O primeiro jogo do Gajeel (Parte Final)

Dia seguinte, vestiário masculino

– Gray, aguarde um momento, já vou ai te ajudar. Natsu, pegue seu cachecol aqui. Elfman, você e o Droy já acabaram de brigar? Coloquei uma garrafa de água no seu armário. Toma Gajeel, aqui está sua toalha. Ah, já comprei seu suco.

– Arigato Levy-chan!! – Disseram todos, menos Gajeel, em uníssono.

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– Baixinha, eu...

– Tudo bem, não precisa dizer nada. Não se esqueça da toalha, ou vou pensar que meu cachorro não passa de um pervertido.

Gajeel só conseguia rir. Deve estar impressionado com minhas estranhas mudanças de humor.

– Gray, sente-se.

– Okay Levy.

Comecei a passar o protetor nas costas do Gray e minha mente navegou silenciosamente para outros lugares relacionados a Gajeel...

“- Baixinha, eu...

– Você?

– Bem, não sei como dizer isso, mas eu acho que estou a fim de uma garota.

– Aé? De quem?

Meu coração acelerou e minhas mãos começaram a suar.

– Acho que depois que a vi sozinha comecei a sentir compaixão por ela.

– E quem é ela??

– A Lisanna. Coitada, depois que o Natsu começou a namorar a Lucy ela ficou tão deprimida...

Dei uma palmada forte no rosto do Redbull-idiota-san e bufei com raiva. Aliás, não era só eu que estava com raiva...

– Levy, por que me bateu??

– Oh gomen Gray-kun, eu estava pensando em outras coisas e acabei levando a sério!! Gomen, sinceramente...

– Por que está choramingando, baixinha?

– Arg!!

Subi em cima do banco que Gray estava e bati na cara do Gajeel.

– Isso é para você aprender a ser menos inconveniente. E isso –soquei seu abdômen– é para você parar de andar por ai sem camisa, cachorro pervertido!

– O que deu em você??

Sai do vestiário e meus olhos queriam chorar. O que está acontecendo comigo??

** Música **

– O que você tem?

Gajeel me alcançou e segurou meu braço levemente. Lutei para segurar minhas lágrimas.

– Não sei, não me entendo.

– Pare com isso, não chore.

– Não estou chorando.

– Não?

Gajeel tocou meu rosto e secou algumas lágrimas que corriam. Senti um arrepio e minhas mãos suavam.

– Assim está melhor. O que você quis dizer com “seja menos inconveniente”?

– Não tem que me contar quando está paquerando uma garota.

– Ultimamente não tenho paquerado ninguém, sou péssimo nisso.

– Vi quando você estava olhando para a Lisanna, ontem.

– Ah, ela parecia triste. Mas, porque não quer que eu te conte minhas paqueras? Te incomoda?

– Bem...

– Não se preocupe, não vou falar sobre isso. Meninas não gostam quando um garoto fala de outra garota né? Se bem que a Lisanna é bonitinha...

– Ás vezes você me trata como um de seus amigos pervertidos.

– Não seja tão malvada, gosto de conversar com você sobre esses assuntos, você é confiável. E afinal, se você quiser falar comigo sobre Jet ou Droy, irei te ouvir.

– E se eu quiser falar sobre o Gray?

– Por que você falaria sobre o Gray? Está afim dele?!

– Se estivesse, teria problema?

– A Juvia é afim dele!!

– Sim, e respeito os sentimentos dela.

– Então??

– O Gray é bonitinho.

– Você está falando sério?? O Gray, bonitinho??

Sorri vitoriosa. Era nesse ponto que eu queria chegar.

– Entendeu agora como eu me sinto?

– Ahn?

– Você não se importa em falar sobre a Lisanna e dizer que ela é “bonitinha”, mas quando eu falo que o Gray é “bonitinho” você se irrita.

– Ah, é que.. Sei lá, ele nem faz seu tipo!!

– Aham. A Lisanna também não faz seu tipo.

– Poxa baixinha, eu não sabia que isso te incomodava tanto.

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– Enfim, vamos deixar esse assunto de lado e vamos para o ginásio, você ainda tem que jogar.

– Okay, vamos.

– E vista uma camisa!!

– Isso também te incomoda?

– Claro!

– Gomen por ter um corpinho sexy.

– Seu corpinho não é sexy.

– E o que você entende sobre isso?

