Escuridão... Tão traiçoeira, silenciosa e profunda. Nunca se sabe o que pode-se encontrar lá. Nunca se sabe qual o caminho correto a se tomar. Uma estrada sem volta, onde você vaga sozinho, sem luz, apenas o escuro. Frio na barriga, pupilas dilatadas, batimentos cardíacos acelerados. Somente você. Até onde irá suportar? Até quando continuará a seguir por este caminho? Sangue inocente já fora derramado, é seu destino. Você está ligado à isso, não há como escapar. Encare. Enfrente. Persista. Não pare de lutar, porque se você não se salvar, quem nos salvará?

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* * *

Apenas a lâmpada daquela sala isolada iluminava o local, esta por sua vez, velha e desgastada. Constantemente piscava, igualmente aos filmes de terror, se bem que estes já não são tão diferentes da realidade. Pelo menos desta realidade. Na pequena cama, desconfortável e gelada devido ao ar-condicionado que refrigerava aquele pequeno quarto, jazia Jodie. Jodie Holmes. A quanto tempo estava lá? Um mês... Dois meses... Quem sabe? A real questão seria quando a jovem acordaria, e se acordaria. Não havia ninguém consigo, apenas ela, solitária e em profundo sono. Não totalmente solitária. Ele estava lá. Mesmo que ela não percebesse, ele permaneceria lá, mesmo após a morte, não sairia do seu lado.

A fitava inquietante, sabia que esta sobreviveria, mas não suportaria mais vê-la imóvel daquele jeito. Então tratou de tomar uma atitude. A ajudaria. Mais uma vez, como todas as outras vezes que a ajudou. Estavam ligados, afinal. Ela precisa dele, e ele precisa dela. E lá se foi ao seu encontro, iria guia-la para o caminho correto, o caminho da luz. Foi breve e ágil. Já estava ficando nervoso, e ninguém desejaria o ver irritado.

— Garota teimosa. — Ele murmurava à si mesmo. Sem preocupar-se se Jodie ouviria ou não. Seria bom que ouvisse mesmo, assim ela saberia tudo que ele precisa passar por ela. Ele poderia simplesmente deixa-la morrer se quisesse. Apenas se quisesse.

Após um certo tempo, ela despertou, num pulo e ofegante, como se acabasse de retornar de um pesadelo terrível, os orbes castanhos já num tom avermelhado, lágrimas traçavam um longo caminho pela sua face, tentava assimilar onde se localizava. Era essa a sensação de estar viva novamente? Após acostumar-se com a claridade do ambiente, que não era muita, pôs-se a procura-lo. Revirava a cabeça de ambos os lados, tentando o encontrar, contudo não o via, muito menos o sentia.

— Aiden! — Exclama, quase que em desespero. Este não a responde. — Aiden! Aparece! Por favor...

— Estou aqui. — Diz este num sussurro que demonstrava cansaço.

— Por que... Por que, Aiden? Por que não me deixou ir? Por que me trouxe de volta?!! — Novamente ele opta pelo silêncio, a deixando atordoada. Acabara de acordar de um coma, não era necessário iniciar uma discussão ali, naquele momento.

"AIDEN!!"

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.