Affectum Serpentis

Wibbly-Wobbly Timey Wimey… Stuff


– Calma. - disse Charlus. - Volta tudo. Você disse futuro?

Amelia apenas concordou. Ela se surpreendeu com a calma que todos estavam tendo com a verdade. Nem em seus melhores sonhos imaginava que o grupo estaria tão quieto quando escutasse a verdade.

– Você quer dizer que você nasceu no futuro, estudou no futuro. Isso não faz sentido. Isso é impossível! - Dorea falou.

– Impossível não é, afinal estou aqui. Eu nasci no futuro. E estudei em Hogwarts desde meus onze anos. Lá também sou uma Grifinória. E lá Dumbledore é o diretor. E, diga-se de passagem, um dos melhores bruxos que já viveu.

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– Bem, digamos que acreditamos em você. - Minne começou. Ela acreditava, mas parecia tão irracional dizer em voz alta que preferiu colocar daquela maneira. - Você conhece algum de nós no futuro? Por que eu me lembro do dia que nos conhecemos Amy. Você já tinha ouvido meu nome antes.

A loira sorriu. Não podia enganar Minerva McGonagall. Não se podia no futuro, não se pode agora. Ela concordou e olhou a ruiva. Por um momento conseguiu ver a velha professora a sua frente. Os traços, por mais que fossem mais suaves, estavam ali. A determinação, a severidade. Tudo estava ali.

– Sim. Bem, creio que não será um problema lhe contar que conseguirá a vaga de Dumbledore futuramente. Você foi minha professore de Transfiguração Minne. Ainda é. É também a chefe da Grifinória.

O grupo parabenizou a amiga. E Amy soube que aquele era a melhor notícia sobre o futuro que tinha. Os outros... Claro, os Weasleys são uma grande família, mas todos sabem a dificuldade que passam. E os Potters... Sua tia-avó passaria por alguns problemas. Ainda mais quando contasse sobre Riddle, James e Harry. E tudo que aconteceu.

– E sobre mim? - Sep perguntou. - O que os Weasleys andam aprontando no futuro?

No momento que ele perguntou a imagem dos gêmeos apareceu em sua mente. A saudade apertou também. Ela tinha certeza que Septimus se orgulharia dos gêmeos. Como de todos os outros. Bem, talvez tirando Percy.

– Oh. - Amy abriu um sorrio grande. - Com quem acha que aprendi tudo que sei hoje? Meus dois melhores amigos são Weasleys. São seus netos Sep! Os gêmeos. Nós aterrorizamos o castelo. Mas não há só eles. Há também Ron que é o melhor amigo de um Potter. - Sep e Charlus trocaram um olhar de quem dizia: não há como separar os Potters e os Weasleys. - Há também Ginny, Percy, Carlinhos e Gui. Bem, eu diria que sua família cresceu! E, para se sincera: eles foram a minha família também. Quando eu não tinha mais ninguém. Eu tinha Fred e George.

Septimus Weasley se levantou e, indo em direção de Amelia, sorriu. Puxou ela para que a loira ficasse de pé e então a abraçou. Amy sentiu-se em casa mais uma vez. Como se fossem os gêmeos ali com ela.

O abraço foi cortado por Charlus.

– Eu deduzo que há muitos Potters aterrorizando por Hogwarts também. Quero dizer, eu pretendo ter vários netos!

O sorriso de Amy foi se desfazendo. E com Septimus voltando a sentar, o olhar de felicidade foi sendo destruído.

– Há um Potter, com toda certeza. Ele é famoso. Famoso desde o primeiro ano de vida. Mas não acredito que vá querer saber o motivo Charlus. - Dorea e Charlus se entreolharam.

– Diga! - Dô falou. - Eu sei que um dia serei uma Potter também. Diga o que aconteceu.

– Sim Dô. Você e Charlus terão um filho. E ele irá se casar. Ele será conhecido como um dos grandes Marotos. Eu acredito que tenha puxado ao pai. E esse filho terá um garoto. Harry Potter. O famoso Harry Potter. O garoto que sobreviveu.

