Coisas do Acaso

Talvez não seja tão ruim quanto pensei.


– Acabou o tempo. - logo que escuto a voz de Meg avisando que enfim acabou, dou um passo para trás e acabo me atrapalhando. Teria ido direto ao chão, se o caipira não tivesse me segurado.

– Me solta caipira – peço saindo dos seus braços e voltando para o meu lugar.

– Pelo jeito a gatinha ficou brava – Mateus diz, o que fez todo mundo rir (ou quase todo mundo já que o Simon continua com uma tromba. Pelo jeito alguém estava com ciúmes).

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– E o que você tem a ver com isso mesmo? - rebato no mesmo instante.

– Chega – Meg diz exaltada antes que ele pudesse falar qualquer outra coisa – Bem, agora vamos jogar os dados de novo – rapidamente todos jogam os dados e quem sai com o numero maior é Lilian. Quando gira a garrafa, ela para no Simon e no Derick. Como a ponta parou do lado do Derick, o que fez o mesmo abrir um sorriso enorme e bem sarcástico.

– Verdade ou consequência meu caro Simon? - perguntou presunçoso.

– Verdade – fala convicto.

– Já transou com alguma menina aqui? - logo que a pergunta é feita a sala ficou em um silêncio total, que até parecia cena de filme na hora do suspense.

– Sim – diz Simon olhando da Meg para a Sabrina e por fim para mim, mais rapidamente ele virou o rosto.

– Se arrependeu?

– Não ! – admite rápido demais e depois olha para baixo vergonhoso.

– Foi com a Meg que não se arrependeu? – Derick perguntou com um sorriso, como se soubesse das coisas e eu suspeitava seriamente que ele sabia.

– Er eu ... - mas antes que Simon respondesse, a voz de Jake sobressai.

– Acabou o tempo – Simon levanta os olhos e fica nítido o tamanho do alívio que ele pareceu sentir por ter escapado daquela pergunta.

Novamente os dados são jogados, e quem sai com a sorte da vez é a Sabrina, rapidamente ela gira a garrafa na qual para no Ed e no Jake, e quem ia comandar seria o Ed.

– Verdade ou desafio maninho – Ed indagou fazendo uma cara de paranoico.

– Como assim maninho? – Coloco a mão sobre a boca quando me dou conta que meu pensamento saiu em voz alta.

– Bia você sabe as regras e não deve atrapalhar o jogo – Meg interfere com cara feia

– Ninguém nunca disse para você que cara feia é fome? – digo irônica.

– Bom posso até estar com fome, mas com certeza, não é de comida - acusa olhando para Simon de forma excessivamente maliciosa, fazendo com que meu sangue subisse e o meu termômetro do ciúmes batesse em 99ºC. Eu tive que contar até dez mentalmente para não levantar e mostrar a ela uns paranauês fudidos que aprendi nas ruas do Rio.

– Como se alguma coisa fosse querer te comer. Só se quisesse ter indigestão ou... Fosse caso de vida ou morte... Ainda sim, duvido muito. - provoco baixo ou não tão baixo já que Jake começou a rir.

– De quê está rindo Jake? - perguntou uma das “amiguinhas” do Simon.

– Nada não – mente disfarçando e olhando para mim e puta merda quase tive um ataque cardiovascular. Que sorriso era aquele? Cheguei a ficar molhada com apenas um sorriso, imagina o resto... Foco Bia, foco.

– Gente! Vamos voltar para o jogo, mas respondendo a sua pergunta, eu sou irmão mais velho do Ed – Jake diz ainda com aquele sorriso terrivelmente sexy. – E eu aceito verdade. – Completa decidido.

– Bom... Deseja transar com alguma menina daqui? – Ed questionou com um sorriso zombeteiro e por algum motivo, eu sabia que ele ia aprontar e que eu, consequentemente, estaria no meio.

– Sim – Respondeu Jake olhando diretamente para mim, o que fez com que eu ficasse vermelha, pois de alguma forma eu sabia que tanto o Lipe, como o Simon, estavam olhando para mim.

