What Is Love ?

"Who's this man?"


Pov. Austin

O sol invadia a janela do meu quarto.

Abri os olhos devagar,e tive que os tampar com uma das mãos. Não conseguia enxergar por causa da claridade e aquilo parecia queimar minha visão.

Tentei me ajeitar na cama,levantando um pouco o tronco e apoiei a cabeça em um dos travesseiros,e senti uma pontada forte ali. Tinha acabado de começar a latejar,e eu resmunguei enquanto colocava minhas mãos sobre a cabeça.

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A merda da ressaca.

Eu conseguia me lembrar muito bem da noite passada: A festa,bebidas,Elliot,praia, piscina, Ally ... Ally.

Pensar no nome dela me fez imaginar que talvez eu tivesse sonhado. Mas não,as lembranças pareciam reais demais. Como um idiota, levantei assustado da cama,me deparando com minhas peças de roupas espalhadas pelo quarto. Mas ela não estava em lugar algum.

Vesti a primeira coisa que encontrei pela frente e saí do quarto, ignorando a dor de cabeça e encontrando Rose na cozinha.

Ela se virou pra mim, tirando rapidamente a atenção de alguma coisa que estava fazendo no fogão,e sorriu:

– Bom dia, Austin. Teve uma noite longa hoje,não é ? - Ela deu uma risadinha e pegou uma outra colher para provar algum tipo de caldo que estava preparando.

Passei os olhos pela cozinha,tentando me lembrar aonde ficava o relógio e quando o encontrei, estreitei os olhos tentando entender os ponteiros,mas parecia que minha cabeça estava se repartindo ao meio. Demorei quase 1 minuto pra conseguir decifrar aquilo. Já eram quase 13 horas.

– Eu dormi tudo isso ? - Perguntei,meio que para mim mesmo. - Quando ... Quando chegou aqui ? Eu nem sabia que viria.

Rose se virou,ficando de frente para mim.

– Cheguei a umas 2 horas atrás. - Ela informou. - Sua mãe me pediu para preparar pelo menos o almoço pra você. Ela disse algo sobre ter certeza de que se você tentasse fazer alguma coisa,colocaria fogo na casa. - Ela riu. - Como daquela outra vez.

Botei a mão na cabeça.

– Daquela vez,a culpa foi da Emma. - Resmunguei indo me sentar na bancada. - Eu fui apenas uma testemunha.

– Você estava coberto de farinha,quando chegamos.

– Ela jogou em mim. - Me defendi.

Na verdade,tinha mesmo sido nossa culpa. E não apenas da minha irmã. Mesmo assim,foi ela que queria fazer um bolo.

– Sua cabeça está doendo ? - Ela perguntou, atenciosa. - Você saiu ontem a noite,não é ? Aposto que deve ter bebido. - Rose me lançou um olhar, me repreendendo. - Tome uma aspirina.

Ela mesma me alcançou um comprimido e eu bebi junto com um suco.

– Você ... Hã, estava tudo normal quando chegou aqui ? - Perguntei,e ela me olhou,desconfiada. Eu queria saber se ela havia encontrado a Ally,mas não podia perguntar exatamente isso. Rose colocou um prato a minha frente,com a comida que ela havia feito. Dei uma garfada,pra disfarçar minha curiosidade.

– Por que ? Trouxe alguma garota pra cá ? - Engasguei com a comida,e ela riu,dando uns tapinhas nas minhas costas. - Não vi nada que não devesse.

Suspirei,aliviado. Mesmo assim,ainda teria que falar com a Ally. Por que ela havia saído daquele jeito ? Talvez eu fosse na casa da família Starr depois. Mesmo com dor de cabeça, eu tenho certeza que acordaria bem melhor se a visse do meu lado.

Terminei de comer rapidamente,e já estava saindo da cozinha,quando falei:

– Eu vou ... - Comecei,mas Rose me interrompeu.

– Espero que vá pra sua cama. Nada de sair hoje, considere como um castigo. - Estava prestes a reclamar daquilo,quando ela continuou. - Não prefere que eu conte a sua mãe não é ?

Isso serviu pra me deixar trancado em casa o dia todo. E pior,a Ally não entendeu nenhuma das minhas ligações.

( ... )

Na escola,no dia seguinte,eu já estava no intervalo e ainda não havia visto a Ally. Era como se ela tivesse desaparecido,e provavelmente nem deveria ter ido a escola. Ou se foi,deveria estar se escondendo. Se escondendo de mim.

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Isso me deixou um pouco bravo. O que ela estava fazendo ? Por que estava fugindo de mim depois de ter dormido comigo ?

Quando o intervalo acabou,eu estava quase entrando na sala,quando a avistei. Ela me olhou rapidamente,e logo desviou o olhar correndo para dentro da sua sala do outro lado do corredor.

Respirei fundo,antes de entrar na minha,imaginando um jeito de conseguir falar com ela,sem a mesma fugir.

