Metamorfose

Metamorfose - Parte II


Metamorfose – Parte II Narrado por Henry Tudor - Oh minha querida... Agradeço por tê-la trazido para mim! – Aro dizia com alegria e entusiasmo para Jane que ficou a frente enquanto eu e Felix permanecemos atrás junto com Perola. – Eu sempre soube que você nunca falharia! – Aro era o mais maléfico de todos os Volture, ele ainda conseguia encontrar humor em meio o terror e a vida degradante que nós vivíamos. A pegou em seus braços e beijou seus lábios como se o desejo a mantesse fiel a seus caprichos. - Sim meu senhor! – Jane sussurrou feliz por ser tão mimada por Aro, por ser sua favorita. – Sua criação está de volta á seu dispor. – Diferente de tudo o que eu não senti por tanto tempo foi o receio de como as palavras de Jane saíram sombrias. Perola ficara sob minha hipnose e não poderia reagir, ela deveria ter fugido, deveria ter me esquecido e não persistido nessa loucura. Os Cullen logo estarão aqui, porem será tarde de mais. - Claro que devemos dar os créditos á Felix! – Aro deu alguns passos observando nossas faces. – Afinal essa conquista precisa de uma base. – Irônico e depravado. – E quanto a você... Henry... Tenho que parabenizá-lo! Nossa Perola quase o fez nos trair, mas vejo que continua firme em suas decisões e a trouxe para nós como prometeu. – Engoli seco com as palavras de Aro. Eu deveria saber que de alguma forma eu já estava perdido e trouxe Perola para minha ruína. – Saiba meu jovem... Que desde o dia em que aceitou fazer parte da mesma natureza que a dela a conseguiu desde antes que ela nascesse. Os dois me trarão o que realmente quero. - Sim!... – As palavras se hesitaram em minha garganta – Mi lorde. - Diga-me Henry... Do que ela é capaz? – Limpei a garganta preocupado com minhas próximas palavras. – Vamos criança, diga o que ela fez com você! - Ela... – Fui pausado por ele novamente. Aro pediu silêncio e deixou que seus olhos caíssem em Jane. - Minha querida, quero que arrume o melhor aposento do Castelo Volture para nossa nova hospede... E certifique-se que Henry estará com ela. – Jane curvou sua fronte e obedeceu. – Felix vá com ela. Quero ter uma conversa particular com Henry. – Jane e Felix saíram do salão e as portas foram fechadas. Dessa vez eu teria que enfrentar o interrogatório irônico de Aro que com certeza eu daria respostas falhas ás suas perguntas perfeitas: - Henry... Onde estávamos?... Ah sim! Quero que me conte... Do que Perola é capaz? - Ela é mais forte do que todos nós... Seu dom é o oposto do meu... Se eu toco e restauro, ela suga e mata. – Minhas palavras pareciam uma piada para Aro, ele gargalhou maravilhado com o que eu dizia. - Dr. Brown tinha razão! – Aro se aproximou de Perola e tocou seus cabelos a observando enquanto meus olhos queimavam. – Ela é tão forte quanto seu ciúme por ela... Isso por que ainda possui a inútil forma humana... Como vampira seria invencível. Mas conte-me mais Henry... Pelo jeito usou o “dom” e a colocou sobre hipnose para que pudesse trazê-la, os Cullen lhe trouxeram muitos problemas? - Não! Apenas Edward Cullen que descobriu a verdade... Eu não sei o que houve, mas ela conseguiu quebrar meus bloqueios e Edward tentou alertá-la lendo minha mente. - Até então conseguiu enganar os Cullen e á ela para que á trouxesse de volta para nós. – Aro sorriu com malicia. – Conte me Henry, conseguiu tocá-la? - Não! – Exclamou de cabeça baixa, logo que á levantei vi Aro rir com satisfação. - Sei que ela teria o matado... Independente das formas que ela usaria. - Porem ela tem um ponto fraco... – O sorriso de Aro se desmanchou e seu lado sombrio não o deixou feliz. - E o que seria? - Perola fica vulnerável quando toma sangue humano. Seu dom deixa de existir quando á sangue de outro humano em suas veias... Mas logo após um mês os poderes se renovam cada vez mais fortes e incorruptíveis. - Henry... Diga-me... A verdade: O que ela fez a você? - Eu a ataquei em frente à mansão dos Cullen quando a vi pela primeira vez, então vi do que ela era capaz quando cravei meus dentes em sua pele... Foi quando passei esse tempo junto á eles tentando fazer com que ela viesse até mim. - Entendo o que quer dizer. – Aro exclamou. – E entendo que ela abriu mão de tudo para estar aqui com você... Até da própria vida. – Aro fazia perguntas em que ele mesmo conseguia as respostas fieis em verdade. Antes de tudo, antes dela me envolver em sua vida, de me fazer amá-la me mantive frio á conquistando sem saber que fui conquistado e se eu sentia dor nesses segundos era por ela não ter fugido, me fazendo amargar em remorso em que ela não seria e eu menos ainda. Jane foi anunciada por um de nossos membros e Aro deixou que entrasse: - Diga Jane! - O aposento está pronto! - Ótimo! – Aro bateu palmas uma vez – Jane leve Perola e a vista para que eu possa lhe dizer. – Jane endureceu seu rosto e amargura, o ciúme por Aro queimava suas veias, sem questionar obedeceu levando Perola para fora do salão. Meus olhos se fechavam e voltavam á se abrir quando via minha Perola dar passos falsos sem reação, diferente de todas as pessoas que trouxe para minha hipnose, desta vez sofri por ela. – Henry se terminar de cumprir as minhas ordens darei o que tanto quer. – Aro segurou meus ombros mostrando satisfação sendo que em mim só encontrava arrependimento. – Lhe darei Perola como a prometi desde que saiu do útero de Rosálie... Será o mais novo líder Volture comigo, Caius