Quente

Capitulo 8


Encarei o homem preso e me aproximei, olhei em seus olhos pretos e lambi os lábios, ele me observou com cuidado, mas sem olhar diretamente nos meus olhos. Cruzei os braços e tentei pensar em alguma coisa e nada. Olhei de canto para Lana que estava atrás de mim e ela esperou.

­─ Então... ─ Falei olhando para o homem com as roupas esfarrapadas. ─ O que um caçador da CVA está fazendo por aqui?

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─ O que você acha seu demônio ─ Disse com uma voz rouca e com um sorrisinho de canto.

─ Humm, deixe-me adivinhar ─ Dei um passo para frente dele e coloquei as mãos no queixo. ─ Está perdido?

Ele olhou para mim com um olhar vazio e deu de ombros. Olhei para Lana e ela deu de ombros também. Virei para ele e coloquei a mão na cintura.

─ Sabe....Qual o seu nome mesmo? ─ Perguntei.

─ Pode me chamar de sua morte ─ respondeu dando um sorriso. Dei de ombros.

─ Bem sinistro, mas sem graça. Vou te chamar de Adunnu ─ Falei dando um sorriso de canto, olhou para mim curioso e levantei as sobrancelhas. ─ Gostou?

─ É um péssimo nome ─ Disse Lana atrás de mim. ─ O que significa?

─ Um dia falo para vocês ─ Digo cruzando os braços, me inclinei em direção ao rosto de Adannu e sorri, meus dentes pontudos apareceram e o vi engolindo em seco discretamente. ─ Diga-me ser fraco, o que você pretendia ao entrar em minha cidade?

─ Você mesmo disse que eu estava perdido ─ Rebateu.

─ Foi mesmo, mas nós sabemos que não foi isso ─ Falei agora andando e parando atrás dele, deslizei minhas unhas pontudas pelas suas costas e escutei o seu coração batendo mais rápido. ─ Quantos anos tem? 40? 42?

─ Menos que você pelo menos ─ Disse cerrando os dentes.

─ Claro, se fosse mais velho a nossa conversa estaria sendo totalmente diferente ─ Sussurrei no seu ouvido. Deslizei minha mão lentamente pelas suas costas e depois o seu pescoço, inclinei-o para o lado e senti o corpo dele ficando tenso, seus batimentos cardíacos ficaram mais rápidos e altos, e sorri. ─ Pelo jeito que seu corpo reage Adannu, você não parece estar acostumado a ter encontros com vampiros.

─ Eu não o encontros, eu os mato ─ Disse para mim e jogou a cabeça pro lado. Olhei para Lana e ela me deu um olhar calmo.

─ Isso é legal da sua parte. Talvez eu o deveria contratar para matar os vampiros chatos que andam aparecendo por aqui? ─ Ele me olhou surpreso e vi um pequeno brilho em seus olhos. BINGO. ─ Já foi o que Lana, 4 contando com o que esta morto lá fora?

─ Yeah ─ Concordou ela.

─ Então o que acha do emprego? Em troca você jura lealdade a mim e eu não te mato, que tal? ─ Sugeri dando um sorriso amigável.

─ Como se eu fosse aceitar ─ Respondeu me dando um olhar de ódio.

─ Bem ─ Levantei as mãos e dei de ombros. ─ Você quem sabe. Conheço uns caras que caçam agentes da CVA. Eles vão gostar de ter em mãos.

─ É, tem gente para tudo nesse mundo ─ Lana disse dando de ombros e balançando a cabeça, sorri e voltei a olhar para Adannu.

─ Não vou me juntar a sua laia. Espero que demônios como vocês morram e virem pó, pó que não servira nem para usar no jardim ─ Praguejou ele.

─ Isso foi profundo ─ Disse Lana e eu concordei com a cabeça.

─ Poeta ─ Falei fingindo umas palmas. Ele me olhou com raiva e eu não pude me segurar, e sorri. ─ Mas então, Poeta, caçador, Adannu. Quer alguma coisa, tipo comida e água? Lana pode dar um pouco para você ─ Ele me olhou um pouco surpreso, quase feliz. Acho que ele pensou que éramos realmente babacas. ─ Não é mesmo Lana?

─ Se você deixar ─ Disse.

─ Ah sim, eu deixo ─ Dei um sorriso de canto, minhas presas apareceram e minhas mãos o atingirão. Seu corpo deu um solavanco para trás e depois ficou se balançando inconsciente, preso a barra de metal no teto. Sangue escorria da sua boca e da sua testa, e o seu cheiro inebriante invadiu o ar e eu lambi os lábios. ─ Depois que estiver morto.

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Senti a presença de Lana ao meu lado e vi que suas presas estavam à amostra. Toquei no seu ombro e ela olhou para mim.

─ Verifique as amarras nele, e o torture se quiser, mas não o mate e o não o deixe escapar ─ Falei, ela concordou com a cabeça e eu comecei a subir os degraus da escada que levava ao alçapão.

─ Mas alguma coisa? ─ Perguntou me seguindo.

─ Vamos lá para cima ─ Abrimos o alçapão e entramos no quarto dela, dei uma rápida olhada para a cama de Lana, que estava completamente intacta e arrumada, e fomos para a sala. Sentei no sofá e ela sentou ao meu lado. Cocei o meu pescoço e estiquei as pernas. ─ Então, o que conseguiu capturar dele?

