto. Puxei Carl para que ficasse ao meu lado.

– Carl, aconteça o que acontecer, não sai de perto de mim, a não ser que eu mande entendeu?

– Entendi Pai.

Saímos da casa, dando a volta pela mesma, em direção aos fundos. A parte de trás da casa era cercada por uma densa floresta. Chegando perto, percebi que havia pegadas recentes.

– Acho que ela deve ter ido por aqui. Eu sussurrei.

– Pensei que só o Daryl soubesse rastrear. Carl comentou observando as pegadas.

– Ele me deu umas dicas... Eu disse andando devagar em direção a uma trilha pouco visível, onde achei um pedaço de tecido rosa rasgado, preso em um galho retorcido.

– Deve ser da Blusa da Charlie. Carl sugeriu.

– É... Vamos continuar.

Carl e eu continuamos seguindo essa trilha por alguns minutos, até chegar a um pequeno riacho.

– Será que ela atravessou esse rio? Carl perguntou.

– Se não for muito fundo, não duvido que ela não tenha ultrapassado.

– E o que vamos fazer? Carl perguntou impacientemente.

Eu não respondi, apenas fiquei tentando traçar um novo plano.

– Carl, eu acho melhor te levar de volta... Talvez isso demore mais do que pensava.

– Não vou a lugar nenhum sem você pai... Conheço Charlie muito bem e você pode precisar de mim para te dar cobertura.

– A conhece tão bem assim? Eu dei risada.

– Pai... Carl exclamou.

– Tudo bem... Vamos continuar.

POV Charlie.

Eu não podia mais ficar ali... Não podia. O que eu iria fazer ali? Servir como uma espécie de vitima onde todos teriam pena de mim, eu não preciso disso.
Mas talvez eu estivesse exagerando, afinal, Todos eles viraram uma família para mim. Mas isso foi antes de Rick me omitir tudo isso, de me contar sobre meu pai.
Fala seio, eu já estou eles a quase um ano e só agora ele foi se lembrar? Se ele acha que eu sou uma criancinha para não perceber isso ele esta enganado.
Mas, eu deixei o Duck com eles... Ele era o único que estava comigo desde que tudo isso começou... Eu tinha que voltar. Mas se eu voltasse, Rick não deixaria eu sair de novo. Aposto que o único que não sentiria minha falta seria o Daryl... Não me importo com ele, desde que cheguei, ele sempre me tratou mal...

Eu agora enfrento um dilema: Voltar e fugir com o Duck ou voltar para ficar. Nem sei se teria coragem de olhar na Cara do Rick e da Lori de novo. Mas ainda sim, acho que tem muitas coisas faltando, tirando o segredo que ele deixou de me falar sobre minha mãe.
Talvez fosse melhor eu voltar... Não sei. Todos eles devem estar preocupados comigo... Eu jamais iria desejar r que algo de ruim acontecesse com eles...

Enquanto eu pensava em tudo isso, sem querer acabei tropeçando numa pedra (meus tênis estavam escorregadios por causa daquela travessia no riacho) e torci meu pé... Sorte a minha não é.

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– Ai droga... Sua pedra ridícula.

De repente, percebi que havia alguém atrás de mim.

– Falando sozinha garota? Um homem de voz grossa zombou.

Levantei-me apressada e com o coração na mão.

– Não... Quem fala sozinha é louco. Eu dei um sorriso torto.

Foi quando me lembrei que ainda estava com minha arma na cintura e fiquei mais aliviada.

– Você não parece louca. Ele falou.

Nesse instante, percebi que no lugar da sua mão direita havia uma espécie de faca presa em um suporte improvisado.

– E não sou. Eu disse desviando o olhar de seu braço direito.

– O que foi?... Gostou disso? Ele perguntou, levantando a faca.

– Não. Eu respondi.

– Não? Mas todos que eu conheço gostam. Ele falou dando uma risada.

– É, mas eu não te conheço e nem pretendo... Eu disse isso tentando passar o homem que estava a minha frente, com um sorriso malicioso nos lábios.

– Que pena Docinho... A propósito... Meu nome é Merle. Ele exclamou estendendo o braço na minha frente, me fazendo parar.

Meu pé doía muito e meu coração estava começando a acelerar.

– O que você quer hein? Perguntei me afastando.

– Nada... Quer dizer... Estou curioso para saber o que você faz aqui.

– Estou dando uma volta no parque, não esta vendo? Respondi ironicamente, levantando os braços.

– Hahaha, engraçadinha. Ele sussurrou e isso me apavorou ainda mais.

De repente, comecei a senti falta de ar (maldita hora para a asma atacar) e procurei desesperadamente em meus bolsos, mas não encontrei nada.

– Esta procurando isso boneca? Ele perguntou mostrando minha bobinha na mão esquerda... - Deve ter caído quando você tropeçou.

Eu não respondi, só fiquei encarando-o, esperando que ele viesse para cima de mim e me matasse ou pior.

– Pode me devolver, por favor? Eu gaguejei um pouco.

– Ah claro... Ele estendeu a mão em minha direção e quando eu estiquei o braço para pegar a minha bombinha, ele retirou a mão rapidamente, soltando uma gargalhada rouca... - Acha mesmo que eu vou te dar isso sem nada em troca?

– O que você quer? Você por acaso tem asma ou é louco mesmo?

Nesse momento ele veio em minha direção. Pude ver que havia raiva e mais alguma coisa em seu olhar, diversão talvez. Eu tentei escapar, mas dei um passo em falso e cai no chão. Ele então veio para cima de mim, mas eu o empurrei com os pés, fazendo- o cair para trás. Eu aproveitei e me tentei me levantar, mas ele foi mais rápido e pegou meu pé, me fazendo cair de novo, só que dessa vez com a cara no chão.

