Consequences Of Love.

''Apologize''


I'd take another chance, take a fall, take a shot for you… I need you like a heart needs a beat,but it's nothing new, yeah… I loved you with a fire red now it's turning blue, and you say "Sorry" like the angel heaven let me think was you, but i'm afraid… It's too late to apologize… It's too late. I said it's too late to apologize… It'stoo late…

Estou faminta, desesperada por noticias de Tony e muito feliz por finalmente sentir meu bebezinho se mexer. Olhando pelas frestas da porta, percebo que já escureceu novamente, os gases ainda fazem efeitos em minha cabeça, tendo horas que eu fico tão desnorteada que acabo simplesmente gritando durante horas a fio, até que os efeitos passam e eu noto que ainda continuo trancada aqui, nesse maldito fim de mundo, ainda estou presa aqui, desesperada pela salvação do meu bebê.

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Tony, provavelmente já me esqueceu, eu simplesmente não consigo acreditar que ele ainda esteja me procurando, não depois de tanto tempo, e ele ainda não ter me encontrado, não ele que é um dos homens mais inteligentes na face da terra, possuindo tantosrecursos, sendo quem ele é.

Meu peito dói só pensar que Tony já me esqueceu, me fazendo fechar os olhos bem fortes me lembrando de algumas características do homem que eu julgava perfeito. Seus olhos, inconfundíveis olhos castanhos claros, que sempre estão encantados em me ver, suas mãos longas e ásperas, mãos que já conhecem meu corpo como ninguém, mãoscalejadas de tantos projetos que ele executou em sua oficina, seu coração, tão puro e alegre, sua aura, seu cheiro. – Começo a chorar ainda mais, pois a saudade é tão forte. – E eu ainda tenho tanto medo de Ezequiel voltar, de ele cumprir a promessa de me matar, ou pior, pelo modo como ele olhava par minha barriga, para o meu bebê. – Matar meu filho.

Passo mais algumas horas deitada sentindo vertigens pela falta de alimentação adequada e então, ouço barulhos vindo de mais algum cômodo daquela casa. Ele havia voltado para cumprir o que havia prometido – Me matar -e eu ainda tinha esperanças, mas, em que? Simplesmente seria muito tarde, Tony já havia desistido de mim, assim com eu mesma já estava desistindo, porque simplesmente não havia muitas opções, e eu me odiava por ser tão fraca a pensar em até mesmo tirar a minha vida, a deixar ele me machucar.

Me sento na cama assim que ouço o barulho da maçaneta, ajeitando minhas roupas. – Uma calça de moletom cinza 4 números maiores que os meus e uma camiseta de flanela vermelha e cinza, ambas roupas limpas e novas – O medo em mim é maior que tudo. Eu estou tão fraca, tão cansada, e então fecho meus olhos quando ele entra, mas a porta se fecha novamente, há algum som, provavelmente na porta de entrada. Serão dois agora? Ele havia me olhado com tanto desejo, sinto como se não tivesse outra alternativa ao não ser, ser forte e lutar para mantermos ambos sãos.

A casa fica completamente em silêncio novamente e os únicos barulhos que eu consigo ouvir é minha respiração quente e rápida e o meu estômago reclamando de fome. Com muito pesar me encaminho até o banheiro e tomo grandes goles de água para enganar por mais algumas horas o meu estômago. Deito em minha cama e fico em silêncio me lembrando da minha casa, do quartinho do bebê que Tony havia construído ao lado do nosso... Fico me lembrando da decoração nas paredes, das quais nós dois fizemos, - pequenos ursinhos desenhados em marrom e uma parede em frente ao futuro bercinho, que colocamos papeis de parede com castelos e paisagens, como dos desenhos - dos quadros que pregamos nela, das cores do quartinho, azul e amarelo – Solto uma pequena risada – fico me lembrando do tamanho esforço que Tony fez para conseguir montar o berço. Um homem daquele tamanho, forte como um touro e inteligente como um computador tendo que chamar Rodes e Happy e mesmo assim, sofrendo.

Da felicidade a tristeza, me lembro de onde estou... Me lembro que talvez meu filho nunca irá conhecer ao pai, e que possivelmente ele nunca sairá da onde estou. Quando o sono esta se aproximando de mim, percebo de verdade o que tudo isso significa e então Ezequiel abre a porta do meu ‘’quarto’’.

– Olá querida. – Ele diz, ele ainda segura a maçaneta da porta com uma mão e com outra segura uma embalagem grande e o cheiro é delicioso, começo a salivar perante o cheiro e as vertigens voltam desesperadas.