─ Nada além do que já sabemos ─ Respondeu esticando as pernas também.

─ Acho que seu poder de observação ainda não é tão afinado quanto o meu ─ Falei olhando para os meus pés.

─ O que a senhora notou que eu não notei? ─ Perguntou me encarando com curiosidade. Esfreguei minhas têmporas e lembrei que tinha que tirar o vampiro do carro. Fiquei de pé e saí da sua casa, ela me seguiu e me ajudou a colocar o corpo no fundo do quintal.

─ Você escutou os batimentos dele na hora que eu disse que tínhamos matado 4 vampiros, não foi? ─ Ela fez que sim com a cabeça, entramos na casa novamente e formos lavar as mãos. ─ pelo jeito que reagiu, ele já sabia sobre eles. Provavelmente deve ter sido esse o motivo dele ter vindo para cá.

─ O que, ver o porque de os vampiros estarem morrendo em um lugar quente para caralho?

─ Na verdade, quanto a isso acho que não ─ Cocei o queixo. Lembrei da reação dele e fingi dar um suspiro, Lana observou aquele meu habito e esperou. ─ Acho que ficou surpreso com as mortes dos vampiros. Caçadores da CVA sabem que vampiros com mais de 350 anos costumam atrair vampiros novos, e bem, ele deveria estar em uma cidade caçando, quando percebeu isso e veio investigar. Mas se surpreendeu quando eu disse que já tínhamos matado 4 vampiros ate agora.

─ No caso, ele veio para cá a procura dos vampiros e dos motivos que os atraiam ─ Disse coçando a cabeça.

─ Aham ─ Passei agua no meu rosto e olhei para Lana. ─ Pensando nisso, como você se encontrou com ele?

─ Bem, não foi nada fácil ─ Imitou um suspiro e puxou uma cadeira da mesa da cozinha. ─ Estava me alimentando, em uma rua por aí, como sempre, quando senti que estava sendo observada. Afastei-me da humana e foi ver se tinha realmente algo me observando, e não foi muito difícil perceber que era ele. Usar uma capa preta em um lugar quente, mesmo de noite, é a mesma coisa que provar que é um ser da noite ou um louco. Mas então percebi que não era um vampiro e depois vi a sua arma na cintura, e ele a sacando logo quando me notou.

Encarei o homem de capa preta e jeans a minha frente, e senti um arrepio percorrendo o meu corpo, sacou a sua arma e apontou diretamente pra mim, demorei um segundo para mudar de lugar e escutei a bala cortando o ar onde eu tinha estado. Avancei contra ele e desviou de mim sem muita dificuldade. De fato ele era um caçador. Minhas presas estavam aparecendo e meus olhos vermelhos brilharam no escuro, atirou novamente contra mim e eu desviei, segurei o seu corpo pelos ombros e o joguei contra umas latas de lixo. Ficou de pé rapidamente e disparou uma chuva de tiros na minha direção, desviei de alguns, mais não consegui desviar de um, que acabou acertando o meu ombro esquerdo. Uma dor surgiu imediatamente e eu tremi, sangue escorria e manchava a minha blusa.

Corri em sua direção e o derrubei no chão, sua capa preta rasgou, e eu o peguei pelo pescoço, joguei-o contra a parede e o nocauteei. Tirei as suas armas e amarrei os seus braços e pernas, levei-o até em casa e o prendi.

─ Depois disso, só tive um pouco de trabalho para tirar a bala de madeira ─ Disse ela terminando de contar a historia e mostrando o seu ombro, vi que estava quase se curando e coloquei minha mão na sua cabeça.

─ Fez um ótimo trabalho ─ Falei bagunçando o seu cabelo, me deu um sorriso alegre e o correspondi. Olhei no relógio e vi que já estava tarde. ─ Por enquanto, vamos deixar assim. Fique atenta a ele, qualquer coisa me avise.

─ Você já vai?

─ Aham, estou cansada. E amanha a noite vou passar prova na faculdade e preciso descansar ─ Digo ficando de pé e esticando as costas.

─ Ok ─ Lana me acompanhou até a porta e eu virei para ela.

─ Tome cuidado, ok? Ele pode se fazer de bobo, mas não devemos subestimar a CVA ─ Olhei para o seu ombro rapidamente e a puxei contra mim, ela ficou sem reação por um momento e colocou o rosto no meu ombro. ─ Não tente mais lutar contra caçadores, antes de me avisar, se esse tiro tivesse sido mais para o meio, eu não saberia o que fazer se eu perdesse você.

─ Tudo bem ─ Sussurrou e me deu um beijo na bochecha. Dei um beijo na sua testa e sorri. Entrei no carro e fui para casa.

Após 20 minutos, eu estava enrolada em meus lençóis na cama. A noite ia embora, o sol surgia no horizonte, e o meu corpo pesava sobre a cama.