– Sua garota idiota... Eu até daria para você, mas acho que você precisa de uma lição primeiro. Ele exclamou enquanto me puxava para perto dele.

– Me solta seu idiota. Eu gritei enquanto tentava me livrar de suas mãos, mas ele era mais forte.

De repente, ele soltou meu pé e se levantou.

– Tá na hora de eu ensinar alguns modos para você, garota. Falando isso ele me virou bruscamente, me fazendo ficar cara a cara com ele, mas eu ainda estava caída no chão.

Eu não tinha certeza, mas achava que meu rosto estava cheio de pequenos cortes, além de meus braços.

– Me solta, ou eu vou dar um grito. Eu ameacei.

– Nossa, que medinho... Ele falou enquanto olhava para a faca em sua mão... - Que pena que terei que estragar esse seu lindo rostinho, mas a educação vem a frente de vaidade não é? Ele riu.

Caída ali no chão, com os olhos fechados, senti que meu fim estava próximo...

De repente, escutei uma arma sendo engatilhada e uma voz familiar falar `` Ponha as mãos na cabeça, devagar´´. Ao abrir meus olhos, percebi que Merle estava com as mãos atrás da cabeça. Ao tentar enxergar além dele, vi que Rick segurava firme uma arma na direção de sua nuca.

– Rick? Sussurrei, sentindo que minha falta de ar estava ficando mais forte.

Ele deu a volta em Merle e veio me ajudar a me levantar.

– Charlie, você esta bem? Ele perguntou, sem tirar os olhos de Merle.

Eu balancei a cabeça positivamente.

– Ora, ora... Velho amigo... A quanto tempo hein... Achei que estivesse morto. Merle riu.

– Digo o mesmo Merle.

Peraí, eles se conheciam?

– Você conhece ele Rick? Perguntei com dificuldade.

– Posso dizer que sim. Rick respondeu vendo que eu estava a ponto de desmaiar, pela falta de ar.

– Rick, preciso da minha bombinha de asma. Eu implorei.

Rick então olhou no bolso da jaqueta de Merle e avistou a minha bombinha.

– Acho que isso não é seu. Ele falou se aproximando de Merle e pegando a bombinha, me entregando logo em seguida.

Eu rapidamente apertei o botão e estava começando a me sentir melhor.

– Calma lá xerife, eu ia devolver a bobinha para a garota. Ele falou dando um sorriso.

– Ia devolver? Você tá tirando uma da minha cara? Eu gritei indo em sua direção, mas Rick me impediu.

– Carl... Pode sair. Rick ordenou e vi Carl que segurava, uma pistola saia de trás de um grande arbusto, com folhas meio amarronzadas.

– Charlie. Ele falou e correu em minha direção e me abraçando.

– Carl... Obrigada. Eu sussurrei em seu ouvido.

– E ai moleque, não vai me dizer oi? Merle perguntou ironicamente

Ao invés de responder, Carl apontou a pistola para ele.

– Eu sei o que você ia fazer com ela... Carl murmurou.

Merle riu.

– Eu não ia fazer nada de mais... Só ia devolver a bobinha para ela... Essa garota estava quase desmaiando pela falta de ar, deve ter visto coisas.

– Você ia me matar seu maluco. Eu gritei novamente.

Mas ele apenas riu da minha cara e eu o encarei incrédula.

– Acho que já terminamos por aqui... Rick disse.

– Mas já... A gente nem saiu para comemorar nosso reencontro parceiro. Merle comemorou enquanto abaixava as mãos.

– Por acaso eu disse que poderia abaixar as mãos? Rick perguntou serio.

– Ah qual é xerife, vai me prender com sua algema de novo? Tenha piedade da minha mão boa... Merle colocou as mãos atrás da cabeça novamente... Você sabe se meu irmão esta bem?

Eu me virei para Rick. Quem era o irmão desse maluco?

– Daryl esta muito bem, pode ficar tranquilo. Rick respondeu, abaixando a arma.

Daryl? Quer dizer que o Merle era Irmão do Daryl? Só podia ser.

– Posso ir vê-lo? Merle perguntou de um jeito estranho e calmo.

– Não acho que seja uma boa idéia. Rick falou.

– Como não, ele é meu irmão. Merle aumentou o tom de voz.

– Vamos marcar um lugar e ele virá te encontrar. Rick sugeriu, falando calmamente.

– Não confia em mim xerife?...

– Não. Rick respondeu seco.

– É uma pena...

Dizendo isso, Merle abaixou as mãos e sacou um revolver em sua cintura. Só houve tempo de Rick nos empurrar ( eu e Carl) para um pequeno deslize de terra antes de Merle começar a atirar.
Não consegui ver nada. Apenas vi que Merle, mesmo correndo para o meio da mata, continuava atirando. Rick atirava também,mas não conseguia ver onde ele estava.

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– Fique abaixada Charlie. Carl ordenou.

– Mas e o seu pai? Eu perguntei.

Mas ele não respondeu, apenas ficou abaixado, ainda com a pistola na mão.

Logo, o tiroteio parou e eu e Carl saímos.

– Pai? Carl perguntou receoso.

– Estou aqui... Ele respondeu.

Seguimos até uma grande pedra e atrás dela, estava Rick. Ele segurava firme o braço e percebi que havia sangue pingando no chão.

– Você levou um tiro. Exclamei horrorizada.

– Tudo bem... Ele falou... - Já enfrentei coisas piores.

Carl ficou calado, observando o pai amarrar o braço com certa dificuldade, usando um pedaço de tecido rasgado da sua camisa bege, que estava bem suja.

– Vamos... Ele continuou... Temos que ir...