Tales of Lost Love

The Hangover


Assim que Damon e Elena saíram da festa, no caminho de casa foram conversando e começaram a especular sobre as atitudes de Stefan, lembrando de quando ele voltou a se alimentar de sangue humano e ficou descontrolado. Mas, Damon o defendeu. Tinham conversado, e ele notaria a diferença.

— Elena, não acho que ele esteja descontrolado dessa vez, talvez as pequenas doses que ele tomava comigo na mansão tenham ajudado, de certa forma.

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— Mas, Damon, você viu, ele agiu como se não se importasse com nada. Eu...

— Com nada ou com você? - ele a interrompeu.

— Oi? Não entendi. Eu estou falando de como ele anda agindo, perto dessa gente. Parece sempre bêbado, ou desligado.

— Eu quis dizer que você está preocupada dele não estar se preocupando com nada, ou você está se importando porque ele não se preocupou com você? Porque me pareceu que ele estava bem interessado no que estava acontecendo naquela piscina.

— Como assim?

— Bom... eu acho que você está com ciúmes do meu irmão. Já se arrependeu da sua escolha?

Elena engoliu seco, estava se roendo de ciúmes de Stefan, sim, mas, não estava arrependida da escolha. Estava certa que deveria ficar ao lado de Damon, ele a entendia, e não a julgaria pelos erros que cometeu.

— Não, não me arrependi. Só estou preocupada. Vamos mudar de assunto, então.

E seguiram fazendo planos pro restante das férias dela.

* * *

Adrienne despertou com a claridade invadindo sua mente, levou a mão até a cabeça, meio tonta. Percebeu-se deitada de lado numa das espreguiçadeiras, e alguém a abraçando. Virou-se lentamente, assustada e suspirou aliviada ao notar que era Stefan, que ainda dormia.

Levantou com cuidado, tentando não acordá-lo, saindo de fininho de onde estava. Ele apenas se mexeu e se ajeitou, sem acordar. “Mais uma noite assim, serei obrigada a concordar com a Alex” pensou, quase resmungando.

Ela olhou em volta e percebeu vários outros deitados, ainda dormindo. Lembrou de flashes da noite anterior. Não viu os da casa, apenas os convidados, percebeu que não havia humanos ali. Sentiu um misto de alívio e preocupação.

Lembrou que Daniel acabou levando a turma embora, quando foi deixar Deborah. Relaxou. Mas, em seguida, olhou de novo pra se certificar que não havia nenhum vampiro sem anel, logo o sol ia bater no jardim, mas, aparentemente, tinham ido também.

Stefan se mexeu novamente, e despertou. - Hey. - ele foi levantando - Ai, minha cabeça! - disse, levando as mãos até a testa.

— É, precisamos nos alimentar logo, ou essa ressaca vai se alongar. - ela disse, ajudando-o a levantar.

Entraram na cozinha, onde Jô já fazia o café e dava bom dia.

— Shhhhh para de gritar! - Adrienne disse.

— Mas eu... - ela respondeu, mas, desistiu. Só ofereceu o café quente, e apontou a porta do freezer.

— Jô – Adrienne disse sussurrando – cadê o pessoal, você viu?

Jô apontou pra cima, e disse bem baixinho que todos tinham subido, inclusive os visitantes. Adrienne sossegou e se alimentou. Stefan pegou uma bolsa pros dois, e tomava contente, esperando que a tontura e dor de cabeça passassem bem rápido. Ela acabou de beber, deixou o copo na pia e fez um gesto que iria subir. Ele acenou com a cabeça, confirmando que também o faria em seguida. Quando ela já estava na escada, ele a chamou.

— O que a gente faz com esse povo aí fora?

— Eles se viram quando acordar, ainda tem sangue no freezer que está lá, logo que se alimentarem vão embora, não se preocupe. - ela piscou pra ele e subiu. Ele foi logo em seguida.

* * *

Katherine sofria pela ressaca. Ainda não tinha se acostumado a ser humana e não lembrava dos problemas que isso causava. Estava sossegada no seu quarto quando bateram à porta.

— Oi, posso entrar?

— Docinho... mas fala baixo! - ela respondeu.

— O que houve?

— Ressaca. As agruras da maldita humanidade. Não sei como alguém pode querer voltar a ser humano, viu, não entendo.

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Adrienne riu, e se sentou próxima a ela. - Preciso conversar com você.

— Ai, você jura? Hoje? Pode esperar até amanhã? Essa noite foi... Bom, você lembra os bailes que dávamos? Muito champagne, absinto... Me lembrou bastante!

— É, foi muito divertido! Fizemos muitas loucuras juntas, né?!

— Bons e velhos tempos! - Katherine sorriu, se enfiando mais debaixo das cobertas. - Mas, fala, o que houve?

— Eu não lembro muita coisa, mas, acordei de conchinha com o Stefan.

Katherine deu uma gargalhada e em seguida se arrependeu, levando a mão à cabeça, com dor. - Ai, ai, ai. Honey, vocês ficaram grudados a noite inteira. Onde um ia, o outro corria.