Quando acordei a primeira coisa que fiz foi ligar para Lana, ela atendeu rapidamente e me disse que estava tudo bem, que tinha hipnotizado um segurança para ficar de prontidão junto a Adannu. Fiquei mais aliviada e fui me arrumar para ir para a faculdade. Tomei um copo de sangue cheio, depois um copo de whisky, vesti uma calça jeans preta e uma camisa social branca, e um tênis preto, penteei meus cabelos ruivos e dei um sorriso para o meu reflexo no espelho. Peguei minha bolsa que estava com as provas dentro, chaves do carro e celular, tranquei a casa e saí.

Estacionei o carro 10 minutos depois no CCH, e olhei em volta, o estacionamento até que tinha mais carros que o normal. Olhei no relógio e vi que estava atrasada 4 minutinhos e fui direto para a sala de aula. Cumprimentei alguns estudantes que estavam no corredor e abri a porta da sala, os alunos estavam conversando entre si, todos pararam e olharam para mim, dei um sorriso para eles e coloquei minhas coisas na mesa.

─ Estudaram? ─ Perguntei, sentando na mesa e tirando as provas da bolsa.

─ Sim ─ Responderam.

─ Então arrumem a sala em 5 fileiras e deixem apenas caneta azul ou preta em cima da mesa ─ Pedi, eles começaram a se organizar e a pegar as suas coisas. Olhei para os alunos que estavam com uma carinha nervosa e segurei o riso. Alex sentou na fileira do meio, atrás de Igor. ─ Como foi o final de semana?

─ Cansativo ─ Disse Pedro lá do fundo, dei um sorriso para ele e cocei o nariz discretamente, ele ficou corado e olhei para baixo.

─ Mas espero que não tenham se desesperado por causa da prova. Tivemos varias aulas, atividades e revisões. A prova não está difícil, tem 10 questões, devem escolher 7 delas. Deve ser respondida toda de caneta e vocês terão duas horas para responder. Alguma pergunta? ─ Eles negaram com a cabeça e eu sorri, contei o numero de pessoas em cada fileira e entreguei um bloco para cada. Passaram a prova para o colega de trás e foi assim até todos terem recebido. ─ Podem começar.

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Sentei na cadeira e fiquei observando eles lendo a prova, uns faziam careta e outros franziam a testa, outros apenas escreviam. Alex, Igor e Erica eram um dos que estavam escrevendo sem fazer nenhuma careta. Os observei por um tempinho e Alex olhou para mim, nossos olhos se encontraram e a vi ficar corada, peguei o meu celular e destravei a tela.

─ Ah, você tá de brincadeira ─ Escutei Erica falando, levantei os olhos e a vi olhando bobamente para a prova, os outros olharam para a prova mais atentamente e balançaram a cabeça sem acreditar, apenas dei um sorriso e voltei a olhar para o meu celular. Senti o olhar deles em mim e balancei a cabeça lentamente. A ultima pergunta era para dizer o nome completo de D. Pedro I, que foi a primeira coisa que eu tinha escrito no quadro.

Depois de uma hora e meia, mais da metade dos alunos saíram, entre eles Alex. Esperei o resto terminar a prova e eles demoraram apenas 10 minutos. Guardei as provas na bolsa e sai da sala, vi todos eles conversando no corredor e sorri.

─ Então como foram na prova? Nem estava difícil, não é mesmo? ─ Falei coçando a bochecha com o indicador.

─ Verdade, não sei se estava fácil mesmo ou se foi porque estudei muito o fim de semana ─ Disse Pedro sorrindo.

─ Provavelmente o segundo ─ Digo.

─ A senhora vai entregar as notas quando? ─Perguntou Erica.

─ Quarta-feira ─ Respondi ─ Estou ocupada com umas coisas, aí só vou poder corrigir amanhã.

─ Entendo.

─ Mas então, gostou da ultima questão? ─ perguntei dando um sorriso enorme.

─ Ah.... Bem, ela estava fácil e eu não acreditei que a senhora tinha colocado ela ─ Respondeu Erica.

─ Eu disse que tudo que anotava no quadro poderia cair na prova ─ Falei cruzando os braços, Alex estava conversando com Renner e lambi os lábios.

─ Mas o nome dele era muito grande para se conseguir lembrar ─ Disse Erica me fazendo prestar atenção nela.

─ Isso é verdade, nome muito comprido, mas não impossível de lembrar ─ Digo dando um olhar brincalhão para ela, ela me deu um sorriso tímido e eu bati no seu ombro levemente. ─ Bem, vou indo nessa. Até quarta feira pessoal, bons estudos.

─ Boa noite professora ─ Disseram alguns deles. Fui para o carro e dirigi em direção a casa de Lana. Conversei com ela por um bom tempo, tentamos puxar informações do Adunnu, mas ele mantinha a boca fechada, depois batíamos um pouco nele e não conseguíamos resultados, e por fim dávamos um pouco de agua e comida, apenas para deixa-lo vivo. Mas uma coisa era certa, do jeito que ele agia, com certeza ele esperava que alguém viesse resgata-lo, e eu esperava que não, pois seria um saco ter que lidar com mais caçadores. E foi assim até quarta feira.

Entrei na sala com as provas corrigidas na mão e sentei sobre a mesa, os alunos já estavam me esperando e eu balancei minhas pernas.

─ Boa noite ─ Cumprimentei-os.

─ Boa noite ─ Responderam.

