Loucuras À Meia Noite
A vingança
Levei Jade até o salão comunal da Grifinória e lá estavam o James e a Lily discutindo de novo (como sempre) sobre algo como James ter “passado um tempinho de qualidade” com uma das amigas de Lily.
James rolou os olhos.
— Por favor Lily, se eu quisesse já teria ficado com ela a muito tempo. — James disse.
Os olhos azuis de Lily faiscaram raiva em direção ao seu irmão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Mesmo Jay? Então porque ela passou a manhã inteira dizendo como o beijo do meu irmão é bom e como ela está apaixonada? — Lily perguntou, fazendo uma careta na parte do beijo.
James riu.
— Ela disse que o meu beijo é bom? — ele perguntou com um sorriso brincalhão no rosto.
Lily lhe deu um tapa no ombro que fez um estalo tão alto que ecoou em todo o salão.
— James! — ela repreendeu antes de colocar as mãos na cintura.
Ele reclamou antes de esfregar o braço e fazer uma careta de dor.
— Tá bom! Talvez eu tenha sim dado um ou dois beijos nela...
— Eu já te disse para você não chegar perto! Você sabe como é estressante ter que ouvi-la me perguntar se você falou dela comigo, ou porque você ainda não a procurou, ou então por que...
Okay, o discurso da Lily estava indo muito bem, mas se continuasse naquele ritmo logo, logo cada aluno da Grifinória estaria sabendo sobre a vida pessoal de ambos. Não que a vida pessoal do Jay seja, bem... Pessoal.
Fiz um som meio alto com a garganta que a interrompeu e fez os dois olharem para mim e Jade.
— Hã, desculpa interromper a discussão nada discreta de vocês, mas nós temos uma nova colega. Essa é a Jade, ela veio transferida da Beauxbatons e é da Grifinória. Doeria se vocês guardassem as discussões para mais tarde e a fizessem se sentir bem vinda? — perguntei.
Lily pareceu estar levemente envergonhada pelos gritos, mas James continuava casual. Ele estudou Jade de cima a baixo e veio cumprimentá-la rapidamente.
— Olá! Seja bem vinda a Grifinória. Eu sou James. — ele se apresentou.
Jade sorriu.
— Obrigado! Eu sou Jade.
James quase a engolia com os olhos, por isso lhe mandei um olhar reprovador e firme, assim que o captou ele pareceu menos atiçado para cima dela.
Lily veio a frente com um sorriso amigável e já foi abraçando Jade.
— Seja bem vinda Jade! Eu sou Lily e eu sinto muito por toda a cena que você viu. — Lily se desculpou se afastando dela.
Jade riu.
— Tudo bem, acho que todo mundo tem problemas familiares ás vezes.
Eu e Lily suspiramos juntas.
— Nem me fale. — dissemos em um uníssono.
Nós sorrimos uma para outra por termos falado juntas.
Lily olhou para os meus braços e franziu o cenho.
— Ei, para que todos esses livros? — ela me perguntou.
E foi ai que eu me toquei.
— Ai droga! Eu tenho aula de História da Magia agora! — exclamei.
Olhei para Jade.
Eu não podia deixa-la sozinha e eu sabia que Lily teria aula daqui a alguns minutos, fiquei olhando para ela por longos instantes desesperadamente sem saber o que fazer.
— Relaxa Rosie, eu cuido dela. — James disse.
Olhei para ele surpresa.
Desconsiderei imediatamente. Eu sabia muito bem o que significava esse “cuidar” dele, e eu não deixaria que Jade fosse somente outra de suas peguetes, olhei para Lily e vi que ela pensava a mesma coisa.
— Jay... — eu comecei a dizer, mas ele me interrompeu.
— Com “cuidar” eu quero dizer acompanha-la até algumas salas e não deixar ela se perder. Você sabe que Hogwarts é enorme. Ela não vai querer procurar o banheiro feminino e encontrar a Murta que Geme não é? — James perguntou com um pequeno sorriso.
Fiz um som frustrado. Que outra opção eu tinha?
— Tudo bem, mas se você encostar nela eu te petrifico! — falei da forma mais ameaçadora que eu pude.
James colocou as mãos para cima em um gesto inocente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Prometo. — ele disse.
E com isso eu me despedi brevemente dele, de Jade e de Lily antes de sair correndo desesperadamente para a minha aula que provavelmente já havia começado.
(...)
Assim que a minha aula terminou, eu teria um período livre, então eu voltei até o salão comunal e encontrei Lily e Jade conversando animadamente e rindo.
Sorri por ver que elas já haviam se dado bem e me sentei junto com elas.
— E ai, o James não te fez nada não é? — eu a perguntei.