– E por acaso a menina seria a Bia? - pergunta ele sem tirar aquele sorriso do rosto, o que já estava me irritando.

– Sim – diz Jake sem hesitar sequer um segundo. Por algum motivo, até mesmo Ed ficou surpreso.

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– Transaria com ela então? – Ed continua.

– Acabou o tempo – Quem disse dessa vez foi Simon.

– Mas Simon, ainda faltam quinze segundos – diz Meg.
– Faltava. – Ele afirmou abrupto brincando com os dados na mão. - O tempo acabou de acabar – argumenta com um sorriso ao mesmo tempo irônico e cafajeste.

– Você fez isso de propósito – Ed aponta irritado.

– Eu? Imagina, claro que não – Simon brinca com sarcasmo na voz.

– Ei gente deixa para lá, não deve ser fácil para ele me ver dando em cima da irmã dele, né? – Jake provoca na tentativa de zoar Simon.

– Como se eu fosse dar chance para você, bocó – digo ironicamente, o que fez todos na sala rir até mesmo o bocó. Pois é. Jake agora era o gostoso bocó.

– Duvido que quando você estiver sozinha comigo, vá conseguir resistir – Comenta confiante.

– Com certeza não vou conseguir resistir... – digo soltando um suspiro meio apaixonada – Não iria resistir da vontade de te socar! - Complemento rindo da cara de taxo dele.

– Iiii Jake, se eu fosse você desistia dessa daí - diz o Mateus.

– Bom como eu não sou você, não irei desistir. Até porque, nunca desisto do que quero.

– Chega de conversa alheia. Isso daqui é um jogo e não um grupo de conversa. – Meg repreende parecendo estar bem estressada. - Vamos fazer o jogo ficar mais emocionante – Anuncia com uma voz sombria – A partir de agora está proibido para aqueles que já pediram Verdade optarem por Verdade outra vez. Só depois de passarem pela consequência poderão voltar a escolher verdade, e para aqueles que não escolheram ainda, fiquem à vontade para escolher qual quiser, entendido? – Pergunta com aquela voz macabra.

– Sim – respondemos todos juntos (o que ficou bem ridículo).

Novamente os dados foram rodados e quem saiu com a sorte foi a Meg, que rapidamente rodou a garrafa, e para minha total desgraça, a garrafa parou em mim e no gostoso bocó. E tentem adivinhar quem vai gerenciaria as perguntas?

– Então, verdade ou desafio? – Ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– Consequência – digo mordendo o lábio inferior. Ato que não passou despercebido pelos olhos de Jake, que soltou um sorrisinho estreito. Ele pegou um dos papéis onde estaria o meu castigo e quando ele abre para ler, um sorriso estranho se fez em seu rosto. Por algum motivo, senti um frio na espinha e sabia que coisa boa não era. Nisso eu podia apostar.

– O que saiu Jake? - Pergunta Lipe que até aquele momento não tinha aberto a boca.

– Bom a consequência é... Você terá que passar meia hora trancada em um quarto junto com o seu colega de brincadeira, nesse caso eu, e bem... Lá dentro tudo pode acontecer. – Termina de ler e me fita nos olhos.

– Ei isso é valido? - Pergunto não acreditando na minha falta de sorte .

– Sim é, mas quase nunca isso sai – diz Meg colocando, propositalmente, ênfase no “isso”. Jack levanta e vem me oferecer a mão para me ajudar, e é claro que não aceitei.

– Sei me levantar sozinha – digo me levantando e seguindo escada acima, sendo perseguida por ele e por Meg .

– Vocês ficam no quarto de hóspedes, tudo bem? – Apenas aceno com a cabeça, em seguida entramos no quarto e escuto o barulho da porta sendo trancada. Respiro fundo e no momento seguinte sou imprensada na parede do quarto e encontro um par de olhos azuis me fuzilando com um olhar de desejo, que me fez pensar:

Talvez não seja tão ruim quanto pensei.

[...]