Tales of Lost Love

Strange Times


— Então quer dizer, que agora você não só é humana, como tem a cura pro vampirismo correndo no seu sangue... Isso é um tanto inusitado. - Disse Rebekah, assim que ficaram sozinhas.

— E o que você vai fazer sobre isso? Me drenar e quebrar mais uma das suas promessas? - Katherine respondeu, atenta.

— Confesso que estou muito tentada a experimentar. - ela disse sorrindo diabolicamente – Por sua sorte, eu não costumo quebrar minhas promessas. E, acho que prefiro deixar pra descobrir o que vem depois.

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As duas partiriam para New Orleans em busca de informações sobre Klaus e atrás de alguma pista sobre o que pode ser a coisa que está por trás de Elena.

— Não que eu me importe com a Elena sofrendo. Aliás, como ela conseguiu ganhar de você? - Rebekah puxou a conversa.

— Não ganhou, eu estava apreciando minha vitória enquanto enfiava uma estaca nela e ela enfiou a coisa na minha boca! Aquela vadia sem escrúpulos!

Rebekah riu com gosto. Uma coisa que as duas tinham em comum eram o desdém por Elena. Não entendiam como Stefan poderia se apaixonar por alguém como ela.

— Não consigo compreender. Não depois de ter alguém como eu. - Disse Rebekah.

Katherine completou - É compreensível, depois que ele me teve, buscou alguém com a minha cara e a sua personalidade mimada. - provocou.

Rebekah segurou seu braço, com força – Não abusa! Sou legal, mas, tenho limites.

E a aeromoça chamou pra embarcarem.

* * *

A falsa Elena se adaptou bem e muito rápido ao corpo que possuiu, e não teve dificuldades em manter as aparências. Deslizava em alguma coisa ou outra, mas, nada que comprometesse. E usava esse entrosamento para destilar um pouco do seu veneno em cada um que estava ali. Quanto mais ciúme sentissem, mais ela ficava forte para colocar seus planos em prática.

A brecha que se abriu enquanto traziam Bonnie do outro lado, permitiu que ela voltasse. Ficou dois mil anos observando seu amor sucumbir, petrificado, sem poder fazer nada. Era hora de ficarem juntos.

Qetsyah aproveitou a magia que pairava na caverna e juntou com os poderes que tinha pra conseguir atravessar. Mesmo sendo muito poderosa, ficou muito enfraquecida no processo, tendo que absorver poderes de outra forma, sem conseguir se materializar. Lembrou da lenda da mulher furiosa, que conseguiu se fortalecer com o ódio que tinha das pessoas, e usou os ciúmes de Elena para recuperar seus poderes.

Mas, o sentimento humano é uma coisa curiosa, ele é volúvel e efêmero. Então, ela precisava nutri-lo o tempo inteiro para que conseguisse o que queria. O ciúme foi escolhido por ser um sentimento descontrolado, e inevitável. Ninguém planeja tomar posse do outro, mas, o ser humano é intrigante. E era o que a movia, além de raiva, decepção, e desejo de vingança. Um misto de sentimentos que ajudavam no objetivo. Era fácil manipular alguém a sentir ciúmes. Achava as pessoas muito vulneráveis e se divertia com isso.

Queria que Silas voltasse logo, de preferência sem Amara, assim, poderiam ficar juntos pra sempre. Mas, pensava num plano B, caso o bruxo imortal encontrasse sua amada. Teria que fazê-lo desistir de tomar a cura, e prender Amara novamente, de forma que continuasse sendo a âncora que mantém o outro lado existente.

Nos poucos momentos sozinha, tentava planejar as coisas pra volta dele, mas, a ida de Katherine pra New Orleans atrapalhou um pouco seu planejamento. Fora a irritante mania das meninas quererem ficar juntas o tempo inteiro.

Pensava que devia ser muito chato ser Elena, pois não tinha sequer um minuto de paz e sossego. Como eram dependentes uma da outra, e isso a tirava do sério. Sentia uma certa simpatia por Adrienne, que se referia, internamente, como “a ruivinha”, por conseguir manter a individualidade, no meio daquela confusão que era aquele grupo. Mas, não podia se afastar, já que era o grande alvo do ciúme de Elena, que a mantinha ali dentro ainda.

Embora achasse desnecessário tanta convivência, se aproximava cada vez mais de cada um, conhecendo-os melhor, o que ajudava a criar intrigas e aumentar os ciúmes entre eles, se fortalecendo ainda mais.

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Observava Stefan e Adrienne e percebia o relacionamento dos dois se formando. Imaginou que, após ter sido largado pela namorada, pra ficar com o irmão, o rapaz poderia ser um alvo fácil de ciúmes, já que havia um outro rapaz na faculdade que o aborrecia visivelmente, quando se aproximava.