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Mas eu apenas continuo lá, parada, olhando para ele o medo em meus olhos, minhas mãos protetoramente em volta da minha barriga protegendo o meu fruto, dane-se Tony, dane-se que ele me abandonou, que ele desistiu de mim e do meu filho eu vou lutar.

– está com fome? – Ele pergunta e depois ri. – Tenho certeza que sim, bem... – A porta atrás de si continua aberta e ele caminha em minha direção com o saco em suas mãos.

– Você está tão linda com essa roupa. – Ele se senta ao meu lado na cama enquanto em encosto na parede o máximo que eu consigo para me afastar de suas mãos que estão agora em meu rosto, suas mãos descem para meu colo. – Você é tão maravilhosa. – Seus olhos estão vidrados nos meus e eu não consigo ignorá-lo, medo ou revolta, não sei dizer, apenas que eu não consigo tirar seus olhos dos meus.

– É uma pena o que eu terei que fazer com você. – ele diz levantando sua camisa, mostrando para mim, uma faca.

– Então não faça. – Eu sussurro e só, não consigo dizer mais nada, não consigo raciocinar.

– Mas eu tenho, eu prometi... – Ele diz transtornado. – Eu prometi. – Ele se levanta ainda segurando o saco com o lanche. – Eu prometi... Eu tenho que fazer isso, por ele... – Ele se senta a meu lado e sorri. Seu rosto é tão bonito e ele é tão jovem, seus olhos me transmitem tanta insegurança, tanto medo do fracasso e eu não sei o que pensar, eu simplesmente tenho medo dele e de tudo o que envolve aquilo.

– o que você prometeu? – Eu pergunto, minha voz é tão maternal.

– Prometi... Prometi matar o pequeno Stark que cresce em seu ventre. – E então a faca está em minha barriga, tão rente, tão afiada... Tenho medo de respirar e a faca atravessar meu bebê. – Porque você Virgínia, você é tão linda, e eu preciso tanto de você. – Dizendo essas palavras meus cabelos já estão entre seus dedos.

– Mas eu preciso do meu bebê... – Eu sussurro.

– NÃO! – Ele grita se levantando, ficando agitado na minha frente. – você só precisa de mim, só de mim!!! – Ele puxa meus cabelos e encosta meus lábios nos seus, me beijando de uma forma tão possessiva, mordendo meus lábios quando sua língua pedia passagem pela minha boca, sinto o gosto de ferro e sei que estou sangrando, ele puxa a cada segundo mais meus cabelos, enquanto sua outra mão está na minha coxa esquerda. Tudo o que eu sinto é repulsa, eu o empurro para longe, mas meus braços são como gelatinas, estão flácidos e fracos. Por fim aquele beijo termina, ele está satisfeito e eu choro copiosamente.

– Bom, querida. – Ele me entrega a sacola e sorri para mim. – Volto daqui a pouco, trate de comer tudo para ficar forte para o que faremos em seguir.

O ar some de meus pulmões.

Como o lanche que estava dentro da sacola como se minha vida dependesse daquilo, em seguida, corro para o banheiro e vomito tudo. Fico sentada naquela posição, ainda sentindo os lábios pesados de Ezequiel nos meus e vomito novamente. Minha cabeça está pesada e mais uma vez, meu estômago esta vazio. O desespero me deixa ainda mais nervosa, ele voltaria, tenho certeza.

As horas seguintes são as piores da minha vida, em uma angustia inconstante e sem fim. Qualquer barulho é uma ameaça para mim que me levanto com dificuldade para enfrentar Ezequiel. Quando o sono me leva para junto de Tony sinto mãos nada agradáveis apertar meus seios. Abri meus olhos e solto um grito, lá está ele novamente, com os olhos mais longe possíveis da realidade, com um riso bonito em seu rosto, rasgando minha blusa com a faca.

– Xiiiiiii. – Ele pede, passando a mão grande por sobre meu rosto, apertando minha boca com os dedos, machucando minha garganta, quando a ponta da faca chega até minha barriga, ele corta a camiseta com mais cuidado. – Reconsiderei... – Ele diz apenas.

– Obadiah me mandou matar a criança, mas... Bem, e se nós apenas a jogarmos em algum canto assim que ela nascer? – Ele me pergunta. – O que você acha da idéia? – Ele me pergunta em um tom infantil. – Podemos ser nós dois, o que acha? – Ele me pergunta, com a faca dançando entre minha barriga de 8 meses e meu coração.