─ Como podem ver estou com as provas em mãos ─ Falei balançando o bloco de papel. ─ Quero dizer que estou orgulhosa de vocês, todos tiraram notas boas, a menor nota foi 7,5 e a maior foi 10, claro. Como eu tinha dito antes, minhas provas não são difíceis se estudarem e prestarem atenção nas aulas. Fico feliz que vocês não usaram de nenhum método externo para responderem a prova, porque se não eu iria ser obrigada a dar zero e a interromper o meu jogo no Candy Crush. ─ Eles sorriram com aquilo e eu continuei. ─ Serio, eu estou em uma fase muito chata. Mas continuando... Sei que depois que entregar as provas vocês vão ficar eufóricos, por isso vou apenas corrigir a prova para todos e depois vocês estão liberados para curtir o feriadão.

─ Aehhhh!!

─ Uhuuuuu! ─ Sorri com a animação deles e cocei a nunca.

─ Vou chamando os nomes e vocês vêm pegando ─ Concordaram e eu comecei a chamar o nome de um por um, e eles vieram pegar suas provas. Alex e Igor foram uns dos 7 que tiraram 10, Erika tinha tirado 9,25. Quando Alex veio pegar a sua nota nossas mãos rapidamente se tocaram e a vi corar rapidamente, e eu senti um calor em meus dedos. Ela olhou a sua nota e um enorme sorriso surgiu em seu rosto, sentou feliz em sua cadeira e eu continuei a chamar os nomes. Quando todos receberam as provas, comecei a correção publica da prova e 15 minutos depois estava liberando os alunos, nenhum deles vieram questionar a nota que receberam ou uma questão errada. Fechei a porta depois que todos saíram e fui para a minha sala, vi que tinha alguns documentos em cima da mesa e os peguei, comecei a lê-los e a assinar onde eu tinha que assinar.

─ Alex você quer que eu lhe deixe em casa? ─ Ouvi a voz de Erica através da parede. Fechei os olhos e me concentrei na conversa lá fora.

─ Não precisa, vou ir de taxi, sem dizer que eu tenho que ir á biblioteca devolver uns livros e pesquisar uma coisa na internet ─ Escutei a voz de Alex, e coloquei a mão no queixo.

─ Se você insiste ─ Disse Erica. ─ Apenas tome cuidado, a cidade não anda tão segura quanto antigamente.

─ Tudo bem. Bom feriado! ─ Alex disse.

─ Para você também... Boa noite ─ A voz de Erica foi ficando distante e depois não ouvi mais nada. Ouvi passos na frente da porta e esperei alguém aparecer, mas a pessoa desistiu e foi embora. Cocei a cabeça e olhei para os papeis na minha mesa, peguei o meu celular e digitei uma mensagem para Alex.

“ Seu carro quebrou?”

“ Não, está na revisão”, respondeu logo em seguida. “Porquê?”

“Ouvi você e Erica conversando perto da sala”.

“Pensei que estava falando baixo”, Disse, dei um sorriso e digitei.

“Não estava baixo para mim”.

“Desculpa ouvido biônico”, mandou ela.

Pode me levar para casa?”, Li a mensagem no meu celular.

Pensei que não perguntaria”

“Só tenho que ir na biblioteca rapidinho, você me pega lá?”, perguntou.

“Ok”, enviei e fechei a tela do meu celular.

O rapidinho dela demorou uma hora e meia, e então ela me mandou mensagem, fechei a minha sala e entrei no estacionamento, olhei em volta e estava quase vazio. Destravei o carro e entrei, dei partida e sai do estacionamento, passei pela rotatória que tinha e entrei na rua principal da faculdade, parei o carro na frente da biblioteca e a vi parada com um livro na mão. Ela entrou no carro e eu olhei para ela.

─ Rapidinho demorado esse, hein ─ Falei dando um sorriso de canto.

─ Acabei me distraindo na internet, desculpe ─ Respondeu inclinando a cabeça.

─ Tudo bem ─ Saímos da universidade e entramos na rua do aeroporto, passamos pelo sinal, entrando a direita e pegando a rua do Detran, paramos em outro sinal que demorava ainda mais e Alex suspirou. ─ Que foi?

─ Nada ─ Disse rapidamente. Olhei para ela de canto e percebi que ela estava com vergonha, mas deixei quieto. O sinal abriu e pegamos a Av. Venezuela e depois a Av. Mario Homem de Melo, uma das maiores da cidade, e a mais fácil de se localizar, no inicio dela não se via muitas lojas, mas a partir do meio para o final, era o que mais tinha. No meio do caminho Alex colocou a mão sobre a minha coxa e eu parei por alguns segundos. Olhei para ela de relance e engoli em seco.

─ O que está fazendo? ─ Perguntei rapidamente. Ela não disse nada, então suas mãos tocaram o meu braço e eu olhei para ela. Ela se inclinou na minha direção e pressionou os seus lábios nos meus, senti um calor me envolver e beijei-a de volta. Tive que manter os olhos abertos para não bater o carro e ela se afastou. Ela respirou fundo e eu lambi os lábios, estávamos quase na casa dela, então sua mão tocou minha coxa novamente e eu parei, suas mãos percorreram minha coxa e pararam sobre minha barriga, mesmo por cima das roupas senti um começo de arrepio. Suas mãos desceram bruscamente e eu fechei os olhos, tremi por alguns segundos e segurei a sua mão.