– So-sobreviveu? - Charlus perguntou.

– Para que possa entender isso Potter, preciso contar o que aconteceu anos atrás. Quando eu era uma recém nascida. - E tomando um fôlego enorme, sabendo que, provavelmente Charlus iria levantar-se com vontade de invadir a masmorra e matar Tom, ela começou a narrar à saga de Tom Riddle e Harry Potter.

– Anos antes de eu nascer havia uma bruxo. Um bruxo poderoso que preferiu seguir o caminho das trevas. E ele se autodenominou Lord Voldemort. Um bruxo horrendo. Dumbledore até mesmo criou uma Ordem para derrotá-lo. E aos seus seguidores, os Comensais da morte. Seu filho e sua mulher faziam parte.

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“Eles tiveram um menino. Nascido no último dia de julho. Mas uma profecia foi feita. Sobre essa criança. Uma criança, filha de um casal que desafiara o Lord mais de uma vez, seria o escolhido para destruí-lo. Voldemort, sabendo da profecia, encontrou a casa de seu filho em uma noite. Ele... Bem, ele matou seu filho e a mulher dele. Mas por alguma razão, Harry sobreviveu. E Voldemort foi derrotado. Ou foi que todos acreditaram. Pois ele voltou. Ano passado mesmo lutei contra Comensais. Um Malfoy, provavelmente filho de Abraxas. Torturou-me enquanto Harry lutava contra To-Lord Voldemort. “

Ninguém havia percebido que Amelia havia quase tido Tom. Todos olhavam Dorea que soluçava, abraçada por Charlus que tinha um olhar vazio. Amy achou que ninguém iria comentar. Que ninguém iria reparar que ontem ela havia chamado Tom de Lord das Trevas. O quão enganada ela estava.

– Ontem. - Charlus começou. Ele mudou o olhar focado no nada para encarar a loira. - Ontem você chamou Tom de Lord das trevas. Você disse que sabia quem ele era, do que ele era capaz e mesmo assim se envolveu com ele. Amy... Amy Tom será Voldemort? É por isso que você tentou se afastar dele? Por isso que sabe tanto sobre ele?

– Eu... - ela pensou em mentir. Mas não conseguia. Não tinha forças. - Sim. Eu descobri logo que cheguei. E eu tentei me afastar dele. Sabendo quem um dia ele se tornaria. Mas eu falhei. E quando falhei criei um novo plano. Eu tentaria mudá-lo. Transformá-lo. Ele nunca seria Voldemort, nunca mataria os Potter. Harry teria uma família. A guerra seria prevenida... Merlin sabe que eu deixaria de ver os gêmeos, eu deixaria qualquer coisa se pudesse mudá-lo. Mas creio que isso está longe de acontecer. Nem mesmo Dumbledore pode me dizer que o destino quis assim.

– Eu vou matá-lo! Assim ele nunca poderá fazer o que me disse! Assim meu neto terá uma família! - Potter já caminhava em direção a saída quando Amy saltou para impedi-lo.

– NÃO! Eu não posso permitir Charlus. Se há uma coisa que aprendi com tudo isso é que mexer com o tempo e o destino não irá lhe trazer nada mais do que dor. Uma dor quase insuportável. Não cometa os mesmos erros que eu fiz. Harry irá sofrer. Sim, eu sei. Ele é como eu. E como eu ele foi adotado pelos Weasleys. A família de seu melhor amigo toma conta de seu neto. Eu sei, eu vi. É o que eles fizeram por mim também. Agora sente-se. Eu não acabei.

Os dois voltaram às poltronas. Amy olhou com o coração cortado para Dorea. Viu Minne triste, Sep também. Não sabia o porquê se sentia tão bem com tantos olhares tristes. Acreditou que era o fato de finalmente contar a verdade.