– É um ótimo plano. – Eu digo apenas. – O bebê é um menininho. – Eu digo olhando sua expressão mudar para um sorriso pequeno. – Talvez você pudesse me ajudar a escolher um nome, o que acha? – Eu sorrio para ele, pegando sua mão sem a faca e a levando até minha barriga, onde ele exitou alguns segundos antes e depois espalmou sua mão quente em minha barriga.

Aquilo era um jogo muito perigoso, mas era minha única chance.

– estou pensando em Ezequiel Jr. – Seu rosto se iluminou. – É um nome maravilhoso, por agradecimento... – Eu digo sorrindo.

– Você está me agradecendo? – Ele pergunta, vejo seus olhos se encherem de lágrimas.

– Você me salvou de Tony. – Sua mão em minha barriga se apertou mais. – E eu te amo. – Aquelas palavras fazem Ezequiel me abraçar e me beijar novamente com força.

As náuseas voltam mais forte dessa vez e sinto seu membro desperto em minha cintura.

– Obadian merecia mesmo morrer, sabe – Ele me diz. – Ele era um pai tão ruim, nunca ia me visitar, nunca me deu amor e quando percebeu que não ficaria com nada, quando... Você sabe, ele voltou, ele me procurou... Me deu essa missão, mas tudo mudou quando eu te vi... Eu te amo Virginia. – Ele sorriu, um sorriso louco. – Eu não entendo como aquele crápula nunca te chama pelo nome, é um nome tão bonito, Pepper é um apelido tão idiota – Ele me encara.

– É mesmo. – É tudo o que eu digo.

Ele começou a me beijar novamente passando suas mãos em minhas pernas, apertando minha barriga, deixando marcas em meu pescoço, a faca esquecida na cama, a porta aberta, minha chance...

– Vamos fugir... Criar nosso bebê juntos. – Eu digo.

– essa criança não! Ele grita. – Vamos ter outras, nossos filhos. Não quero esse bastardo... –Ele diz se deitando sobre mim, apertando minha barriga, me deixando sem ar, apertando as mãos sobre meu pescoço, tentando tirar minha calça.

– Não. – E então agarro a faca como se minha vida dependesse disso e a cravo em suas costas, deixando que ele urrasse de dor enquanto eu o jogava para o lado e corria porta a fora, minha blusa e calça rasgadas, minha respiração descompassada, minhas mãos cheias de sangue.

Corro por um corredor longo e mal iluminado, chegando até um outro quarto, corro em direção ao armário, onde acho um vestido, o vestindo em seguida, com botas e uma jaqueta muito grande em mim, começo a correr novamente para saída, mas tudo o que encontro é a cozinha, um telefone sobre a bancada imunda, não penso duas vezes antes de fazer uma ligação. – Antes mesmo que a ligação se complete. – Sinto dois braços me pegarem pelo pescoço, o celular cai da minha mão e corre para baixo da geladeira. Alguns gritos meus se misturam com os gritos dele, seus dedos se fecham ainda mais em minha garganta e sinto minha traquéia se fechar, fazendo minha respiração ficar cada vez mais descompassada e falha. Ele me chinga enquanto começa a me bater, me arrastando novamente para o quarto, me jogando contra a cama.

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A dor que sinto me faz quase perder os sentidos. Tento me levantar quando abro os meus olhos, mas não consigo. Ezequiel ainda me olha, de pé, seus olhos estão negros, sua camisa está completamente manchada de sangue, ele está suando, curvado sobre si.

– Essa criança morrera e você também – Ele diz olhando para algo entre minhas pernas e saindo em seguida, trancando a porta.

Dor. Dor é tudo o que eu sinto, olho para minhas pernas e meu medo se concretiza, a vida do meu filho está saindo de mim, estou perdendo o meu filho e a mim mesma, quando no momento seguinte sinto uma contração tão forte que me faz gritar, curvando o meu corpo todo para frente enquanto mais sangue sai de mim.

Um disparo me faz ter alguma esperança, então vejo Ezequiel invadir novamente meu quarto, me levantando pelo pescoço, me fazendo gritar de dor enquanto seguro minha barriga fortemente, tentando manter meu bebê ainda em mim. Uma arma é apontada para minha cabeça no momento em que Tony invade a casa, que já está quase completamente destruída. Ele tira o capacete quando me vê e seus olhos se arregalam, quando vê meu vestido completamente encharcado de sangue e uma poça de sangue saindo incansavelmente de minhas pernas.

– Peps, eu sinto muito, muito mesmo. – Ele diz chorando, quando novamente coloca o capacete e atira em direção a mim.