Rodeava Stefan tentando saber e soltando ideias descabidas que o deixavam atento aos movimentos de Adrienne. Ela fazia tudo muito sutilmente, assim como envenenava Caroline contra o novo casal, e fazia Bonnie ficar insegura com seu relacionamento à distância. Se mantinha ocupada, enquanto não colocava seus planos em prática, azucrinando a vida dos que estavam à sua volta.

Enquanto alimentava o ciúme do grupo, se sentia cada vez mais forte. Em breve, já não precisaria mais daquele corpo, e conseguiria tornar o seu corpo etéreo em matéria, novamente.

* * *

Do outro lado do mundo, Silas encontrava a Cripta onde estaria sua amada. Ao lado dos bruxos, conseguiu localizá-la. Finalmente, soube porque não conseguira antes, não estava como morta. Fora embalsamada, como múmia, mantida viva, num tormento inimaginável, como o dele.

Tiraram Amara do local, e agora, com cuidado, tentavam tirá-la daquele envólucro martirizante em que foi colocada. Mais algum tempo e poderia olhá-la e tocá-la como antes. Seu coração pulsava frenético, ansioso por aquele momento.

A moça estava inconsciente e foi levada a um médico local para ser analisada. Conseguiram uma equipe especializada em arqueologia e medicina para uma eventualidade, já que não sabiam o que encontrariam ali. Se Amara estava enfeitiçada ou mantida em cárcere, como Silas foi mantido, e precisaria de ajuda humana.

Após semanas de angústia, tentando acordar seu grande amor, Silas estava desesperado, ameaçando quem quer que fosse da equipe, tendo que ser imobilizado várias vezes pra que não atacasse ninguém. Amara não acordava, com nada que fosse feito, e ele acreditava que precisava de sangue humano assim como foi pra ele.

Os bruxos se reuniram e consultaram outros bruxos. Inclusive Silas, para que tentassem entender toda a magia de Qetsyah, e pudessem enfim, acordar a moça.

* * *

Enquanto isso, Caroline conseguia se infiltrar na comissão de festas do Campus, e armava mais um evento no Club. Daniel e Adrienne percebiam que tinham escolhido acertadamente, incluindo-a na sociedade. Nunca mais tiveram um dia de casa vazia. Trabalhavam mais, porém, tinham conseguido um faturamento além da média em algumas semanas de funcionamento.

Com uma ideia de Stefan, transformaram o PubCrawl dos veteranos em boas vindas aos calouros, com parceria de alguns bares, terminando a noite no Club, fazendo a casa ter mais destaque e acabar virando point às sextas.

Com a grana ganha, já pensavam em investir num bar-restaurante dentro do campus mesmo, no estilo de Mystic grill, para terem o que fazer durante a semana também. Estavam com ideias empreendedoras, e cheios de gás. Por anos, os antigos moradores de Mystic Falls só experimentaram dissabores, e finalmente, estavam tendo uma vida sossegada, com problemas reais.

As coisas estavam calmas no campus, até demais. Adrienne estranhava aquela tranquilidade, e continuava pesquisando sobre a força estranha, escondida. Não comentava com ninguém, mas, achava muito suspeito o ataque a Katherine e Elena, e depois o sumiço súbito. Não contou nem ao namorado, que seguia ao seu lado quase todo o tempo. Aproveitava os treinos dele, e se enfiava na biblioteca, catando coisas antigas, algumas que ficaram da antiga biblioteca dos Mikaelson, e se aprofundou nos grimórios encontrados de Emily.

Num desses dias de pesquisa, foi surpreendida pelo companheiro de time de Stefan e Daniel, Eduardo. Que, estava de saída, mas, se ofereceu pra ajudá-la a carregar os livros até a mesa. Adrienne acabou contando o que buscava, e o rapaz ficou, auxiliando na investigação.

Depois de algum tempo, pesquisando, Adrienne fazia anotações de coisas que o rapaz encontrava. Percebeu que em dupla ficou bem mais fácil, e acabou marcando outras vezes com ele, que se prontificou de imediato, quando soube que seus intervalos, às quartas, combinavam.

A medida que se encontravam, iam ficando amigos e mais íntimos, o que causava um certo estranhamento em Stefan, e em contra partida, a falsa Elena se aproveitava para usar a seu favor. Como a pesquisa estava sendo feita em segredo, Adrienne não comentava com Stefan, que não entendia a aproximação da namorada com o rapaz, fruto do seu ciúme, provocado por Qetsyah.

Stefan e Adrienne se entendiam perfeitamente bem, apesar das rusgas e desentendimentos. O que dificultava bastante o processo de envenenamento da bruxa em cima do casal. Porém, após muito tentar, encontrou uma brecha e na sua aproximação com Stefan, conseguiu, não só corrompê-lo, como atingir aos dois.