– Dorea, você me perguntou por que dormi com Marcus essa noite. Porque, não diferentemente de vocês, eu descobri uma coisa sobre minha vida. Descobri que meu pai, um trouxa, me deixou no orfanato. Provavelmente me abandonou quando soube a verdade sobre minha mãe. Que foi uma bruxa. Ela... Ela morreu dando a luz. E ela era uma Black. Ela é a filha de Irina e Marcus. A filha que seu irmão nunca mais irá ver. Não me pergunte como ele sabe, a única coisa que ele me disse foi algo sobre Dumbledore. Ontem, quando eu tive meu grande desapontamento, eu também tive minha grande felicidade. Eu finalmente descobri de onde sou. E que tenho uma família. Você. Marcus. Até mesmo, de uma maneira borrada, Harry. E eu prometo a vocês dois: Riddle nunca mais chegará perto de seu neto. Eu irei voltar e protegê-lo com minha vida. Não importando o que irá acontecer comigo.

O silêncio se permaneceu após a fala de Amy. Minne e Sep não se atreviam a falar. Charlus encarava o vazio e Dorea soluçava. Os soluços de Dô eram o único som que se podia escutar. Passou-se quase meia hora naquela maneira. Até que Amelia não pode aguentar mais ver tudo aquilo. Levantando-se ela encarou os amigos, abriu um triste sorriso e caminhou até a porta.

– Eu vou arrumar minhas coisas. Eu preciso chutar a bunda magra de um professor, se ele não me mandar de volta hoje. Eu acredito... Bem, acredito que isso seja um adeus.

– Não. - Minerva disse. - Eu não vou lhe deixar sozinha até que eu a veja partir. E eu seria a primeira pessoa a se encontrar com você em seu futuro. Eu falo por todos que você tem uma família aqui Gillian. Sei que não foi sua intenção, mas você criou para si uma família. E essa família está com você até o fim.

Sem nada mais a dizer, todo o grupo se guiou para a saída. Amelia foi até o quarto e começou a procurar o que iria levar consigo. No meio de todos os pertences, encontrou o livro que havia comprado para Tom. Encarou a primeira página, onde havia escrito um pequeno recado e algumas lagrimas apareceram. Largou o livro ali mesmo, pegando poucas roupas e algumas memórias.

Encontrou o grupo silencioso a esperando do lado de fora da torre. Todos andaram em silêncio. No meio do caminho encontraram com Marcus que, vendo o estado da irmã, soube que Amelia havia contado a verdade. Abraçou Dorea que voltou a chorar. Dizendo que sabia a verdade. Falando como sentia muito sobre Irina.

– Onde vocês estão indo? - Ele pediu. E viu a bolsa que Amelia carregava.

– Eu estou indo. Não importa o quão eu queira ficar, eu preciso ir.

– Não! Você não pode! Eu... Eu acabei de encontrá-la! - Marcus segurou a loira pelos ombros.

– Sim Marcus. Eu sei. E eu nunca me esquecerei de você. Mas eu preciso ir. Eu não... Não consigo ficar aqui. Não com Tom. Eu preciso da velha paz do meu castelo. Das cartas dos gêmeos. Dos jantares da Sra. Weasley. Eu preciso da minha vida de volta antes que eu não consiga ficar sã novamente. E eu estou decidida.

Marcus nada disse, mas acompanhou o grupo até a sala de Dumbledore. O bruxo estava sentado em sua mesa, corrigindo pergaminhos. Apenas ergueu o olhar quando percebeu que a sala estava quase cheia.

– Ao que devo a honra? - Ele perguntou com a voz calma de sempre.

– Está na hora Dumbledore. - Amy começou. - Eu preciso voltar. Chega de joguinhos.

– Amy... Você sabe o que eu acho. Acho que chegou até aqui por uma razão. O destino...

– FODA-SE O DESTINO! - Amy gritou. - FODA-SE TUDO ISSO! Eu só quero minha vida de volta. Você sabe o que esse destino fez comigo? Eu estou quebrada Alvo. Quebrada por dentro. Destruída. Sim. Eu encontrei amigos aqui. Até mesmo a família que passei a vida toda procurando. Mas eu estou quebrada em pedaços. Eu preciso do meu tempo. Que Tom Riddle seja o inimigo não o garoto sexy da minha aula de Transfiguração.