— Você viu alguma coisa além disso? - Adrienne perguntou preocupada.

— Bom, pra falar a verdade, eu vi muita coisa, mas, não de vocês. Não acompanhei. Estava muito ruim, e acabei subindo. - ela disse, um tanto triste. - Não sem antes me aproveitar do nosso DJ gato, que estava incrível esta noite. - e deu um sorriso de lado que é só dela. - Vi Daniel se acabando entre as garotas da torcida, a doutora, e sem decidir entre a Barbie festeira e a Barbie trabalhadora.

— Ahn? Barbie? Do que você tá falando, Kath?

— Caroline e Alexandra. Na verdade, ele e a Alex naquele eterno não vai nem sai, então, ele foi ciscar em outros terrenos. Mas, a loirinha intrusa é jogo duro, viu, gosto dela!

— Ora, ora, quem diria, você simpatizando com alguém. - Adrienne disse, rindo. - e logo com a Caroline.

— Bom, digamos que ela me lembra muito uma certa vampira aniversariante. Hum... - Katherine deu uma pausa lembrando algo - aliás, isso explica muita coisa.

— Sobre?

— Porque Klaus... Ah, deixa, vamos falar da festa! Eu sei que quando Dandan desistiu, a Alex se atracou com um quarterback delícia. E, aí, logo em seguida, Daniel e a doutora Deborah testavam a tinta da parede leste.

Adrienne deu uma gargalhada, estava com saudades das narrações divertidas da amiga, e de todo o deboche que ela usava como ninguém. Katherine continuou.

— Aquele outro, moreninho alto, que não saía do seu pé, continuou insistindo um tanto, mas, acho que o Stefan percebeu o que o cara queria, e não deu uma trégua. Se você respirasse, lá estava ele pra soprar seu ar.

— Como assim, docinho, do que você está falando?

— Ué, você não percebeu que o moço do time está a fim de você?

— Eu não.

— Pois bem, está e muito. Só que, o Salvatore também notou, e não deixou que ele se aproximasse. Aliás, quando é que vocês vão parar de negar que gostam um do outro?

— Quem disse que eu tô negando? Quer dizer, quem disse que eu gosto dele? Aliás, eu gosto dele, mas, não desse jeito que você pensa e... O que foi, por que tá me olhando assim?

— Porque só de você me dar esse monte de explicação, está admitindo.

— Não, Honey, eu não... - parou um minuto, lembrando - Ontem, depois que todos foram deitar, ele desceu. Conversamos um pouco, e bem... estar com ele é diferente, eu sinto um arrepio na espinha. Não sei explicar...

— Nossa, mas é tão óbvio! E acho que ele está completamente caído por você. Você já notou como ele te olha, docinho? Já vi aquele olhar antes... “Quando ele disse que estava apaixonado por mim.”— ela pensou e parou, olhando pro nada, lembrando de quando esteve com Stefan. Sentiu uma pontada de ciúmes, queria que aquele olhar fosse pra ela novamente. Olhou pra Adrienne, sem dizer nada.

— Kath... você está com ciúmes? Você ainda ama o Stefan?

— Sim, sempre vou amar. Confesso que queria que ele me olhasse daquela forma, novamente. Mas, eu fiz a minha escolha quando o deixei pra trás. Quando os deixei pra trás. Perdi minha chance naquele dia que eu fugi. Mas, você não. Você merece alguém como ele. E ele, alguém como você.

— Mas, Katherine... eu não quero repetir a história da Alex e do Danny. Você viu o que isso causou. Além disso, não quero me magoar de novo. O Stefan ainda ama a Elena.

— Baby, as histórias são muito diferentes. Daniel nunca superou a esposa, e nunca vai superar. Ele a perdeu de forma brusca, ela foi tirada dele. Ele não foi magoado, o relacionamento dele não naufragou. A Alex nunca conseguiria lutar contra isso, mas, ela poderia aprender a conviver, se quisesse. O seu caso é bem diferente. Aquela mocoronga partiu o coração do Stefan, escolhendo o Damon. E tem mais, você nunca deixou de amar o Klaus, pelo que eu saiba. Certo?!

— Bom... eu... Não, nunca. Mas...

— Então... a história é diferente. Numa comparação entre vocês, os dois estão de coração partido, tentando se reerguer, foram magoados, e encontraram pessoas incríveis pela frente. Não deixa essa chance escapar. Docinho, Stefan é uma das pessoas mais puras e sinceras que conheci nessa vida, a outra é você. Se tem duas almas que merecem a felicidade, são vocês. E, se você não fizer isso por vocês, faz por mim. - ela tossiu algumas vezes e continuou – que estou morrendo. Aceite o pedido de uma moribunda. - e fez uma cara de doente.

— Hunf, pode parar, você está mais saudável que eu! Katerina Anastasia Petrova, quando a senhora ficou tão sábia?

— Hum... não sei, acho que é essa minha maldita humanidade!

E as duas se abraçaram, rindo.