E na saída, dei um jeito de sair primeiro do que todo mundo. Fiquei na frente da sua sala,a esperando. Quando a porta se abriu,alguns garotos saíram primeiro e depois,quase por último, ela saiu,acompanhada por Trish. Quando me olhou,sua expressão se fechou e ela parecia querer enfiar a cabeça num buraco.

– Ally - chamei.

Ela se despediu da amiga,e veio na minha direção. Com passos firmes e a expressão séria.

– Austin - falou,desviando o olhar.

Segurei seu queixo,a fazendo olhar pra mim.

– Por que saiu daquele jeito ? - Perguntei,com os dentes rangendo. Eu estava bravo,sim. E queria entender alguma coisa. Entender por que ela estava fazendo aquilo comigo.

– Eu precisava ir pra casa. - Ela falou,com a voz falha. - Minha mãe quase me matou por ter chegado de manhã,se eu tivesse demorado mais,então ...

– Você está bem ? - Perguntei.

– É,estou. - Ela passou as mãos no cabelo o afastando um pouco e pude ver as marcas no seu pescoço. Ela parecia ficar ainda mais bonita daquele jeito.

– Vem. - Segurei seu pulso a puxando para fora da escola. Fomos caminhando em silêncio até o parque bem ao lado. E foi quando eu finalmente comecei a falar : - Eu te liguei ontem,mas você não atendeu. Eu fiquei preocupado. Achei que você tivesse se arrependido ...

– Não. - Ally disse antes de eu terminar. - Eu estava pensando no que sua irmã me disse aquela vez.

Estreitei os olhos. Emma não me falou absolutamente nada do que queria dizer para Ally. E agora,levando em conta de que ela estava mesmo pensando nisso,fez minha curiosidade aumentar.

– O que ela te disse ? - Não pude evitar de perguntar, e ela riu.

– Talvez um dia eu te falei. - Ela disse,com um sorriso provocador no rosto. - Mas eu tenho que ter certeza.

Eu me inclinei para beijá-la,mas ela se afastou.

– O que foi ?

– Espera, eu não quero que você confunda as coisas. Eu adoro ser sua amiga, e eu não estou pronta pra algo mais. - Percebi o quanto ela parecia desconfortável falando aquilo. Assenti,com um sorriso fraco. - Eu não quero machucar você,assim como já fizeram comigo.

Me aproximei mais dela,e a verdade é que eu gostava de testar esse jeito dela. E por mais que eu não quisesse acreditar nas suas palavras,fiquei feliz por ela ter dito aquilo. Como se ela se preocupasse comigo.

– E se eu disser que vou ficar bem, Princesa ?

– Tenha paciência comigo. - Ela disse,e passou as mãos pelo meu rosto,fechei os olhos,sentindo seu toque.

É,eu nunca imaginei que isso seria fácil,de qualquer maneira. Mas eu estava pronto,me sentia pronto por ela. E acho que até hoje,eu nunca entendi o por que de isso acontecer quando estávamos próximos. Era como se algo nela me chamasse. Foi assim desde a primeira vez em que a vi.

O parque estava quase cheio,como sempre. Algumas pessoas passavam correndo e aquele era o lugar mais frequentado depois das aulas,depois da lanchonete do Chucky. Que era o lugar perfeito para um bando de desocupados.

– E eu posso, pelo menos,te beijar ? - Ela riu,e me deu um tapa no braço.

Mesmo assim, ela mesma me beijou. Com uma mão apoiada no meu peito e a outra na minha nuca. Sentir seus lábios macios sobre os meus se transformou numa das melhores sensações do mundo,nos últimos dias.

Ally se afastou,rindo, e antes de se virar murmurou alguma coisa sobre ter que ir pra casa.

A agarrei por trás,a impedindo de sair,a erguendo do chão e a girando. Ela riu,enquanto tentava bater em mim. Ainda rindo,a larguei no chão,com cuidado,mantendo minhas mãos na sua cintura.

Foi quando um homem parou na nossa frente.

Ele não era muito alto e tinha cabelos castanhos. Com certeza tinha mais de 40 anos. Cruzou os braços,e nos encarou,avaliativo.

Vi os olhos da Ally se arregalarem,e ela olhou pra mim,numa fração de segundo,como se pedisse ajuda.

Ela ajeitou o corpo,ficando reta,e abriu a boca algumas vezes,como se tentasse falar alguma coisa,mas nada saía. Continuei com uma das minhas mãos na sua cintura,tentando lhe passar algum conforto.

Eu estava confuso,tentando imaginar o que estava acontecendo,Ally parecia que tinha visto um fantasma.

– Ally. - O homem disse,e sua voz era grossa e firme. - Precisamos conversar.

A garota me olhou,de novo,e ela estava séria. Parecia ter engolido em seco as palavras,e acho que minha expressão confusa deixava a entender o que eu queria saber:

"Quem é esse homem ?"