– Boa pergunta.

Antes de entrarmos no ginásio, Gajeel me parou.

– Você precisa usar óculos.

– Ahn? Porque?

– Ontem, quando eu estava na quadra, não estava olhando para a Lisanna.

– Estava olhando para quem então?

– Para você. Estava olhando você tomar seu toddynho.

– Ah, eu não sabia..

– Você tem total razão, a Lisanna não faz meu tipo.

– Er..

– Vou indo, até mais.

Gajeel vestiu sua camisa e saiu andando para a quadra.

– Gajeel, vou torcer por você!

Ele fez sinal positivo com as mãos e continuou andando. Não sei porque mas um sorriso formou se nos meus lábios.

– Eu hem, estou ficando doida..

Subi até as arquibancadas e me sentei na parte mais alta. Peguei um toddynho (dessa vez comprei com meu dinheiro!) e olhei Lucy-senpai e Juvia-chan se posicionando na barraca para narrarem o jogo.

– Ohayo minna!!

– Ohayo Lucy-senpai! – Todos disseram juntos.

– Ohayo! -Juvia disse, super tranquila.

– Ohayo Juvia-chan!

– Hoje o jogo é do Fairy Tail contra o colégio Sabertooth.

– Será um jogo quente... - Juvia disse.

– Er... Bem, enquanto os jogadores se posicionam, vamos ouvir uma música para acalmar a tensão.

Erza-senpai nunca faria isso, hehe..

– Okay, já está tudo pronto? Ótimo! E o jogo começa... Agora!

Quinze minutos depois...

– O jogo está ficando quente, como Juvia-chan previu.

– Principalmente agora que Gray-sama tirou a camisa!!

Eu ouvi isso mesmo?! Que menina pervertida!!

– O jogo além de quente está difícil, a Sabertooth não deixa nada passar!

Todos os garotos do Fairy Tail estavam com raiva, Natsu já estava bufando fogo. Decidi que deveria incentivá-los, principalmente o Gajeel.

– Hey Gajeel, é só isso que você sabe fazer? Vai deixar esse projeto-de-gótico-mal-amado te passar para trás? Aposto que o Redbull-san não deixaria...

Gajeel olhou para onde eu estava e bufou cansado. Tirou sua camisa (ahn?), jogou no chão e fez sinal positivo com sua cabeça. Sorri vitoriosa (vitoriosa duas vezes em um dia só?!) e comecei a gritar.

– Não precisava tirar a camisa!!

Ele sorriu e praticamente atacou o tal de Cheney. Gritei mais uma vez:

– Hey ho não vamos nos render!! Hey ho viemos para vencer!!

Okay, sou péssima para compor músicas e gritos de guerra, mas todos da nossa escola me acompanharam, até Lucy-senpai e Juvia-chan gritaram junto.

– Hey ho não vamos nos render!! Hey ho viemos para vencer!!

– Esse com certeza será o hino do Fairy Tail!!

Então, vencemos a Sabertooth por uma diferença absurda de pontos: 280x215.

– Esse foi o melhor jogo de todos os tempos!

Natsu arrancou Lucy da barraca e a abraçou fortemente, Gray e Juvia também se abraçaram. Todos estavam muito felizes, não havia do que reclamar.

– Arigatou gozaimasu, baixinha! Você nos ajudou muito.

– Não há de que, eu disse que iria torcer, então...

Gajeel me carregou, colocando-me sentada em seus ombros como os pais fazem com seus filhos pequenos.

Não sabia o que dizer, estava tão bom ficar ali...

– Hey minna, a partir de hoje, essa baixinha aqui será nosso mascote!

Todos gritaram felizes e eu sorri. Pelo menos hoje, poderei ser importante.

– Festa na casa do Natsu!

– Já disse, não dá pra fazer nada naquele barraco. – “Gray-sama” afirma, pomposo.

– Façamos a festa na sua casa então, cueca gelada.

– Você não vai parar com isso, palito de fósforo queimado??

– Vamos comemorar no refeitório, ainda é um local público! – Disse Jellal, abraçando Erza por trás. Seu rosto está mais avermelhado que os próprios cabelos.

– Okay, vamos acabar com a comida do refeitório!!

E assim, fomos todos festejar no refeitório. Todos rindo, se divertindo, fazendo piadas... Eu não poderia estar em lugar melhor!