─ Tem certeza? ─ Falei, ela fez que sim com a cabeça e eu a puxei para mim. Beijei os seus lábios com vontade e mantive um olho na rua, parei o carro em um lugar escuro, tranquei as portas e desliguei as luzes. Agarrei Alex e a coloquei no meu colo, ela me deu um sorriso e eu pressionei seus lábios, minhas mãos envolveram sua cintura e percorri minha língua pela sua boca, ela afastou os lábios para respirar e eu beijei o seu pescoço, senti o cheiro da sua pele e tremi, era muito bom o seu cheiro. Abri a camisa que ela estava vestindo e beijei os seus ombros nus, ela tremeu sobre mim e eu continuei.

Minha língua estava adorando o sabor da sua pele e o calor que ela transmitia, beijei o seu pescoço novamente e ela puxou meu rosto, me beijou profundamente e eu segurei suas costas, suas mãos tatearam a minha camisa social e desabotoou cada botão, jogou minha camisa em algum lugar e eu dei um sorriso de canto. Lambi o seu ouvido e ela tremeu em voz alta, agarrei o seu corpo e o pressionei contra o meu, seu coração fazia um barulho alto no carro. Minhas mãos agarraram suas coxas e ela sorriu, enquanto me beijava.

─ Presente pela nota ─ Sussurrei no seu ouvido, ela me deu um olhar e eu desabotoei sua calça jeans, ela ficou um pouco em pé no carro e sua cabeça bateu no teto, mas foi o suficiente para eu tirar sua calça e a deixar apenas de roupa intima sobre mim. Pressionei minha boca no seu ombro e o mordisquei, e fui descendo até o topo do seu peito, já que a posição que estávamos não era muito espaçosa. Toquei sua barriga com as minhas mãos e a beijei suavemente, ela soltava uns leves gemidos a cada toque meu, e eu sentia cada vez mais meu corpo pegando fogo.

Seus lábios tinham um gosto indescritível, eram doces, suaves e ao mesmo tempo agressivos. Sua mão tateou todo o meu corpo descoberto e eu estava adorando, coloquei meu rosto ao lado do seu e mordi sua orelha, o seu corpo se arrepiou e eu dei um sorriso de canto. Minha mão direita desceu até a sua calcinha eu vi que ela estava toda molhada, lambi os meus lábios e aspirei o cheiro da sua pele. Suas mãos também não ficaram quietas, ela desabotoou minha calça e suas mãos agarram a minha bunda, dei um riso com isso e beijei sua boca.

─ Vamos ..... Para minha casa ─ Disse entre o beijo. Afastei meu rosto do dela e levantei minha sobrancelha.

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─ E Bia?

─ Foi para um acampamento com os amigos ─ Respondeu, dei um sorriso e liguei o carro. Não estávamos longe da casa dela, mas o caminho parecia que tinha sido aumentado e como eu estava prestando atenção a rua, Alex judiava de mim. Sua boca acariciava minha orelha gentilmente, me fazendo tremer a cada vez que mexia, depois beijava o meu pescoço e os meus lábios me tirando a concentração que já estava pouca. Parei o carro na frente da sua garagem e toquei a suas costas.

─ Chegamos.... Cadê o controle do portão? ─ Perguntei. Como em um passe de mágica, ela abriu o portão e eu coloquei o carro para dentro, peguei as chaves da casa de sua mão e pressionei o seu corpo contra o volante, beijei ela ferozmente e segurei o seu corpo, saí do carro devagar, com ela no colo e caminhei rapidamente até a porta. Alex beijava loucamente o meu pescoço, destranquei a porta de sua casa e entramos, corri com ela no colo e a deitei em sua cama. Ela não tinha percebido que tinha usado os meus poderes. Ela olhou para mim da cama e eu sorri, tirei minha roupa rapidamente e ela fez o mesmo.

Deitei sobre o seu corpo nu, e comecei a beija-la cada centímetro do seu lindo corpo, seu rosto, depois seu pescoço e ombro, massageei seus seios gentilmente com as minhas mãos e ela soltou um gemido. Suas unhas seguraram minhas costas e eu senti minha pele arder, mas ignorei, beijei o seu peito e depois minha boca chegou até os seus seios, mordi devagar os seus peitos e escutei o seu coração batendo altamente dentro da minha cabeça, fiquei ali por alguns segundos e desci, minha língua percorreu o suor que estava se formando no seu abdômen e tremi, apenas o gosto do seu corpo era incrível, imagina o gosto do seu sangue. Alex estava toda arrepiada, continuei a sua tortura ate chegar a virilha e então ela me puxou para cima.

Suas mãos puxaram meus cabelos ruivos para trás e ela mordeu minha boca, dei um sorriso e agarrei sua cintura, percorri suas costas com as minhas mãos e senti a sua mãozinha descendo ate o meu quadril. Sua pele estava quente e eu estava entrando em êxtase, com essa sensação maravilhosa. Puxei-a para o meu colo e a abracei, senti o cheiro dos seus cabelos e toquei seu pescoço com a minha língua, escutei o seu sangue circulando e quase pude sentir o gosto dele na minha boca, seus batimentos pareciam trovões dentro da minha cabeça, lambi os lábios e meus dentes estavam pontudos. Fechei os olhos e continuei, desde que ela não veja meus olhos tudo bem.