Ela negou sorrindo.
— A minha próxima aula só vai ser depois do almoço então eu pedi para que ele me levasse até a biblioteca, mas como ele disse que tem alergia a livros, eu decidi ficar sozinha. Eu encontrei a Lily depois e a gente veio para cá. — ela me contou.
Respirei aliviada por ela, não é todo dia que James Potter mantém as mãos fora de alguém, principalmente se esse "alguém" for do gênero feminino e tenha uma ótima aparência.
Lily cutucou Jade com um sorriso divertido no rosto.
— Conta para ela do tal menino da biblioteca.
Menino da biblioteca? Então quer dizer que Jade já conseguiu até um possível futuro peguete?
Eu ri e a incentivei a me contar.
Jade corou levemente.
— Ah, ele é muito divertido, irônico, me fazia rir muito com suas piadas. Nós só conversamos. — ela disse.
— Awwnn Jade! Isso é ótimo! Como ele é? — eu perguntei animada.
Jade pós o cabelo por trás da orelha.
— Ele é muito bonito, tem o cabelo bem loiro, olhos verdes, é da Sonserina e...
Eu não pude deixa-la terminar, eu e Lily gritamos:
— O QUÊ?!
Jade pareceu espantada pela nossa reação.
— Credo, o que foi? — ela perguntou.
Eu e Lily trocamos olhares perplexos e incrédulos.
— Jade, você não pode em hipótese nenhuma se interessar por Scorpius Malfoy, okay?! — eu perguntei tentando deixar a minha voz clara.
Agora ela que parecia surpresa.
— Ele é um Malfoy? Eu não fazia a mínima ideia! Por quê? Ele parece ser legal. — Jade disse.
— Legal?! Aquela coisa é o Diabo em forma de gente! Jade, ele não é a pessoa certa pra você andar. — Lily disse e eu não poderia concordar mais!
Jade pareceu estar desconfortável entre nós.
— Ah gente, de repente vocês achem isso só porque ele é da Sonserina, mas se vocês o conhecessem melhor veriam que ele parece ser bem gente boa.
Desisti. Estava na cara que ela não mudaria sua opinião sobre o Malfoy. Lily abriu a boca para falar, mas eu fiz que não com a cabeça e ela a fechou.
Jade não tinha culpa.
Lembrei-me daquele momento no corredor, em que eu sai nervosa e esbarrei nela, depois de ter jogado os papéis em Malfoy.
É isso. Só pode ser. Ele está tramando alguma coisa, eu posso sentir.
Levantei-me e olhei para as duas.
— Tudo bem Jade, só tome cuidado com ele okay? Eu preciso ir a um lugar, volto rápido! — eu disse e saí do salão comunal, desci as escadas e andei pelos corredores perto do salão da Sonserina e o encontrei lá, como sempre em grupo com seus amiguinhos riquinhos e estúpidos.
Assim que me viu, ele colocou aquele sorrisinho convencido no rosto e pediu licença de seus amigos para vir falar comigo.
— O que uma Weasley faz tão perto do salão comunal da Sonserina? — ele perguntou.
Sem rodeios, eu fui direto ao ponto.
— Qual é o seu joguinho com a Jade, Malfoy? Ela é o seu novo alvo ou algo assim?
Ele sorriu de forma vitoriosa.
— Então ela já te contou sobre a nossa conversa na biblioteca. Porque o interesse Weasley? — ele perguntou, então se aproximou de mim. — Está com ciúmes?
O empurrei e ele cambaleou para trás.
— Nem ferrando. Se tiver algum problema comigo venha direto até mim, ou é covarde demais para isso? — perguntei deixando um tom de desafio tomar a minha voz.
Seu sorriso finalmente se desvaneceu.
— Como se eu tivesse medo de uma cenoura incompetente como você. — Malfoy insultou e seu sorriso retornou. — Essa foi só uma pequena vingança pelos papéis de hoje mais cedo, mas quer saber Weasley? Eu não tenho nenhuma intenção de parar de conversar com a Jade. Quem sabe nós não nos tornamos amigos?
A raiva veio até mim como fogo.
Jade estava se dando muito bem com Lily e James, e estava na cara que ela era uma boa menina, me enraivecia que Malfoy estivesse pensando em se aproximar da garota só para se vingar de mim, aliás, tudo o que Malfoy fazia que me incluísse de alguma forma me enraivecia.
— Você me dá nojo. — foi tudo o que eu disse antes de sair e deixa-lo lá.
Eu sabia que discutir não o faria mudar de ideia, eu conhecia aquele filhote de doninha a tempo suficiente para saber que quando ele põe algo na cabeça não há nada que o pare.
Mas dessa vez teria.
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