e Marcus, ocupará o lugar de Carlisle... É claro que tudo tem seu preço e eu cumprirei minha palavra desde o começo... Apenas faça com que ela venha á conceber uma criatura fiel a genética de vocês. Fomos aos aposentos que Jane se encarregou de preparar para eu e Perola. O ambiente era luxuoso e com a decoração de quarto do século XVI. A cortina azul marinho com talhas douradas deixava o ambiente mais escuro, a cama era longa e tinha um mosqueteiro como um véu. Era simples porem o mais disputado por todos os membros Volture. Perola já não usava o mesmo jeans de quando a tirei de Forks, em seu corpo se moldava um vestido preto que aparentava ser um traje nupcial antigo que a deixou completamente bela. - Jane quero que saía... – Aro deu suas ordens. Jane obedeceu contrariada e bateu a porta quando á fechou. – Henry, ela pode nos ouvir? - Não! – Indaguei. - Não quero que a tire da hipnose por enquanto... Mas quero que ela tenha consciência de que vai ouvir tudo o que eu lhe disser. – Fui até ela e toquei seu rosto olhando fixamente em seus olhos. Virei seu corpo para a direção de Aro. - Traga – a para mais perto de meus olhos. – Obedeci e fui para a direção da porta. – Não Henry... Quero que fique e ouça o que vou dizer para ela. – Permaneci imóvel enquanto Aro se aproximou dela a rodeando com suas filosofias vãs. - Perola... – Ele pausava enquanto a media com os olhos e tocava seus cabelos. – Sua mãe lhe deu um belo nome, que no fundo tenho que concordar com usa escolha, você é muito valiosa e jamais haverá outra como você... É rara para sua família, para nós e para Henry. – Eu não conseguia encará-la. Apenas seus olhos reagiam. – Você é mais importante do que qualquer coisa que exista para nós. Mas quero que saiba sua verdade... Quero que saiba quem você realmente é... E principalmente o que queremos de você! – Ele continuou – Nós sabemos que Henry ocultou muitas partes da verdade sobre nós... E quero lhe contar desde o começo. – Aro conseguia ser irônico e não fazia forças pra isso, minha vontade era de arrancá-la de sua face, embora fosse impossível sair desse lugar – Você foi criada para destruir qualquer coisa sem qualquer consentimento de piedade, sem amor, sem compaixão, sem sentimentos... Como Henry foi criado. Ele já não tinha sentimentos quando o transformei em vampiro e quando ele aceitou a passar pela experiência... Ah... A experiência... Nós não o obrigamos á ser um vampiro com a genética mudada, ele aceitou passar pela metamorfose por almejar se vingar de seus pais e de Edward... – Aro tocou seu rosto com o dedo indicador – Quem você realmente ama... – Senti meus olhos clarearem, minha cólera crescia e como eu queria acabar com Aro naquele momento – Henry sofreu sim! A metamorfose era mais forte do que ele poderia imaginar. Mas ele gostou... Ele é como Narciso da mitologia... E você foi o reflexo que ele procurou até a morte... A verdade é que quando Henry apareceu na sua vida ele fechou todas as feridas que Edward deixou em você e isso fazia parte de seu plano. Desde o começo ele sabia que você viria até ele e você se apaixonou como muitas antes de morrer graças ao dom dele. A musica que ele soou depois do ataque em sua mente foi umas das ações do “dom”... até que um dia ele a fez o amar mais do que a si mesma e quando partiu enganou os Cullen enquanto trabalhava em sua mente com o típico chamado “encanto”... Um aderente do dom que você tem sem ser vampira que tem atacado a muitos como Edward Cullen, o lobo Seth e o próprio Henry... – Era torturante ouvir Aro, ele queria acabar com tudo ao meu redor, ele queria acabar comigo, queria fazer com que Perola se arrependesse de sua decisão. – Ah minha querida... A vida não é justa com ninguém, nem ao menos conosco... Henry se apaixonou por você... Você despertou o que nós congelamos nele quando passou a ser um Volture... Você fez com que ele á amasse desesperadamente... Ele a ama com loucura e a eternidade nunca foi o suficiente... Se lembra dessa frase... Você despertou amor nele quando colocou seus olhos nele. Graças a esse amor, Henry tentou nos trair... Ele tentou esquecer que nós viríamos até ele e que a tiraríamos dele se piedade, então Caius mandou que Felix viesse junto com os outros membros do nosso clã para fazê-lo cumprir sua missão... Sabe... Aqueles garotos que montaram aquele cenário hipnótico musical enganando á você e qualquer humano insignificante que não seria capaz de descobrir de onde vinha o sucesso rápido e inexplicado de uma banda de rock que ninguém nunca ouvir falar. É claro minha querida... Eu não poderia esquecer desse ultimo detalhe... Creio que não ouviu Edward quando ele lhe alertou, Henry planejou lhe dar a noite de amor que você almejava em conhecer e por trás disso cumpriria a minha ordem de conceber uma criança fiel a genética de vocês... Entenda que a única que pode tudo entre nós é você! E que conosco será tão poderosa quanto qualquer coisa que já conheceu. Mas eu não poderia deixar de lhe contar a verdade: Henry á ama e mesmo que seu amor por ele seja pura ironia... Você foi feita pra ele... E ficaram juntos pra sempre! – Meu corpo tremeu com sua palavra final e suas gargalhadas sombrias... Porem...

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Mais cruel do que qualquer coisa dita naquele lugar, foi ver os olhos mais lindos que procurei por tanto tempo... reagirem com poucas lagrimas. Eu queria morrer...