Beijei o seu ombro rapidamente e fui descendo, sem piedade dessa vez. Lambi sua barriga lisa e abri gentilmente suas pernas, olhei para o seu rosto e ela estava com os olhos fechados, esperando. Então eu prossegui, minha língua tocou o seu sexo e escutei um gemido em alto e bom tom acima de mim, e não resisti soltar um sorriso. Comecei a fazer movimentos circulares com a minha língua e Alex tremia loucamente, suas pernas tentavam se fechar, porem eu as segurava com força, mas prestando atenção para que minhas unhas afiadas não a machucassem. Eu não saberia dizer o que aconteceria se eu sentisse o cheiro do seu sangue.

─ Oh.oh....o..h....... ─ Alex estava nas alturas, seu rosto estava com uma expressão enorme de prazer, seus lábios fortemente curvados, olhos fechados e cabelos totalmente bagunçados. Continuei lhe dando prazer até que ela não aguentou, me afastei e sorri. Alex estava exausta, meus dedos brincaram um pouco mais com ela, até que ela me puxou e beijou meus lábios. Sua língua percorreu cada canto da minha boca, percebi que ela estava adorando brincar com os meus caninos. Deixei-a fazer o que quisesse, suas mão percorreu meu corpo e parou sobre a meu sexo, dei um sorriso safado quando a senti me tocar e fechei os olhos.

Sua boca percorreu todo o meu corpo e sua língua alcançou o premio final. Um arrepio me percorreu e eu segurei as cobertas da cama com força. Um calor percorreu todo o meu corpo, e por um momento senti novamente como se estivesse viva, abri os meus olhos e olhei para Alex. Minha visão estava mais focada, pontos vermelhos se misturavam com as cores normais do quarto, escutei o coração dela batendo, quase como se fosse o meu próprio. Não sabia quanto tempo suportaria sem tomar do seu sangue. Mordi minha boca com força e senti o gosto de sangue, Alex continuou sem nem ao menos olhar para cima, o que foi até bom para mim.

Gemi em alto tom e todo o meu corpo tremeu de prazer, escutei um riso e Alex beijou minha bochecha, minha pele ficou queimando onde ela tinha me beijado e tremi. Puxei o seu corpo contra o meu e a abracei de costas, fechei os olhos com força e forcei minhas presas e olhos voltarem ao normal. Até que eu consegui e pude escutar a respiração profunda de Alex normalmente. Coloquei minha testa na suas costas e imitei uma respiração profunda.

─ Você é linda ─ Sussurrei. Ela envolveu seus dedos entre os meus e pude ver um sorriso de canto. Não disse nada por um tempo e eu percebi que tinha caído no sono. Afastei-me devagar e olhei para o teto, passei a mão nos cabelos ruivos e sorri. Não acredito que realmente fizemos isso. Puxei o lençol e cobri o seu corpo, olhei para o seu rosto que estava calmo e feliz, e me senti terrivelmente bem. Aquilo tinha sido diferente de qualquer outra coisa que eu tinha feito.

Nunca tinha me sentido tão viva e quente ao lado de um humano. Passe minha mão em seu cabelo castanho e ela se mexeu, sorri e me aproximei, como se reconhecesse minha presença se acomodou em meus braços. Deixei o tempo passar e logo adormeci junto a ela.

Senti algo me tocando no nariz e abri os olhos, dei de cara com o rosto de Alex. Pisquei confusa e tirei o cabelo do rosto.

─ Bom dia ─ Disse me dando um sorriso.

─ Bom dia ─ Respondi me espreguiçando. Ela estava me observando e colocou sua testa contra minha. ─ Que houve?

─ Nada ─ Disse fechando os olhos e sorrindo. ─ Só que... você é perfeita demais para ser real.

─ Nada a ver ─ Falei dando de ombros, beijei sua bochecha e sentei na cama. Ela segurou minha mão e eu olhei para seus olhos castanhos. Esperei ela dizer algo, mas não disse nada. Uma dor percorreu minha barriga e engoli em seco. Eu estava faminta, me concentrei e pude sentir o clima fora da casa, o sol estava brilhando fortemente, não iria conseguir sair sem antes pegar fogo.

─ Algum problema?

─ Não ─ Menti dando um sorriso. ─ Só estava pensando o que iriamos fazer agora.

─ Comer algo, né? Estou faminta ─ Disse balançando as mãos, olhei rapidamente para o seu corpo nu e seu rosto ficou vermelho. Tacou um travesseiro em mim e eu cai na cama rindo. Ela se levantou rapidamente e saiu do quarto, escutei o barulho de uma porta batendo e logo depois de agua caindo. Me enrolei no lençol e fiquei de pé, saí do quarto e fui para a sala. Tudo normal, não encontrei nenhuma roupa lá fora. Voltei para o quarto e peguei minhas roupas intimas e esperei Alex sair do banheiro.

O que demorou alguns minutos, vestia um short preto e uma camisa folgada branca por cima. Foi ate o guarda roupa e jogou uma camisa azul para mim, olhei para a camisa que era grande demais e levantei minha sobrancelha.

