A Different Prince Caspian
Príncipe Caspian, o décimo
— O que faremos com ele? — Caça-trufas perguntava à garota que sentava desconfortavelmente em uma pequena cadeira.
— Eu já disse que não sou líder de nada, não tomo decisões. E, bom, não sei. — Ádria bufara baixo, estava cansada e com sono, pois o garoto que teve de carregar praticamente sozinha era pesado demais.
— Por mim, deveríamos matá-lo! — Nikabrik exclamou irritado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu enfaixei a cabeça dele, seria como matar um hóspede! — Caça-trufas dizia alarmado.
— Então está decidido, ele vive. — Ádria murmurou enquanto bocejava. — Ele já deveria ter acordado...
Mas o rapaz, que já havia acordado e ouvira a conversa deles, surgiu na pequena saleta e, pegando um cachorro de lareira e investindo em um golpe falho contra Caça-trufas. Ele, mesmo assim, só conseguiu atingir um pequeno prato de sopa, que caiu no chão.
— Se não queria a sopa, era só ter falado. — Ironizou Ádria, que se levantou e tirou das mãos do garoto o cachorro.
— Que bagunça! Eu vou pegar outro prato — Caça-trufas reprovou o garoto que olhou um pouco surpreso para o texugo.
— O que é você? — o rapaz perguntou enquanto sentava em uma pequena cadeira na pequena mesa da caverna, sendo servido de sopa por Caça-trufas.
— Era de se esperar que mais pessoas reconhecessem um texugo quando vissem um — murmurou Caça-trufas.
— E então, quem é você? — Ádria perguntou enquanto juntava algumas flechas que pendiam do teto.
— Príncipe Caspian, o décimo.
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Após pegarem roupas e seus presentes na Sala do Tesouro, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia partiram de volta para a praia, a fim de encontrar uma maneira de deixar a ilha e explorar a nova Nárnia. Mas ao chegarem na praia, avistaram um pequeno barco com dois guardas vestidos de armaduras e um anão preso à cordas. Susana logo atirou uma flecha em um dos guardas e o outro, visando os quatro irmãos, pulou do barco. Pedro e Edmundo pularam na água. Pedro pegou o anão (que havia, do mesmo jeito, caído na água), e Edmundo puxou o barco para a ilha.
— Você está bem? — Lúcia perguntou ao anão após cortar com sua adaga as cordas que o prendiam.
— Seria melhor tê-los deixado me afogarem! — o anão retrucou ranzinza.
— Um obrigado seria suficiente... — Edmundo murmurou.
— Eu sou o Grande Rei Pedro, o Magnífico. — Pedro estendera a mão para o anão, que apenas negou-se a apertá-la.
— Poderia ter ocultado a última parte — Susana riu.
— É, poderia — o anão riu.
— Sabe o que aconteceu com Nárnia? E quantos anos se passaram? — Pedro perguntou ao anão, que havia perdido um duelo para Edmundo.
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— Eu estou vendo vocês! — Caspian falara enquanto virava para averiguar que Caça-trufas, Nikabrik e Ádria o seguiam.
— Eu disse para se esconder atrás das árvores, Alteza. — Murmurou Caça-trufas para Ádria, que bufou ao ouvir Alteza.
— Do que iria adiantar? Ele iria me ver de todo o jeito, pois se não percebeu eu sou apenas dez centímetros menor que Caspian. Sem contar que de qualquer forma ele precisaria mesmo de nós. E já disse para não me chamar de 'Alteza', Caça-trufas! — Ádria disse entediada.
Mas assim que a garota acabara de falar, uma flecha passou raspando por seu ombro e parou em uma árvore.
— Corram! — Caspian gritou e o grupo desatou a correr pela floresta, seguido pelos cavaleiros telmarinos.
Em intervalos de dois minutos, Ádria virava e atirava uma flecha. A garota era a melhor arqueira de Nárnia e arredores, desde que Susana havia partido de volta para o nosso mundo.
O chão coberto de relva batia nos joelhos de Caspian e Ádria, e passava da metade do corpo em Nikabrik e Caça-trufas. O último, acabou caindo enquanto corria. Caspian, ao ver Caça-trufas tentando se levantar, e os cavaleiros chegando cada vez mais perto, voltou para pegar o novo amigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Não! Vá! Você tem que encontrar a Resistência Narniana! — Caça-trufas gritava para Caspian, que não ligava e continuava a correr em direção ao texugo.
Ádria, ao ver o que acontecia, parara de súbito e começara a atirar flechas certeiras em direção aos telmarinos, que caíam na relva. Logo, Caspian pegara Caça-trufas e saíra correndo em direção aos outros, à frente. Ádria parara de atirar para observar algo estranho: os telmarinos, mesmo sem as flechas, caíam no chão. Algo que corria pelo chão estava derrubando os telmarinos, que se conseguiam levantar-se, corriam de volta ao castelo de Miraz, o Usurpador.
— O que é aquilo? — Nikabrik perguntou enquanto ajudava Caça-trufas a ficar de pé. O príncipe, que tentava lutar com algo que ninguém via, caíra no chão.
— Escolha suas últimas palavras com cuidado, telmarino — um enorme rato (enorme para o tamanho de um rato) pulou para cima de Caspian.
— Você é um rato — foi só o que Caspian conseguiu falar, após o susto que tomara.
— Eu esperava palavras mais originais — depois de um suspiro, o rato disse. — Pegue a sua espada.
— Não, não obrigado. — Caspian exclamou.
— Pega logo! Eu não luto com um homem desarmado. — O rato disse, ainda agitando a espada.
— Talvez por isso que eu deva escolher não lutar com você, oh, nobre rato. — Caspian disse receoso.
— Eu disse que não lutaria, não que você viveria. — O rato interpôs com veemência.
— Ripchip, não!
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