Por um momento Amy achou que havia exagerado. Mas então Dumbledore foi até uma gaveta e dali tirou um vira tempo. Ele olhou o grupo que estava ali. Todos tristes. Todos feridos. Seria culpa dele? Por ele ter permitido que Amelia ficasse todo aquele tempo? Será que estava errado? O seu eu havia lhe dito que coisas estavam mudando. Que estava dando certo. Será que ainda estava?

– A meia noite de hoje. - Ele disse, entregando o vira tempo. - Encontre-me no pátio interno. É a única maneira de você voltar Amelia. Mas saiba de uma coisa: uma vez que você for. Não há maneira de voltar.

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– Acredite quando eu digo que não tenho vontade alguma.

*

Era quase meia noite. Tom Riddle havia recebido uma mensagem do professor Dumbledore naquela tarde para encontrá-lo no pátio interno pouco antes da meia noite. Quando escapuliu da cama e saiu da masmorra, o corredor estava terrivelmente frio. Mas o bilhete dizia algo sobre Amelia. Ele poderia morrer congelado depois. Havia algo mais importante em jogo.

Ele não sabia ainda o que fazer. Passou a noite anterior acordado tentando achar uma solução. Mais da metade da Sonserina nem mesmo falava com ele. Seus antigos “amigos” lhe viraram a cara. O único que ainda estava ao seu lado era Malfoy. Ontem mesmo, quando Tom reclamou que não conseguia pensar em outra coisa a não ser Amy e tudo que estava acontecendo, Abraxas o olhou e disse:

– Odeio ser a pessoa que vai lhe dizer isso amigo, mas você está apaixonado por ela. E fez uma burrada. Uma das grandes. O que precisa agora é encontrar uma maneira de se redimir com Amy. Eu sei que ela gosta de você também. Dá para ver.

Mesmo com a frase reconfortante de Abraxas, ele ainda não havia descoberto uma maneira de se redimir com Amelia. Ele esperava que Dumbledore soubesse. E era por isso que estava indo em direção ao pátio interno mesmo naquele frio.

Quando ele chegou lá percebe que não fora o único que recebeu uma mensagem. Marcus estava lá. Como Amelia e todos seus amigos. Ela estava abraçando-os, quase como se estivesse se despedindo deles. Tom não teve coragem de se aproximar do grupo. Amy abraçou Charlus e Dorea, o ruivo Weasley, a sabe-tudo McGonagall, a qual ela demorou mais do grupo, e depois foi até Marcus. Tom percebeu que Marcus e Amelia tinham um relacionamento bem maior do que ela explicou ao garoto.

Por mais que não se aproximasse do grupo a ponto de eles poderem vê-lo, ele se aproximou o bastante para escutar o que Amy estava dizendo.

– Eu vou sentir sua falta! Quer dizer, você a única família que eu já conheci. Vovô!

– Já disse para não me chamar assim Amelia. - Marcus respondeu. - Se cuide.

Tom não entendeu muita coisa. Mas o que entendeu era que ela estava partindo.

– Bem, é isso. Está quase na hora. Hora de voltar de onde vim.

– Não ainda. Eu convidei uma pessoa a mais para se despedir de você. E acredito que ela já tenha chegado. - E Dumbledore olhou fixamente onde Tom se escondia. - Saia daí Tom, você não vai querer perder a oportunidade de dizer adeus, vai?

– Alvo você não tinha esse direito! - Amy começou a dizer.

Tom saiu do esconderijo e caminhou até a luz da lua que iluminava o grupo naquela noite.

– O que está acontecendo? Para onde você está indo Amy?

– Não. - ela começou. Então a loira respirou fundo e fechou os olhos. Quando os abriu havia algumas lágrimas se acumulando. - Não me chame de Amy. E não lhe interessa. Você não tem moral de fazer perguntas Riddle.

– Ela está voltando Tom. - Dumbledore começou a dizer. - Deduzo que já tenha alguma teoria de quem é Amelia Gillian. E de onde ela veio.

– Eu não posso estar certo, posso? - Ele pediu mais para Amy do que para o resto. - Você veio do futuro.