─ Vista ela.

─ Só ela? E a parte de baixo? ─ Perguntei.

─ Espera ─ E jogou uma calcinha para mim, balancei a cabeça e esfreguei minha testa. Ela continuou olhando para o armário e negou com a cabeça. ─ Meus shorts não vão dar em você.

─ Me senti gorda agora ─ Falei sorrindo.

─ Você tá bem assim ─ Disse olhando para mim da cabeça aos pés.

─ Tanto faz, jogue uma toalha para mim ─ Digo dando de ombros, ela jogou uma toalha e eu fui para o banheiro. Abri o chuveiro e deixei a agua fazer o trabalho, lavei o cabelo e passei sabonete por todo o corpo, enxuguei-me e vesti a roupa que ela tinha me dado. Olhei para o meu reflexo no espelho e mordi o canto da minha boca. A roupa tinha ficado sexy demais, sem a parte debaixo. Fiz gargarejo com o enxaguante bucal e sequei meu cabelo na toalha, baguncei ele com as mãos e sai do banheiro. Senti o cheiro de ovos fritos vindo da cozinha e passei a mão no nariz.

─ Ovos? ─ Perguntei entrando na cozinha e parando atrás dela. Ela fez que sim com a cabeça e eu beijei o seu ombro. Ficou levemente corada e lambeu os lábios. ─ Fiz uma vitamina para você também.

─ Fez? Obrigada! ─ Agradeci indo ate a geladeira e a abrindo. Vi uma jarra de vitamina que parecia ser de mamão e banana, e a coloquei na mesa. Peguei dois copos e um prato, colocou os ovos nele e dois pães de uma sacola, passou maionese neles rapidamente e se sentou na mesa, sentei ao seu lado e tomei a minha vitamina. A observei comendo o seu pão avidamente e coloquei minha mão no queixo. Tinha cara de que estava bom, levantou o pão na minha direção e eu pisquei.

─ Quer um? ─ Perguntou.

─ Hã, não pode comer ─ Falei.

─ Você não sente fome, não?

─ Já estou acostumada a não comer coisas assim, meu estomago é sensível ─ Respondi dando a impressão que estava tudo bem. ─ Mas ai o que vamos fazer hoje, já que Bia não está aqui?

─ Sei lá. O que não poderíamos fazer com ela aqui, já fizemos ─ Disse ela me dando um olhar de canto tímido, sorri com aquilo e dei de ombros.

─ Que tal uma sessão cinema em casa? ─ Perguntei, seria uma boa, já que assim eu não precisaria ir lá fora.

─ Pode ser. Vou ver quais os filmes questão passando na Sky ─ Disse ficando de pé e indo até a sala. Fiquei de pé e recolhi as coisas da mesa, coloquei-as na pia e me juntei a ela. Ela estava verificando os canais e os programas rapidamente, sentei no sofá e fiquei-a observando. ─ Tá começando um aqui, não sei se é bom.

─ Qual que é o nome?

─ Mundos opostos.

─ É de romance?

─ Acho que sim, não diz nada nessa sinopse ─ Disse balançando os ombros e largando o controle ao seu lado no sofá.

─ Tudo bem, vamos assistir ele e ver se presta ─ Falei sorrindo, ela confirmou com a cabeça e começamos a assistir o filme. No meio do caminho, Alex se deitou no meu colo e eu fiquei passando minha mão no seu cabelo, beijei a sua bochecha gentilmente e depois sua testa. Tive que me controlar para não irmos muito adiante novamente, pois definitivamente eu a morderia dessa vez. E assim passamos duas horas, depois assistimos outro e mais outro, e no 3 filme tanto eu quanto ela, não estávamos prestando atenção.

Eu simplesmente puxei seu corpo contra o meu e beijei o seus lábios, ela correspondeu sem timidez e começamos tudo de novo, mas não fomos para o quarto e nem ficamos nuas, apenas nos agarramos ali mesmo, e antes que percebêssemos estava passando os créditos de um dos filmes. Entreolhamo-nos e começamos a rir. Olhei no relógio do celular e estiquei minhas pernas, meus pés tocaram os seus e ela olhou para mim. Já era 18:20.

─ Meu anjo, vou ter que ir em casa, ver se está tudo em ordem e trocar de roupa ─ Falei.

─ Humm. Mas... vai voltar? ─ Perguntou hesitante. Dei um sorriso e baguncei o seu cabelo.

─ Claro que eu vou.

─ Então vou te esperar ─ Disse sorrindo de volta.

─ OK ─ falei fincando de pé, ela segurou o meu punho e olhei para ela.

─ Você fica sexy assim ─ Olhei para baixo e cocei a minha nuca, minhas pernas estavam a amostra totalmente. Me inclinei e beijei sua boca, peguei meu celular e as chaves do carro, e fui para a porta da frente. Destranquei a porta e olhei para o céu escuro da noite, uma brisa me envolveu e sacudiu minha camisa, Alex deu um riso e eu dei xau com a mão, entrei no carro e olhei para as roupas espalhadas, sorri e dei partida no carro.

