O Sol, a Lua e o Caçador.

Dentre todas as musas, a mais brilhante era a Lua. Ela iluminava o céu com uma luz forte e prateada que era admirada pelos mortais. Durante parte do tempo, ela caçava do oeste para leste. Às vezes, ela parava para descansar, e visitava seu irmão gêmeo, O Sol. Outras vezes parava para brilhar e ser admirada pelos mortais.

A Lua tinha vários admiradores, mas o que a mais a amava era o Caçador. Ele era um mortal forte, valente e belo, que usava roupas de pele de animais selvagens e cinto com três estrelas Marias e caçava sempre que a lua parava para descansar. Toda vez que caçava, ele se exibia e revelava seus talentos como caçador, para chamar a atenção da Lua. Porém, a Lua nunca olhava para ele. Noite após noite, ele tentava, mas, nunca conseguia. Certa vez, aborrecido por mais uma vez ter sido ignorado pela sua amada, teve uma exaltação e gritou bem alto, com uma voz inquietante, o nome de sua amada.

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“ O Luuuuuuuuaaa!!!!”

Gritou tão alto, mas tão alto que até os deuses puderam ouvir.

Curiosa para descobrir quem a chamava com tanto desejo, a Lua desceu a terra. E assim que ela olha para o belo mortal, o Caçador , se apaixona por ele. Como um anjo descendo a terra, a lua se transforma em uma bela jovem de cabelos e olhos prateados, deixando nosso querido Caçador petrificado por testemunhar tamanha beleza. Atraídos um pelo outro, os dois caminham lentamente até seus lábios se tocarem no meio da noite.

Agora era oficial. Os dois eram namorados. Caçavam juntos, o tempo todo. Quando ambos conseguiam capturar sua caça, comemoravam selando um beijo à conquista do dia. Seu romance ficou famoso. Era constantemente fofocado pelas ninfas das florestas. Os mortais saldavam sua uniam e os deuses ofereciam presentes e festas ao inseparável casal. Porém, uma figura os olhava com raiva e rancor. O Sol, que ficou sozinho, pois a Lua nunca mais o visitou, ficou magoado, ele logo planeja um jeito de separar os dois. Corrompido pelo ódio, elabora diversos planos malignos para livrar-se do Caçador e assim que o mais cruel passa por sua cabeça ele o coloca em ação.

Ele mandou dois convites: Um para a Lua e outro para o Caçador. O convite do caçador dizia para vir à praia ao amanhecer, e o convite da lua dizia para vir à praia ao anoitecer. Devido os horários diferentes nos convites, o Caçador chegou mais cedo e logo que chega o Sol lhe oferece um desafio.

“Têm grandes e belos peixes nessas águas, porque não pesca um para sua amada?”

O caçador aceitou o desafio, e mergulhou no mar em busca do peixe perfeito para presentear sua amada Lua. Nadou até longe do horizonte e ficou lá o dia inteiro, sem descansar, até o anoitecer. Chegando ao encontro com seu irmão a Lua aparece, fica nervosa e constrangida pelo atraso de seu amado ao encontro de seu irmão. O Sol lhe consola e oferece um desafio para entretê-la.

“Observe aquele objeto no horizonte! Será que uma de suas flechas acerta de tão longe?”.

A Lua, desafiada lança uma de suas flechas, que de tão longe atinge o objeto misterioso. E assim as horas do dia vão passando. A Lua começa a ficar preocupada com seu amado, que não aparecia. Logo, ela observa que as águas estão estranhamente avermelhadas e se encontra flutuando um estranho corpo, com a sua flecha e assim que se aproxima seu coração começa a bater.

“O que foi que eu fiz!”

Ela matou o único homem que amou e começa a gritar de tristeza. Ela se vira e olha para o Sol, que ao observar o rosto entristecido de sua irmã, toda a raiva e a inveja que o dominava, transforma - se em culpa e vergonha e se arrepende do que havia feito. Sentiu-se tão culpado e tão envergonhado de si mesmo que entrou debaixo da terra.

A Lua entra numa escuridão e volta ao seu velho posto de descanso aproveitando sua solidão eterna. Por raiva, nunca mais visitou seu irmão Sol.

O Sol, arrependido, oferece um presente para sua irmã: Um desenho em homenagem ao Caçador nos Céus da noite, feito com as três estrelas Marias que carregava em seu cinto. A Lua, ainda com raiva, finge que ignora o presente de perdão de seu irmão, mas na verdade, ela parava todos os dias para olhar o desenho no céu de seu único amor.

Dizem que o espirito do Caçador encarnou nos lobos selvagens e até hoje, sempre que a Lua parava para descansar, ainda se ouve o Caçador de ÓRION berrando para chamar a atenção de sua amada Lua.

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“O Luuuuuuuuuuuuuuua”

Baseado no mito de Órion