– Um futuro onde Tom Riddle é Lord Voldemort. E seus comensais torturam e matam pessoas. Eu sei. - ela falou, quando ele tentou dizer alguma coisa. - eu vi. Eu fui torturada. E também vi você. E você me viu no chão gritando de dor e o que fez? Você riu. Afinal, é apenas uma mestiça, não é Tom?

– Não é assim Amelia! Eu sei que o que fiz foi errado. Mas eu estava disposto. Eu estou disposto. Disposto a largar tudo isso. Largar Voldemort. Largar os comensais. Por você.

– Mas você não pode, não é? O poder é mais importante.

Amelia estava aos prantos. Ela podia ver no canto do olho Sep e Marcus segurando Charlus. Dorea nem ao menos conseguia olhar Tom. O relógio de Hogwarts começou a soar a meia noite. E era agora ou nunca. Sem escutar mais uma palavra do que Tom tinha a dizer, ou pior ainda, Dumbledore, ela fez o que o professor lhe disse, e começou a girar a ampulheta.

– Adeus Tom. E, quando nos reencontrarmos: é guerra. Eu não vou deixar que faça mal a ninguém mais. Só quero que esteja preparado. Porque eu estarei.

– Amy... Não faça isso! - Riddle estava implorando. Algo que ele nem mesmo sabia que poderia fazer.

– Eu poderia lhe dizer a mesma coisa... Tom, eu te amei. Por Merlin. Eu te amo! Mas agora eu sei que você não pode mudar.

Amy estava começando a desaparecer. Tom olhou uma última vez para sua amada e então falou:

– Amy, lembre-se de olhar as estrelas. E, toda vez que as olhar saiba que também estarei. E estarei pensando em você. Afinal, as estrelas são a única coisa constante nesse mundo de mudanças, não é? E mais uma coisa: eu também amo você.

E no mesmo momento em que Amy desapareceu, lágrimas escorreram pelo rosto pálido do jovem Sonserino. E Minerva percebeu que Amy havia feito a diferença. E que talvez o futuro que ela chegasse não fosse tão terrível como aquele que um dia ela saiu.

Afinal, Tom Riddle mudou. Ele conheceu o amor. Porque ela tinha certeza disso: Riddle amava Gillian. Era tão claro quanto o dia.

Tom não falou mais nada, apenas deu meia volta e andou até as masmorras com seu choro silencioso. Será que um dia Amelia seria capaz de perdoá-lo por tudo? Será que um dia ele teria a chance de vê-la mais uma vez? Ninguém sabia, e isso era o que mais o machucava.

*1996*

Amy sentiu seus pés tocarem o chão, segundos depois que foi sugada. Mas não abriu os olhos. Ela apenas deixou o corpo cair ao chão e o choro aumentar. As lágrimas começaram a cair mais intensamente e ela soluçou alto. Um soluço de tristeza que aquele castelo nunca havia ouvido. Segundo depois se sentiu abraçada e soube quem era. Era Minerva. Era sua amiga. Sua melhor amiga. E, quando abriu os olhos finalmente, viu um pouco do cabelo ruivo da professora, mas, principalmente, ela viu o céu. Era uma noite fria, porém sem nuvens. E as estrelas brilhavam intensamente no céu. E ela soube, ela sentiu que Tom estava ali com ela. E por um momento aquilo tudo pareceu okay. Contudo se lembrou de quem Riddle era. Ele pode ter dito que a amava. Ela escutou aquilo. Sim. Mas ela também sabia que ele amava o poder. E que o poder sempre viria em primeiro lugar.

Mas por um pequeno momento, enquanto olhava as estrelas, ela pode se sentir amada pela pessoa que ela também amava. Como se tudo fosse apenas um pesadelo terrível e ela fosse acordar aos braços de Tom na sala precisa.

Oh sim, ela daria qualquer coisa que isso fosse a verdade.

– Você está bem? - A voz de Minerva estava um pouco diferente, entretanto ainda era ela.

– Não. - Amelia respondeu. Colocou-se de pé, pegou a bolsa e olhou a amiga. - E não sei se um dia eu irei ficar.