Minutos depois estava dobrando a esquina de casa, entrei no estacionamento, peguei as chaves de casa e as roupas no carro, e entrei. Casa estava totalmente normal. Fui para o banheiro e tomei um banho, escovei os dentes e troquei de roupa. Vesti uma calça jeans e uma camisa polo verde, calcei um tênis preto e penteei o cabelo de lado. Peguei uma bolsa e coloquei um par de roupa dentro, uma bolsa de sangue e uma garrafa de tequila. Saí de casa de carro e dirigi por varias ruas, ate que achei um jovem de cabelos pretos voltando de uma farmácia.

─ Ei garoto! ─ Chamei, ele olhou para mim desconfiado e dei um sorriso gentil, os seus olhos brilharam e eu continuei. ─ Pode me dizer onde que tem um posto de gasolina próximo? Meu carro está na reserva e eu não sei andar por aqui.

─ Ah sim, nova na cidade? ─ Perguntou se aproximando do carro.

─ Aham, acabei me perdendo, era para eu encontrar uns amigos em um restaurante, só que a gasolina.... ─ menti.

─ Entendo. Bem, a senhora pega a quinta rua a esquerda, depois é só seguir em frente, vai ter uma placa azul, depois dela a senhora dobra a direita ─ Disse me explicando onde que era o posto.

─Hummm ─ Passei a mão no cabelo e fiz uma cara de confusa, ele olhou para mim como se adivinhasse que eu não tinha entendido, e encarei os seus olhos, senti ele caindo na minha compulsão e sorri. ─ Você não quer me levar até lá?

─ Claro, sem problemas ─ Respondeu já abrindo a porta do carro e se sentando no banco, colocou suas sacolas no chão do carro e eu sorri. Não dei partida no carro e ele não falou nada.

─ Você não vai dizer e nem lembrar de nada do que houve aqui ─ Falei olhando em seus olhos, ele confirmou com a cabeça e lambi os lábios. ─ Agora relaxe e feche os olhos.

Ele o fez e virei o seu pescoço para o lado, expus minhas presas e vi minha visão ficando focada, seu coração batia em um ritmo calmo, me inclinei e mordi o seu pescoço, sangue envolveu minha língua e eu sorri, o gosto era delicioso, senti o meu corpo ficar menos frio e minha força aumentando, aos poucos fui perdendo a fome e me afastei do garoto, dei um pouco de agua para ele e sorri.

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─ Você pode ir para casa agora ─ Ordenei, ele confirmou com a cabeça, pegou suas coisas e saiu do carro como se nada tivesse acontecido, tirando o fato de ele estar cambaleando um pouco. Liguei o carro e dirigi ate a casa de Lana. Estacionei o carro ao lado da calçada e desci do carro, entrei na casa e escutei Lana na cozinha, caminhei até lá e a vi enchendo um copo com tequila. ─ Começou cedo, hoje hein?

─ Mais ou menos ─ Disse dando de ombros e virando o copo. Se aproximou de mim e olhou em meus olhos.

─ Então como está o prisioneiro? ─ Perguntei, ignorando o fato de ela esta me encarando.

─ Veja você mesma ─ Andou em direção ao seu quarto que estava com o alçapão aberto e descemos as escadas. No fim do corredor, entramos no quarto. Vi um homem de camisa preta e calça jeans, tinha duas pistolas na cintura, uma faca na coxa e um cassetete na mão direita, olhou para mim e depois para Lana e ficou quieto.

Olhei para o outro homem e cocei a nuca. Adannu estava um lixo, suas roupas tinham virado trapos. Ele estava sem camisa, seu peito e abdômen levemente definidos estavam a mostra, havia vários cortes por todo o seu corpo, sua calça estava rasgada em vários cantos. Havia uma cicatriz na sobrancelha e na sua boca, seus cabelos estavam oleosos e desgrenhados.

─ Está péssimo, hein? ─ Falei olhando para ele. Ele levantou o olhar do chão e me encarou. ─ Então, cansou disso? Que tal nos contar tudo sobre a CVA?

─ Nem a pau ─ Disse ele dando de ombros.

─ Pensei que diria isso, mas pense bem. Quantos dias está aqui mesmo? Você acha que os seus amigos não acham que já está morto?

─ Morto ou não eu sei que eles vão te encontrar ─ Seus olhos brilharam de raiva. Dei um sorriso de canto e dei de ombros.

─ Deixe que venham ─ Digo me aproximando dele e olhando diretamente nos seus olhos, senti os meus brilharem em vermelho e de um sorriso maligno. ─ Vou mostrar para eles o que vai os matar.

Adannu olhou surpreso para mim e eu continuei olhando para ele ameaçadoramente. Eu sabia que caçadores juntos eram um grande problema, mas eu tinha experiência com eles, não me deixaria abater tão facilmente.

─ Essa cidade realmente é quente ─ Disse um homem observando as pessoas de uma praça.

─ Concordo, me impressiona alguém como ela viver aqui ─ Falou o seu amigo de cabelos loiros. Deu de ombros e olhou na direção de uma banquinha. ─ Quer uma Coca?

─ Aham, pegue uma para nós e vamos continuar ─ Disse o de aparência mais velha e cabelos castanhos, que estava observando as pessoas. ─ Temos que ir encontrar ela.